- ID
- 2102635
- Banca
- FCC
- Órgão
- Prefeitura de Teresina - PI
- Ano
- 2016
- Provas
-
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Analista Tecnológico - Analista de Negócios
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Analista Tecnológico - Analista de Sistemas
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Analista Tecnológico - Analista de Suporte Técnico
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Analista Tecnológico – Analista de Geoprocessamento
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior - Administrador - Arsete
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior - Advogado
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior - Contador - Arset
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior - Economista
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior - Engenheiro Ambiental e/ou Sanitarista
- FCC - 2016 - Prefeitura de Teresina - PI - Técnico de Nível Superior -Engenheiro Civil
- Disciplina
- Português
- Assuntos
O comportamento esperado na escola é bastante marcado por expectativas. Quando pensamos que "matemática é coisa de
menino", que "menina é mais caprichosa", enfim, que certas coisas são próprias de meninas e outras de meninos, estamos limitando
as aprendizagens e as experiências de vida das crianças e adolescentes.
Por exemplo, quantas grandes jogadoras de futebol podemos ter perdido em nossas escolas a cada ano justamente porque as
meninas são desencorajadas a praticar esse esporte, considerado "de menino"? Ou quantas matemáticas e físicas o mundo pode ter
perdido cada vez que se acreditou que as alunas, por serem meninas, são naturalmente mais fracas nas disciplinas da área de
exatas? Toda vez que uma menina tem menos incentivo para fazer algo considerado "de menino", os estereótipos de gênero funcionam
como um freio para todas as possibilidades de aprendizagem que poderiam delinear outro futuro para ela.
Apesar de haver registros sobre equipes femininas de futebol nos anos de 1920, jogar futebol passou a ser proibido às
mulheres em um decreto federal de 1941. Ao lado de lutas, saltos, rúgbi, polo e atletismo, a proibição se estendeu até 1979, sob a
alegação de que era uma atividade violenta demais para elas.
Atualmente, o Brasil conta com uma das melhores jogadoras de futebol de toda a história. Marta Vieira da Silva recebeu cinco
vezes o título de melhor jogadora de futebol feminino do mundo pela Fifa, dois a mais que o mais premiado brasileiro na versão
masculina do prêmio. Entretanto, a vantagem de Marta em suas premiações não garantiu visibilidade para os campeonatos femininos
nas programações da TV brasileira nem salários iguais àqueles recebidos por seus colegas do futebol masculino. Ações como a
proibição do futebol feminino nos anos de 1940 mostram que tais desigualdades devem-se muito mais aos estereótipos de gênero
socialmente formulados e reproduzidos do que à falta de habilidade das mulheres no esporte.
Esse exemplo nos lembra o quanto ideias de que há "coisas de homem" ou "coisas de mulher" são muitas vezes produtos de
estereótipos e hierarquias sociais. Assim, é sempre preciso celebrar pessoas que desafiam as regras previstas e mostram que o corpo
humano, feminino ou masculino, pode desenvolver habilidades as mais variadas, inclusive aquelas não previstas culturalmente.
(Adaptado de: ACCIOLY, Lins, Beatriz et al. Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo: Reviravolta, 2009, p.19-21)
Considere as afirmativas abaixo:
I. O uso de aspas, no texto, presta-se a destacar expressões e juízos que não condizem com o ponto de vista dos autores.
II. As vírgulas que isolam o segmento feminino ou masculino, no último parágrafo, não podem ser substituídas por travessões,
uma vez que os termos estão coordenados à expressão "corpo humano".
III. Na primeira frase do 2o
parágrafo, o termo "porque" indica que se trata de interrogação.
Está correto o que se afirma APENAS em