SóProvas


ID
1853458
Banca
FCC
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Era uma vez... 

     As crianças de hoje parecem nascer já familiarizadas com todas as engenhocas eletrônicas que estarão no centro de suas vidas. Jogos, internet, e-mails, músicas, textos, fotos, tudo está à disposição à qualquer hora do dia e da noite, ao alcance dos dedos. Era de se esperar que um velho recurso para se entreter e ensinar crianças como adultos − contar histórias − estivesse vencido, morto e enterrado. Ledo engano. Não é incomum que meninos abandonem subitamente sua conexão digital para ouvirem da viva voz de alguém uma história anunciada pela vetusta entrada do “Era uma vez...". 
      Nas narrativas orais − talvez o mais antigo e proveitoso deleite da nossa civilização – a presença do narrador faz toda a diferença. As inflexões da voz, os gestos, os trejeitos faciais, os silêncios estratégicos, o ritmo das palavras – tudo é vivo, sensível e vibrante. A conexão se estabelece diretamente entre pessoas de carne e osso, a situação é única e os momentos decorrem em tempo real e bem marcado. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.
     As histórias clássicas ganham novo sabor a cada modo de contar, na arte de cada intérprete. Não é isso, também, o que se busca num teatro? Nas narrações, as palavras suscitam imagens íntimas em quem as ouve, e esse ouvinte pode, se quiser, interromper o narrador para esclarecer um detalhe, emitir um juízo ou simplesmente uma interjeição. Havendo vários ouvintes, forma-se uma roda viva, uma cadeia de atenções que dá ainda mais corpo à história narrada. Nesses momentos, é como se o fogo das nossas primitivas cavernas se acendesse, para que em volta dele todos comungássemos o encanto e a magia que está em contar e ouvir histórias. Na época da informática, a voz milenar dos narradores parece se fazer atual e eterna.  

(Demócrito Serapião, inédito) 

Atente para esta sequência de frases que compõem um período do texto:

I. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta,

II. o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve,

III. a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

Não se altera o sentido do período acima introduzindo-se as frases II e III, respectivamente, com as seguintes expressões:

Alternativas
Comentários
  • Da primeira para a segunda frase, temos uma ideia de proporcionalidade, simultaneidade. Da segunda para a terceira, ideia de conclusão! Agora vamos a cada conjução:

    Letra a (errada) Uma vez que: conjunção subordinativa CAUSAL. Ainda que: conjunção subordinativa CONCESSIVA.

    Letra b (certa): Ao passo que: conjunção subordinativa PROPORCIONAL. Por conseguinte: conjunção coordenativa CONCLUSIVA.

    Letra c (errada): desde que: conjunção subordinativa CONDICIONAL. mesmo que: conjunção subordinativa CONCESSIVA.

    Letra d (errada): conquanto: conjunção subordinativa CONCESSIVA. porquanto: conjunção subordinativa CAUSAL.

    Letra e (errada): portanto: conjunção coordenativa CONCLUSIVA. entretanto: conjunção coordenativa ADVERSATIVA.

     

    Fiz algumas alterações. Se tiver algum outro erro me avisem!

     

  • A narrativa torna-se um caloroso laço de vozes e palavras, porque o narrador sente-se valorizado = ideia de conclusão.

    A inversão da oração facilita quando queremos entender o sentido da frase, verificando se é ideia de causa, consequência etc ... 

  • Basta verificarmos a ideia de consecutividade entre as frases. >> O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta ao passo que  o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve por conseguinte a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

  • Gab. B

  • O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, "NA MESMA PROPORÇÃO QUE" o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, "CONCLUSÃO" a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

  • PORTANTO = Conclusão.

    PORQUANTO = Causa.

    CONQUANTO = Concessão.

    CONTANTO = Condição.

     

    Cai direto!!

  • Porquanto: pode ser uma conjunção coordenativa explicativa OU uma conjunção subordinativa causal, a depender do contexto semântico-sintático

    (Porquanto - explicação ou causa)

    Contudo: conjunção coordenativa adversativa

    (Contudo - adversidade)

    Por conseguinte: conjunção coordenativa conclusiva.

