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Prova AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora - MG - Programador


ID
3251515
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

De acordo com o texto,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Fundamentação para a resposta no primeiro e no segundo parágrafo.

    ? Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3251518
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

O texto é, essencialmente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Temos um texto dissertativo-argumentativo, o autor apresenta argumentos que se opõem à imagem dos hospitais psiquiátricos e que debatem acerca da melhora dos tratamentos nos hospitais.

    ?  Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito: D

    Tipologias Textuais:

    1 NARRAÇÃO

    2 DESCRIÇÃO

    3 INJUNÇÃO

    4 DISSERTAÇÃO: 4.1 EXPOSITIVA ou 4.2 ARGUMENTATIVA

    A característica da Dissertação Argumentativa é a exposição de um fato e a posição com argumentos.

  • GAB: D

    Dissertativo --> Exposição de tema, com reflexão e argumentação clara ou não. 

    Este tipo de texto baseia-se na explanação de ideias e na consequente defesa de 

    opinião. 

    Gêneros textuais: Artigo de opinião, ensaio, carta de leitor, litorial, tese, dissertação.

    Objetiva / expositiva: informar o leitor

    Subjetiva / opinativa: convencer o leitor

  • Assertiva D

    Texto argumentativo.

    O texto expressa  argumentos sobre o assunto de maneira que o leitor se convença sobre o assunto


ID
3251521
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

No trecho “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.”, a expressão destacada, no contexto em que está inserida, remete à figura de linguagem

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.”

    ⇢ Termo substitui outro em uma relação de semelhança. "não dava pé", "não dava altura", "não dava tamanho".

  • Dica para o chute na hora da prova, se caso não lembre de nenhuma figura de linguagem

    Marque METÁFORA

  • Questão mal elaborada.

  • Questão deveria ser anulada. é uma CATACRESE, já que a casa não possui pés.

  • GABARITO -> "C"

    FIGURAS DE LINGUAGEM

    1) METÁFORA

    COMPARAÇÃO implícita. Não tem elemento que identifique a comparação: “tal qual”, “como”. A maioria das metáforas vem com o verbo SER.

    “Ela é meu anjo”.

    2) COMPARAÇÃO/SÍMILE

    Tem o elemento comparativo, como, tal qual, assim como.

    “Ela pesca bem tal como o pai.”

    3) ANTÍTESE

    OPOSIÇÃO.

    O corpo é grande e a alma é pequena.

    4) PARADOXO

    É uma OPOSICAO QUE NÃO TEM LÓGICA.

    O amor é ferida que dói e não se sente.

    5) METONÍMIA

    SUBSTITUICAO. Substituo uma palavra por outra.

    O homem foi à lua. 

    O homem substitui os astronautas.

    O estádio inteiro gritou “gol”. Estou substituindo o estádio por pessoas.

    Eu vou tomar um Jotapê (vinho). / Eu vou ler Machado de Assim.

    6) CATACRESE

    É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.

    “Céu da boca”, “batata da perna”....

    7) HIPÉRBOLE

    EXAGERO.

    Eu to morrendo de vontade de fazer xixi.

    8) SINESTESIA

    Mistura dos SENTIDOS: olfato, paladar, visão, tato...

    “Olha esse cheiro”

    “No silêncio escuro ela dormia”.

    “O cheiro áspero das flores”.

    9) EUFEMISMO

    AMENIZAÇÃO.                

    O Vasco está com a sua alma junto ao Senhor (ou seja, morreu).

    O fulano bateu as botas (morreu).

    10) PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO

    Dou uma característica humana e outro ser.

    “O vento beija meus cabelos”.

    “As pedras andam vagarosamente”.

    11) IRONIA

    “Ela parece um anjinho, aham....”

    12) APÓSTROFE

    É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO.

    É o VOCATIVO.

    “...Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

    13) ELIPSE

    Tem um termo subentendido.

    “Ela comia pouco, fazia pouco exercício”.

    14) POLISSÍNDETO

    VÁRIOS.

    Repetição de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

    “E come e dorme e limpa e malha”

    15) ASSÍNDETO

    SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.

    “Vim, vi, venci”.

    16) PLEONASMO

    Usado para enfatizar.

    “e rir meu riso”

    “eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

    “elo de ligação”

    “subir pra cima”

    17) ANÁFORA

    REPETIÇÃO no início de frase.

    “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

    18) HIPÉRBATO

    INVERSÃO

    “Dos meus problemas, cuido eu”.

    19) ALITERAÇÃO

    REPETIÇÃO DE CONSOANTES.

    Vozes veladas, veludadas...”

    20) ASSONÂNCIA

    REPETIÇÃO DE VOGAIS

    “Sou um multato nato democrático do litoral.”

    21) ONOMATOPEIA

    IMITAÇÃO DE SOM. Aparece muito em gibis.

    “o relógio faz tic-tac”.

    X.O.X.O,

    Concurseira de Aquário.

  • Alguém explica onde tá a METÁFORA nessa frase...

