SóProvas



Prova COVEST-COPSET - 2019 - UFPE - Técnico em Radiologia


ID
3248917
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

O Texto 1 aborda questões referentes à população indígena. Acerca desse tema, o texto focaliza prioritariamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    》"Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato."

    》"Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. "

    O texto expõe a dificuldade da vida dos povos indígenas na cidade, o titulo já expressa o gabarito "Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida"

  • GABARITO: LETRA B

    ? "Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato."

    ? Todo momento o texto se volta a elucidar as condições de vida dos índios que deixam a sua tribo para tentar a vida na cidade, dizendo que muitas vezes são desamparados pelas políticas públicas e tratados de forma preconceituosa em relação ao restante da população.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3248920
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

Dentre as informações a seguir, assinale aquela que consta no Texto 1.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    》(2) A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

    O texto expõe que a maioria dos Sateré trabalham na informalidade, e conseguem gerar maior renda no mês de Abril.

  • GABARITO: LETRA E

    A) Os profissionais da área de saúde conhecem bem a realidade dos índios e rechaçam todo tipo de preconceito. ? incorreto, segundo o texto: Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. ?Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente [...]".

    B) Inexistem políticas públicas de saúde que se voltem para os índios, tanto nas aldeias quanto nas cidades. ? incorreto, segundo o texto: De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

    C) Embora tenham certo potencial econômico, as áreas indígenas são carentes e não podem atender ao mercado consumidor. ? incorreto, segundo o texto: [...] todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia [...] .

    D) A Funai está sediada em São Paulo, pois é nessa cidade que se concentra a maior população indígena do país. ? incorreto, conforme o texto ela está sediada em Roraima.

    E) O mês de abril é mais rentável para a população de índios que sobrevive às custas do artesanato. ? correto, segundo o texto:  "A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações?, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3248923
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

No trecho: “Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza”, podemos identificar uma relação semântica de:

Alternativas
Comentários
  • “Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza”.

    A oração em destaque é uma oração subordinada adverbial concessiva anteposta à oração principal,(vírgula obrigatória) expressa um valor ressalva, que, no entanto, não irá anular o argumento principal.

    GABARITO. C

  • GABARITO: LETRA C

    ? ?Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza?

    ? Conjunção subordinativa concessiva; ela expressa um valor semântico de contrariedade, ressalva, oposição a uma ideia, porém, sem invalidá-la.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito C

    》“Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza”

    Expressa ideia contrária à da principal. 

    Ex de Conectivo Concessivas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto.


ID
3248926
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

No 3° parágrafo, lemos: “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro [...]”. O sentido do trecho destacado é o mesmo de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? ?Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro [...]?

    ? Temos uma ideia de proporcionalidade presente, na minha opinião, temos duas respostas possíveis "à medida que" e "ao passo que" são conjunções subordinativas adverbiais proporcionais, logo, as duas caberiam como uma resposta.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito da Banca A

    》“Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se

    juntando em determinado bairro [...]”

    ⇢ Indica ideia de proporção, podendo ser substituída por à medida, ao passo que.

    Letra B também é uma opção.

  • Ideia de "PROPORCIONALIDADE".


ID
3248929
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

Analise as relações de sentido apresentadas abaixo.

1) A expressão “escassez de alimentos” equivale semanticamente a “carência de comida”.

2) A afirmação de que “a maioria dos Sateré [...] está no trabalho informal” deve ser compreendida como “a maioria dos Sateré [...] está desempenhando trabalho braçal”.

3) Devemos entender o trecho: “Foi na década de 50, [...] que o processo de migração para as cidades se intensificou” como: “Foi na década de 50, [...] que o processo de migração para as cidades recrudesceu”.

4) Afirmar que a Funai “tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil” é o mesmo que afirmar que a Funai “tem como missão tolher os direitos dos povos indígenas no Brasil”.

Está(ão) correta(s):

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    1) A expressão ?escassez de alimentos? equivale semanticamente a ?carência de comida?. ? correto, "escassez" e "carência" são palavras sinonímicas, e ambas equivalem a falta de algo, no caso, comida.

    2) A afirmação de que ?a maioria dos Sateré [...] está no trabalho informal? deve ser compreendida como ?a maioria dos Sateré [...] está desempenhando trabalho braçal?. ? incorreto, dizer que todos trabalhos informais são trabalhos braçais é algo completamente ilógico.