    (Por conseguinte - conclusão)

    Conquanto: conjunção subordinativa concessiva

    (Conquanto - concessão) 

    Contanto que: conjunção subordinativa condicional.

    (Contanto que - condição)

    Observação: não confundir causa, consequência, conclusão e explicação (são realidades diferentes)

     

  • ''a,c,d'' trazem ideia de concessiva

    ''e'' traz ideia de adversativa

    só b que não...as frases não trazem esse sentido.

  • "Por conseguinte" tem o significado de "em "em consequência de algo", "consequentemente", "portanto", "por isso", "então", "em razão disso" (NOTE QUE "por isso", "então", "portanto", "em razão disso", nesse caso, não indicam causa, nem explicação, nem conclusão; trata-se de um tipo de subordinação, mas que é apenas uma locução adverbial, que indica CONSEQUÊNCIA.)"

     

    http://www.dicionarioinformal.com.br/conseguinte/

  • CORRIGINDO ALGUNS COLEGAS !!!

    I. O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta,

    II. o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve,

    III. a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    A relação entre os itens I e II se dá pela conjunção " ao passo que ", conjunção essa de caráter temporal, referindo-se a tempo concomitante. 

    Relação esta observada entre o ouvinte e o narrador pela conjunção supracitada.

    Já quanto ao item III " por conseguinte " conjunção conclusiva, basta-se fazer a substituição por " portanto " ou " assim sendo ".

    Percebe-se uma que o item III é uma conclusão lógica em relação aos itens anteriores. 

  • "Ao passo que" conjunção subordinativa proporcional.

  • Pelo o que entendir pelo cometário do Léo thunder

    O item II tem uma relação de temporariedade com item I.

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, ao mesmo tempo que (=ao passo que) o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve,

    Apesar de que: ao passo que é uma conjunção subordinativa proporcional.

     

     

     

  • O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, ao passo que o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, por conseguinte a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    Gabarito B de Bonita questão.

     

     

    ----

    "Lembre-se que sua situação atual não é o seu destino final. O melhor ainda está por vir."

  • 1 - Só reparar que não faz sentido introduzir uma concessiva ou uma adversativa na II ou na III

    2 - II e III não estão no subjuntivo para introduzir uma concessiva

  •  

     

    CONCLUSÃO:                    POR CONSEGUINTE,         

    LOGO,        

    PORTANTO,        

    ENFIM

                                                                 E  =       POR ISSO.    

     ENTÃO

                                                                   ,POIS, ENTRE VÍRGULAS

                                                 

     

     

     

     

    Q590406       Q817676    Q629834

     

    TEMPORAIS:       QUANDO,    EIS QUE,     MAL = LOGO QUE,   APENAS, SEMPRE QUE, NO MOMENTO QUE

     

    CONCESSÃO:    EMBORA,      A DESPEITO,  MESMO QUE, CONQUANTO,  AINDA QUE, APESAR DE, POSTO QUE

     

    PROPORCIONAL :      ENQUANTO    =             AO PASSO QUE, À MEDIDA QUE

     

    CONFORMATIVA:       COMO     SEGUNDO, CONSOANTE,  CONFORME

     

    CONDICÃO:    DESDE QUE, CONTATO, SE NÃO QUANDO NÃO

     

     

    COMPARATIVO:                    QUE =  DO QUE          Esta casa é mais alta (que = DO QUE) a outra

                                                   ASSIM COMO = COMPARAÇÃO

     

             ADIÇÃO:         NÃO APENAS

                                    TAMBÉM NÃO

                                     OUTROSSIM

                                      MAS = E

     

            PROPORCIONAIS  =      À MEDIDA QUE, AO PASSO, TANTO MAIS

     

     

     

     

     

  • www.questoesesquisitasFCC.com.br
  • não entendi..

  • PROPORCIONAIS → São as conjunções que estabelecem uma relação de proporcionalidade em relação ao fato contido na oração subordinante.
    À MEDIDA QUE, À PROPORÇÃO QUE, AO PASSO QUE, QUANTO MAIS... MAIS, QUANTO MAIS... MENOS,QUANTO MENOS... MAIS, QUANTO MENOS... MENOS.


