- ID
- 1587589
- Banca
- INSTITUTO AOCP
- Órgão
- EBSERH
- Ano
- 2015
- Provas
-
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Cardiologia - HE-UFSCAR
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Cardiologia-Ergometria
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Diagnóstico por Imagem-Ultrassonografia Geral
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Endocrinologia e Metabologia
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Endoscopia Digestiva
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Endoscopia Respiratória
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Geriatria
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Infectologia Hospitalar
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Medicina do Trabalho
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Medicina Intensiva
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Nefrologia
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Neurologia
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Pneumologista
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Psiquiatria
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Médico - Radiologia e Diagnóstico por Imagem
- INSTITUTO AOCP - 2015
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Unesco: mundo precisará mudar consumo para garantir
abastecimento de água
20/03/15
Relatório da Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostra que há
no mundo água suficiente para suprir as necessidades de
crescimento do consumo, “mas não sem uma mudança
dramática no uso, gerenciamento e compartilhamento".
Segundo o documento, a crise global de água é de
governança, muito mais do que de disponibilidade do
recurso, e um padrão de consumo mundial sustentável
ainda está distante.
De acordo com a organização, nas últimas décadas
o consumo de água cresceu duas vezes mais do que a
população e a estimativa é que a demanda cresça ainda
55% até 2050. Mantendo os atuais padrões de consumo,
em 2030 o mundo enfrentará um déficit no abastecimento
de água de 40%. Os dados estão no Relatório Mundial das
Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos
Hídricos 2015 – Água para um Mundo Sustentável.
O relatório atribui a vários fatores a possível falta
de água, entre eles, a intensa urbanização, as práticas
agrícolas inadequadas e a poluição, que prejudica a oferta
de água limpa no mundo. A organização estima que 20%
dos aquíferos estejam explorados acima de sua capacidade.
Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e
abastecem nascentes e rios, são responsáveis atualmente
por fornecer água potável à metade da população mundial e
é de onde provêm 43% da água usada na irrigação.
Os desafios futuros serão muitos. O crescimento da
população está estimado em 80 milhões de pessoas por
ano, com estimativa de chegar a 9,1 bilhões em 2050,
sendo 6,3 bilhões em áreas urbanas. A agricultura deverá
produzir 60% a mais no mundo e 100% a mais nos países
em desenvolvimento até 2050. A demanda por água na
indústria manufatureira deverá quadruplicar no período de
2000 a 2050.
Segundo a oficial de Ciências Naturais da Unesco na
Itália, Angela Ortigara, integrante do Programa Mundial
de Avaliação da Água (cuja sigla em inglês é WWAP) e
que participou da elaboração do relatório, a intenção do
documento é alertar os governos para que incentivem
o consumo sustentável e evitem uma grave crise de
abastecimento no futuro. “Uma das questões que os países
já estão se esforçando para melhorar é a governança da
água. É importante melhorar a transparência nas decisões
e também tomar medidas de maneira integrada com os
diferentes setores que utilizam a água. A população deve
sentir que faz parte da solução."
Cada país enfrenta uma situação específica. De maneira
geral, a Unesco recomenda mudanças na administração
pública, no investimento em infraestrutura e em educação.
“Grande parte dos problemas que os países enfrentam,
além de passar por governança e infraestrutura, passa por
padrões de consumo, que só a longo prazo conseguiremos
mudar, e a educação é a ferramenta para isso", diz o coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary
Mergulhão.
No Brasil, a preocupação com a falta de água ganhou
destaque com a crise hídrica no Sudeste. Antes disso, o país
já enfrentava problemas de abastecimento, por exemplo no
Nordeste. Ary Mergulhão diz que o Brasil tem reserva de
água importante, mas deve investir em um diagnóstico para
saber como está em termos de política de consumo, atenção
à população e planejamento. “É um trabalho contínuo. Não
quer dizer que o país que tem mais ou menos recursos
pode relaxar. Todos têm que se preocupar com a situação.
O relatório será mundialmente lançado hoje (20) em
Nova Délhi, na Índia, antes do Dia Mundial da Água (22).
O documento foi escrito pelo WWAP e produzido em
colaboração com as 31 agências do sistema das Nações
Unidas e 37 parceiros internacionais da ONU-Água. A
intenção é que a questão hídrica seja um dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, que vêm sendo discutidos
desde 2013, seguindo orientação da Conferência Rio+20
e que deverão nortear as atividades de cooperação
internacional nos próximos 15 anos.
Em “...(Unesco) mostra que há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do consumo, ‘mas não sem uma mudança dramática no uso...’”, o termo em destaque expressa