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Prova Aeronáutica - 2012 - ITA - Aluno - Português


ID
1636141
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Trecho de uma entrevista com o escritor canadense Don Tapscott.

Jornalista:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Don Tapscott: Quando falamos em informação livre, em transparência, falamos de governos, de empresas, não do ser humano comum. As pessoas não têm obrigação de expor seus dados, seus gostos. Ao contrário, elas têm a obrigação de manter a privacidade. Porque a garantia da privacidade é um dos pilares de nossa sociedade. Mas vivemos num mundo em que as informações pessoais circulam, e essas informações formam um ser virtual. Muitas vezes, esse ser virtual tem mais dados sobre você do que você mesmo. Exemplo: você pode não lembrar o que comprou há um ano, o que comeu ou que filme viu há um ano. Mas a empresa de cartão de crédito sabe, o Facebook pode saber. Muitas pessoas defendem toda essa abertura, mas isso pode ser muito perigoso por uma série de razões. Há muitos agentes do mal por aí, pessoas que podem coletar informações a seu respeito para prejudicá-lo. Muitas vezes somos nós que oferecemos essa informação. Por exemplo, 20% dos adolescentes nos Estados Unidos enviam para as namoradas ou namorados fotos em que aparecem nus. Quando uma menina de 14 anos faz isso, ela não tem ideia de onde vai parar essa imagem. O namorado pode estar mal-intencionado ou ser ingênuo e compartilhar a foto.

Jornalista: E as informações que não fornecemos, mas que coletam sobre nós por meio da visita a websites ou pelo consumo?

Don Tapscott: Há dois grandes problemas. Um é o que chamo de Big Brother 2.0, que é diferente daquela ideia de ser filmado o tempo todo por um governo. Esse Big Brother 2.0 é a coleta sistemática de informações feita pelos governos. O segundo problema é o "little brother" – as empresas que também coletam informações a nosso respeito por razões econômicas, para definir nosso perfil e nos bombardear com publicidade. Muitas empresas, como o Facebook, querem é que a gente forneça mais e mais informações sobre nós mesmos porque isso tem valor. Às vezes, isso pode até ser vantajoso. Se eu, de fato, estiver procurando um carro, seria ótimo receber publicidade de carros diretamente. Mas e se essas empresas tentarem manipulá-lo? Podem usar sofisticados instrumentos de psicologia para motivá-lo a fazer alguma coisa sobre a qual você nem estava pensando.

Jornalista: O que podemos fazer para evitar isso?

Don Tapscott: Precisamos de mais leis sobre como essas informações são usadas. É necessário ficar claro que os dados coletados serão usados apenas para um propósito específico e que esse conjunto de dados não pode ser vendido para outros sem a sua permissão. (Folha de S. Paulo, 12/07/2012. Texto adaptado.)

Para o entrevistado, a coleta de informações

I. por indivíduos pode ser prejudicial às pessoas.

II. pelo “little brother” é mais danosa do que a pelo Big Brother 2.0.

III. por empresas pode ser danosa se as pessoas não souberem para que são usadas.

Está(ão) correta(s) apenas:

Alternativas

ID
1636144
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Trecho de uma entrevista com o escritor canadense Don Tapscott.

Jornalista:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Don Tapscott: Quando falamos em informação livre, em transparência, falamos de governos, de empresas, não do ser humano comum. As pessoas não têm obrigação de expor seus dados, seus gostos. Ao contrário, elas têm a obrigação de manter a privacidade. Porque a garantia da privacidade é um dos pilares de nossa sociedade. Mas vivemos num mundo em que as informações pessoais circulam, e essas informações formam um ser virtual. Muitas vezes, esse ser virtual tem mais dados sobre você do que você mesmo. Exemplo: você pode não lembrar o que comprou há um ano, o que comeu ou que filme viu há um ano. Mas a empresa de cartão de crédito sabe, o Facebook pode saber. Muitas pessoas defendem toda essa abertura, mas isso pode ser muito perigoso por uma série de razões. Há muitos agentes do mal por aí, pessoas que podem coletar informações a seu respeito para prejudicá-lo. Muitas vezes somos nós que oferecemos essa informação. Por exemplo, 20% dos adolescentes nos Estados Unidos enviam para as namoradas ou namorados fotos em que aparecem nus. Quando uma menina de 14 anos faz isso, ela não tem ideia de onde vai parar essa imagem. O namorado pode estar mal-intencionado ou ser ingênuo e compartilhar a foto.

