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Prova UEM - 2010 - UEM - Vestibular - Primeiro Semestre - Prova 2- Inglês


ID
4053214
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto
Homem não chora
(Frejat e Alvin L.)
    Homem não chora
    Nem por dor
    Nem por amor
    E antes que eu me esqueça
5  Nunca me passou pela cabeça
    Lhe pedir perdão
    E só porque eu estou aqui
    Ajoelhado no chão
    Com o coração na mão
10 Não quer dizer
    Que tudo mudou
    Que o tempo parou
    Que você ganhou

    Meu rosto vermelho e molhado
15 É só dos olhos pra fora
    Todo mundo sabe
    Que homem não chora
    Esse meu rosto vermelho e molhado
    É só dos olhos pra fora
20 Todo mundo sabe
    Que homem não chora

    Homem não chora
    Nem por ter
    Nem por perder
25 Lágrimas são água
    Caem do meu queixo
    E secam sem tocar o chão
    E só porque você me viu
    Cair em contradição
30 Dormindo em sua mão
    Não vai fazer
    A chuva passar
    O mundo ficar
    No mesmo lugar

35 Meu rosto vermelho e molhado... 
Do álbum Amor pra recomeçar, Frejat, de 2001 (Warner).

Assinale o que for correto a respeito do texto.

Embora o sujeito da letra da canção afirme que “Homem não chora” (linha 1), suas atitudes contrariam suas palavras.

Alternativas

ID
4053217
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto
Homem não chora
(Frejat e Alvin L.)
    Homem não chora
    Nem por dor
    Nem por amor
    E antes que eu me esqueça
5  Nunca me passou pela cabeça
    Lhe pedir perdão
    E só porque eu estou aqui
    Ajoelhado no chão
    Com o coração na mão
10 Não quer dizer
    Que tudo mudou
    Que o tempo parou
    Que você ganhou

    Meu rosto vermelho e molhado
15 É só dos olhos pra fora
    Todo mundo sabe
    Que homem não chora
    Esse meu rosto vermelho e molhado
    É só dos olhos pra fora
20 Todo mundo sabe
    Que homem não chora

    Homem não chora
    Nem por ter
    Nem por perder
25 Lágrimas são água
    Caem do meu queixo
    E secam sem tocar o chão
    E só porque você me viu
    Cair em contradição
30 Dormindo em sua mão
    Não vai fazer
    A chuva passar
    O mundo ficar
    No mesmo lugar

35 Meu rosto vermelho e molhado... 
Do álbum Amor pra recomeçar, Frejat, de 2001 (Warner).

Assinale o que for correto a respeito do texto.

O ato de ajoelhar-se “... no chão/ Com o coração na mão” (linhas 8-9) evoca a imagem de alguém que está pedindo perdão.

Alternativas

ID
4053220
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto
Homem não chora
(Frejat e Alvin L.)
    Homem não chora
    Nem por dor
    Nem por amor
    E antes que eu me esqueça
5  Nunca me passou pela cabeça
    Lhe pedir perdão
    E só porque eu estou aqui
    Ajoelhado no chão
    Com o coração na mão
10 Não quer dizer
    Que tudo mudou
    Que o tempo parou
    Que você ganhou

    Meu rosto vermelho e molhado
15 É só dos olhos pra fora
    Todo mundo sabe
    Que homem não chora
    Esse meu rosto vermelho e molhado
    É só dos olhos pra fora
20 Todo mundo sabe
    Que homem não chora

    Homem não chora
    Nem por ter
    Nem por perder
25 Lágrimas são água
    Caem do meu queixo
    E secam sem tocar o chão
    E só porque você me viu
    Cair em contradição
30 Dormindo em sua mão
    Não vai fazer
    A chuva passar
    O mundo ficar
    No mesmo lugar

35 Meu rosto vermelho e molhado... 
Do álbum Amor pra recomeçar, Frejat, de 2001 (Warner).

Assinale o que for correto a respeito do texto.

Em “Todo mundo sabe/ Que homem não chora” (linhas 16-17), a ideia da negação do direito ao choro para o homem é atribuída ao senso comum.