  • SEGUE RESUMO QUE DE UMA COLEGA AQUI DO QC

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ou perífrase ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. Aproximação por semelhança.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

  • METÁFORA: trata-se de um tipo de comparaçao subentendida, sem utilizar conjunçoes comparativas.

    A corrupção é um câncer

    Meu aluno é fera

    As lagrimas que verteu foram magoas passadas

    Em tdos esses exemplos, notamos que há um tipo de comparaçao que se faz de maneira subentendida, sem empregar um elemento comparativo direto - como uma maneira comparativa.

  • Hipérbole - Aumento exagerado.

    Personificação - Atribuir características humanas a seres não humanos.

    Metáfora - Comparação mental.

    Antítese - Ideias opostas próximas.

    Sinestesia - Utilização dos cinco sentidos.

  • Nunca escutei alguém diZer isso... Não dava pé! Até achei q era uma personificação, uma casa dando pé. .kk
  • Acho que a expressão "não dava pé" se configura como metáfora pois está comparando (implicitamente) com a improdutividade de pintar, no sentido de não conseguir realizar a criação artística. Corrijam-me se eu estiver errada.


ID
3251524
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

“...por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.” O sinônimo mais adequado para substituir o verbo destacado é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?...por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.? 

    ? Verbo "implicar" marcando a ideia de trazer consequência, ocasionar alguma coisa, acarretar alguma coisa.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito B

    O verbo “implicar”, pode ser empregado com o sentido de “acarretar”, “ocasionar”. Sendo um transitivo direto.

  • CORROBORAR - dar ou adquirir força, robustez; fortalecer(-se)

  • C) importunar. = incomodar persistentemente

    D) asseverar. = afirmar

    E) questionar. = fazer objeção, duvidar


ID
3251527
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

Assinale a alternativa em que há um erro ortográfico na formação dos substantivos apresentados.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    (A) Admitir à admissão. -ss → tir

    (B) Agredir à agressão. - ss → gredir

    (C) Pretender à pretenSão. -s → ender, ndir.

    (D) Reter à retenção. -ç → ter.

    (E) Inventar à invenção. -ç → -tar

  • Assertiva c

    Pretender >> pretensão

  • Duas dicas importantes para não errar mais este tipo de questão:

    1º Quando a apalavra deriva de

    NDER/NDIR

    ERTER/ERTIR= S

    Exemplos: Compreender= Compreensão

    Divertir= diversão.

    Pretender -----Pretenção

    Terminações:

    TO/TOR/ TER/TIVO

    Ou derivados de verbos com a desinência R

    Reeducar= reeducação

    Intento= Intenção

    Protetor= Proteção

    Introspectivo= Introspecção

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • QConcursos ta na hora de o que marcamos como gostei poderíamos ver. O que você deu "likes" ia lá ia ter todos os comentários que marcamos como gostei. Já poderia ser uma revisão.

    Quem gostou da ideia vamos colocar msg para o Qconcursos fazer isso ia ser de grande valia.

  • Verbos com final NDER e NDIR originam substantivos com S.

              ofeNDER à ofenSa; asceNDER à ascenSão; repreeNDER à repreensão; expaNDIR à expansão

    Dessa forma, na letra C, a forma verbal “preteNDER” faz com que grafemos “pretenSão”.

    Resposta: C

  • Umas regras confusas que não ajudam em nada.

    Basta dizer que pretensão é com s pessoal .....


ID
3251536
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

Em “...isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos...”, o uso da crase ocorreu devido à regência do verbo, que requereu a preposição “a”, somado ao artigo definido “a” que acompanhou o substantivo “invenção”. Assinale a alternativa em que deve ocorrer o acento indicativo de crase no termo destacado pela mesma razão apresentada.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Importante salientar que a questão pede uma alternativa que DEVE ocorrer a crase devido à regência verbal:

    A) As vezes precisamos descansar para estudar mais. ? "às vezes" (locução adverbial com base feminina).

    B) A medida que foi calculada durante o projeto não foi suficiente. ? "à medida que" (locução conjuntiva proporcional).

    C) Eles se referiam a ela como se a conhecessem. ? referiam-se a alguém (somente a preposição presente antes do pronome pessoal "ela").

    D) Os meninos pediram a minha mãe que trouxesse uma bola nova. ? pediram alguma coisa (que trouxesse uma bola nova ? objeto direto) a alguém (preposição + FACULTATIVAMENTE artigo definido "a" antes do pronome possessivo "minha" ? à minha ou a minha).

    E) Não obedeço a coordenadora de área desta instituição. ? obedecer a alguém (verbo transitivo indireto, o qual rege o uso da preposição "a" + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "coordenadora" ? uso da crase obrigatório e preposição regida pelo verbo).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Há 2 alternativas corretas. E e A.

    "As vezes" empregado na primeira frase tem conotação de "De vez em quando", nesse caso ela necessita da crase.

    A questão deveria ter sido anulada !

