SóProvas


ID
2659012
Banca
VUNESP
Órgão
PC-BA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão abaixo.


    Vamos partir de uma situação que grande parte de nós já vivenciou. Estamos saindo do cinema, depois de termos visto uma adaptação de um livro do qual gostamos muito. Na verdade, até que gostamos do filme também: o sentido foi mantido, a escolha do elenco foi adequada, e a trilha sonora reforçou a camada afetiva da narrativa. Por que então sentimos que algo está fora do lugar? Que está faltando alguma coisa?

O que sempre falta em um filme sou eu. Parto dessa ideia simples e poderosa, sugerida pelo teórico Wolfgang Iser em um de seus livros, para afirmar que nunca precisamos tanto ler ficção e poesia quanto hoje, porque nunca precisamos tanto de faíscas que ponham em movimento o mecanismo livre da nossa imaginação. Nenhuma forma de arte ou objeto cultural guarda a potência escondida por aquele monte de palavras impressas na página.

    Essa potência vem, entre outros aspectos, do tanto que a literatura exige de nós, leitores. Não falo do esforço de compreender um texto, nem da atenção que as histórias e os poemas exigem de nós – embora sejam incontornáveis também. Penso no tanto que precisamos investir de nós, como sujeitos afetivos e como corpos sensíveis, para que as palavras se tornem um mundo no qual penetramos.

Somos bombardeados todo dia, o dia inteiro, por informações. Estamos saturados de dados e de interpretações. A literatura – para além do prazer intelectual, inegável – oferece algo diferente. Trata-se de uma energia que o teórico Hans Ulrich Gumbrecht chama de “presença” e que remete a um contato com o mundo que afeta o corpo do indivíduo para além e para aquém do pensamento racional.

    Muitos eventos produzem presença, é claro: jogos e exercícios esportivos, shows de música, encontros com amigos, cerimônias religiosas e relações amorosas e sexuais são exemplos óbvios. Por que, então, defender uma prática eminentemente intelectual, como a experiência literária, com o objetivo de “produzir presença”, isto é, de despertar sensações corpóreas e afetos? A resposta está, como já evoquei mais acima, na potência guardada pela ficção e pela poesia para disparar a imaginação. Mas o que é, afinal, a imaginação, essa noção tão corriqueira e sobre a qual refletimos tão pouco?

    Proponho pensar a imaginação como um espaço de liberdade ilimitada, no qual, a partir de estímulos do mundo exterior, somos confrontados (mas também despertados) a responder com memórias, sentimentos, crenças e conhecimentos para forjar, em última instância, aquilo que faz de cada um de nós diferente dos demais. A leitura de textos literários é uma forma privilegiada de disparar esse mecanismo imenso, porque demanda de nós todas essas reações de modo ininterrupto, exige que nosso corpo esteja ele próprio presente no espaço ficcional com que nos deparamos, sob pena de não existir espaço ficcional algum.

(Ligia G. Diniz. https://brasil.elpais.com. 22.02.2018. Adaptado)

O primeiro parágrafo permanecerá redigido conforme a norma-padrão e com o sentido preservado, caso o sinal de dois-pontos seja substituído pela vírgula seguida da seguinte expressão:

Alternativas
Comentários
  • "porquanto" no sentido de "já que"

    Abraços

  • Porquanto: conjunção explicativa ( pois, que, porque, porquanto)

     

     

  • Pontos importantes da questão:

     

    em quais casos são empregados o dois pontos ( ver comentário do Rodrigo Marcelo)

     

    Sentido que as conjunções exprimem nas frases.

     

     

    a)porquanto ( EXPLICATIVA ) Correta

     b)ainda que (CONCESSIVA) Errada

     c)em contrapartida (CONCESSIVA) Errada

     d)por conseguinte (CONCLUSIVA) Errada

     e)a fim de que (FINALIDADE) Errada

  • Conjunçao explicativa: porquanto

    CLASSIFICAÇÃO    CONECTIVOS(conjunções)       EXEMPLOS

    Aditivos:    e, nem (nem...nem), não só...mas também, tampouco, tanto...quanto.    Não só fez um péssimo trabalho como também cobrou caro.

    Adversativos:   mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto.    É um bom livro, todavia custa caro.

    Alternativos: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja.  Ou mude seu comportamento ou mude-se daqui!

    Conclusivos: Logo, pois (deslocado), portanto, por conseguinte, assim, então, por isso. Você estudou, portanto será aprovado em um bom concurso!