Alternativas

ID
4053223
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto
Homem não chora
(Frejat e Alvin L.)
    Homem não chora
    Nem por dor
    Nem por amor
    E antes que eu me esqueça
5  Nunca me passou pela cabeça
    Lhe pedir perdão
    E só porque eu estou aqui
    Ajoelhado no chão
    Com o coração na mão
10 Não quer dizer
    Que tudo mudou
    Que o tempo parou
    Que você ganhou

    Meu rosto vermelho e molhado
15 É só dos olhos pra fora
    Todo mundo sabe
    Que homem não chora
    Esse meu rosto vermelho e molhado
    É só dos olhos pra fora
20 Todo mundo sabe
    Que homem não chora

    Homem não chora
    Nem por ter
    Nem por perder
25 Lágrimas são água
    Caem do meu queixo
    E secam sem tocar o chão
    E só porque você me viu
    Cair em contradição
30 Dormindo em sua mão
    Não vai fazer
    A chuva passar
    O mundo ficar
    No mesmo lugar

35 Meu rosto vermelho e molhado... 
Do álbum Amor pra recomeçar, Frejat, de 2001 (Warner).

Assinale o que for correto a respeito do texto.

Em “Nem por dor/ Nem por amor” (linhas 2-3) e em “Nem por ter/ Nem por perder” (linhas 23-24), os elementos em negrito são utilizados para estabelecer relação de adição entre termos e entre orações, respectivamente.

Alternativas

ID
4053226
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto
Homem não chora
(Frejat e Alvin L.)
    Homem não chora
    Nem por dor
    Nem por amor
    E antes que eu me esqueça
5  Nunca me passou pela cabeça
    Lhe pedir perdão
    E só porque eu estou aqui
    Ajoelhado no chão
    Com o coração na mão
10 Não quer dizer
    Que tudo mudou
    Que o tempo parou
    Que você ganhou

    Meu rosto vermelho e molhado
15 É só dos olhos pra fora
    Todo mundo sabe
    Que homem não chora
    Esse meu rosto vermelho e molhado
    É só dos olhos pra fora
20 Todo mundo sabe
    Que homem não chora

    Homem não chora
    Nem por ter
    Nem por perder
25 Lágrimas são água
    Caem do meu queixo
    E secam sem tocar o chão
    E só porque você me viu
    Cair em contradição
30 Dormindo em sua mão
    Não vai fazer
    A chuva passar
    O mundo ficar
    No mesmo lugar

35 Meu rosto vermelho e molhado... 
Do álbum Amor pra recomeçar, Frejat, de 2001 (Warner).

Assinale o que for correto a respeito do texto.

As afirmações “Lágrimas são água” (linha 25) e “Esse meu rosto vermelho e molhado/ É só dos olhos pra fora” (linhas 18-19) indicam que o sujeito da canção é dissimulado.

Alternativas

ID
4053229
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)

O poema apresenta uma estruturação labiríntica, como demonstra a presença sistemática do enjambement ou encavalgamento. O enjambement mostra uma sequência de sintaxe e de sentido que se encerra em cada verso, tornando-o semanticamente autônomo. Essa forma de organização dos versos se deve ao desespero emocional do eu lírico, provocado pela perda da amada.

Alternativas

ID
4053232
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)

O eu lírico se utiliza do diálogo cerrado com os pastores para revelar seu estado interior, que é de mágoa e martírio. Ele conclama os pastores para que, contemplando a paisagem (“monte”, “gado”, “serra”, “terra”), chorem, com ele, a perda de sua amada.

Alternativas

ID
4053235
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)

A “terra” é o lugar onde o eu lírico se encontra no momento em que expressa o temor de que seu estado emocional se estenda à natureza (“Que para dar contágio a toda a terra,/ Basta ver o meu rosto magoado”). A forte religiosidade dos escritores árcades explica, no poema transcrito, a exaltação da natureza, pois, segundo a visão bíblica, a “terra” é sagrada porque deu origem ao homem.