    3) Devemos entender o trecho: ?Foi na década de 50, [...] que o processo de migração para as cidades se intensificou? como: ?Foi na década de 50, [...] que o processo de migração para as cidades recrudesceu?. ? correto, "intensificar" e "recrudescer" significam aumento, são sinônimos.

    4) Afirmar que a Funai ?tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil? é o mesmo que afirmar que a Funai ?tem como missão tolher os direitos dos povos indígenas no Brasil?. ? incorreto, "tolher" significa impedir algo, não tem relação com "promover".

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Recrudescer

    Tornar-se mais intenso; exacerbar-se, aumentar.


ID
3248932
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

Assinale o enunciado em que a regência atende à norma-padrão da língua.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    A) Prover trabalho para os índios implica em reconhecer seus direitos. ? verbo "implicar" com sentido de "acarretar", "trazer consequência" é um verbo transitivo direto (sem preposição ? implica reconhecer).

    B) Muitos índios migraram para as grandes cidades devido o desemprego. ? devido a alguma coisa (preposição) + artigo definido "o"= ao.

    C) Poucos estudiosos fazem alusão à importância da cultura indígena para os brasileiros. ? correto, fazem alusão a algo (preposição) + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "importância"= crase.

    D) Certamente, as condições econômicas dos índios estão relacionadas em sua diminuição como povo. ? estão relacionadas COM alguma coisa e não "em".

    E) É muito triste chegar numa grande cidade e ver índios mendigando pelas ruas. ? chegar a algum lugar e não "em" algum lugar; a uma grande cidade.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito C

    Segue corrigido:

    A) Prover trabalho para os índios implica reconhecer seus direitos. O verbo “implicar”, quando empregado com o sentido de “acarretar”, “ocasionar”, “trazer consequências” é transitivo direto. Portanto, não deve ser introduzido por uma preposição.

    B) Muitos índios migraram para as grandes cidades devido Ao desemprego. O termo “devido” exige preposição “a”. Logo, preposição “a” + artigo (o).

    C) Poucos estudiosos fazem alusão à importância da cultura indígena para os brasileiros. Alusão [a]. Logo preposição “a” + artigo definido "a". Ocorrência da crase Correta.

    D) Certamente, as condições econômicas dos índios estão relacionadas COM sua diminuição como povo. relacionadas [COM].

    E) É muito triste chegar A uma grande cidade e ver índios mendigando pelas ruas. O verbo "chegar" é transitivo indireto, estabelecendo regência com a preposições "a".

  • GABARITO (C)

    (C) Poucos estudiosos fazem alusão à importância da cultura indígena para os brasileiros.

    CORRETÍSSIMA!

  • Gabarito: C

    Quem faz alusão, faz alusão a algo.

  • Complemento>

    A) Prover trabalho para os índios implica em reconhecer seus direitos.

    Cuidado com esta família de verbos:

    Implicar no sentido de acarretar.= VTD

    Corroborar= VTD. (Banca Vunesp cobrou bastante...)

    As mudanças nos preços acarretaram em desuso. (Errado)

    As mudanças nos preços acarretaram desuso.

    B) Devido ao emprego...

    D) estão relacionadas a algo..

    E) Quem chega, chega a algum lugar...

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Adendo: Implicar - sentido de ''aversão" "embirrar" = V T I


ID
3248935
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

Considerando as normas da concordância (verbal e nominal), assinale a alternativa que apresenta um enunciado correto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    A) Diversos estudos têm comprovado, de maneira inequívoca, que haviam muitas outras tribos indígenas no passado. ? verbo "haver" com sentido de "existir" é um verbo impessoal e não deve ser conjugado, o correto é "havia".

    B) A atenção à saúde e a preservação das condições de salubridade é fundamental para a população indígena. ? temos um sujeito composto (formado por dois núcleos: atenção; preservação) logo, a concordância deve ser feita no plural (são fundamentais).

    C) Para ajudar os indígenas, é preciso que se considere todos os fatores que contribuem para seu bem-estar. ? voz passiva sintética (se) e sujeito paciente no plural, o correto é: que se considerem todos os fatores (todos os fatores sejam considerados).

