SóProvas


ID
1432882
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Caieiras - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          O fator sorte

     As pessoas mais inclinadas a buscar significados nos acontecimentos tendem de fato a encontrá-los, ainda que, para isso, tenham de subestimar as leis da probabilidade, no intuito de encontrar um maior número de “coincidências", que atribuem à sorte.
     Há alguns anos, o físico Richard A. J. Matthews estudou as chamadas leis de Murphy, a irônica suma do pessimismo resumida na máxima “se alguma coisa pode dar errado, dará". Matthews investigou, em particular, por que uma fatia de pão com manteiga cai geralmente com o lado da manteiga para baixo. A prevalência da “falta de sorte" foi confirmada por um estudo experimental, patrocinado por um fabricante de manteiga: o aparente azar deve-se simplesmente à relação física entre as dimensões da fatia e a altura em que estava colocada.
     São também explicáveis outros tipos de infortúnio, como o fato de que, quando duas meias soltas são retiradas da gaveta, geralmente elas não são do mesmo par. Além disso, tendemos a dar mais atenção a fatos rotineiros que nos frustram (como perder o ônibus por chegarmos ao ponto com segundos de atraso), em vez de contabilizar o grande número de ocasiões em que não tivemos contratempos. Essa atitude contribui para reforçar nossos preconceitos e nos fazer ignorar as leis da probabilidade.
     O psicólogo Richard Wiseman, professor da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, também conduziu um estudo interessante sobre os mecanismos relacionados à sorte. O projeto, financiado por várias instituições, entre as quais a Associação Britânica para o Avanço da Ciência, gerou um manual chamado “O fator sorte", traduzido em mais de 20 idiomas.
     Ele publicou um anúncio no jornal solicitando que pessoas particularmente sortudas ou azaradas entrassem em contato com ele para que seus comportamentos fossem analisados. Descobriu que cerca de 9% desses indivíduos podiam ser considerados azarados e 12% favorecidos pela sorte. Todos os outros entravam na média.
      Wiseman deu aos participantes um jornal, solicitando que contassem as fotos impressas e prometendo um prêmio aos que o fizessem corretamente. Ora, o número solicitado estava gravado de forma evidente sobre uma das páginas, algo que muitos “azarados" não perceberam, pois estavam concentrados demais na tarefa.
       A análise experimental dos traços de personalidade que distinguiam sortudos e azarados permitiu concluir que esses últimos são mais tensos e concentrados, ao passo que os sortudos tendem a considerar as coisas de forma mais relaxada, mas sem perder de vista o contexto geral. Assim, se considerarmos os dados coletados, ter sorte pode significar, pelo menos em parte, saber fazer boas escolhas e perceber as ocasiões mais vantajosas para si mesmo.

                                                                        (Gláucia Leal. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/
                                                                                                            pensar-psi/o-fator-sorte. Adaptado)

O trecho do texto que se mantém correto e com a mensagem inalterada após o acréscimo da pontuação está em:

Alternativas
Comentários
  • Nesse caso, o geralmente funciona como um advérbio de modo deslocado, que poderá ser isolado por vírgulas ou não.
    Locução adverbial deslocada: Virgula obrigatória.

    Advérbio deslocado: Vírgula Facultativa.
  • a) não se separa o núcleo do sujeito de seu ADN por vírgula;

    b) não se separa o complemento nominal do termo a que se refere por vírgula;

    c) não se separa o verbo e imediatamente seu complemento por vírgula;

    d) geralmente = adjunto adverbial deslocado de curta extensão, vírgula facultativa.

    e) não se separa o núcleo do sujeito de seu ADN por vírgula.

  • a) As pessoas mais inclinidas.  Não se separa por vírgula  sujeito e núcleo.

     

    b) dar mais atenção a fatos rotineiros.Não se usa vírgula entre  verbo/ objeto (direto- indireto)

     

    c) perceber as ocasiões.  Não se usa vírgula entre  verbo/ objeto (direto- indireto)

     

    d) correta. 

     

    e) Não se separa sujeito do predicado

    O número solicitado estava gravado

     

  • Não se separa complemento do verbo.
    Não se separa sujeito do verbo.

    GABARITO -> [D]

  • Gabarito: D

    Geralmente: adverbo de tempo.

    Neste caso a vírgula é facultativa (adjunto adverbial deslocado de curta extensão). A maioria dos gramáticos entende que a vírgula é obrigatória (adjunto adverbial de grande extensão deslocado).

    Fonte: Pestana, Fernando. Gramática para Concursos Públicos (2017), pags. 627- 961.

  • GAB [D] AOS NÃO ASSINANTES.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    ''AQUELE QUE , PODENDO FAZER SE OMITIR , SERÁ CÚMPLICE DA BARBÁRIE.''