Alternativas

ID
4053238
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)

Trata-se de um soneto, tipo de composição poética com quatro estrofes, sendo as primeiras com quatro versos e as duas últimas com três versos. É composto por versos decassílabos com rimas ABBA, nas duas primeiras estrofes, e CDC e DCD, nas duas últimas. Na poesia, a metrificação, o ritmo, as rimas, entre outros recursos, buscam realçar a musicalidade poética.

Alternativas

ID
4053241
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o poema e assinale o que for correto.

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)

A “pastora” que “faz guerra”, ou seja, que causa o tormento emocional ao eu lírico, representa o ideal de mulher na estética árcade. Trata-se de uma mulher individualizada, emocionalmente forte, independente e autossuficiente em suas atitudes. Nos poemas do autor, é comum a aproximação entre a pastora e as “guerreiras amazonas”, mulheres que, segundo as lendas, povoavam as matas brasileiras. A recuperação de figuras lendárias colabora para a exaltação do passado nacional, o que promove a consolidação de uma literatura tematicamente brasileira, intenção da estética árcade.

Alternativas

ID
4053244
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.

O conto, que se ocupa da história de um carregador da Estação da Luz dividido entre o nacionalismo cego e o inconformismo com a situação do país, é narrado em terceira pessoa e se utiliza também do discurso indireto livre. Esse tipo de discurso é uma estratégia narrativa que permite aproximar a voz do narrador à voz da personagem, dando a impressão de que falam a partir de uma mesma perspectiva. É o que se pode verificar, mais especificamente, na seguinte sequência da narrativa: “Não era medo, mas por que que a gente havia de ficar encurralado assim! É! é pra eles depois poderem cair em cima da gente, (palavrão)! Não vou! não sou besta! Quer dizer: vou sim! desaforo! (palavrão) ...”

Alternativas

ID
4053247
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.

No fragmento transcrito, a atitude do protagonista de vestir-se também com as cores da bandeira brasileira é, em alguma medida, ridicularizada pelo narrador. A expressão “estava lindo” aponta certa simpatia do narrador pelo protagonista, por causa de sua (do personagem) concepção pura e inocente de patriotismo. Mas também se percebe aí, e em outras passagens do conto, certo tom de ironia, pela concepção acrítica de nacionalismo que move os passos do “35”.

Alternativas

ID
4053250
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.

A postura do narrador é condenar sistematicamente, e com veemência, o comportamento anarquista e rebelde do protagonista, o “35”, o que torna clara a antipatia do narrador por ele. A morte do “35”, durante um motim, no final do conto, atesta uma espécie de condenação por suas atitudes violentas.

Alternativas

ID
4053253
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.

A trajetória do protagonista, em termos ideológicos, é marcada pela incoerência e pela falta de caráter. Apesar de ele se vestir com as cores da bandeira para celebrar o dia do trabalhador, acaba por se aliar aos grupos de esquerda com o objetivo de fazer oposição ao governo: organizando motins para tumultuar as comemorações cívicas, vaiando os discursos das autoridades, promovendo, enfim, a baderna.

Alternativas

ID
4053256
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o fragmento a seguir, retirado do conto “Primeiro de maio”, integrante da coletânea Contos novos (1946), de Mário de Andrade, e assinale o que for correto sobre o fragmento e sobre o conto ao qual ele pertence.

“Afinal o 35 saiu, estava lindo. Com a roupa preta de luxo, um nó errado na gravata verde com listinhas brancas e aqueles admiráveis sapatos de pelica amarela que não pudera sem comprar. O verde da gravata, o amarelo dos sapatos, bandeira brasileira, tempos de grupo escolar... E o 35 comoveu num hausto forte, querendo bem o seu imenso Brasil, imenso colosso gigan-ante, foi andando depressa, assobiando. Mas parou de sopetão e se orientou assustado. O caminho não era aquele, aquele era o caminho do trabalho.”

Vocabulário
Hausto – sorvo, aspiração.
Gigan-ante – trata-se de uma paródia de Mário de Andrade para referir-se à divisão enfática da palavra ao se cantar o hino À mocidade acadêmica, ensinado nas escolas da época.

Mário de Andrade empresta ao protagonista do conto a mesma lógica da construção do “herói sem nenhum caráter” retratado em Macunaíma (1928), em que a preguiça, o deboche, a irreverência, a malandragem, a sensualidade, o individualismo e o sentimentalismo justificam a dificuldade de enquadrá-lo ou classificálo de acordo com um “caráter” ou característica específica.