  • Daniel, a questão pedi a alternativa que apresenta a mesma razão de crase do enunciado (regência do verbo + artigo feminino). Na alternativa A, a loc adverbial " ás vezes" necessita de crase, mas não é pela mesma razão do enunciado (regência + artigo), por isso não é a alternativa correta.

  • resposta correta letra E, galera está errando por que não está prestando atenção no enuncia da questão a resposta de Daniel está equivocada
  • Assertiva E

    Não obedeço a coordenadora de área desta instituição.

  • Daniel Leone a questão está correta, pois no enunciado especificou o tipo de crase que queria, não havendo necessidade de anulação.

  • O item D é facultativo quanto a usar crase ou não. Pois antes de pronome possessivo adjetivo feminino é facultativo o uso da crase.

    Item E

  • Gab: E

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • Gab: E

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • O caso no texto se trata de substantivo feminino - que antecede o acento grave. A alternativa que se encaixa no que se pede na questão é a assertiva ''D''.

  • A questão exige conhecimento de uso da crase. Para acertar a questão é preciso analisar o trecho em destaque e descobrir o motivo que está ocorrendo a crase e encontrar nas alternativas uma que faz uso pelo mesmo motivo. Vejamos:

    “...isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos...”,

    Temos o verbo "deve" que rege a preposição "a" e logo após temos um substantivo de base feminina que aceita o artigo "a".

    a)" Ás vezes", ocorre crase por ser uma locução adverbial temporal de base feminina. INCORRETA

    b) "À medida", acontece a crase por ser uma locução conjuntiva de proporcionalidade. INCORRETA

    c) "Referiam ela", não ocorre crase antes de pronome pessoal. INCORRETA.

    d) "Os meninos pediram a(à) minha mãe", aqui se coloca ou não a crase, pois estamos diante do verbo que rege a preposição "a" e de um pronome possessivo que faculta o uso da crase. INCORRETA.

    e) "Não obedeço à coordenadora ", temos a crase pelo motivo de ter um verbo que rege a preposição "a"+ "a" artigo que acompanha um substantivo feminino, logo temos aqui o mesmo motivo da frase destacada. CORRETA.

    GABARITO E

  • GAB E

    temos loc. prep. fem. [à invenção de]

    [à coordenadora de]


ID
3251539
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

“É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte.” O “a” empregado após a palavra “graças” deveria receber acento indicativo de crase caso a expressão destacada fosse substituída por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ?  graças a essa medicação

    ? graças a alguma coisa (preposição) + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "produção"= crase (graças à produção desses medicamentos).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O erro da E) é a palavra iniciativas no plural

  • Pra quem não entendeu porque a letra "E" está errada:

    "É também graças a iniciativas como a de Nise."

    A palavra iniciativas é substantivo feminino no plural, indefinido.

    Ninguém sabe quais foram as iniciativas tomadas por Nise ;)

  • A minha eliminação da E foi:

    "Iniciativas" está no plural, para crasear só aceitaria se flexionasse para o plural (o que o enunciado não traz) e ficasse "ÀS", não poderia ficar apenas "à iniciativas", não sei se a eliminação foi correta.

  • A ONDE HA PLURAL, A CRASE PASSA MAL
  • O erro de quem está certo, é achar que acerta aquilo que está errado.

  • Gab: A

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • Gab: A

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • A

  • A questão é sobre o uso de crase e requer também conhecimento de regência. O enunciado quer que encontremos na alternativa uma opção que poderia trocar pelo trecho destacado e utilizar a crase corretamente após acontecer a mudança.

    “É também graças a essa medicação "

    A palavra "graças" rege a preposição "a", pois alguém é grato a... Agora precisamos de uma palavra om base feminina que aceita o artigo "a".

    a) Poderia ser feita a mudança por "produção desses medicamentos.", pois temos uma palavra de base feminina que aceita o uso do artigo.CORRETA.

    É também graças à produção desses medicamentos.

    b) Não ocorre crase antes de pronome demonstrativo "tal". INCORRETA.

    c) Temos dois motivos aqui, além de "remédios" está no plural, é ainda palavra masculina. INCORRETA.

    d) Não ocorre crase antes do pronome demonstrativo "esta". INCORRETA.

    e) "iniciativas", a palavra está no plural e o "a"da frase está no singular, quando isso ocorre não temos a crase. INCORRETA.

    GABARITO A

  • É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte.” O “a” empregado após a palavra “graças” deveria receber acento indicativo de crase caso a expressão destacada fosse substituída por

    a)produção desses medicamentos. CERTA

    b)tal fármaco. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    c)remédios para doentes mentais. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    d)esta droga. Errada – Preposição “A” que antecede o pronome demonstrativo “ESTA” não tem crase

    e)iniciativas como a de Nise. .- errada crase no singular e palavra no plural não tem crase


ID
3251542
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

É comum na língua portuguesa algumas palavras não apresentarem correspondência perfeita entre o número de letras (elemento gráfico) e o número de fonemas (elemento sonoro). Assinale a alternativa em que ocorre essa correspondência.