    D) No Brasil, sabemos que inexiste entidades que cuidam especificamente da saúde dos povos indígenas. ? sujeito no plural posposto ao verbo, na ordem direta: entidades inexistem.

    E) Cada um dos povos indígenas de que temos conhecimento deve preservar as suas especificidades culturais. ? concordância feita corretamente com a expressão "cada um".

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Comentários incorretos quanto à colocação pronominal da alternativa C

    O correto é a partícula apassivadora estar proclítica em relação ao verbo, visto que há antes a conjunção integrante"que", atraindo assim a próclise.

    QUE SE CONSIDEREM

  • A onipresença desse Arthur Carvalho é irritante, não pela obsessão em ser a Estrela QC, mas por dar várias bolas fora.

  • Welder, seu julgamento da alternativa C está equivocado. “Que” é fator de próclise, você não pode colocar o “se” em posição enclítica.
  • Complemento..

    A) haver no sentido de existir / Ocorrer= sem pessoa, sem sujeito, sem plural.

    O que vem após= Objeto direto.

    B) Sujeito composto antes do verbo= Concordância obrigatória = plural.

    C)

    No período= é preciso que se considere todos os fatores que contribuem para seu bem-estar.

    Há um um Se ao lado de um verbo transitivo direto, logo há que se cogitar que estamos diante de uma partícula apassivadora ...que se considerem todos os fatores...

    D) O que existe? entidades existem...

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • C) Para ajudar os indígenas, é preciso que se considerem todos os fatores que contribuem para seu bem-estar.

  • A atenção à saúde e a preservação das condições de salubridade é fundamental para a população indígena.

    Não vi ninguém falando desse erro, então vejam isto:

    A atenção à saúde e À (faltou crase) preservação das condições de salubridade é fundamental para a população indígena.

    Esse é o erro, quanto à concordância está correto, veja:

    o que é fundamental?

    "A atenção", portanto:

    É fundamental

    (Lembrando: é - verbo de ligação, fundamental - predicativo do sujeito)

    E não: são fundamentais.

    Sou humana, erro; mas melhor errar aqui que na hora da prova.


ID
3248938
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Indígenas na cidade: pobreza e preconceito marcam condição de vida

(01) Há muito tempo, a Floresta Amazônica deixou de ser o lar de milhares de indígenas. A escassez de alimentos, o desmatamento e o avanço das cidades sobre as matas são alguns fatores que motivaram povos tradicionais a migrar para áreas urbanas. Em Manaus, no Amazonas, eles podem ser encontrados em todas as regiões da cidade. A Fundação Estadual do Índio estima que de 15 a 20 mil indígenas de diversas etnias vivam em áreas urbanas amazonenses, como os sateré-mawé, apurinã, kokama, mirana, dessana, tukano e piratapuia. “Acredito que 90% dos bairros de Manaus tenham indígenas morando”, informou o presidente da Fundação Estadual do Índio, Raimundo Atroari.

(02) Apesar de buscar melhores condições de vida na cidade, a maioria dos indígenas vive em situação de pobreza, tem dificuldade de conseguir emprego e a principal renda vem do artesanato. “Geralmente, as comunidades estão localizadas em área de risco. Nunca é numa área boa. A gente sente muito essa dificuldade de viver na cidade. A maioria dos Sateré daqui da aldeia está no trabalho informal, sem carteira assinada. A maior parte fica dentro da aldeia trabalhando com artesanato. A gente consegue gerar uma renda mais no mês de abril, quando o público procura. Fora isso a gente fica dependendo de doações”, contou o tuxaua ou cacique Moisés Sateré, líder de uma comunidade no bairro da Paz, zona oeste de Manaus, onde vivem 14 famílias.

(03) A antropóloga Lúcia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, confirma que é comum os indígenas, mesmo em áreas urbanas, viverem em comunidade. “Conforme vai passando o tempo, vem um, vem outro e mais outros, as famílias acabam se juntando em determinado bairro, ou em uma periferia que ninguém morava, e os indígenas foram morar. Você vai ver que nas grandes cidades como Manaus, Campo Grande, Porto Alegre, tem bairros eminentemente indígenas, ou segmentos de bairros”, ressaltou a antropóloga.

