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Questões de Linguagem e Pensamento


ID
954604
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-CE
Ano
2009
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A análise do funcionamento da linguagem — e do pensamento que a utiliza — deve ser anterior ao próprio conhecimento, pois este depende de certas regras bem precisas para não se equivocar. A essas regras Aristóteles deu o nome de órgonon (instrumento). Essas regras constituem, em parte, o que modernamente é denominado lógica. Como instrumento, o órgonon não é propriamente um conhecimento, mas sua condição básica e preliminar.

Bernadete Abrão (Org.). História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 63 (com adaptações).

À luz das regras lógicas do silogismo categórico, analise as seguintes premissas:

Algum ministro não é honesto
Ora, todo ministro é poderoso.

Assinale a opção que apresenta a conclusão que, juntamente com as premissas apresentadas, torna o argumento válido.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - C

    Observe o exemplo: 
    O mercúrio é um metal. 
    Ora, o mercúrio não é sólido. 
    Logo, algum metal não é sólido. 
     

    O exemplo é uma argumentação composta por três proposições, em que a ultima, a conclusão, derivam logicamente das duas anteriores, chamadas de premissas. 

    Algum professor bondozo poderia fazer uma explicação mais simples ??? Agradecemos muchooo


ID
1649554
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A filosofia encontra-se escrita nesse grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos, isto é, o universo, que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles nós vagamos dentro de um escuro labirinto.
Galileu Galilei. O ensaiador.

Com base no texto acima e considerando o surgimento da ciência moderna, julgue o item que se segue.

Segundo Galileu, a matemática é a linguagem fundamental e única para o estudo imediato da natureza e das sensações.

Alternativas
Comentários
  • Galileu Galilei foi um dos pensadores que revolucionou e fundou a ciência moderna a partir do século XVII. Suas observações foram tão impactantes para a época que a igreja o condenou à morte, abrandando para prisão domiciliar após negar suas afirmações publicamente. A grande questão se deu ao afirmar o que Copérnico já descrevera, que a terra gira em torno do sol e não o contrário. Trezentos e cinquenta anos depois de sua morte, o papa João Paulo II, em 1992, pediu perdão ao cientista em nome da igreja católica devido à toda perseguição sofrida por causa de suas ideias, pois estas dinamitariam as verdades escolásticas que a Igreja mantinha e não permitia contestação. Porém, conhecido posteriormente como “filósofo da natureza", Galileu não estendeu essa linguagem matemática que descreve o mundo para compreender as sensações humanas e sim apenas o mundo ao redor e sensível. A questão está errada, portanto, ao incluir as sensações como fenômenos compreensíveis a partir da matemática.

ID
1649599
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDU-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

As crianças pré-verbais conseguem aprender algo acerca do mundo, como conseguem também os cachorros e os chimpanzés. Como a todos eles falta uma linguagem natural, o vocabulário em que são interiormente formuladas as hipóteses não é uma tal linguagem. Tem de ser uma outra espécie de linguagem: a linguagem de pensamento. (...) Os relatos de primeira pessoa são importantes fontes de conhecimento quando o objeto de conhecimento é a própria pessoa que o faz. Quando, porém, o objeto é impessoal (como, por exemplo, a natureza das estrelas ou os hábitos alimentares do musaranho de rabo curto), o relato de uma intuição não corresponde a nenhum critério significativo de prova.
P. Moser, D. Mulder, J. Trout. A teoria do
conhecimento: uma introdução temática

A partir do texto acima e com relação a conhecimento e linguagem, julgue o item a seguir.


A intuição e a linguagem comum são um bom ponto de partida para o conhecimento, mas não são suficientes para provar um conhecimento científico teórico.

Alternativas
Comentários
  • A intuição é uma manifestação subjetiva diante do mundo, passível de ser captada pela própria pessoa que a contém ou por outrem através de linguagem comum se manifestada. A linguagem é um meio de operar tal manifestação e transmitir não apenas intuição, mas também conhecimento. Estas duas manifestações, entretanto, são incapazes de, isoladas, provarem qualquer conhecimento científico teórico, pois este deve ser encarado como um saber geral, impessoal e não sujeito à subjetividade. Por isso a afirmativa está CORRETA.

ID
2422420
Banca
IFB
Órgão
IFB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta o fundamento da teoria crítica da sociedade elaborada por Habermas em sua obra Teoria do agir comunicativo.

Alternativas

ID
2663101
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

TEXTO I


A melhor banda de todos os tempos da última semana

O melhor disco brasileiro de música americana

O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado

O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos

Não importa contradição

O que importa é televisão

Dizem que não há nada que você não se acostume

Cala a boca e aumenta o volume então.

MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).


TEXTO II


O fetichismo na música e a regressão da audição


Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia perguntar: para quem a música de entretenimento serve ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece que tal música contribui ainda mais para o emudecimento dos homens, para a morte da linguagem como expressão, para a incapacidade de comunicação.

