SóProvas


ID
4888360
Banca
FAFIPA
Órgão
Prefeitura de Nova Esperança - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Neurocientista é alvo de mansplaining citando artigo que ela mesma escreveu


Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida por homem que sugeriu a leitura de um estudo sobre o assunto – que ela mesma tinha escrito

REDAÇÃO GALILEU

05 NOV 2019 


A neurocientista Dra. Tasha Stanton contou no Twitter um episódio de machismo que sofreu durante a Conferência Australiana da Associação de Fisioterapia, que aconteceu no fim de outubro. Ela foi vítima de mansplaining com sua própria pesquisa científica.

Mansplaining é um termo em inglês usado para descrever o comportamento de alguns homens que assumem que uma mulher não conhece determinado assunto e insiste em explicá-lo, subestimando os conhecimentos da mulher.

O caso de Stanton é um exemplo de mansplaining: enquanto ela palestrava, um cientista homem a interrompeu no meio do discurso e sugeriu que ela lesse determinado artigo para "entender melhor" o assunto. O artigo que ele indicou, entretanto, tinha sido escrito pela própria palestrante.

"Espere aí por um segundo, amigo. Sou Stanton. Eu sou a autora do artigo que você acabou de mencionar'", ela disse naquele momento da palestra. Ela e outros cientistas da conferência riram da situação, mas ela ficou desconfortável com o acontecido.

"Só para ficar claro: eu nunca esperaria que as pessoas soubessem como sou fisicamente", ela escreveu posteriormente no Twitter. "Disse que era um grande elogio que ele recomendasse meu trabalho, que estava feliz por ele ter gostado e achado útil, mas que no futuro ele deveria ter cuidado para não assumir que outras pessoas não sabem as coisas." Stanton é professora na Universidade do Sul da Austrália (UniSA), já publicou mais de 60 artigos em periódicos científicos e foi palestrante em mais de 50 conferências. Ela completou seu doutorado na Universidade de Sydney em 2010 e atualmente é bolsista do Conselho Nacional de Pesquisa em Saúde e Medicina (NHMRC) da Austrália. Sua pesquisa tem como objetivo entender por que as pessoas sentem dor e por que, às vezes, a dor não desaparece. Seu trabalho abrange tanto a dor experimental quanto a clínica e, ela analisa como a educação e a atividade física desempenham papel na recuperação de dores crônicas.


Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/11/neurocientista-e-alvo-de-mansplaining-citandoartigo-que-ela-mesma-escreveu.html. Acesso em 05 de novembro de 2019.






Assinale a alternativa CORRETA quanto ao emprego dos sinais de pontuação no texto:

Alternativas
Comentários
  • Uma das funções do "dois-pontos" é a de introduzir um esclarecimento, explicação.

    Gabarito letra B!

  • GABARITO - B

    A) A neurocientista Dra. Tasha Stanton contou no Twitter um episódio de machismo que sofreu durante a Conferência Australiana da Associação de Fisioterapia, que aconteceu no fim de outubro. Ela foi vítima de mansplaining com sua própria pesquisa científica.

    Vírgula usada para separar oração adjetiva explicativa.

    ----------------------------------------------------------------------------------------------------------

    B) No trecho “‘Só para ficar claro: eu nunca esperaria que as pessoas soubessem como sou fisicamente’”, os dois-pontos antecedem um esclarecimento

    Uma das funções dos dois pontos é introduzir explicações ou esclarecimentos.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    C) Todas as aspas utilizadas ao longo do texto marcam citações da neurocientista Dra. Tasha Stanton.

    "entender melhor"

    Um dos usos de aspas ´é Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso.

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    D) Em “Enquanto palestrava, a especialista foi interrompida por homem que sugeriu a leitura de um estudo sobre o assunto – que ela mesma tinha escrito” o travessão poderia ser substituído por ponto e vírgula, sem prejudicar o seu sentido.

    Não é uma das finalidades dos dois pontos.

    Usamos para:

    1)  Separar orações coordenadas assindéticas, normalmente entre trechos já separados por vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando uma enumeração.

    – As leis, em qualquer caso, não podem ser infringidas; mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem ser respeitadas.

    2) Separar vários itens de uma enumeração (frequente em leis).

    Art. 1 o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

    I – a soberania;

    3) Separar orações coordenadas cuja conjunção “implícita” é facilmente percebida. – Comeu muito na festa, exageradamente; não conseguiu ir à aula de hoje.

    -----------------------

    E) Em “Ela e outros cientistas da conferência riram da situação, mas ela ficou desconfortável com o acontecido.” A vírgula foi empregada para impedir a ambiguidade do trecho do texto.

    Separar oração coordenadas sindéticas adversativas.

    --------------------------

    Fonte: Pestana.

    Eventuais equívocos, favor, comunique-me!

    Bons estudos!

  • Exemplo do uso de dois pontos para introduzir um esclarecimento: "não existe essa de ''mansplaining'' quando se trata de ciência: o nome apropriado é refutação."

  • Dava para acertar, pois a B sem dúvidas está correta.

    Porém, embora não seja especialista, não vejo erro na "D". Pode até não ser usual, mas não creio que substituir por "ponto e vírgula" estaria gramaticamente incorreto e muito menos que alteraria o sentido.