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ID
5328310
Banca
UFSM
Órgão
UFMS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão , leia, a seguir, o fragmento da letra da canção “Nóis é jeca mais é jóia”, composta em 1998 pelo tocantinense Juraildes da Cruz e incluída, em 2004, no CD “Cantoria de festa”, de Xangai, produzido pela Kuarup Discos. 

[...]
“Andam falando que nóis é caipira
que nossa onda é montar a cavalo
que nossa calça é amarrada com imbira
que nossa valsa é briga de galo

Andam falando que nóis é butina
mais nóis num gosta de tramóia
nóis gosta é das minina

nóis é jeca mais é jóia

mais nóis num gosta de jibóia
nóis gosta é das minina
nóis é jeca mais é joia”
[...]

CRUZ, Juraildes da (compositor). Nóis é jeca mais é
jóia. [Letra] Disponível em:
https://www.cifraclub.com.br/juraildes-da-cruz/nois-ejeca-mais-e-joia/letra/ e em
https://www.letras.mus.br/juraildes-da-cruz/704230/
Acesso em: 7 dez. 2020. Mantida a grafia original

Sobre os recursos linguísticos usados no texto e seu(s) efeito(s) na constituição dos sentidos, é correto o que se afirma na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Essa é uma questão sobre interpretação textual aplicada aos recursos linguísticos que compõe a letra da canção que serve de texto de apoio. Assim, cabe analisar as opções para descobrir qual delas apresenta afirmação correta.

    Na letra A, temos uma incoerência, pois, em nenhum momento, há o silenciamento do caipira pelo uso do discurso indireto. Tal discurso é utilizado pelo próprio caipira que é também o eu-lírico que fala no poema. Nos cinco primeiros versos, ele está apenas dizendo coisas que falam a respeito dos caipiras, mas é o próprio caipira quem alerta sobre o que está sendo dito.

    Na letra B, temos novo engano. O uso da terceira pessoa do plural é somente um recurso linguístico utilizado com o fim de não especificar quem são as pessoas que andam falando coisas a respeito dos caipiras, é somente uma forma de indeterminar o sujeito das orações que iniciam o trecho citado do poema.

    A alternativa C diz exatamente o contrário do que é apresentado no texto. Ao expor a forma como os caipiras estabelecem as relações ortográficas e de concordância entre os termos, o poeta está valorizando aquele registro e o modo caipira de falar.

    Já na opção D, temos a opção correta a ser marcada pois justamente, ao se colocar diretamente no poema a partir do pronome de primeira pessoa do plural (nóis, conforme escrito no poema) e dos verbos que indicam ser e gostar ou não gostar, o poeta assumi a identidade caipira e fala por essa coletividade. Logo, essa é a alternativa correta.

     Por fim, em E, temos uma afirmação correta, ao dizer que “jóia" é uma metáfora para valorizar o homem do campo. No entanto, a segunda parte do enunciado está equivocada, pois não há nenhum sinal de que tal palavra, por pertencer a uma geração do século passado, reforça qualquer característica negativa do homem caipira.

    Gabarito do professor: Letra D.

  • "(...) nóis gosta é de pescar traíra vê as bichinha gemendo na vara nóis num gosta de mentirosa nóis tem vergonha na cara (...) " sou da raça hahahaha Gabarito D