Jornalista: E as informações que não fornecemos, mas que coletam sobre nós por meio da visita a websites ou pelo consumo?

Don Tapscott: Há dois grandes problemas. Um é o que chamo de Big Brother 2.0, que é diferente daquela ideia de ser filmado o tempo todo por um governo. Esse Big Brother 2.0 é a coleta sistemática de informações feita pelos governos. O segundo problema é o "little brother" – as empresas que também coletam informações a nosso respeito por razões econômicas, para definir nosso perfil e nos bombardear com publicidade. Muitas empresas, como o Facebook, querem é que a gente forneça mais e mais informações sobre nós mesmos porque isso tem valor. Às vezes, isso pode até ser vantajoso. Se eu, de fato, estiver procurando um carro, seria ótimo receber publicidade de carros diretamente. Mas e se essas empresas tentarem manipulá-lo? Podem usar sofisticados instrumentos de psicologia para motivá-lo a fazer alguma coisa sobre a qual você nem estava pensando.

Jornalista: O que podemos fazer para evitar isso?

Don Tapscott: Precisamos de mais leis sobre como essas informações são usadas. É necessário ficar claro que os dados coletados serão usados apenas para um propósito específico e que esse conjunto de dados não pode ser vendido para outros sem a sua permissão. (Folha de S. Paulo, 12/07/2012. Texto adaptado.)

Assinale a opção que apresenta a melhor pergunta do jornalista (1ª linha do texto) para a resposta do entrevistado.

Alternativas

ID
1636147
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Trecho de uma entrevista com o escritor canadense Don Tapscott.

Jornalista:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Don Tapscott: Quando falamos em informação livre, em transparência, falamos de governos, de empresas, não do ser humano comum. As pessoas não têm obrigação de expor seus dados, seus gostos. Ao contrário, elas têm a obrigação de manter a privacidade. Porque a garantia da privacidade é um dos pilares de nossa sociedade. Mas vivemos num mundo em que as informações pessoais circulam, e essas informações formam um ser virtual. Muitas vezes, esse ser virtual tem mais dados sobre você do que você mesmo. Exemplo: você pode não lembrar o que comprou há um ano, o que comeu ou que filme viu há um ano. Mas a empresa de cartão de crédito sabe, o Facebook pode saber. Muitas pessoas defendem toda essa abertura, mas isso pode ser muito perigoso por uma série de razões. Há muitos agentes do mal por aí, pessoas que podem coletar informações a seu respeito para prejudicá-lo. Muitas vezes somos nós que oferecemos essa informação. Por exemplo, 20% dos adolescentes nos Estados Unidos enviam para as namoradas ou namorados fotos em que aparecem nus. Quando uma menina de 14 anos faz isso, ela não tem ideia de onde vai parar essa imagem. O namorado pode estar mal-intencionado ou ser ingênuo e compartilhar a foto.

Jornalista: E as informações que não fornecemos, mas que coletam sobre nós por meio da visita a websites ou pelo consumo?

Don Tapscott: Há dois grandes problemas. Um é o que chamo de Big Brother 2.0, que é diferente daquela ideia de ser filmado o tempo todo por um governo. Esse Big Brother 2.0 é a coleta sistemática de informações feita pelos governos. O segundo problema é o "little brother" – as empresas que também coletam informações a nosso respeito por razões econômicas, para definir nosso perfil e nos bombardear com publicidade. Muitas empresas, como o Facebook, querem é que a gente forneça mais e mais informações sobre nós mesmos porque isso tem valor. Às vezes, isso pode até ser vantajoso. Se eu, de fato, estiver procurando um carro, seria ótimo receber publicidade de carros diretamente. Mas e se essas empresas tentarem manipulá-lo? Podem usar sofisticados instrumentos de psicologia para motivá-lo a fazer alguma coisa sobre a qual você nem estava pensando.

Jornalista: O que podemos fazer para evitar isso?

Don Tapscott: Precisamos de mais leis sobre como essas informações são usadas. É necessário ficar claro que os dados coletados serão usados apenas para um propósito específico e que esse conjunto de dados não pode ser vendido para outros sem a sua permissão. (Folha de S. Paulo, 12/07/2012. Texto adaptado.)

