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ID
5623531
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-RJ
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Outono

O outono de azulejo e porcelana
Chegou! Minha janela é um céu aberto.
E esse estado de graça quotidiana
Ninguém o tem sob outros céus, decerto!

Agora, tudo transluz... tanto mais perto
Quanto mais nossa vista se alontana...
E o morro, além, no seu perfil tão certo,
Até parece em plena via urbana!

Tuas tristezas... o que é feito delas?
Tombaram, como as folhas amarelas
Sobre os tanques azuis... Que desaponto!

E agora, esse cartaz na alma da gente:
ADIADOS OS SUICÍDIOS... Simplesmente
Porque é abril em Porto Alegre... E pronto! 

Mário Quintana. Preparativos de viagem. 2.ª ed.
São Paulo: Editora Globo, 2004 (com adaptações). 

No poema Outono, o eu lírico

Alternativas
Comentários
  • A) Não deplora. No texto exalta-se a chegada do outono. "esse estado de graça quotidiana".

    B) Não afirma nada disso. Diz que o morro parece em plena via urbana, o que não tem nada a ver com a assertiva.

    C) Certo. No momento em que o autor escreve "Tuas tristezas" e "esse cartaz na alma da gente" fica claro.

    D) As emoções não são vivenciadas por pessoas que vivem sob outros céus. O texto deixa claro em "Ninguém o tem sob outros céus".

    E) A queda das folhas amarelas no texto, funciona como uma comparação no que tange às tristezas. Não tem nada a ver com alento. Quer dizer que as tristezas tombaram.

    Avisem-me qualquer incoerência.

  • Mari Quintana despensa em Cespe. Ja fiz uma outra prova com esse poema, alexandrino aliás.