(04) Moisés Sateré também reclama das dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. “Às vezes a gente não consegue esse atendimento porque muitos profissionais desconhecem a nossa realidade e acabam tendo preconceito com a gente. Quando eles reconhecem que a gente pertence a algum povo, começam a jogar dizendo que a gente precisa ir pra aldeia pra ser atendido ou procurar a Casai [Casa de Saúde Indígena]. Então, fica empurrando”, disse a liderança indígena.

(05) De acordo com o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) de Manaus, Ronaldo Barros, da etnia maraguá, as políticas públicas de saúde são voltadas aos indígenas nas aldeias. Aqueles que vivem nas cidades enfrentam os mesmos problemas que o restante da população.

(06) Ainda de acordo com Raimundo Atroari, a Fundação Estadual do Índio está desenvolvendo projetos para ajudar na geração de renda dos indígenas dentro das aldeias, como uma alternativa para evitar a migração deles para os centros urbanos. “A gente está trabalhando para mudar essa história porque todas as áreas indígenas são riquíssimas, têm um potencial econômico grande. O mercado consumidor tem uma carência muito grande de tudo que tem na aldeia: da alimentação, da matéria-prima, daquilo que pode ser transformado em joia, em remédio, em perfume, enfim. Tudo que tem lá dá pra se transformar em moeda. E a Matriz Econômica Ambiental vem justamente trazendo toda essa possibilidade de geração de renda lá no habitat para os caboclos e indígenas”, explicou Raimundo.

(07) A Matriz Econômica Ambiental foi lançada pelo governo do Amazonas em fevereiro para desenvolver, entre outros projetos, a economia do estado de forma sustentável, com a colaboração dos povos tradicionais.

(08) Morar em centros urbanos sem ocultar a ancestralidade e as próprias referências é ainda uma luta para mais de 315 mil indígenas, segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 49% do total da população indígena do país. Em todo o Brasil, São Paulo é a cidade com maior população indígena, com cerca de 12 mil habitantes; seguida de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com pouco mais de 11 mil e Salvador, com mais de 7,5 mil índios.

(09) Foi na década de 50, com o desenvolvimento industrial, que o processo de migração para as cidades se intensificou. Moradores do campo seguiam em busca de emprego nas fábricas e, com os indígenas, não foi diferente. Mas a própria Fundação Nacional do Índio (Funai), que tem como missão promover os direitos dos povos indígenas no Brasil, sofre o preconceito e percebe a situação dos indígenas que moram nas cidades. “Essa questão do preconceito é até com os servidores [da Funai]. Se é com o servidor, imagine para o próprio indígena”, diz o coordenador regional da Funai em Roraima, Riley Mendes.

(10) O Padre Robert Marie de Zalicourt, do Conselho Indigenista Missionário no Amazonas, acredita que, para manter as próprias referências na cidade, os indígenas precisam se unir. “Tem famílias indígenas em todos os bairros de Manaus, mas não são reconhecidas. Então, eles têm tendência de perder a sua cultura. Eles estão mantendo essa especificidade quando estão unidos e organizados.”

Por Bianca Paiva e Maíra Heinen. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/indigenas-na-cidadepobreza-e-preconceito-marcam-condicao-de-vida. Acesso em: 12/10/2019. Adaptado.

No título do Texto 1, encontramos a palavra “pobreza”, que se grafa com “z”. Também se grafa com “z” a palavra:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) repreza. ? o correto é "represa".

    B) paralização. ? o correto é "paralisação", vem de "paralisar".

    C) teimozia. ? o correto é "teimosia", vem de "teimoso".

    D) cozimento. ? correto, vem de "cozinhar"; lembrando que "coser" significa "costurar" e "cozer" significa "cozinhar".

    E) querozene. ? o correto é "querosene".

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Atenção a algumas palavras que caem sempre:

    CatequiZar

    CataliSador

  • O Arthur Carvalho está reinando em Português no Qc.

  • que piada kk

  • Dica rápida>

    Se a palavra de origem tiver "s" repita!

    B) Paralisia = paraliSação.

    C) Teimosa teimoSia.

    D) cozimento. CUIDADO: COZER X COSER

    Aquele: Cozinhar, este = costurar.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Minha cabeça entende que paralisação é com ''Z''

    Paralisação, paralisação, paralisação, paralisaçãaaao.