ADORNO, T. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.


A aproximação entre a letra da canção e a crítica de Adorno indica o(a)

Alternativas
Comentários
  • Resolução

     

    Ambos os textos tratam da indústria cultural, forma de produção de arte e cultura vigente na sociedade capitalista, em especial após a Revolução Industrial. Segundo os teóricos da Escola de Frankfurt (dentre os quais o autor do texto II), na indústria cultural (também conhecida como cultura de massas), a arte é introduzida na lógica da reprodutibilidade técnica e submetida aos ditames do mercado, tornando-se assim um produto, tão efêmero e restritivo quanto qualquer outro.

     

    https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://descomplica.com.br/gabarito-enem/questoes/2015-segunda-aplicacao/primeiro-dia/melhor-banda-de-todos-os-tempos-da-ultima-semana-o-melhor-disco-brasileiro-de-musica-americana&ved=2ahUKEwiM16_S-YrcAhUMh5AKHWvaCFgQFjAAegQIBBAB&usg=AOvVaw3M4bnctSrqv35RW10btZbQ

  • Theodor Adorno,o maior representante da então Escola de Frankfurt,faz um grave crítica ao modelo da difusão de informações pelo meio midiático,a fim de que as pessoas apenas fiquem mais dependentes de seus produtos e serviços,tornado-se ignorantes e pouco críticas...todavia,o sentido de ignorância aqui não estabelece ligação com ausência de razão,mas sim com o resultado ou produto de seu excesso,originando um vazio ético que tentamos preencher com bens materiais e cultura efêmera.

     

    R=Letra "A"

  • Gab. A

    efêmero

    adjetivo

    1.

    que dura um dia.

    2.

    que é passageiro, temporário, transitório.


ID
2872324
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.

HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.


Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na

Alternativas
Comentários
  • David Hume é representante da "Escola Empirista" que considera as nossas percepções como principais fontes para o saber. Tudo o que conhecemos, sabemos e pensamos originam-se de nossas percepções que, por sua vez, operam através dos sentidos. Em nossa consciência construímos os sentidos das coisas a partir dos materiais perceptíveis, ou seja, da empiria. Não pode tratar-se de "convicção inata", pois isto refere-se a algo anterior aos sentidos, assim como a "dimensão apriorística", também anterior, a piori. A "elaboração do intelecto" refere-se ao exercício do pensar, que pode ser de natureza puramente abstrata. Já a realidade transcendental refere-se ao que nos transcende a realidade e os sentidos, está além do que nossa percepção alcança.

    Resposta: letra D
  • Para Hume, as ideias têm origem na experiência vivida, de tal forma que estas não passam de cópias das percepções dos sentidos (aquilo que podemos entender como real). Assim, é a experiência que fornece os componentes necessários à elaboração do pensamento e das percepções do espírito. Uma vez que os sentidos perceberam uma determinada nova experiência, esta passa a fazer parte do acervo de informações geradoras das ideias. Para Hume, então, não existem ideias que não tenham partido da experiência dos sentidos. Há, pois, que se destacar a diferença existente entre a "percepção do espírito" e a "percepção dos sentidos, já que a percepção do espírito não passa de uma cópia da percepção dos sentidos e, por melhor e mais rica em detalhes que possa se apresentar, jamais fará frente em "vigor e vivacidade" àquilo que os sentidos apresentam. Em outras palavras, as imagens e ideias que temos em nossa mente não passam de cópias daquilo que as sensações captaram. 

    Fonte: Leandro Laube* leandro@laube.pro.br

  • David Hume é representante da "Escola Empirista" que considera as nossas percepções como principais fontes para o saber. Tudo o que conhecemos, sabemos e pensamos originam-se de nossas percepções que, por sua vez, operam através dos sentidos. Em nossa consciência construímos os sentidos das coisas a partir dos materiais perceptíveis, ou seja, da empiria. Não pode tratar-se de "convicção inata", pois isto refere-se a algo anterior aos sentidos, assim como a "dimensão apriorística", também anterior, a priori. A "elaboração do intelecto" refere-se ao exercício do pensar, que pode ser de natureza puramente abstrata. Já a realidade transcendental refere-se ao que nos transcende a realidade e os sentidos, está além do que nossa percepção alcança.

    obs: comentário do professor. abçs

  • david hume é impirista e se opoem á razão de Bacon, ele acredita nas experiências vividas, aquele ´´ so acredito vendo´´

  • Gabarito letra D

  • Letra D

    De acordo com Hume, não há nenhum preceito logico ou racional que me faça inferir relações necessárias de causalidade entre fenômenos.

  • "ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior". Conhecimento PRIORI, objeto - sujeito. É por meio da percepção dos sentidos (experiência) que ocorre a formação das idéias.