    Explicativos: Pois, que, porque, porquanto. Não prejudique as pessoas, porque você pode ser prejudicado!

    Causais: Pois, Porque, visto que, como, uma vez que, na medida em que, porquanto, haja vista que, já que.   A torcida aclamou porque o gol foi lindo!

    Consecutivos: Tão (tamanho, tanto, tal)...que, de modo que, de maneira que. Foi tanto amor que os dois acabaram se casando.

    Concessivos: Embora, conquanto, não obstante, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, por mais que, por pior que, apesar de que, a despeito de, malgrado, em que pese. Embora você tenha boas intenções, é impossível acreditar em suas palavras.

    Comparativos: Como, mais...(do) que, menos...(do) que, , tão...como, tanto...quanto, tão...quanto, assim como.  O enfermeiro foi mais eficiente que o médico.

    Condicionais: Se, caso, sem que, se não, a não ser que, exceto se, a menos que, contanto que, salvo se, desde que.  Se você demorar, eu não vou te procurar.

    Conformativos: Conforme, consoante, como, segundo.  Segundo pesquisas, o aquecimento global é um efeito natural.

    Finais: Para, para que, a fim de que, de modo que, de forma que, de sorte que, porque. Os policiais trabalham para que a segurança seja mantida.

    Proporcionais: À proporção que, à medida que, quanto mais, ao passo que.  Os homens destroem o planeta à medida que se desenvolvem.

    Temporais: Quando, enquanto, assim que, logo que, desde que, até que, mal, depois que, eis que.  Enquanto os políticos descansam, os brasileiros trabalham arduamente.

     

    Força amigos e rumo a posse!

     

  • Não confundir ''conquanto'' com ''porquanto'':

     

    Porquanto = conjunção explicativa = porque; pois.

     

    Conquanto = conjunção concessiva = embora; ainda que.

  • GABARITO A

     

    A alternativa substitui corretamente os dois pontos (:), que tem sentido explicativo na oração, por uma conjunção explicativa.

  • Decore as conjunções!

     

    PORquanto = PORque, pois.

     

    #Força e fé!!!

     

  • A) Porquanto - conjunção explicativa. [GABARITO]
    B) Conjunção concessiva.
    C) Ideia de oposição.
    D) Conjunção conclusiva.
    E) Conjunção final.

  • porqunto: causal/explicativa.

  • Gabarito letra A

     

    Eu sempre me confundia com o PORQUANTO/ CONQUANTO E POR CONSEGUINTE. Então fiquei tentando criar algum bizu para me ajudar. Eu decorei assim:

     

    PorQuanto = Por Que -> Explicativa

     

    CONquanto =  CONcessiva

     

    POR CONSEguinte = POR CONSEquência=> CONSEcutiva

  • por conseguinte = conclusiva

  • não entendi o que o enunciado quis dizer :/

  • Dificil

  • Gab: A       Por quanto, nesse caso, tem valor semântico de porque, pois, visto que...

  • Porquanto é conjunção que pode ser usada no sentido de Explicativa ou Causal, foi usada com sentido de Já que sendo subordinativa, pois liga orações que se subordinam e usam uma à outra para terem sentido

    Ainda que é Concessiva (uma versão light da adversativa)

    Em contrapartida também é Concessiva (digo light pois ela contradiz a anterior mas não anula sua relevancia, assim como a adversativa o faz.)

    Por conseguinte é Conclusiva (ou Ilativa)

    e o classico A fim de é obviamente de Finalidade.

    O sentido do texto foi do interlocutor explicar o porque gostou do filme, sendo assim temos a Alternativa A como resposta

  • Gabarito A

     

     

     

    Sei que não é muito bom decoréba, mas ajuda rsrs

     

     

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

     

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim. 

    Aditivas:  e, nem, também, que, não só...mas também, não só...como, tanto...como, assim...como. 

    Explicativa:  isto é, por exemplo, a saber, ou seja, verbi gratia, pois, pois bem, ora, na verdade, depois, além disso, com efeito que, porque, ademais, outrossim, porquanto.

    Alternativa: ou...ou, já...já, seja...seja, quer...quer, ora...ora, agora...agora.

     

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

     

     

     

    Importante: 

     

    As conjunções "e"," antes", "agora"," quandosão adversativas quando equivalem a "mas".

     

    Por exemplo:

    Carlos fala, e não faz.
    O bom educador não proíbe, antes orienta.
    Sou muito bom; agora, bobo não sou.
    Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

     

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • mesmo texto do TRT1. 

  • Direto ao ponto!