  • Só tem um problema, segundo o VOLP, há, os homônimos homófonos COZIMENTO e COSIMENTO.

  • Cozimento- Derivação do verbo COZINHAR.

  • A grafia do fonema /Z/, com a letra S, ocorre entre vogais (no final das palavras)

    Teimoso

    represa

    hipnose

    jeitoso

    exceções: doze, gaze, gozo, prazo, baliza, coriza, ojeriza, guizo, granizo, cafuzo.


ID
3258175
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) tem indicação, geralmente, para estudar as doenças de qual região?

Alternativas
Comentários
  • A tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) tem indicação para estudar as doenças incidentes em: abdome e parênquima pulmonar.

    GABARITO: D


ID
3258178
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Como é denominada, em tomografia computadorizada, a relação entre o deslocamento da mesa e a espessura do corte?

Alternativas
Comentários
  • Um Pitch indica que a velocidade da mesa e a espessura de corte são iguais.

    Gabarito: D

  • Pitch – É a relação entre o deslocamento da mesa e a espessura de corte em TC helicoidal.

    Gabarito: D


ID
3258181
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Ao realizar uma tomografia computadorizada da coluna lombar, em paciente com lombalgia, deve-se posicioná-lo em decúbito

Alternativas
Comentários
  • Ao realizar uma tomografia computadorizada da coluna lombar, em paciente com lombalgia, deve-se posicioná-lo em decúbito dorsal, com joelhos fletidos.

    Gabarito: D


ID
3258184
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na maioria das vezes, a embolia pulmonar é causada por coágulos de sangue originários das pernas ou, em casos raros, de outras partes do corpo (trombose venosa profunda). Os sintomas incluem falta de ar, dor no peito e tosse. Na detecção de embolia pulmonar em ramos segmentares, qual tipo de exame de TC está indicado?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Na detecção de embolia pulmonar em ramos segmentares faz sentido ser Angiotomografia, pois quando o contraste "parar", ou seja, não conseguir passar em um determinado ponto dos vasos sanguineos, significa que ali é onde está o problema.


ID
3258187
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Em um equipamento de TC, qual dos parâmetros, apresentados na tela de uma workstation, se refere à dimensão do intervalo, dentro da escala de Hounsfield, que é representado por tons de cinza na imagem tomográfica?

Alternativas
Comentários
  • A largura da janela (Window Windth/WW) se refere a variedade de números de TC que são apresentados como tons de cinza.

    O nível da janela (Window Level/WL) controla o brilho da imagem

    Gabarito: A


ID
3258190
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na avaliação venosa, no que diz respeito à circulação sistêmica, durante a aquisição da angiotomografia do abdome, o tempo correto para obtenção das imagens é de

Alternativas

ID
3258193
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Que nome se dá à representação bidimensional de uma matriz de imagem tomográfica?

Alternativas
Comentários
  • A matriz da imagem é composta de linhas e colunas de pequenos blocos chamados de Pixels (elementos de imagem)

    Gabarito: D


ID
3258196
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na tomografia do crânio, são avaliados: o encéfalo, o tronco cerebral e o cerebelo, além do sistema ventricular. O tronco cerebral é formado inteiramente por quais estruturas anatômicas?

Alternativas
Comentários
  • O tronco encefálico é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo.

    Gabarito: C


ID
3258199
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Numa tomografia computadorizada de crânio sem contraste, foi diagnosticado um AVC hemorrágico (hematoma intraparenquimatoso). A imagem deve corresponder a uma lesão

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Fica branco, ou seja, hiperdenso.


ID
3258202
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Em qual parte do equipamento de tomografia computadorizada, fica localizado o tubo de raios X?

Alternativas
Comentários
  • O Gantry consiste no tubo de raios X, um conjunto de detectores e colimadores.

    Gabarito: E


ID
3258205
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na escala de Hounsfield, qual é o valor da água?