    II. o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, ( ao passo que, à medida em que, na proporção que sentiu-se valorizado..... )

    Coordenadas conclusivas→ São aquelas que exprimem uma conclusão, uma dedução lógica da ideia contida na oração precedente.
    As principais conjunções conclusivas são: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, por isso, por conseguinte.
     

    III. a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras. (resultado/conclusão => ...., por conseguinte a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

    RESUMINDO     ( NA PROPORÇÃO em que se sentiu valorizado, CONCLUI-SE que resultou num calorozo laço de vozes)

    fonte: Nova Gramatica da Lingua Portuguesa para concursos - Rodrigo Bezerra 2015

  • Portanto (conclusão), tô boiando.... Meu pai

  • Existe uma relação de proporcionalidade entre a oração I e a II. Já que o ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta ao mesmo tempo que o narrador se sente valorizado pela atenção do ouvinte. 

  • A qestão nos diz que é uma sequência que compõe um período, então juntei as 3 orações, colocando as conjunções adequadas:

     

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, ao passo que o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, por conseguinte a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

  • b-

    A arfirmação II é ums instancia de conjunção/locução conjuntiva tendo valor aditivo porque nao introduz ressalva ou contraste à afirmação principal. Afirmação III é a conclusao das 2 afirmações anteriores

  • Foi só eu quem teve trabalho para interpretar o enunciado? =/

  • Eu nem tinha entendido a pergunta, muito mal formulada ¬¬

  • Interpretando o enunciado mata a questão fácil.

  • Esse Arenildo comenta as questões de um jeito que é mais difícil entender a explicação dele do que a questão em si!

  • Não era mais simples falar que queria juntar a poh*aaa das três frases do que frisar o item I e ll????? Acertei pq foi o que imaginei,mas fiquei bem com o pé atrás!

  • Letra b.

    Entre a I e a II, há uma relação de proporção (o narrador se interessa à medida que se sente valorizado);

    a III conclui o que ocorre em I e II (conclui-se que essa proporção só aumenta porque a narrativa une ouvinte e narrador).
     

     

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana

  • Errei duas vezes seguidas EU NÃO VOU DESISTIR /0/ NÃO DESISTAM
  • A alternativa "B" é a CORRETA.

     

    TRECHO ORIGINAL: O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    O trecho tem o seguinte sentido: 

     

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta 

     

    ao mesmo tempo/proporção em que...

     

    o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve

     

    conclusão (logo/por conseguinte):

     

    - a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    EM SUMA: Entre os dois primeiros trechos, existe uma relação de proporcionalidade: as ações ocorrem simultaneamente. E a partir delas é realizada uma conclusão: a narrativa os une...

    Sabendo disso, precisamos encontrar a assertiva que mantenha por meio dos conectivos apresentados os sentidos de: proporcionalidade e conclusão nesta ordem!

     

    LETRA A: 

    INCORRETA.

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, uma vez que o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, ainda que a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    Usando "uma vez que" e "ainda que" temos relações de: causa e concessão. Conforme analisamos inicialmente, estes sentidos divergem do original.

     

    LETRA B:

    CORRETA.

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, ao passo que o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, por conseguinte a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    As relações de proporção e conclusão são mantidas pelos conectivos "ao passo que" (proporção/ao mesmo tempo em que) e "por conseguinte" (conclusão).

     

    LETRA C:

    INCORRETA.

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, desde que o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, mesmo que a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    desde que -> sentido condicional (e não há relação de condição no texto original).

    mesmo que -> sentido concessivo

     

    LETRA D: 

    INCORRETA.

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, conquanto o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, porquanto a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    conquanto -> sentido concessivo 

    porquanto -> causal ou explicativo, mas no texto original temos sentido conclusivo.

     

    LETRA E: 

    INCORRETA.

    O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, portanto o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve, entretanto a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.

     

    portanto -> conclusão, mas não há relação de conclusão entre os dois primeiros trechos originais, como já analisamos, e sim de proporcionalidade.

    entretanto -> sentido adversativo, que não existem em nenhum trecho do período original.

  •  O ouvinte sente que o narrador se interessa por sua escuta, AO PASSO QUE ( = Por sua vez) o narrador sabe-se valorizado pela atenção de quem o ouve. POR CONSEGUINTE (= Assim,), a narrativa os une como num caloroso laço de vozes e de palavras.