Na resposta de Don Tapscott para a segunda pergunta, uma forma típica da linguagem oral, cujo uso NÃO é recomendado para textos escritos formais é:

I. a troca de pronome da primeira para a segunda pessoa do singular.

II. a forma do pronome relativo em “sobre a qual”.

III. o emprego do pronome pessoal oblíquo em “manipulá-lo” e “motivá-lo”.


Está(ão) correta(s) apenas:

Alternativas
Comentários
  • II ) "...alguma coisa sobre a qual você nem estava pensando." Quem pensa, pensa em algo ou sobre algo. A preposição deve vir antes do relativo, assim como foi feito. Nenhum erro.

    III ) "Mas e se essas empresas tentarem manipulá-lo?" Em locuções verbais formadas por auxiliar + infinitivo sem palavra atrativa, o pronome oblíquo átono pode ser posicionado antes ou depois do auxiliar ou do verbo principal.

    " Podem usar sofisticados instrumentos de psicologia para motivá-lo..." Infinitivo não flexionado precedido de preposição tem a facultatividade da colocação pronominal.

    Alternativa A)

    Bons estudos.


ID
1636153
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Edison não conseguia se concentrar de jeito nenhum. Tinha sempre dois ou três empregos e passava o dia indo de um para outro. Adorava trocar mensagens, e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes para mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Apesar de ser um cara mais inteligente do que a média, sofria quando precisava ler um livro inteiro. Para completar, comia rápido e dormia pouco – e não conseguia se dedicar ao casamento conturbado, por falta de tempo. Se identificou? Claro, quem não tem esses problemas? Passar horas no twitter ou no celular, correr de um lado para o outro e ter pouco tempo disponível para tantas coisas que você tem que fazer são dramas que todo mundo enfrenta. Mas esse não é um mal do nosso tempo. O rapaz da história aí em cima era ninguém menos que Thomas Edison, o inventor da lâmpada. A década era a de 1870 e o aparelho que ele usava para mandar e receber mensagens, um telégrafo. O relato, que está em uma edição de 1910 do jornal New York Times, conta que quando Edison finalmente percebeu que seu problema era falta de concentração, parou tudo. Se fechou em seu escritório e se focou em um problema de cada vez. A partir daí, produziu e patenteou mais de 2 mil invenções. [...] (Gisela Blanco. Superinteressante, julho/2012)

O tema desse texto é:

Alternativas

ID
1636156
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Edison não conseguia se concentrar de jeito nenhum. Tinha sempre dois ou três empregos e passava o dia indo de um para outro. Adorava trocar mensagens, e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes para mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Apesar de ser um cara mais inteligente do que a média, sofria quando precisava ler um livro inteiro. Para completar, comia rápido e dormia pouco – e não conseguia se dedicar ao casamento conturbado, por falta de tempo. Se identificou? Claro, quem não tem esses problemas? Passar horas no twitter ou no celular, correr de um lado para o outro e ter pouco tempo disponível para tantas coisas que você tem que fazer são dramas que todo mundo enfrenta. Mas esse não é um mal do nosso tempo. O rapaz da história aí em cima era ninguém menos que Thomas Edison, o inventor da lâmpada. A década era a de 1870 e o aparelho que ele usava para mandar e receber mensagens, um telégrafo. O relato, que está em uma edição de 1910 do jornal New York Times, conta que quando Edison finalmente percebeu que seu problema era falta de concentração, parou tudo. Se fechou em seu escritório e se focou em um problema de cada vez. A partir daí, produziu e patenteou mais de 2 mil invenções. [...] (Gisela Blanco. Superinteressante, julho/2012)

O emprego da vírgula no trecho, “A década era a de 1870 e o aparelho que ele usava para mandar e receber mensagens, um telégrafo.”, é semelhante em:

Alternativas
Comentários
  • Virgula vicária, ou seja, supressão do verbo ''precisam''

    ''O professor de desenho prefere os alunos criativos e o de lógica ,(preferem) os ousados na teoria.''

  • Qual o erro da alternativa A?


