SóProvas


ID
3928906
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Águas de Chapecó - SC
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Como combater fake news sem abrir espaço para a censura?



Apesar de boatos não serem, de forma alguma, um fenômeno recente, a dimensão de sua propagação proporcionada pelas redes sociais, especialmente em momentos críticos como [ ] vésperas de eleições, é. O combate [ ] fake news entrou na agenda política e midiática nacional, o que levou [ ] algumas possibilidades distintas de atuação.


Algumas pessoas tendem [ ] preferir soluções institucionais, como a responsabilização dos produtores e a tipificação do crime pela legislação brasileira. No entanto, essa via leva [ ] um outro questionamento ético: como garantir que [ ] pessoas nas instituições responsáveis por punir a propagação de fake news vão agir de forma isenta, sem incorrer em perseguição política contra adversários?


Para Daniel Nascimento, ex-hacker e consultor de Segurança Digital, a reação às notícias falsas deve ser tão “espontânea” quanto a sua propagação. Ele explica que a proliferação dos boatos é facilitada pelo imediatismo que a internet proporciona. “A pessoa só lê a manchete, três linhas, e já compartilha”, exemplifica. Por isso, ele trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta, a “fakenewsautentica”, que mostraria, mediante o uso de um comando, a veracidade das notícias recebidas pelo Whatsapp ou pelo Facebook instantaneamente. Segundo ele, é possível usar os “bots” que propagam notícias falsas para propagar os desmentidos e as notícias bem apuradas, com base no trabalho de jornalistas contratados para esse propósito.


Edgard Matsuki, jornalista responsável pelo site Boatos. org, acredita no poder da conscientização. “Hoje, grande parte das pessoas sabe operar quase que de forma intuitiva um smartphone, mas infelizmente as pessoas não são educadas para checar a informação que chega via redes sociais. Nesse sentido, iniciativas que visem aumentar o senso crítico das pessoas em relação ao que circula na internet são importantes”.


O site Boatos.org apresenta dicas de checagem, dentre as quais se destacam: 1) Quando se deparar com um conteúdo, ler a notícia por completo e não parar apenas no título ou nas primeiras frases. 2) Perguntar-se sobre até que ponto a notícia escrita tem chances de ser falsa. 3) Quando a fonte não está descrita no texto, ver se foi publicado em outras fontes confiáveis. 4) Quando a notícia tem um caráter muito alarmista, desconfiar. 5) Desconfiar também de um pedido de compartilhamento. Essa é uma tática para ajudar na sobrevivência do boato. Exemplo: conteúdos com a mensagem “compartilhe antes que apaguem essa informação”. 6) Verificar os erros de português, pois as notícias falsas não têm muito apreço pela correção gramatical.



CALEGARI, L. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/como-combater-fake-news-sem-abrir-espaco-para-a-censura/>Acesso: 04/julho/2018. [Adaptado]

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), considerando o texto.



( ) Quanto ao sinal indicativo de crase, a grafia correta dos seis vocábulos, na sequência das lacunas nos dois primeiros parágrafos, é: às • às • a • a • a • as.


( ) Na primeira frase do texto, a forma verbal é pode ser substituída por são, pois, nesse caso, se trata de concordância verbal facultativa.


( ) Cada par de palavras segue a mesma regra de acentuação gráfica: fenômeno/ético; vésperas/midiática; espontânea/sobrevivência.


( ) O sinal de dois-pontos usado no segundo parágrafo introduz um esclarecimento de algo mencionado anteriormente.


( ) A pergunta que encerra o segundo parágrafo é respondida no terceiro parágrafo do texto.



Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    (V) Quanto ao sinal indicativo de crase, a grafia correta dos seis vocábulos, na sequência das lacunas nos dois primeiros parágrafos, é: às • às • a • a • a • as → correto;

    ✓ às vésperas de (=locução adverbial temporal com base feminina);

    ✓ o combate a alguma coisa (=preposição "a" + artigo definido "as" que acompanha o substantivo "fake news" → às fake news);

    ✓ levou a alguma coisa (=somente a preposição "a" antes do pronome algumas);

    ✓ tendem a alguma coisa (=somente preposição "a" antes de verbo → a preferir);

    ✓ leva a algo (=a um outro → somente preposição "a" antes do artigo indefinido "um");

    ✓ como garantir que as pessoas (=somente artigo definido "as" acompanha o substantivo feminino pluralizado "pessoas").

    (F) Na primeira frase do texto, a forma verbal é pode ser substituída por são, pois, nesse caso, se trata de concordância verbal facultativa → incorreto, o verbo concorda com o núcleo do sujeito "dimensão": [...] apesar de boatos não serem, de forma alguma, um fenômeno recente, a dimensão de sua propagação proporcionada pelas redes sociais, especialmente em momentos críticos como [ ] vésperas de eleições, é [...].

    (V) Cada par de palavras segue a mesma regra de acentuação gráfica: fenômeno/ético; vésperas/midiática; espontânea/sobrevivência → correto, os dois primeiros pares são proparoxítonas (=antepenúltima sílaba tônica) e o último par de palavras é paroxítona terminada em ditongo crescente (=penúltima sílaba tônica).

    (V) O sinal de dois-pontos usado no segundo parágrafo introduz um esclarecimento de algo mencionado anteriormente → correto, os dois-pontos explicam acerca de qual questionamento ético está sendo falado: [...] um outro questionamento ético: como garantir que as pessoas nas instituições responsáveis por punir a propagação de fake news vão agir de forma isenta, sem incorrer em perseguição política contra adversários?

    (F) A pergunta que encerra o segundo parágrafo é respondida no terceiro parágrafo do texto → incorreto, não encontramos a resposta para a pergunta, é algo colocado para incentivar uma reflexão por parte do leitor.

     FORÇA, GUERREIROS(AS)!!