Alternativas
Comentários
  • Valores de unidade de Hounsfield (HU):

    Ar = -1000

    Pulmão = -500

    Gordura = -100 a -50

    Água = 0

    Fluido cerebrespinhal = 15

    Rim = 30

    Sangue = +30 a +45

    Músculo +10 a +40

    Massa cinzenta = +37 a + 45

    Massa branca = +20 a +30

    Fígado = +40 a +60

    Tecidos moles, Contraste = +100 a +300

    Osso = +700 (osso esponjoso) a +3000 (osso denso)

    Fonte: Wikipédia

  • +1.000 (Osso cortical)

    +50 (Músculo)

    +45 (Substância branca)

    +40 (Substância cinzenta)

    +20 (Sangue)

    +15 (LCE)

    0 (Água)

    -100 (Gordura)

    -200 (pulmão)

    -1.000 (Ar)

    Gabarito: D


ID
3258208
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Para o estudo do rim com tomografia helicoidal, qual é a fase que demonstra o realce cortical e medular renal?

Alternativas

ID
3258211
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

O protocolo de rotina para TC de abdome, geralmente, inclui uma varredura com cortes de 5 a 7mm que se estendem:

Alternativas
Comentários
  • O protocolo de rotina para TC de abdome, geralmente, inclui uma varredura com cortes de 5 a 7mm que se estendem do diafragma até as cristas ilíacas.

    Gabarito D


ID
3258214
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A diferença de densidade radiológica entre duas áreas anatomicamente adjacentes, em uma imagem tomográfica, é chamada de

Alternativas
Comentários
  • O contraste é definido como a diferença na densidade radiográfica entre duas regiões adjacentes da imagem. Contraste alto significa que há pouca quantidade de tons de cinzas na imagem entre as cores branca e preta. Por outro lado, baixo contraste significa que há muitos tons de cinza entre o branco e o preto.

    Gabarito: B


ID
3258217
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Um cuidado que se deve ter na realização de uma tomografia computadoriza do crânio, em crianças, é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    O corpo das crianças geralmente é menos denso do que os dos adultos, acredito que esse seja um motivo para reduzir a quantidade de mAs.


ID
3258220
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na Tomografia Computadorizada do crânio, em um paciente com pedido médico que indica suspeita de tumor cerebral, deve-se obter as imagens:

Alternativas

ID
3258223
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na pancreatite aguda, as imagens, após contraste venoso, são importantes para demonstrar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Pancreatite é uma inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica. O foco é analisar a viabilidade do pâncreas e a presença de necrose. Na verdade, fui por eliminação, todas as outras alternativas são especificas demais para um enunciado tão abrangente.


ID
3258226
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

O efeito de volume parcial ocorre quando as estruturas anatômicas não ocupam toda a espessura da fatia e são representadas com baixa resolução espacial, devido à demonstração da atenuação média de todas as estruturas dentro da secção. A alternativa que contém uma forma de reduzir esse artefato, se possível, é:

Alternativas
Comentários
  • Vamos que vamos!!
  • kkkk
  • Gabarito: D

    Imagina que uma estrutura é MENOR que a espessura do corte, se você quer cortá-la a espessura do fio da lâmina de corte deve ser menor, certo ? Ou seja, basta reduzir o tamanho da espessura do corte.


ID
3258229
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Para diagnóstico e avaliação de neoplasia pancreática, há preconização para cumprimento do protocolo de aquisição de imagens tomográficas do abdome. Para tanto, preconiza-se que:

Alternativas

ID
3258232
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A respeito das contraindicações para a realização da ressonância magnética, assinale a alternativa com a contraindicação absoluta ao exame.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Sempre que tiver entre as alternativas "Implante Coclear" geralmente este é o correto, os outros não da pra fazer se possuem metal que possa sofrer ação do campo magnética da RM ou não.


ID
3258235
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Nos exames por ressonância magnética de mama, o posicionamento inadequado é uma das causas de erro de interpretação. Sobre o artefato de ponto de contato, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
3258238
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Em geral, os sinais obtidos para a formação da imagem, pela técnica de Ressonância Magnética, são originados em átomos de qual elemento químico?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Hidrogênio, sempre hidrogênio!


ID
3258241
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Qual das sequências abaixo oferta informações diagnósticas importantes, quando se tem como hipótese diagnóstica um acidente vascular encefálico em estágio precoce?

Alternativas
Comentários
  • difusão (DWI)

  • Onde é que se estuda isso ?

  • do q se trata?