Alternativas

ID
4053259
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”

O capítulo destacado flagra um momento importante da dúvida de Bentinho, narrador e protagonista do romance, acerca da infidelidade de Capitu. Como acontece em outros momentos da história, essa dúvida é motivada mais por meio de impressões subjetivas do que por meio de fatos concretos.

Alternativas

ID
4053262
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”

O título do capítulo citado faz referência a uma característica que o narrador, em momento anterior (capítulo 32), havia reconhecido em Capitu, que é a de atrair para ela, como as ondas do mar em dia de ressaca, a afeição de Bentinho. Nesse momento anterior, Bentinho, apaixonado, é quem é atraído pelos “olhos de ressaca” da amada; no texto transcrito, o cadáver de Escobar, segundo a visão de Bentinho, é que é fitado fixamente por Capitu.

Alternativas

ID
4053265
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”

O fragmento transcrito, assim como outras informações do romance, indica claramente que Capitu traiu Bentinho. Chegamos a essa conclusão porque o narrador se mostra isento e imparcial ao avaliar o comportamento de Capitu, orientado por um realismo que exclui subjetividade, emoção, ressentimento.

Alternativas

ID
4053268
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”

Entre os motivos que levam Bento Santiago a suspeitar da traição de Capitu está a semelhança física entre Ezequiel e Escobar. Contudo, o amor por Ezequiel é forte, ao ponto de a morte dele, na Europa, provocar muito sofrimento em Bento Santiago.

Alternativas

ID
4053271
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o capítulo 123, “Olhos de ressaca”, a seguir destacado, retirado de Dom Casmurro, de Machado de Assis, e assinale o que for correto sobre o capítulo e sobre o romance ao qual ele pertence.

    “Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas...
    As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.”

No trecho transcrito, é possível reconhecer um dos principais argumentos que põe em dúvida a tese da traição defendida pelo narrador. Sendo um narrador em primeira pessoa (o titular do discurso), ele conduz as informações de acordo com seus interesses. Assim, ele interpreta as reações de Capitu como sinais claros de infidelidade e não de amizade. Mas o leitor atento não se convence disso e percebe tratar-se de uma reação motivada pelo ciúme.

Alternativas

ID
4053274
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto.

Os textos escritos no Brasil, logo após a sua descoberta, são chamados de “Literatura de informação”. Além da Carta de Caminha, fazem parte desse tipo de literatura as crônicas, relatos e tratados escritos por viajantes portugueses. A literatura do século XVI, no Brasil, não apresenta textos de poesia, nem de teatro. Além do valor documental, os textos de informação apresentam alto valor estético, resultado do sentimento nacionalista e do caráter experimental da linguagem (neologismos e metáforas abundantes), o que coloca a “Literatura de informação” como o primeiro momento de uma literatura esteticamente expressiva, brasileira e rica em imagens poéticas.

Alternativas

ID
4053277
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto.

No Brasil, o Barroco vigorou, durante os séculos XVII e parte do século XVIII, e foi muito expressivo nas artes plásticas em Minas Gerais, particularmente no século XVIII, quando a província passava por um momento de riqueza econômica centrada na mineração. O Aleijadinho foi o maior nome da escultura sacra barroca, o que se explica pela forte influência da Igreja. Na Literatura, o nome mais conhecido é o de Gregório de Matos, que escreveu poemas satíricos, líricos e religiosos. Na produção religiosa, o autor mostrava um eu tentado a aproveitar a vida mundana (o que era tido como pecado pela Igreja) e sensível aos valores religiosos da Contra Reforma.

Alternativas

ID
4053280
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto.

No Brasil, o Realismo/Naturalismo iniciou com a publicação de dois romances no ano de 1881: Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e O mulato, de Aluísio Azevedo. Embora tenham publicado no mesmo ano e tenham vivido na mesma época, há muitas diferenças entre o estilo dos dois autores. A prosa de Machado de Assis busca as motivações psicológicas e secretas que regem o comportamento social das pessoas, enquanto Aluísio Azevedo busca a exposição da espiritualidade e da fé, principalmente nas pessoas que são alvo de preconceito social. Em O mulato, um romance de temática religiosa, o autor critica ostensivamente o racismo e o preconceito, como uma estratégia para que a sociedade da época corrigisse antigas crenças, de forma que os homens pudessem se reconhecer como irmãos em Deus.