Alternativas
Comentários
  • Gab (D)

    O enunciado é muito confuso, mas dá para interpretá-lo da seguinte forma:

    "A opção em que temos o mesmo número de letras e fonemas."

    A) Hospital.

    8 Letras

    H= -1 = 7 Fonemas

    B) Chovia.

    6 Letras

    CH= dígrafo =-1= 5 Fonemas.

    c)

    Equivocado.

    10 letras

    Qu = Dígrafo = -1= 9 Fonemas

    D) Estabilidade.

    12 Letras

    12 Fonemas

    E) Alguém.

    6 Letras

    5 Fonemas

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • achei confuso o enunciado

  • TAMBÉM ACHEI CONFUSO.

  • Essa questão tá igual ao resto da minha vida: Não to entendo o que é para fazer!

  • Coisa de Cespe
  • Essa Banca é muito ruim, vou prestar concurso com a AOCP de responsável, é cada pergunta que eu vejo!
  • Eu errei mas lendo posteriormente com atenção realmente o que a banca pede é a correspondente ou seja o mesmo número de letras e fonemas.

  • Pensei que o enunciado (examinador) quisesse uma palavra que não apresentasse correspondência perfeita entre o número de letras (elemento gráfico) e o número de fonemas (elemento sonoro).

    O examinador estava bêbado nesse dia.

  • Confuso

  • pegadinha tem que ler com atencao eu cai

  • A banca AOCP AMA cobrar fonologia/ fonemas e letras! Estudem fonologia e não é difícil, vale a pena investir um tempinho estudando isso. Essa questão tava bem fácil, só tinha que ter atenção no enunciado.

  • achei confusa

  • Basicamente se pede para achar uma palavra em que o número de letras seja igual ao número de fonemas. Basta procurar a única que não tem dígrafo e nem a letra "h". Gab D.

  • Gabarito (D)

    A) Hospital. H/o/s/p/i/t/a/l 8 Letras O/s/p/i/t/a/l 7 Fonemas.

    B) Chovia. C/h/o/v/i/a 6 Letras X/o/v/i/a 5 Fonemas.

    c) Equivocado. E/q/u/i/v/o/c/a/d/o 10 letras E/k/i/v/o/c/a/d/o 9 Fonemas.

    D) Estabilidade. E/s/t/a/b/i/l/i/d/a/d/e 12 Letras E/s/t/a/b/i/l/i/d/a/d/e 12 Fonemas

    E) Alguém. A/l/g/u/e/m 6 Letras  A/l/g/e/m 5 Fonemas.

    Na língua portuguesa, o dígrafo qu designa som de /k/ antes de e ou i e som de /ku/ antes de a ou o. Exemplos: qu com som de /k/ (u não é pronunciado): queijo, quindim, quintal, quente, quilo, questão, química. qu com som de /ku/ (u é pronunciado): quando, quarto, quociente.

    Na língua portuguesa o dígrafo gu designa som de /g/ antes de e ou i (nesta caso u não é pronunciado) e som de /gu/ antes de a ou o. Exemplos:

    gu com som de /gu/ (u é pronunciado): guarda, guardanapo, guaraná.

    gu com som de /g/ (u não é pronunciado): guerra, guitarra, alguém.

  • Tem que ter muita atenção com o enunciado...

  • Dilma que fez, com certeza.

  • Questão mais confusa essa...

  • Ficou confuso devido o enunciado. Prestem atenção no enunciado, eu errei por conta dele. Ele quer saber a que não tem dígrafo, ou seja, a que o n° de letra e fonemas são iguais. Ele não quer saber a que tem dígrafo. malandro, ele confirmou o significado de dígrafo e depois perguntou o que não possui dígrafo. QUESTÃO TOP PRA APRENDER MANEIRAS DIFERENTES DE COBRANÇA.
  • Enunciado confuso. Tem que ter bastante atenção ao que ele pede. No caso Assinale a alternativa em que ocorre essa correspondência. (Correspondência essa entre o número igual de letras e fonemas).

  • Resolvi a questão analisando as alternativas, porque se eu fosse pelo enunciado até agora eu não entenderia. Parece o ministro da educação digitando. KKKKKK

  • GABARITO D

    D) Estabilidade.

    12 Letras

    12 Fonemas

  • Pegadinha! O enunciado fala sobre a não correspondência das letras e fonemas.

    Mas a questão quer saber em qual há correspondência (igualdade) entre letras e fonemas.

    estabilidade é a única que se encaixa!

