- ID
- 3108397
- Banca
- COPEVE-UFAL
- Órgão
- IFAL
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Serviço Social
- Assuntos
-
- Condições e Mercado de Trabalho do Assistente Social
- Fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social
- Movimento de Renovação do Serviço Social
- Políticas Sociais
- Políticas Sociais pós Constituição Federal de 1988 e no contexto neoliberal
- Surgimento e Institucionalização do Serviço Social
- Trabalho e Serviço Social
- Trabalho e Serviço Social: perfil, demanda, prática e competências profissionais
- Transformações Societárias, mundo do trabalho e Estado capitalista
Guerra (2010) afirma que: “O Serviço Social é produto
histórico. Sua origem vincula-se a uma dinâmica que
engendra a necessidade da profissão num determinado
momento histórico, quando seja, no capitalismo no estágio
dos monopólios. A profissão nasce como parte de uma
estratégia de classe, dentro do projeto burguês de “reformas
dentro da ordem”, articulado pelas forças sociais que
representam o grande capital (no Brasil, pela articulação
entre Estado, empresariado e Igreja Católica), visando à
integração da classe trabalhadora, dadas as possibilidades
econômico-sociais postas pelo monopólio, no momento em
que o Estado assume para si o enfrentamento da chamada
“questão social”.
De acordo com seus conhecimentos sobre o Serviço Social,
julgue as assertivas abaixo, colocando (V) Verdadeiro e (F)
Falso.
I. A profissão só pode ser entendida a partir do espaço que
ocupa na divisão sociotécnica do trabalho, cujo espaço
sócio-ocupacional é dado pelas políticas e serviços sociais, e no interior das relações sociais entre Estado e
as classes sociais.
II. A partir dos anos 1980, devido à tendência ao
desemprego e à precarização do mundo do trabalho,
os/as assistentes sociais se inserem em relações e
condições de trabalho cada vez mais precárias: baixos
salários, contratos temporários, parciais, por projetos.
Essas tendências reforçam a inserção subalterna da
profissão na divisão social e técnica do trabalho- sua
condição de profissão interventiva no âmbito das
sequelas da questão social- e seu modo de fazer
emergencial, pontual, fragmentário e imediatista,
limitando o exercício profissional às ações meramente
instrumentais.
III. O assistente social acostumado a operar com um
orçamento insuficiente, dentro do principio da
seletividade, construindo critérios de elegibilidade ou pelo
menos atuando com eles, selecionando os mais pobres
dentre os mais pobres, a executar políticas sociais para
pobre, acaba sendo competente, eficiente e eficaz ao
racionalizar recursos via programas focalistas e seletivos.
Portanto, a racionalidade instrumental passa a ser o
critério para atribuir competência aos profissionais.
IV. A regressão dos direitos, a destruição de conquistas
históricas dos trabalhadores e a adoção de um padrão de
política social sem direitos sociais concorrem para a
assistencialização da pobreza, da política de assistência
social e do próprio Serviço Social. Mas, esse modelo de
execução da política social não dinamiza a tendência
conservadora da profissão, com práticas
assistencialistas, paliativas, imediatistas, reducionistas,
características próprias e exclusivas das protoformas do
Serviço Social.