ID
3258244
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Considerando a Portaria n° 453/98, não se constitui um dos princípios da radioproteção:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    De acordo com a Portaria 453/98:

    a) Justificação da prática e das exposições médicas individuais (Benefício vs Dano).

    b) Otimização da proteção radiológica (ALARA).

    c) Limitação de doses individuais (Não pode ultrapassar os limites).

    d) Prevenção de acidentes (Evitar erros humanos).


ID
3258247
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Em relação à radiação ionizante, identifique as situações em que esse procedimento se torna proibido.

1) Quando usada para rastreamento de massa.
2) Quando estiver de acordo com a Declaração de Helsinque.
3) Quando expor seres humanos a bem da pesquisa biomédica.
4) Quando usada em exames de rotina, antes de internamento.
5) Quando usada apenas para fins terapêuticos.

Estão corretas, apenas:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi a questão : /

  • portaria 453 parte da justificação onde diz que fica proibida toda exposição que n possa ser justificada

  • Gabarito: C

    Segundo a Portaria 453/98:

    2.5 Fica proibida toda exposição que não possa ser justificada, incluindo:

    a) Exposição deliberada de seres humanos aos raios-x diagnósticos com o objetivo único de demonstração, treinamento ou outros fins que contrariem o princípio da justificação.

    b) Exames radiológicos para fins empregatícios ou periciais, exceto quando as informações a serem obtidas possam ser úteis à saúde do indivíduo examinado, ou para melhorar o estado de saúde da população.

    c) Exames radiológicos para rastreamento em massa de grupos populacionais (1), exceto quando o Ministério da Saúde julgar que as vantagens esperadas para os indivíduos examinados e para a população são suficientes para compensar o custo econômico e social, incluindo o detrimento radiológico. Deve-se levar em conta, também, o potencial de detecção de doenças e a probabilidade de tratamento efetivo dos casos detectados.

    d) Exposição de seres humanos para fins de pesquisa biomédica (3), exceto quando estiver de acordo com a Declaração de Helsinque (2), adotada pela 18ª Assembléia Mundial da OMS de 1964; revisada em 1975 na 29ª Assembléia, em 1983 na 35ª Assembléia e em 1989 na 41ª Assembléia, devendo ainda estar de acordo com resoluções específicas do Conselho Nacional de Saúde.

    e) Exames de rotina de tórax para fins de internação hospitalar(4), exceto quando houver justificativa no contexto clínico, considerando-se os métodos alternativos.


ID
3258250
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Em relação à radioproteção, para estudantes em treinamento, com idade entre 16 e 18 anos, a dose efetiva anual não deve exceder os seguintes valores:

Alternativas
Comentários
  • Doses para Estudantes:

    6mSv efetiva

    50mSv cristalino

    150 extremidade

    Gabarito: C


ID
3258253
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Tendo como princípio a radioproteção, fica proibida a exposição ocupacional de menores de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    A partir de 16 já pode, desde que seja estágio. Depois dos 18, outras formas além do estágio.

  • Exposição ocupacional é proibida para menores de 18 anos, salvo em estágio. para menores de 16 anos, qualquer tipo de exercício que envolva radiação ionizante é proibido. Para mim a questão não foi suficientemente clara.


ID
3258256
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Para liberação de serviços de imagem que têm como princípio a radioproteção das instalações, são exigidos certos documentos para licenciamento, à exceção apenas de

Alternativas

ID
3258259
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Um relatório de levantamento radiométrico deve ser providenciado quando:

1) houver autorização para as modificações;
2) após a realização de modificações;
3) quando decorrerem três anos, desde o último levantamento;
4) quando decorrerem quatro anos, desde o último levantamento.

Está(ão) correto(s), apenas:

Alternativas
Comentários
  • 3.13 Um novo relatório de levantamento radiométrico deve ser providenciado: a) Após a realização das modificações autorizadas. b) Quando ocorrer mudança na carga de trabalho semanal ou na característica ou ocupação das áreas circunvizinhas. c) Quando decorrer 4 anos desde a realização do último levantamento


ID
3258262
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Entre as funções do responsável técnico, não consta:

Alternativas

ID
3258265
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Qual exame periódico deve ser pedido a profissionais que trabalham com radiação ionizante?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    - Hemograma

    - Contagem de plaquetas


ID
3258268
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

O uso de colimadores está diretamente relacionado com:

Alternativas

ID
3258271
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Ao realizar uma radiografia da coluna para estudo de escoliose, o paciente deve se apresentar em:

Alternativas
Comentários
  • MÉTODO DE FERGUSON

    GABARITO A


ID
3258274
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Qual a angulação que deve ter o antebraço com o braço na incidência de um perfil de cotovelo?