  • respondi em menos de 5 segundos

  • Simplificando o comando da questão ficaria: Qual a palavra que não inicia por "h"e não possui dígrafos ou dífonos (esse seria o caso em que o número de letras seria igual ao número de sons)

    Gabarito, Letra D

    E.s.t.a.b.i.l.i.d.a.d.e. → 12 letras / 12 fonemas

    RESUMINHO

    1. O "h" não é pronunciado quando inicia a palavra, apenas, o som da vogal que o segue, sendo assim não é contado como fonema, apenas letra:

    hospital (som do "o") / humor (som do "u") / herói (som do "e") / humano (som do "u")

    2. Dígrafos: duas letras juntas emitem um único som (no encontro consonantal duas consoantes juntas emitem cada um o seu próprio som. Exemplo: prato, costa, freio).

    >>>Dígrafos Consonantais (rr, ss, sc, sç, xc, xs, nh, ch, lh, qu e gu )

    Exemplos:

    ss = s -> p.a.ss.a.r. (6 letras / 5 fonemas)

    ch = x -> ch.u.v.a. (5 letras / 4 fonemas)

    qu (com o "u" mudo) = k - > f.a.qu.e.i.r.o (8 letras / 7 fonemas)

    gu (com o "u" mudo) = g - > gu.e.rr.a (6 letras / 4 fonemas)

    á.g.u.a -> não á dígrafo, pois o "u" é pronunciado (4 letras / 4 fonemas)

    a.q.u.o.s.o -> não á dígrafo, pois o "u" é pronunciado (6 letras / 6 fonemas)

    >>>Dígrafos Vocálicos - vogal seguida de "m" ou "n" como nasalizadores; "m" e "n" nesse caso não emitem sons próprios

    am = ã -> c.am.p.o (5 letras / 4 fonemas)

    on = õ -> p.on.t.o (5 letras / 4 fonemas)

    ***camelo -> não é dígrafo, pois, "m" emite som próprio***

    *** Se vierem no final da palavra (falam, sabem...) não é dígrafo vocálico, mas ditongo nasal

    3. Dífonos: Ao contrário do dígrafo, ocorre quando uma letra emite mais de um som. Ocorre apenas no caso em que "x" emite o som de "ks":

    Exemplo:

    f.a.x (3 letras / 4 fonemas)

    m.á.x.i.m.o -> "x" emite apenas um som, então, não há dífono (6 letras / 6 fonemas)

  • Questão mt mal formulada.....

  • Examinador mais virado de pó que o Fábio Assunção

  • Examinador mais virado de pó que o Fábio Assunção

  • A questão foi mal formulado o comando induzindo ao erro.

  • pelo que venho treinado sobre

    AOCP,

    ela gosta de botar umas pegadinhas, repara no enuciado...

    É comum na língua portuguesa algumas palavras não apresentarem correspondência perfeita entre o número de letras (elemento gráfico) e o número de fonemas (elemento sonoro). Assinale a alternativa em que ocorre essa correspondência.

    já cai uma vez, não caio mais kkkkk

    "um cavaleiro de bronze não cai 2x no mesmo golpe"

  • Essa questão é definitivamente fácil, pois das cinco alternativas fica evidente qual possui 12 fonemas e 12 letras, mas o enunciado é péssimo e induz o candidato ao erro. Caí na "pegadinha" e assinalei a palavra que não apresentava a correspondência...

  • Se o enunciado induz a erro, ele é um bom enunciado, aprende a perceber a matéria cobrada na questão!

  • enunciado derrubou

  • Confuso o enunciado mas a questão não é dificil. fui no chute


ID
3251545
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Em um projeto de software orientado a objetos, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a) os objetos criados a partir de classes diferentes não podem ter relação uns com os outros

    b) os objetos (classes) são projetados de forma que especifiquem todas as definições para que uma classe (um objeto) seja instanciada, sendo assim a classe é uma instância do objeto (objeto é uma instância de classe).

    c) o encapsulamento do objeto (herança) garante que a classe filha tenha acesso aos comportamentos e atributos da classe pai [que não sejam privados]

    d) envolve projetar as classes de objetos e os relacionamentos entre essas classes, as quais definem os objetos no sistema e suas interações

    e) as classes pais somente podem ter relação de agregação com outras classes.


ID
3251548
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Considere que uma classe de objeto qualquer foi implementada e o programador deixou um atributo da classe de forma pública, sendo possível acessá-lo diretamente. Qual dos seguintes conceitos de orientação a objetos NÃO foi seguido?

Alternativas

ID
3251557
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Na linguagem de programação delphi, existe o tipo de dados primitivos chamado smallint e, na linguagem java, existe o tipo de dado primitivo short. Esses dois tipos compreendem uma faixa de valores que pode assumir e essa faixa é a mesma nas duas linguagens. Qual é essa faixa de valores?

Alternativas
Comentários
  • a) não tem essa faixa máxima. Vide letra e)

    b) int

    c) short

    d) byte

    e) char

    .

    .

    At.te

    Foco na missão

  • Complementando...

    Byte em Java: -128 a 127

    Byte em Delphi: 0 a 255


ID
3251563
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Em relação à linguagem de programação javascript, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3251572
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Considerando que uma classe concreta implementa uma interface, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Alternativas B, C e D são descartadas sumariamente.

    A e E fica a grande dúvida.