     

    No texto, o sinal de dois pontos introduz uma explicação ou causa do que foi afirmado na oração, ou seja, o fato de que “o sentido foi mantido, a escolha do elenco foi adequada, e a trilha sonora reforçou a camada afetiva da narrativa” é causa do fato de que “gostamos do filme também”. O conector “porquanto”, apresentado na alternativa A, estabelece relação de causa, logo coaduna-se com a ideia que perpassa o texto. Os demais conectores estabelecem ideias não autorizadas pela coerência textual: “ainda que” – concessão; “em contrapartida” – oposição; “por conseguinte” 
    – conclusão; e “a fim de que” – finalidade.

     

    Deus no comando!!!

     

  • por·quan·to 

    conjunção coordenativa

    Visto que; por isso que; uma vez que. = PORQUE


    "porquanto", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/porquanto [consultado em 18-09-2018].

  • Na verdade, até que gostamos do filme também, PORQUANTO o sentido foi mantido, a escolha do elenco foi adequada, e a trilha sonora reforçou a camada afetiva da narrativa.

  • Gabarito: A

     

     

    Porquanto: Conjunção coordenativa explicativa.

     

    Exprimem razão, motivo: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto, por conseguinte.

    Exemplo: Não choveu, porque nada está molhado.

     

    https://www.todamateria.com.br/conjuncao/

  • Obrigada Daniele por seu comentário! Errei por confundir também ! Depois dessa dica não erro mais....

  • show o comentário da ☠️Danielle ☠️

  • “Na verdade, até que gostamos do filme também: o sentido foi mantido, a escolha do elenco foi adequada, e a trilha sonora reforçou a camada afetiva da narrativa.”

    A relação da primeira oração com a segunda, separadas pelos dois pontos, carrega ideia-valor causal-explicativo. Assim, um conectivo (conjunção ou conector equivalente) terá de manter esse valor, o que só ocorre, dentre as opções, com a conjunção PORQUANTO (=POIS, PORQUE, VISTO QUE, HAJA VISTO QUE etc). As demais expressões das outras opções carregam os seguintes valores ou ideias: AINDA QUE = CONCESSÃO; EM CONTRAPARTIDA = OPOSIÇÃO; POR CONSEGUINTE = CONCLUSÃO; A FIM DE QUE = FINALIDADE.

  • Alternativa A

    Trata-se de uma conjunção explicativa.

    Por ser uma expressão pouco utilizada, quando bater a dúvida... pode ser trocado pela expressão ''porque'' para verificar o sentido, visto que ambas possuem o mesmo.

    PORquanto= PORque

  • PorQuanto = Por Que -> Explicativa 

    CONquanto =  CONcessiva 

    POR CONSEguinte = POR CONSEquência=> CONSEcutiva

    por conseguinte: De modo consequente: 1 isto posto, consequentemente, à vista disso, assim, assim sendo, dessa forma, dessa maneira, desse modo, em consequência, logo, por consequência, por isso, portanto.

    Erros? Só deixar nos comentários...

  • PORQUANTO PODE SER EXPLICATIVA / CAUSAL.

    #PMCE

  • Porquanto é o primo rico do porque

  • Explicativas = explicação é o mesmo que justificativa ou dizer o mesmo com outras palavras

    porque, pois(anteposto ao verbo = inicio da oração), porquanto, que, ou seja

    venha para casa , pois está começando a chover

    OBS: Oração anterior a maioria vem com verbo no imperativo, Quando não vier no imperativo pode ter dúvida com causa nesse caso só o contexto salva

  • galera, usei um macete pra me ajudar nas questões de orações coordenadas e subordinadas: separei 1 hora para separar primeiro as orações coordenadas → ConExpAltAd 2 . repeti por 10 minutos as que mais aparecem na conclusiva, depois fiz 10 minutos para cada tipo, não erro mais questões envolvendo conjunções.

    Conclusivas: logo, então, portanto, por conseguinte

    Explicativa: pois, que, porque, porquanto

    Alternativa: ou..ou..., quer...quer...,seja....seja...,hora...hora

    Aditiva: e, nem, não só... mas também, como também...

    Adversativa: mas, porém, entretanto, contudo, todavia, no entanto

    repeti sempre nessa ordem, cada vez que repetia, fazia um tracinho no papel

  • PORQUANTO: em relação ao sentido a expressão tem função de explicar, justificar o que foi anteriormente dito

    POR CONSEGUINTE: dá consequência ou efeito daquilo que foi anteriormente falado.