SóProvas


ID
3058120
Banca
FCC
Órgão
SANASA Campinas
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Estação de águas


      Esta poética designação – estação de águas – nada tem a ver, como eu imaginava quando menino, com alguma estação de trem onde chovesse muito e tudo se inundasse. Em criança a gente tende a entender tudo meio que literalmente. “Estação de águas”, soube depois, indica aqui a época, a temporada ou mesmo a estância em que as pessoas se dispõem a um lazer imperturbado ou a algum tratamento de saúde baseado nas específicas qualidades medicinais das águas de uma região. Água para se beber ou para se banhar, conforme o caso. Tais estâncias associam-se, por isso mesmo, a lugares atrativos, ao turismo de quem procura, além de melhor saúde, a tranquilidade e o repouso que via de regra elas oferecem a quem as visita ou nelas se hospeda.

      Em meio ao turbilhão da vida moderna ainda se encontra nessas paragens um oásis de sossego e descompromisso com o tempo. O desafio pode estar, justamente, em saber o que fazer com um longo dia de ócio, em despovoar a cabeça das imagens tumultuosas trazidas da cidade grande. Nessas pequenas estâncias, o relógio da matriz opera num ritmo lerdo e preguiçoso, em apoio à calmaria daquele mundo instituído para que nada de grave ou agitado aconteça. Os visitantes velhinhos dormitam no banco da praça, as velhinhas vão atrás de algum artesanato, os jovens se entediam, os turistas adultos se dividem entre absorver a paz reinante e planejar as tarefas da volta.

      Não se sabe quanto tempo ainda durará essa rara oportunidade de paz. As informações do mundo de hoje circulam o tempo todo pelos nervosos celulares, a velocidade da vida digital é implacável e não tolera espaços de vazio ou tempos vazios. Mas enquanto não morrer de todo o interesse de se cultuar a vida interior, experiência possível nessas estâncias sossegadas, não convém desprezar a sensação acolhedora de pertencer a um mundo sem pressa.

                                                                                 (Péricles Moura e Silva, inédito) 

Está plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • a) insurgir-se contra

    b) desfruta de

    c) à qual faz alusão

    d) no qual imergem

    e) pelos quais se atemorizam

  • GABARITO: LETRA B

    A) Os cidadãos dos grandes centros devem insurgir-se ao ritmo de vida que lhes é imposto. → insurgir-se CONTRA algo, equivale a opor-se CONTRA algo: CONTRA o ritmo.

    B) É invejável a paz de cujos benefícios desfrutam os que moram nas pequenas estâncias. → correto, pronome "cujos" ligando dois substantivos, preposição "de": desfrutam DE algo.

    C) A poética designação de que faz alusão o autor diz respeito a estação de águas. → faz alusão a alguma coisa: A QUE faz alusão ou À QUAL faz alusão (preposição "a" + artigo definido "a" → crase "à").

    D) O turbilhão ao qual imergem os habitantes das metrópoles é por vezes avassalador. → imergem DE alguma coisa: o turbilhão DO QUAL imergem.

    E) São reais os riscos de vida nos quais se atemorizam os habitantes das metrópoles. → se atemorizam POR alguma coisa: por + os= PELOS QUAIS.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • DICA: Mandamentos do "cujo".

    1 - Sempre entre dois substantivos. Ex: Eis o homem cujo filho foi aprovado.

    2 - Estabelece entre dois substantivos ideia de posse (do segundo substantivo para o primeiro). Ex: Eis o homem cujo filho foi aprovado. (filho do homem)

    3 - Concorda com o substantivo seguinte. Ex: Eis o homem cuja filha foi aprovada.

    4 - Não pode vir seguido de artigo. Ex: Eis o homem cujo o filho foi aprovado

    5 - Pode vir antecedido de preposição. Ex: Eis o homem de cujo filho falei.

    6 - Não pode ser substituído por outro pronome relativo. Ex: Eis o homem que o filho falei.

    Fonte: Professora Adriana Figueiredo.

  • Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois ela não pode ser omitida.

    Exs:

    Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a).

    Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

    FONTE: ESCREVER BEM

  • Bate um orgulho acertar essa questão com ''certa facilidade''...aos poucos vou aprendendo essa matéria do capeta!