    E) Descartada pois a interface tem justamente o propósito de receber a implementação dos métodos, não caracterizando uma sobrecarga, estamos populando a interface. Para sobrecarregar seria dentro da classe implementadora.

    Gabarito A).

  • As interfaces podem ser encaradas como classes abstratas completamente não implementadas. Ou seja, todos os métodos são abstratos e os atributos só podem ser do tipo static final (constantes).

    A interface não é usada como superclasse de outras classes. Uma interface é implementada por outras classes. A classe que implementa uma interface precisa fornecer uma implementação para todas os métodos definidos na Interface. 

    (LOGO LETRA A))

    FONTE: http://www.dpi.ufv.br/~vladimir/java/Java%20na%20Pratica_vol1.pdf

  • B também está certa

  • a) Uma classe concreta deve implementar os métodos da interface, uma classe abstrata não precisaria

    b) Interfaces não são instanciadas, igual às classes abstratas. O máximo que posso fazer é usar o "new" para criar uma classe anônima que as implementa/estende

    c) A classe que implementou a interface vai continuar concreta

    d) Todo método de interface é obrigatoriamente e por default público. Já as classes abstratas podem ser qualquer coisa menos privado

    e) Sobrecarga não, sobrescrita


ID
3251587
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Ao desenvolver uma página utilizando a linguagem de marcação HTML, é possível ligarmos a página a um arquivo externo que definirá sua apresentação (aparência). A qual tipo de arquivo o enunciado se refere?

Alternativas

ID
3251590
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

Foi solicitado ao departamento de TI de uma empresa que fosse criado um relatório para listar todas as cidades em que havia mais de 10 clientes cadastrados e a quantidade de clientes nessas cidades. O relatório deverá ser alimentando por uma consulta SQL a partir da tabela CLIENTE, que está em um banco de dados relacional. Qual das consultas SQL apresentadas a seguir retornará o resultado solicitado ao departamento de TI?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    select cidade, count(*) as qtd_clientes

    from cliente

    group by cidade

    having count(*) > 10


ID
3251599
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Ao desenvolver uma página XHTML, é possível controlar a sua aparência utilizando CSS. Há várias formas de incluir o código CSS. Uma delas é escrever o código CSS em um arquivo externo e ligá-lo ao XHTML. Qual dos trechos de código a seguir faz a ligação do CSS ao XHTML para que a aparência descrita no código CSS seja aplicada ao XHTML?

Alternativas

ID
3251611
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Muitas páginas web utilizam Javascript para definir o seu comportamento. Qual comportamento o seguinte trecho de código Javascript teria se fosse executado em uma página XHTML?

document.getElementById("demo").innerHTML = "outro texto"

Alternativas

ID
3251614
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Banco de Dados
Assuntos

Qual dos comandos SQL a seguir retornará todos os registros da tabela TIPOPRODUTO listando do maior ID para o menor ID? Considere que a tabela TIPOPRODUTO está em um banco de dados relacional.

TIPO PRODUTO
ID DESCRICAO
1 ACABADO
2 REVENDA
3 SEMI-ACABADO
4 MATERIA-PRIMA

Alternativas
Comentários
  • Nessas questões, o conhecimento em inglês é bem vindo. KKK

  • Fazer consulta utilizando "*" está longe de ser boa prática. Deve ser preguiça do avaliador.

  • Questão boa para pegar candidato sem atenção! Já tinha assinalado a alternativa A se eu não tivesse atenção!


ID
3251617
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Foi desenvolvido um portal web para uma empresa, o qual utiliza URLs amigáveis para acessar o conteúdo do portal. Ao subir o portal para o servidor web de produção, constatou-se que não estava funcionando corretamente, pois o servidor web apache não estava com módulo de reescrita de URL habilitado. Qual configuração deve ser realizada no arquivo httpd.conf do servidor web apache para habilitar a reescrita de URL?

Alternativas
Comentários
  • É gol!!!!


ID
3251632
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

CSS é uma sigla que em inglês significa Cascading Style Sheets. CSS é utilizado em páginas web desenvolvidas com linguagem de marcação, como o XHTML. Há três formas de utilizar CSS nas páginas web. Assinale a alternativa correta em relação a essas três formas.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: A.

    .

    .

    Ordem de prioridade do CSS:

    .

    > 1. Inline style (inside an HTML element)

    > 2. External and internal style sheets (in the head section)

    > 3. Browser default

    .

    Vale destacar também que:

    > CSS inline: declarado dentro de uma tag e válido somente nesta tag

    > CSS interna/incorporada: declarada na tag <style> e válida para toda a página onde foi declarada

    > CSS externo: declarado em um arquivo separado que é importado para a página.


ID
3251638
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Algoritmos e Estrutura de Dados
Assuntos

O estudo de estrutura de dados abrange os mais variados conceitos, tais como: fila, pilha, árvore, entre outros. Há algumas siglas conhecidas utilizadas para definir alguns desses conceitos. Qual das alternativas a seguir é a sigla que define o conceito de pilha?

