SóProvas


ID
3770467
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão. 

Saudáveis loucuras

     São 22 contos curtos em que a principal característica é não se prender a nenhum padrão da lógica. Assim, Dona Tinzinha vai a uma loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho, ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer, conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.
    São relatos assim que formam Tantãs, novo livro infantil de Eva Furnari, autora e ilustradora exímia em atiçar a curiosidade das crianças por meio do inusitado e do bom humor. Assim, nenhum leitor deve se surpreender com a carta que uma bruxinha escreve ao Papai Noel pedindo um vestido rosa; ou com o jovem advogado que defende um passarinho. Histórias que não agridem a lógica dos pequenos que, justamente por falta de vivência, ainda não foram contaminados pelas regras de convivência. Olham o mundo com frescor.
    Tantãs apresenta uma linguagem artesanalmente construída, que não se atém a convenções gramaticais ou sociais – encontrar a simplicidade é sua meta. E, com mais de 60 livros publicados, Eva entende perfeitamente a lição passada pelo poeta Manoel de Barros que, certa vez, disse: “A gente precisa se vigiar ao escrever. Não podemos, ao escrever, abandonar o canto, a harmonia ‘letral’. Não podemos desprezar o gorjeio das palavras”.
       Eva mostra às crianças as possibilidades de jogo que separam a literatura da linguagem comum: a liberdade de desmontar lógicas, dar espaço ao inusitado. Nem por isso as personagens de Eva beiram a loucura. Ela garante que há loucuras e loucuras. Há aqueles que são chamados de loucos (mesmo sem ter doença mental) pelo simples fato de não corresponderem ao modelo esperado pela sociedade. São os artistas, os criadores, as pessoas que pensam fora dos padrões e do senso comum. Esses, diz ela, “acho que têm intuições lúcidas e trazem reflexões que as pessoas sãs não costumam trazer. No caso dos tantãs do livro, é uma loucurinha que vem do olhar ingênuo da criança. As pessoas gostam, têm saudade desse olhar puro, inesperado e sem malícia. Talvez, essa seja uma das graças do livro.”
(O Estado de S.Paulo, 02.11.2019. Adaptado)

Considere o trecho para responder a questão.

Assim, Dona Tinzinha vai à loja de armarinhos, onde pede meio litro de botões amarelos para o pijama novo de seu filho – ela descobriu que essa cor ajuda a criança a parar de fazer xixi na cama. Ou então o irmão mais velho – ao ser questionado pelo mais novo sobre o que vai ser quando crescer – conta estar dividido entre preguiçólogo ou dorminhólogo.

Ao se eliminar o primeiro travessão e substituí-lo por uma conjunção de causa, a frase seguinte deve se iniciar por:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    ✓ Ao se eliminar o primeiro travessão e substituí-lo por uma conjunção de causa, a frase seguinte deve se iniciar por:

     a) a fim de que ela descobrisse → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa final e não causal.
     b) já que ela descobriu → CORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa causal, são aquelas que indicam uma oração subordinada que denota causa (=oração subordinada adverbial causal), são elas: Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, á que, uma vez que, visto que, visto como, que. JAQUE CAUSA (=já que= causa).
     c) logo que ela descobriu → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa temporal e não causal.
     d) à medida que ela descobriu → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa proporcional e não causal.
     e) para que ela descobrisse → INCORRETO. Temos, em destaque, uma conjunção subordinativa final e não causal.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Assertiva b

    conjunção de causa = já que

  • Só para fins de complementação:

    Não Confunda o na medida em que = Causa

    À medida que= proporção.

  • GAB. B

    A) a fim de... (finalidade)

    B) já que... (CAUSA)

    C) logo que... (tempo)

    D) à medida que... (proporcionalidade)

    E) para que... (finalidade)

  • Lembre-se:

    – À medida que significa “à proporção que”, “conforme”.

    – À medida em que NÃO EXISTE!

