SóProvas


ID
1844062
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Por que algumas pessoas poderosas agem como tiranos?
                                                                                                                                                                                                                                                                                       Ana Carolina Prado
Nos anos 70, o psicólogo Philip Zimbardo queria entender por que as prisões são tão violentas. Então, ele decidiu criar uma prisão artificial no porão da Universidade de Stanford. Os voluntários do experimento foram divididos entre prisioneiros e guardas e deveriam cumprir esses papéis por duas semanas. Porém as condições ali ficaram tão tensas que foi necessário acabar com tudo em apenas seis dias. Logo no começo, as pessoas que assumiram o papel de guarda se tornaram extremamente sádicas e autoritárias, impondo castigos como privação de sono e comida. Os “prisioneiros" responderam fazendo rebeliões. Esse é um ótimo (e macabro) exemplo de como o poder pode corromper as pessoas. E nós sabemos que, na vida real, muita gente poderosa faz coisa parecida – ou pior.
Os pesquisadores das Universidades de Stanford, do Sul da Califórnia e de Northwestern fizeram um estudo, a ser publicado no Journal of Experimental Social Psychology, para entender melhor por que esse tipo de coisa acontece. E descobriram que o problema está na combinação de poder e baixo status. No experimento, os autores simularam atividades de uma empresa e dividiram os voluntários aleatoriamente em papéis de chefes e subordinados, variando em status e poder. Em seguida, esses indivíduos puderam selecionar tarefas em uma lista de 10 para os outros executarem. O resultado mostrou que as pessoas com papeis de maior poder e menor status escolheram atividades mais humilhante para os seus parceiros (por exemplo, latir como um cão três vezes) do que os de qualquer outra combinação.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha, podem acabar se empenhando em comportamentos degradantes. Elas se sentem mal em estar numa posição de baixo status e acabam usando sua autoridade humilhando outros para se sentir melhor. É tipo o que acontece com aquele chefe tirano que ninguém respeita e todo mundo odeia.
Isso pode ter contribuído para os abusos cometidos por militares em prisões, bem como no experimento de Zimbardo nos anos 70. Em ambos os casos, os guardas têm o poder, mas falta-lhes o respeito e admiração dos outros. “Nossas descobertas indicam que a experiência de ter poder sem status, seja como membro das forças armadas ou como um estudante universitário que participa de um experimento, pode ser um catalisador para comportamentos degradantes que podem destruir relacionamentos e impedir a cooperação", diz o estudo.
Os pesquisadores de Standford e Northwestern reconheceram, porém, que há outros fatores envolvidos. Só porque uma pessoa tem o poder ou está em uma posição de baixo status não significa necessariamente que ela irá maltratar os outros. Assim, essa história de que o poder corrompe nem sempre é verdade. Mas uma alternativa encontrada por eles para evitar abusos é encontrar formas para que todos os indivíduos, independentemente do status de seus papéis, se sintam respeitados e valorizados. “O respeito alivia sentimentos negativos sobre sua posição e os leva a tratar os outros de forma positiva", diz o estudo. Também é importante haver oportunidades para o crescimento, pois a pessoa tende a melhorar seu comportamento e seus sentimentos quando sabe que pode ganhar uma posição melhor no futuro.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/category/sem-categoria/page/17/

Em “Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha...", o termo destacado recebeu acento diferencial para

Alternativas
Comentários
  • Nos verbos compostos de TER e VIR, bem como seus derivados, quando há na forma singular o acento agudo, distingui-se o singular do plural mudando o acento de agudo para circunflexo.

     

    Ele detém - Eles detêm

    Ele advém - Eles advêm

  • GAB,B

    Concordar com " as pessoas."

  • Quem  não têm o respeito que normalmente o acompanha? As pessoas...

  • GABARITO B

     

    Tem --> usado para concordar com o SUJEITO no SINGULAR. ex.: A menina tem acordado cedo para estudar.

    Têm --> usado para concordar com o SUJEITO no PLURAL. ex.: As meninas têm vários livros de português. 

     

     

    bons estudos.

  • Concorda com "As pessoas"

  • A questão exige conhecimento sobre o acento diferencial dos verbos e sobre concordância verbal. Vejamos o conceito:

    "Vem ou vêm? Tem ou têm? Intervém ou intervêm?

    Os verbos "vir" e "ter" na 3º pessoa do plural do presente do indicativo, apesar de serem monossílabos tônicos terminados em -em, recebem o acento circunflexo para diferenciar-se da 3ª pessoa do singular: ele vem - eles vêm ele tem - eles têm.

    "Os verbos derivados de "ter" e "vir", como "deter", "manter", "reter", "intervir", "convir", etc. Por não serem monossílabos, obedecem à regra das oxítonas. Na 3ª pessoa do plural, entretanto, usa-se o acento circunflexo para a diferenciação: ele intervém - eles intervêm, ele mantém - eles mantêm.

    Não se deve confundir o plural dos verbos citados com o dos verbos crer, ler, ver e dar: ele crê - eles creem, ele lê - eles leem, ele vê - eles veem, ele dê - eles deem " (CEREJA,2013).

    Após vermos o conceito, iremos analisar o acento do verbo destacado abaixo. Analisemos:

     “Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um papel que lhes dá poder, mas (as pessoas) não têm o respeito que normalmente o acompanha..."

    O verbo deve concordar de regra com o seu sujeito, na frase acima, o sujeito é "as pessoas" que apenas não foi colocado novamente após a vírgula para não haver repetição.

    As pessoas não têm respeito.

    Portanto, o gabarito sendo a assertiva B.

    Gabarito: B