Alternativas
Comentários
  • Pilha - Lifo

  • Força Guerreiro!!!!!!


ID
3251641
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

A seguinte linha de código foi escrita em java. O que ela faz?

String [ ][ ] s = new String[10][10];

Alternativas
Comentários
  • Uma array bidimensional em Java é uma array de arrays

    Criando arrays bidimensionais com expressões de criação de arrays:

    – Pode ser criado dinamicamente.

    • Array 3 por 4:

    int b[][];

    b = new int[ 3 ][ 4 ];

    • Cada linha pode ter um número diferente de colunas:

    int b[][];

    b = new int[ 2 ][ ]; // cria 2 linhas

    b[ 0 ] = new int[ 5 ]; // cria 5 colunas para a linha 0

    b[ 1 ] = new int[ 3 ]; // cria 3 colunas para a linha 1

    Fonte: http://www.inf.ufsc.br/~frank.siqueira/INE5404/7.Arrays.pdf


ID
3251644
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

A linguagem de programação PHP fornece várias funções com as mais diversas finalidades. O trecho de código PHP a seguir utiliza a função mktime(). Qual será o retorno da função mktime() para variável $d?

<?php $d=mktime(11, 14, 54, 8, 12, 2014); ?>

Alternativas

ID
3251647
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Algoritmos e Estrutura de Dados
Assuntos

FIFO é uma sigla utilizada para definir um conceito em estrutura de dados. Qual é esse conceito?

Alternativas
Comentários
  • Fila: primeiro que entra é o primeiro que sai.

    D

  • Força Guerreiro!!!!!!


ID
3251656
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Algoritmos e Estrutura de Dados
Assuntos

Em estrutura de dados, há um tipo de estrutura especial que associa chaves de pesquisa a valores. Seu objetivo é, a partir de uma busca simples, fazer uma busca rápida e obter o valor desejado. A qual das estruturas de dados a seguir a afirmação se refere?

Alternativas
Comentários
  • Tabela de dispersão = Tabela Hash

  • Força Guerreiro!!!!!!


ID
3251659
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Qual das linguagens de programação apresentadas a seguir utiliza o tipo de dados dinâmico?

Alternativas

ID
3251662
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Programação
Assuntos

Muitas linguagens de programação definem os tipos de dados primitivos para ponto flutuante. Quais dos tipos a seguir podem ser considerados ponto flutuante em sua linguagem?

Alternativas
Comentários
  • Tipos primitivos: boolean; byte; char; short; int; long; float; double;

    .

    .

    At.te

    Foco na missão

  • Para JAVA as alternativas possíveis eram Float e Double, restando apenas as alternativas A e E.

    Para Delphi o tipo flutuante é o Real. Portanto,

    Gabarito: A

  • Tipos primitivos em Delphi:

    Byte - (Tipo por valor) - Inteiro de 8 bits sem sinal (0 a 255).

    Short - (Tipo por valor) - Inteiro de16 bits com sinal ( -32768 a 32767).

    Integer - (Tipo por valor) - Inteiro de 32 bits com sinal (- 2147483648 a 2147483647).

    Long - (Tipo por valor) - Inteiro de 64 bits com sinal (-9223372036854775808 a 9223372036854775807).

    Single - (Tipo por valor) - Ponto flutuante 32 bits.

    Double - (Tipo por valor) - Ponto Flutuante 64 bits.

    Decimal - (Tipo por valor) - Ponto Flutuante decimal de 128 bits ( 1.0 x 10^ -28 a 7.9 x 10^ -28),

    Boolean - (Tipo por valor) - Pode ter os valores True e False.

    Char - (Tipo por valor) - Representa um único caractere unicode de 16 bits.

    Date - (Tipo por valor) - Representa uma data ou hora.

    String - (Tipo por referência) - Representa uma sequência de caracteres unicode.


ID
3395977
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Considerações sobre a loucura

                                                                                                            Ferreira Gullar


      Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

      Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

      Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

      Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

      Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

      Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

      Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

      Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

      No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

      É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

      Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional. 

      Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

      Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

      Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/174 1258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

“...que só pensavam em torturá-los com choques elétricos..”. Assinale a alternativa em que há uma palavra acentuada pelo mesma regra que o vocábulo destacado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? elétrico (sílaba tônica na antepenúltima sílaba, proparoxítona).

    A) Médio. ? paroxítona terminada em ditongo.

    B) Lamentável. ? paroxítona terminada em -l.

    C) Invenção. ? o til (~) não é acento gráfico e sim uma marca de nasalização.

    D) Paletó. ? oxítona terminada em -o.

