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ID
2612260
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O menino de 13 anos que criou o Braille

Sistema permaneceu insuperável por 200 anos.

    Aos 3 anos, Louis foi explorar a oficina de seu pai e, por acidente, machucou um dos olhos com uma navalha. A infecção atingiu ambos os olhos e, em poucos meses, o garoto estava completamente cego.

    O drama era pior do que parece hoje. Na época, início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros.

    Porém, aos 7 anos, Louis já estava completamente familiarizado com a nova vida. Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local que, contrariando o pensamento dominante (de que não valia a pena ensinar cegos), admitiu-o em uma das classes.

    Em pouco tempo, Louis se transformou em um dos melhores alunos da escola. Surpresos com o potencial, pai e professor tiveram a ideia de enviá-lo para uma escola destinada a crianças cegas em Paris – a primeira no mundo especializada na deficiência.

    Assim, aos 10 anos, o garoto estava matriculado no L’Institut Royal des Enfants Aveugles. Foi ali que Louis aperfeiçoou o sistema vigente de leitura para cegos e, aos 13 anos, apresentou sua própria criação: o Método Braille. Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.

    Apenas recentemente, com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.

(Carlos Domingos, 21 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/oportunidades-disfarcadas/o-menino-de-13-anos-que-criou-obraille/.)

Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...] os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.” (6º§) é possível observar

Alternativas
Comentários
  • "sem a necessidade do método criado quase 2 séculos por um menino de 13 anos."

    verbo haver no sentido de existir é verbo impessoal e fica na 3ª do singular por não ter sujeito.

    Gabarito: letra B 

  • Talvez a alternativa A tenha enganado algumas pessoas que, quando viram o verbo "estar", logo pensaram se tratar de um verbo de ligação e que, consequentemente, haveria na frase um predicativo do sujeito. 

    Contudo, percebam que não se trata do verbo "estar" mas da locução verbal "estão tendo", em que o verbo principal é o "ter", que, no contexto, não é de ligação e pede um objeto direto. 

    A resposta está na letra B, por conta do verbo "haver", impessoal. 

    Gabarito: letra B. 

  • Tipica questão feita pelo "sete peles" em pessoa, quando se lê [os deficientes visuais estão tendo] automaticamente sua mente já trabalha com o sujeito, verbo haver nem passa despercebido. O inimigo é sujo mesmo...

  • So lembrando que o verbo haver na passagem acima (há quase 2 séculos) não está no sentido de existir, mas sim no sentido de tempo decorrido! Mas continua impessoal do mesmo jeito.

  • Questão difícil viu! nem vi esse "há"...kkkkkk

  • Macete verbos impessoais: SHEFI

    SER 

    HAVER

    ESTAR                   Indicando: Tempo/horatempo decorrido, distância e clima

    FAZER

    IR

    OBS: HAVER como verbo auxiliar não é impessoal

  • Cérebro, o que vamos fazer amanhã?

  • Onde está o verbo haver nessa frase?

  • Gabarito letra B.

    “Há quase dois séculos” traz uma oração sem sujeito, com verbo “haver impessoal” indicando tempo decorrido.

    Logo, o verbo deve permanecer na terceira pessoa do singular. 

  • Senhor uma questão dessa até esmorece o concurseiro.