SóProvas


ID
4065115
Banca
VUNESP
Órgão
EBSERH
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Descanso ensurdecedor

    Uma explicação evolucionista para a qualidade contagiosa dos bocejos reza que eles servem para sincronizar o ciclo de sono e vigília em grupos humanos, desde o tempo das cavernas. Numa cidade de 12 milhões de habitantes, há muito isso se tornou impossível.

    Nessa megamultidão sempre haverá notívagos e madrugadores, os que podem dispor da noite para divertir-se e os que precisam padecer horas a fio em meios de transporte para chegar ao trabalho.

    Sem chance de coordenar suas atividades, resta torná­-las compatíveis por meio de regras de convivência, e compete ao poder público garantir seu cumprimento.

    Dormir bem, afinal, constitui direito do cidadão. O sono é imprescindível para recuperar o corpo de fadigas e até para a mente fixar coisas aprendidas durante o dia, mas quem consegue adormecer e descansar na metrópole barulhenta?

    Poucos saberão, mas vigora em território paulistano uma norma que estipula o máximo de 60-65 decibéis de ruído no período diurno e 50-55 no noturno, a depender da classificação urbana da área.

    O limiar legal para a madrugada fica pouco acima do volume recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 40 decibéis, o equivalente a uma conversa em voz baixa.

    A iniciativa Mapa do Ruído, por exemplo, já mediu 92 decibéis em ruas do Brás. O munícipe conta com um serviço de denúncias e reclamações da prefeitura, pelo telefone 156, mas as 440 multas aplicadas neste ano pelo programa Psiu não parecem surtir muito efeito.

    Considere-se o bairro de Santa Cecília, primeiro no ranking das queixas. Só em 2019 acumularam-se 595 reclamações. As próximas vítimas do descaso ensurdecedor são os moradores de Pinheiros, que fizeram 511 denúncias neste ano.

    A gastronomia e a vida noturna de São Paulo constituem um patrimônio cultural da metrópole, não se discute. Há que fiscalizar e punir com mais rigor, no entanto, quem as utiliza como álibi para perturbar o sono alheio.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.11.2019. Adaptado)

Considere as reescritas do texto:


•  Numa cidade de 12 milhões de habitantes, os cidadãos estão suscetíveis _________ barulhos em excesso.

•  Poucos sabem _________ vigora em território paulistano uma norma que estipula…

•  Não se discute _______ a gastronomia e a vida noturna de São Paulo…


Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    1) Quem é suscetível é suscetível a algo = verbo transitivo indireto regido pela proposição ''a''.

    Suscetíveis a barulhos. (Sem crase pois diante de palavras masculinas não usamos crase, nem diante de palavra no plural).

    2) Quem sabe, sabe algo = verbo transitivo direto.

    Poucos sabem(isso) que vigora em território paulistano uma norma que estipula. (Oração subordinada substantiva objetiva direta, pois está exercendo a função de objeto direto. O ''que'' nesse caso é uma conjunção integrante).

    3) O que é que não se discute? (Isso) que a gastronomia e a vida noturna de São Paulo… (Oração subordinada substantiva subjetiva, pois está exercendo a função de sujeito).

    Erros, avisem-me.

  • Gabarito: B.

    Questão que, a partir da primeira lacuna, já era possível obter a resposta. Vejam:

    • Numa cidade de 12 milhões de habitantes, os cidadãos estão suscetíveis _________ barulhos em excesso.

    Quem está suscetível, está suscetível A algo. Assim, todos as outras alternativas não possuem nenhum sentido, basta tentar encaixar e verificar-se-á a falta de sentido.

  • • Numa cidade de 12 milhões de habitantes, os cidadãos estão suscetíveis___a__ barulhos em excesso.

    → estão suscetíveis a alguma coisa. A QUÊ?

    • Poucos sabem __que____ vigora em território paulistano uma norma que estipula…

    → Sabem isto. Verbo é vtd, não rege preposição

    → O QUE é uma conjunção integrante

    • Não se discute _que______ a gastronomia e a vida noturna de São Paulo

    → Não se discute isto. Verbo é vtd, não rege preposição

    → O QUE é uma conjunção integrante

    Gab. B

  • Esta questão requer conhecimentos sobre classes gramaticais: conjunção integrante e preposição; regência verbal e nominal; funções sintáticas: sujeito e complemento nominal; orações subordinadas substantivas.

    A alternativa que preenche as lacunas conforme a norma-padrão, respectivamente, é a (B).

    “Numa cidade de 12 milhões de habitantes, os cidadãos estão suscetíveis a barulhos em excesso."

    “Poucos sabem que vigora em território paulistano uma norma que estipula…"


    “Não se discute que a gastronomia e a vida noturna de São Paulo…"


    1ª Lacuna: o adjetivo suscetível no sentido de capaz ou passível de receber, de experimentar, de sofrer certas impressões ou modificações ou de adquirir determinadas qualidades tem como complemento um nome regido da preposição a ou de.


    “de barulhos em excesso" = complemento nominal do adjetivo suscetível.


    2ª Lacuna: o complemento introduzido pela conjunção integrante que funciona como objeto direto do verbo saber, dispensando a preposição.


    “Poucos sabem" = oração principal; “que vigora em território paulistano uma norma que estipula…" = oração subordinada substantiva objetiva direta.


    3ª Lacuna: o complemento introduzido pela conjunção integrante que funciona como sujeito da oração principal “não se discute". O verbo discutir é transitivo direto, logo não pode haver qualquer preposição.


    “Não se discute" = oração principal; “a gastronomia e a vida noturna de São Paulo…" = oração subordinada substantiva subjetiva.

    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (B)

  • suscetíveis a 

  • Preposição "a"; conjunção integrante "que" nos outros dois.

  • Essa foi fácil hein galera. Só lendo a primeira, já dá pra matar, pois as outras não fazem sentido
  • GAB. B

    a … que … que

  • coceirinha para colocar o sabem DE kkkkkkkkkk

  • Pessoal, alguém por favor me ajude! O fato da palavra BARULHOS ser masculina, não deveria ser aOS barulhos?

  • Mãenesp!

  • Larissa, não. Barulhos em excesso é locução adjetiva. "Barulhos" não necessitou do artigo O para ser substantivado por derivação imprópria.Logo, aquele A é somente da regência suscetíveis. se tivesse um A de artigo ficaria "A" da regência+ "O" de barulhos... aí ficaria aos. E se fosse uma palavra feminina aí iria crase.
  • falar que a VUNESP é uma mãe é fácil, quero ver ser aprovado nos concursos feitos por ela..