    – Na medida em que corresponde a “tendo em vista que”, “já que”, “uma vez que”.

  • RESP: B

    CONJUNÇÃO

    CAUSAIS OU CAUSA.

    EX: PORQUE , POIS , JÁ QUE ETC...

  • A questão requer conhecimento sobre o valor semântico das conjunções ou locuções conjuntivas subordinativas adverbiais.


    ALTERNATIVA (A) INCORRETA – A locução conjuntiva a fim de que tem relação de finalidade.


    ALTERNATIVA (B) CORRETA – A locução conjuntiva já que tem relação de causa.


    ALTERNATIVA (C) INCORRETA – A locução conjuntiva logo que tem relação de tempo.


    ALTERNATIVA (D) INCORRETA – A locução conjuntiva à medida que tem relação de proporção.


    ALTERNATIVA (E) INCORRETA – A locução conjuntiva para que tem relação de finalidade.


    GABARITO DA PROFESSORA: ALTERNATIVA (B)

  • a causa para parar de fazer xixi é a cor. kkk
  • Se tem uma dica que me deram um dia e que fez uma "baita" diferença em minha vida de concurseiro, foi a de "DECORE AS CONJUNÇÕES".

    Sabendo elas, dificilmente erra questões sobre o assunto e ainda ajuda na prova discursiva.

    BONS ESTUDOS!!!

  • Na medida em que = causa

    À medida que = proporção

  • Observação:

    São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que.

    A forma correta é : à medida que.

    "À medida que os anos passam, as minhas possibilidades aumentam. "

  • Sendo menos técnico....

    Já que ela descobriu, então...

    Causa.......................Consequência

  • Eu sempre confundia o "Na medida que" e o "À medida que", e então fiz este bizu:

    1. Na medida que = Causal (Eu lembro assim: "Só Jesus na causa")
    2. À medida que = Proporção
    3. À medida em que = ERRADO!
  • Causaisintroduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que.

  • Causais = porque, dado que , porquanto ,visto como , pois , ja que , como, uma vez que ,na medida em que ,sendo que , que visto que .

  • A FIM DE QUE - FINALIDADE

    JÁ QUE - CAUSA (GABARITO)

    LOGO QUE - CONCLUSÃO

    À MEDIDA QUE - PROPORÇÃO

    PARA QUE - FINALIDADE

    Diogo França

  • A Jaque causa

  • Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Por exemplo:

    Toque o sinal para que todos entrem no salão.

    Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.

    Causaisintroduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo:

    Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.

    Como não se interessa por arte, desistiu do curso.

    Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. Por exemplo:

    O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.

    Quanto mais reclamava menos atenção recebia.

    Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que e na medida que.

    Temporaisintroduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo:

    A briga começou assim que saímos da festa.

    A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

    Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo:

    O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.

    Ele é preguiçoso tal como o irmão.

    Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Por exemplo:

    Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame.

    A dor era tanta que a moça desmaiou.

  • GABARITO: B

    A) a fim de... (finalidade)

    B) já que... (CAUSA)

    C) logo que... (tempo)

    D) à medida que... (proporcionalidade)

    E) para que... (finalidade)

  • GABARITO B

    Complementando:

    Relação de causa e consequência:

    ''Como secretamente sou uma pessoa má, parei de repente e dei meia volta''

    O como, no início da oração, geralmente, exprime valor causal. É bom perceber isso, pois, na prova, você liga o radar quando ele pedir: "... apresenta relação de causa e consequência". Mas, para não ficar na dúvida, troque por "visto que":

    "Como sou português, gosto de bacalhau" → "Visto que sou português, gosto de bacalhau".

    • Macete para perceber a relação causal em um frase: o fato de... (causa), faz com que ... (consequência).
    • O fato de eu ser português (causa), faz com que eu goste de bacalhau (consequência).

    O como, no início da oração, poderá ser comparativo também: "como você, eu também gosto de bacalhau" → "igual a você, eu também gosto de bacalhau".