ID
1636159
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Nove em cada dez usuários de Internet recebem spams em seus e-mails corporativos, segundo estudo realizado pela empresa alemã Antispameurope, especializada em lixo eletrônico virtual. Cada trabalhador perde, em média, sete minutos por dia limpando a caixa de mensagens, e essa quebra na produtividade custa € 828 – pouco mais de R$ 2,3 mil – anuais às empresas.

     Tomando-se como base os números apontados pela pesquisa, uma corporação de médio porte, com mil funcionários, perde, portanto, € 828 mil por ano – ou R$ 2,3 milhões – com esta prática que é considerada, apesar de simplória, uma verdadeira praga da modernidade.

   O spam remete às mensagens não-solicitadas enviadas em massa, geralmente utilizadas para fins comerciais, e pode de fato prejudicar consideravelmente a produtividade no ambiente de trabalho.

     Um relatório da Symantec, empresa de segurança virtual, mostra que o Brasil é o segundo maior emissor de spam do mundo, com geração de 10% de todo o fluxo de mensagens indesejadas na rede mundial de computadores. Os campeões são os norte-americanos, com 26%. [...] (Rodrigo Capelo. http://www.vocecommaistempo.com.br. Acesso em: 23/09/2012. Texto adaptado.)

Um título que contempla o conteúdo abordado no texto é:

Alternativas

ID
1636162
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Nove em cada dez usuários de Internet recebem spams em seus e-mails corporativos, segundo estudo realizado pela empresa alemã Antispameurope, especializada em lixo eletrônico virtual. Cada trabalhador perde, em média, sete minutos por dia limpando a caixa de mensagens, e essa quebra na produtividade custa € 828 – pouco mais de R$ 2,3 mil – anuais às empresas.

     Tomando-se como base os números apontados pela pesquisa, uma corporação de médio porte, com mil funcionários, perde, portanto, € 828 mil por ano – ou R$ 2,3 milhões – com esta prática que é considerada, apesar de simplória, uma verdadeira praga da modernidade.

   O spam remete às mensagens não-solicitadas enviadas em massa, geralmente utilizadas para fins comerciais, e pode de fato prejudicar consideravelmente a produtividade no ambiente de trabalho.

     Um relatório da Symantec, empresa de segurança virtual, mostra que o Brasil é o segundo maior emissor de spam do mundo, com geração de 10% de todo o fluxo de mensagens indesejadas na rede mundial de computadores. Os campeões são os norte-americanos, com 26%. [...] (Rodrigo Capelo. http://www.vocecommaistempo.com.br. Acesso em: 23/09/2012. Texto adaptado.)

A expressão “apesar de simplória” no segundo parágrafo pode ser substituída por

Alternativas
Comentários
  • Simplório denota simplicidade


ID
1636165
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O conto Missa do galo, de Machado de Assis, relata uma conversa do narrador, Sr. Nogueira, um jovem de 17 anos, com Conceição, de 30 anos, mulher do escrivão Meneses, um distante parente seu. O narrador, de Mangaratiba (RJ), hospedou-se durante alguns meses na casa de Meneses e Conceição, no Rio de Janeiro, a fim de estudar na capital. O foco do conto é a incompreensão do narrador sobre tal conversa com Conceição, momentos antes da missa do galo. O fragmento abaixo expressa um dos aspectos que contribuiu para a incompreensão do narrador.


De costume tinha os gestos demorados e as atitudes tranquilas; agora, porém, ergueu-se rapidamente, passou para o outro lado da sala e deu alguns passos, entre a janela da rua e a porta do gabinete do marido. Assim, com o desalinho honesto que trazia, dava-me uma impressão singular. Magra embora, tinha não sei que balanço no andar, como quem lhe custa levar o corpo; essa feição nunca me pareceu tão distinta como naquela noite. Parava algumas vezes, examinando um trecho da cortina ou consertando a posição de algum objeto no aparador; afinal deteve-se, ante mim, com a mesa de permeio. Estreito era o círculo das suas ideias; tornou ao espanto de me ver esperar acordado; eu repeti-lhe o que ela sabia, isto é, que nunca ouvira missa do galo na Corte, e não queria perdê-la.