Alternativas

ID
4053283
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto.

Cruz e Sousa é o grande nome do Simbolismo brasileiro, que se manifestou quase que exclusivamente na poesia. Como o próprio nome designa, o Simbolismo corresponde à estética que se expressa por meio de símbolos, ou seja, de figuras que substituem a imagem de uma realidade visível e imediata por outra coisa, ideia ou valor correspondente, produzindo uma mensagem com tonalidades às vezes semanticamente obscuras e vagas, como se vê nestes versos: “Indefiníveis músicas supremas,/ Harmonias da Cor e do Perfume”.

Alternativas

ID
4053286
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto.

A poesia de Oswald de Andrade apresenta marcas próprias do movimento modernista em sua primeira fase. Valoriza a cultura popular, o uso de vocábulos retirados da linguagem coloquial, a aproximação entre prosa e poesia, o compromisso da poesia com os problemas sociais. Esses elementos também estão presentes no poema abaixo:

O capoeira

- Qué apanhá, sordado?
- O quê??
- Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.

Alternativas

ID
4053289
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto sobre o romance Senhora e sobre seu autor, José de Alencar.

O romance Senhora pertence ao Romantismo, período literário marcado pela rejeição às regras clássicas de criação textual. Os escritores românticos escreviam livremente, sem se preocupar com modelos preestabelecidos. A liberdade criadora explica o alto nível de experimentalismo estético nesse romance em relação ao foco narrativo e à linguagem. O foco narrativo muda constantemente da primeira para a terceira pessoa, a linearidade discursiva é rompida com comentários do narrador sobre o comportamento vingativo de Aurélia, os neologismos e a pontuação inovadora produzem imagens pictóricas que lembram o Expressionismo.

Alternativas

ID
4053292
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto sobre o romance Senhora e sobre seu autor, José de Alencar.

José de Alencar é um dos mais importantes escritores do período romântico. O autor escreveu vários romances cujas histórias se passam em diferentes regiões brasileiras, como as selvas, os pampas, os sertões, as cidades. Apesar da diversidade dos cenários, as narrativas atendem sempre a um propósito nacionalista que consiste em enfocar determinado cenário e seus costumes para valorização da cultura brasileira, segundo o espírito nacionalista romântico.

Alternativas

ID
4053295
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto sobre o romance Senhora e sobre seu autor, José de Alencar.

No romance Senhora, há temas que, mais tarde, seriam também abordados no período realista, como os conflitos no casamento e a subordinação da sociedade burguesa ao dinheiro. Contudo, o romance termina com Aurélia e Fernando rendidos à força do amor, o que mostra o enquadramento do texto aos preceitos românticos.

Alternativas

ID
4053298
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto sobre o romance Senhora e sobre seu autor, José de Alencar.

A composição do romance apresenta quatro partes que se referem a um acordo comercial (“O preço”, “Quitação”, “Posse”, “Resgate”). Tal procedimento narrativo demonstra a falência do casamento, antes entendido como a união de duas pessoas que se amam acima de interesses materiais. A obra põe em cena a astuta Aurélia, que vê, no casamento com o aristocrata Fernando, um “negócio” que lhe garantirá visibilidade social e consideração da elite. Para conseguir seus objetivos, Aurélia não hesita em manipular o avô rico.

Alternativas

ID
4053301
Banca
UEM
Órgão
UEM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Assinale o que for correto sobre o romance Senhora e sobre seu autor, José de Alencar.

O casamento de Aurélia e Fernando é marcado pela troca de ultrajes, insultos, ironias e pela violência física. Embora não se amem, não aceitam a separação porque a Igreja toma o casamento como um sacramento indissolúvel e ambos querem uma boa reputação perante a sociedade burguesa e perante os representantes da Igreja Católica.

Alternativas