SóProvas


ID
4139707
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Um celeiro de jovens artistas ao longo das últimas décadas, o Paço das Artes finalmente ganhou uma sede própria. A inauguração do espaço, que passa a ocupar a garagem do antigo casarão de Nhonhô Magalhães, no bairro paulistano de Higienópolis, acontece neste fim de semana, com uma mostra da veterana Regina Silveira.

    A mudança ocorre depois de um período de incertezas da instituição, despejada do prédio que ocupou por 22 anos na Cidade Universitária, em 2016.

    Desde então, a instituição ocupava uma pequena sala no Museu da Imagem e do Som, o MIS — ambos são administrados pela mesma organização social. A área disponível ali equivalia a menos de um décimo do que o Paço tinha no campus da USP, de cerca de mil metros quadrados.

     A entrega das chaves do novo lar aconteceu em dezembro de 2018. O prédio, construído na década de 1930 pelo barão do café Carlos Leôncio Magalhães, foi comprado do estado paulista pelo shopping Pátio Higienópolis em 2005.

    Uma cláusula do contrato previa, porém, que parte do imóvel deveria ser cedida ao estado, para uso cultural, por 20 anos, renováveis por mais 20.

    A diretora artística do Paço, Priscila Arantes, diz que as obras de renovação — ainda em curso quando a repórter visitou o endereço — tiveram como objetivo adequar o local às normas museológicas, tornando os banheiros acessíveis e implementando rampas, por exemplo.

    Ela estima que a reforma, assinada pelo arquiteto Álvaro Razuk, tenha custado R$ 1 milhão.

    A saída da Cidade Universitária ocorreu após pedido do Instituto Butantã, dono do edifício. Na época, circularam abaixo-assinados contra o despejamento. Hoje, um centro administrativo com cerca de 400 funcionários do instituto funciona ali.

    Questionada sobre o período no MIS, Arantes o descreve como “traumático”. “Ficamos no limbo. Não só pela confusão de uma instituição dentro de outra, mas caímos um degrau na invisibilidade.” [...]

    Ainda assim, Arantes comemora a mudança para o casarão. Mas um período de adaptação é certo.

    Primeiro, porque, apesar da ampliação do espaço em relação ao MIS, a antiga garagem que corresponde ao espaço expositivo deste novo Paço mede cerca de 300 metros quadrados, ou menos de um terço da área que o centro cultural tinha na Cidade Universitária. Também tem um pé-direito baixo, em geral considerado problemático para a montagem de exposições de arte contemporânea.

    Segundo, porque a convivência com o campus da USP era estreita. Agora, além da mudança no perfil do bairro onde funciona, ele terá uma entrada pelo shopping ao lado e deve dividir o restante do espaço do casarão, que tem área total de 800 metros quadrados, com eventos.

     A diretora artística diz não temer essas transformações. “Fizemos um levantamento com o setor educativo e estamos estudando a possibilidade de parcerias. O Paço é historicamente nômade”, afirma, lembrando que o espaço passou por cinco endereços desde a sua fundação, há 50 anos. [...]

BALBI, Clara Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/01/paco-das-artes-inaugura-sede-propria-em-higienopolis-depois-de-50-anos-nomades.shtml Acesso em: 23 jan. 2020. (Adaptado)

De acordo com o texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GAB : C

    Em: “Agora, além da mudança no perfil do bairro onde funciona, ele terá uma entrada pelo shopping ao lado e deve dividir o restante do espaço do casarão [...]”, o termo negritado expressa relação de adição de ideias com a proposição que lhe antecede, podendo ser substituído por “E”.

    Agora é um advérbio de TEMPO, e não aditivo, portanto não poderia ser trocado por E.

  • GABARITO -C

    C) Em: “Agora, além da mudança no perfil do bairro onde funciona, ele terá uma entrada pelo shopping ao lado e deve dividir o restante do espaço do casarão [...]”, o termo negritado expressa relação de adição de ideias com a proposição que lhe antecede, podendo ser substituído por “E”.

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    O Agora apresentado traz noção de tempo.

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    A) Em: “Ainda assim, Arantes comemora a mudança para o casarão. Mas um período de adaptação é certo.”, a expressão negritada mantém relação de concessão com a proposição que lhe antecede.

    Há um sentido concessivo. Na concessão temos uma ressalva que não impede o fato de ocorrer.

    São concessivos:

    embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto

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    B) Em: “Desde então, a instituição ocupava uma pequena sala no Museu da Imagem e do Som, o MIS — ambos são administrados pela mesma organização social.”, a expressão negritada mantém relação temporal com a proposição que lhe antecede.

    A noção Ministrada é de tempo.. Dá para substituir por Agora , Por exemplo.

    expressam o mesmo sentido:

    Quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (desde que)

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    D)Em: “Segundo, porque a convivência com o campus da USP era estreita.”, o termo negritado expressa conexão com os períodos anteriores e introduz uma justificativa.

    Em relação aos períodos anteriores temos uma Justificação.

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  • A conjunçao "agora"," é adversativa quando equivale a "mas". Por exemplo:

    Sou muito bom; agora, bobo não sou.

  • A questão quer que marquemos a alternativa INCORRETA. Vejamos:

     .

    A) Em: “Ainda assim, Arantes comemora a mudança para o casarão. Mas um período de adaptação é certo.”, a expressão negritada mantém relação de concessão com a proposição que lhe antecede.

    Certo. "Ainda assim" tem valor semântico de concessão.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

     .

    B) Em: “Desde então, a instituição ocupava uma pequena sala no Museu da Imagem e do Som, o MIS — ambos são administrados pela mesma organização social.”, a expressão negritada mantém relação temporal com a proposição que lhe antecede.

    Certo. "Desde então" tem valor semântico de tempo.

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

     .

    C) Em: “Agora, além da mudança no perfil do bairro onde funciona, ele terá uma entrada pelo shopping ao lado e deve dividir o restante do espaço do casarão [...]”, o termo negritado expressa relação de adição de ideias com a proposição que lhe antecede, podendo ser substituído por “E”.

    Errado. "Agora" traz ideia de "tempo" e não de "adição".

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, além disso, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    D) Em: “Segundo, porque a convivência com o campus da USP era estreita.”, o termo negritado expressa conexão com os períodos anteriores e introduz uma justificativa.

    Certo. "Segundo", nesse caso, serve para justificar o que o texto diz ser um "período de adaptação": "Primeiro, porque...", "Segundo, porque...".

     .

    Gabarito: Letra C

  • : “Ainda assim, Arantes comemora a mudança para o casarão. Mas um período de adaptação é certo.”, a expressão negritada mantém relação de concessão com a proposição que lhe antecede.

    Certo. "Ainda assim" tem valor semântico de concessão.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

     Em: “Agora, além da mudança no perfil do bairro onde funciona, ele terá uma entrada pelo shopping ao lado e deve dividir o restante do espaço do casarão [...]”, o termo negritado expressa relação de adição de ideias com a proposição que lhe antecede, podendo ser substituído por “E”.

    Errado. "Agora" traz ideia de "tempo" e não de "adição".

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, além disso, outrossim...

    Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.

     .

    D) Em: “Segundo, porque a convivência com o campus da USP era estreita.”, o termo negritado expressa conexão com os períodos anteriores e introduz uma justificativa.

    Certo. "Segundo", nesse caso, serve para justificar o que o texto diz ser um "período de adaptação": "Primeiro, porque...", "Segundo, porque...".

  • estou usando o App e na minha questão é no texto não tem palavra negritada. Alguém sabe porque?
  • Gabarito C ,

    (agora) é temporal.