Alternativas
Comentários
  • O antebraço forma um ângulo de 90º com o braço.

    Gabarito: D

  • Método de Coyle

    Gabarito: D


ID
3258277
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na incidência axial lateral oblíqua, para o estudo da articulação temporomandibular, o raio central deve ser angulado no sentido caudal, a

Alternativas

ID
3258280
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na incidência de Towne, a distância foco-filme mínima deve ser de

Alternativas

ID
3258283
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A bolha gasosa melhor identifica que estrutura anatômica do estômago?

Alternativas
Comentários
  • O Estômago é composto de 3 subdivisões: Fundo, Corpo e Piloro

    O Fundo é usualmente preenchido por uma bolha de ar engolida, denominada bolha gástrica.

    Gabarito: D

  • Anatomicamente, o estômago é dividido em quatro partes: cárdia, fundo, corpo e piloro. Cárdia: Corresponde a transição entre esôfago e estômago. Nessa região existem glândulas secretoras de muco. Fundo e Corpo: O fundo corresponde a curvatura superior do estômago.

    Gabarito D


ID
3258286
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Na avaliação radiológica das vias urinárias, a radiografia simples do abdome não nos ajuda a observar

Alternativas

ID
3258289
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A válvula ileocecal localiza-se no

Alternativas
Comentários
  •  o íleo corresponde à parte final do intestino delgado e é separado do ceco (parte inicial do intestino grosso) pela válvula ileocecal.

    Sua maior parte está situada no quadrante inferior direito do abdômen e é móvel, assim como o jejuno.

  • A sequência do Intestino Delgado são: o Duodeno, Jejuno e o Íleo.

    O íleo termina e se junta ao intestino grosso na válvula ileocecal (esfíncter ou dobragem) no QID

    Gabarito: C

  • a válvula íleo-cecal constitui a comunicação entre o intestino delgado na parte ilíaca e o grosso no colo ascendente localizado no lado direito do corpo, mesmo lado do apêndice vermiforme.


ID
3258292
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Qual a distância ideal entre o paciente e a ampola de raio X, para a realização de uma avaliação radiológica do tórax em posição ortostática?

Alternativas

ID
3258295
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

Não constitui fator de variação anatômica

Alternativas
Comentários
  • Anatomia humana: Fatores gerais de variação. As variações são individuais e são decorrentes dos seguintes fatores, como idade, sexo, raça, biótipo e evolução.

  • Gabarito: E

    A posição anatômica varia de pessoa para pessoa ? NÃÃÃO !


ID
3258298
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A definição de um plano longitudinal que divida o corpo em partes anterior e posterior é relacionada com o plano

Alternativas
Comentários
  • O plano frontal ou coronal divide o corpo nas porções anterior (frente) e posterior (costas).

  • Plano Coronal

    Um plano coronal é um plano longitudinal que divide o corpo em partes posteriores e anteriores.

    O plano coronal médio divide o corpo em partes iguais posteriores e anteriores e é chamada coronal porque passa aproximadamente através da sutura coronal do crânio. Qualquer plano paralelo ao plano coronal médio (ou plano frontal) é chamado de plano coronal.

    Gabarito: B

  • Planos de secção são planos bidimensionais e retilíneos que divide o corpo em duas partes, sendo o plano Coronal ou também denominado de frontal o que divide em duas metades anterior e posterior.


ID
3258301
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A incidência de Schüller para estudo das mastoides se faz com inclinação do raio central a

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    RC 25o a 30o caudais, centrado cerca de 1,3 cm anterior e 5 cm acima do MAE.


ID
3258304
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

As articulações temporomandibulares são analisadas por meio das técnicas de

Alternativas

ID
3258307
Banca
COVEST-COPSET
Órgão
UFPE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Radiologia
Assuntos

A incidência de Laurell está relacionada à pesquisa de

Alternativas