  • “Cujo” só é utilizado quando se indica posse, isto é, se algo pertence a alguém. A concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo”.

    Ex:

    O projeto, cujo funcionário responsável está viajando, já está pronto.

    A empresa, cuja fachada foi destruída pelo fogo, será reformada em breve.

     

    Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome.

    A equipe cujo o resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso inadequado)

     

    Os artigos devem ser unidos ao “cujo”: cujo + o = cujo / cujo + a = cuja / cujo +os = cujos / cujo + as = cujas.

    Exs:

    A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso correto)

    Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois ela não pode ser omitida.

    Exs:

    Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a).

    Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

     

  • Imergir e emergir são verbos antônimos. 

     

    Emergir é vir à tona. É acompanhado da preposição de. O rapaz emergiu das águas!

     

    Imergir significa mergulhar, afundar, submergir. É regida normalmente pela preposição em.  O Titanic imergiu nas águas frias do Oceano Atlântico.

     

    Bizu? https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/emergir-ou-imergir.htm

     

    Simon diz, B.

  • a) INSURGIR é VTD, logo não necessita de complemento preposicionado.

    b) CORRETA: Usa-se CUJO entre dois substantivos, indicando ideia de posse. Quem desfruta, desfruta DE algo, logo, DE CUJOS benefícios...

    c) Quem faz ALUSÃO, faz alisão A ALGO e não de algo

    d) Imergir (mergulhar) EM

    e) ATEMORIZAR = apavorar, intimidar = COM algo

  • só para corrigir, insurgir é se revoltar contra alguém ou alguma coisa, logo o verbo é VDI, mas seu complemento é "com ou contra" e não "ao".

  • O melhor comentário é o da Kamila F.

  • No app não aparece o termo sublinhado.
  •  insurgir>>com ou contra

  • Regência dos Verbos:

    a) Se insurge Contra

    b) Desfruta De (GABARITO)

    c) Faz alusão A

    d) Imergem De/No

    e) Se atemorizam Pelos Quais/Com os Quais

  • O Comentário do Kélvin Bauer está ERRADO.

    Comentário: DICA: Mandamentos do "cujo".

    1 - Sempre entre dois substantivos. Ex: Eis o homem cujo filho foi aprovado - ERRADO.

    Basta ver a questão Q1000788. Eu segui essa dica dele e me dei mal.

    Pessoal, cuidado com o que posta!!! Estão prejudicando ao invés de ajudar.

  • Li o livro cujas maiores liçoes eram ... 

    O cujo nao esta entre 2 substantivos e ai coach, como faz com esse metodo ai ? 

  • a frase é estranha de primeira, mas é possivel acertar após calma reflexão
  • Nem sempre o cujo vai retomar um termo imediatamente anterior a ele.

    Exemplo:

    "Os fonemas de uma língua costumam ser representados por uma série de sinais gráficos denominados letras, cujo conjunto forma a palavra" (= Conjunto de sinais gráficos)

    5 mandamentos para o bom uso do cujo:

    1 - Sempre entre dois substantivos (não necessariamente o imediatamente anterior)

    ex: eis a praia em cujas águas nadei

    2 - Ideia de posse (do segundo para o primeiro substantivo + de)

    ex: águas da praia

    3 - Concorda com o substantivo seguinte (que vem depois)

    ex: eis a praia em cujas águas nadei

    4 - Não pode vir seguido nem antecedido de artigo, mas pode vir com preposição antes (depende do verbo)

    ex: eis a praia em cujas águas nadei = nadei em

    Exemplo no caso dessa questão: É invejável a paz de cujos benefícios desfrutam os que moram nas pequenas estâncias. (= benefícios da paz) (desfrutam de...)

    5 - Só o cujo indica posse

    Não pode ser substituído por outro pronome relativo, pois perderá o sentido de posse.

    Fonte: Professora Adriana Figueiredo

  • INSURGIR É V.T.D. E PRONOMINAL, PORÉM PEDE PREPOSIÇÃO CONTRA.

    INSURGIR É O MESMO QUE REVOLTAR-SE CONTRA.

    EX: O POVO INSURGIU CONTRA O STF.