Esse aspecto, recorrente no conto, refere-se

Alternativas

ID
1636168
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As personagens desta obra, que anunciam um movimento literário posterior, são quase caricaturas de tipos do estrato socioeconômico médio da sociedade da época – o mestre de rezas, a cigana, o barbeiro, dentre outras. Elas agem conforme as necessidades de sobrevivência, sem moralismos ou escrúpulos. As personagens, de certa forma, representam aspectos da cultura brasileira, entre os quais se destaca o “jeitinho brasileiro”. Trata-se de:

Alternativas

ID
1636171
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

O poema abaixo traz a seguinte característica da escola literária em que se insere:



Violões que Choram...

Cruz e Sousa


Ah! plangentes violões dormentes, mornos,

soluços ao luar, choros ao vento...

Tristes perfis, os mais vagos contornos,

bocas murmurejantes de lamento.


Noites de além, remotas, que eu recordo,

noites de solidão, noites remotas

que nos azuis da Fantasia bordo,

vou constelando de visões ignotas.


Sutis palpitações à luz da lua,

anseio dos momentos mais saudosos,

quando lá choram na deserta rua

as cordas vivas dos violões chorosos.

[...]

Alternativas
Comentários
  • percepção sensorial = simbolismo = joao da cruz e sousa

  • vlw corn0

  • Você de cara tem que ver o poema Vozes veludas... Lembrar que quem fez foi Cruz e Souza e que se trata do Simbolismo, com isso em mente só era procurar a assertiva que falasse sobre sentidos do caso a E, sentidos é a principal característica do Simbolismo


ID
1636174
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O segmento do poema abaixo apresenta


Eu e o sertão

Patativa do Assaré

Sertão, arguém te cantô

Eu sempre tenho cantado

E ainda cantando tô,

Pruquê, meu torrão amado,

Munto te prezo, te quero

E vejo qui os teus mistero

Ninguém sabe decifrá.

A tua beleza é tanta,

Qui o poeta canta, canta,

E inda fica o qui cantá.

[...]


(Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 1982)

Alternativas

ID
1636177
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder.

     – Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera aí, Miguilim...

     E o senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim, com todo o jeito.

     – Olha, agora!

     Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo... O senhor tinha retirado dele os óculos, e Miguilim ainda apontava, falava, contava tudo como era, como tinha visto. Mãe esteve assim assustada; mas o senhor dizia que aquilo era do modo mesmo, só que Miguilim também carecia de usar óculos, dali por diante. O senhor bebia café com eles. Era o doutor José Lourenço, do Curvelo. Tudo podia. Coração de Miguilim batia descompassado, ele careceu de ir lá dentro, contar à Rosa, à Maria Pretinha, a Mãitina. A Chica veio correndo atrás, mexeu: – “Miguilim, você é piticego...” E ele respondeu: – “Donazinha...”

     Quando voltou, o doutor José Lourenço já tinha ido embora. (Guimarães Rosa. Manuelzão e Miguilim. “Campo Geral”)

A narrativa

I. desenvolve-se num universo fantástico, corroborado pela subversão da linguagem.

II. não retrata as experiências afetivas entre Miguilim e as outras personagens, pois o foco está nas ações dele.

III. é escrita em terceira pessoa, mas a história é filtrada pela perspectiva do menino Miguilim.

Está(ão) correta(s)

Alternativas

ID
1636180
Banca
Aeronáutica
Órgão
ITA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder.

     – Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera aí, Miguilim...

     E o senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim, com todo o jeito.

     – Olha, agora!

     Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo... O senhor tinha retirado dele os óculos, e Miguilim ainda apontava, falava, contava tudo como era, como tinha visto. Mãe esteve assim assustada; mas o senhor dizia que aquilo era do modo mesmo, só que Miguilim também carecia de usar óculos, dali por diante. O senhor bebia café com eles. Era o doutor José Lourenço, do Curvelo. Tudo podia. Coração de Miguilim batia descompassado, ele careceu de ir lá dentro, contar à Rosa, à Maria Pretinha, a Mãitina. A Chica veio correndo atrás, mexeu: – “Miguilim, você é piticego...” E ele respondeu: – “Donazinha...”

     Quando voltou, o doutor José Lourenço já tinha ido embora. (Guimarães Rosa. Manuelzão e Miguilim. “Campo Geral”)

Os diminutivos do segmento contribuem para criar uma linguagem

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    →  Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder. – Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera aí, Miguilim...

    → ambos estão no diminutivo para passar uma valor de afetividade, carinho, transparecendo cuidado.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