    E) Artístico. ? proparoxítona e a nossa resposta.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão em tela versa sobre acentuação gráfica e quer saber qual alternativa traz a mesma regra de acentuação da palavra "elétricos". Vejamos os conceitos e regras de acentuação:

    Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições; consequentemente, as palavras podem receber três classificações quanto a esse aspecto:

    Oxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a última: você, café, jiló…

    ▪São acentuadas as que terminam em: a, as, e, es, o, os, em, ens

    Paroxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima: gente, âmbar, éter…

    ▪São as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em: i, is, us, um, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos, , ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: águas, árduo, pônei…

     ➡ Proparoxítonas - são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima: lágrima, trânsito…

    ▪São todas acentuadas.

    Quanto às de apenas uma sílaba, os chamados monossílabos: má, pó, fé…

    ▪São acentuados os terminados em: a, as, e, es, o, os.

    Sabendo os conceitos, iremos inspecionar as alternativas, Vejamos:

     Elétricos a palavra entra na regra de acentuação das proparoxítonas, pois todas são acentuadas.

    a) Médio.

    Incorreta. A palavra é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo "io"

    b) Lamentável.

    Incorreta. A palavra é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "L"

    c) Invenção.

    Incorreta. Não há acentuação gráfica na palavra por ser uma oxítona terminada em "ão". Vale dizer que o til não é acento e sim marca de nasalidade.

    d) Paletó.

    Incorreta. A palavra é acentuada por ser uma oxítona terminada em "o".

    e) Artístico.

    Correta. A palavra é acentuada por ser uma proparoxítona, igualmente "elétricos" e por isso é o nosso gabarito.

    Referência bibliográfica:

    CIPRO NETO, Pasquale e INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. São Paulo: Scipione, 2008. (Novo Acordo Ortográfico) 

    GABARITO: E

  • Proparoxitonas - São aquelas cuja silaba tônica está na antepenúltima silaba. Ex.: lâmpada - Câmara - tímpano -- médico - ônibus, 

     As proparoxítonas são todas acentuadas.

  • Todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas.

    Proparoxítonas = a antepenúltima silaba é a silaba tônica, contando da direita para a esquerda


ID
3395980
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Considerações sobre a loucura

                                                                                                            Ferreira Gullar


      Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

      Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

      Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

      Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

      Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

      Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

      Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

      Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

      No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

      É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

      Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional. 

      Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

      Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

      Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/174 1258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

Assinale a alternativa em que os vocábulos estão de acordo com as regras de acentuação ortográfica vigentes.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) Idéia crêem vôo. ? paroxítona com ditongo aberto -ei e -oi não tem mais acento (ideia, geleia, prosopopeia, alcateia, assembleia, androide, tiroide); vogais duplicadas "ee" e "oo" também não são mais acentuadas (leem, creem, veem, abençoo, magoo, enjoo).

    B) Assembleia ? vêem enjôo.

    C) Papeis ? reveem - perdoo. ? o correto é "papéis" (aqui temos uma oxítona e não paroxítona, o acento continua ? pastéis, anéis, anzóis, herói, heróis).

    D) Heroico ? descreem - magoo.

    E) Herói ? lêem abençôo.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão em tela versa sobre acentuação, mais precisamente sobre o novo acordo ortográfico e quer saber qual alternativa traz a afirmação correta. Vejamos algumas mudanças:

    A reforma ortográfica de 2009 Em 2009, entrou em vigor no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa assinado em 1990 pelos países lusófonos: Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Timor Leste e São Tomé e Príncipe. Contudo, somente a partir de 2016 passaram a valer. Para chegar ao acordo, todos os países tiveram de fazer algumas concessões. Para nós, brasileiros, as mudanças foram pequenas e afetaram apenas 0,5% das palavras

    Explicação 1- De acordo com a reforma ortográfica, não se acentuam os ditongos abertos ei, oi nas palavras paroxítonas: assembleia, ideia, boia, heroico. 

    Explicação 2- Nao se acentuam os hiatos oo e ee: enjoo, voo, coo, deem, veem, releem. 

    Explicação 3- Vem ou vêm? Tem ou têm? Intervém ou intervêm?

    1. Os verbos vir e ter na 3, pessoa do plural do presente do indicativo, apesar de serem monossílabos tônicos terminados em -em, recebem o acento circunflexo para diferenciarem-se da 3, pessoa do singular: ele vem - eles vêm ele tem - eles têm. Os verbos derivados de ter e vir, como deter, manter, reter, intervir, convir, etc., por não serem monossílabos, obedecem à regra das oxítonas. Na 3, pessoa do plural. entretanto, usa-se o acento circunflexo para a diferenciação: ele intervém - eles intervêm ele mantém - eles mantêm 2. Não se deve confundir o plural dos verbos citados com o dos verbos crer, ler, ver e dar: ele crê - eles creem ele lê - eles leem ele vê - eles veem ele dê - eles deem

    Deixei alguns conceitos e explicação acima, agora iremos analisar as alternativas e apontarei qual explicação está o erro de cada alternativa. Analisemos:

    a) Idéia – crêem – vôo.

    Incorreta. Não tem acento na palavra "ideia" (segue a explicação 1), não tem acento na palavra "creem" segue a explicação 3, não tem acento na palavra "voo", segue a explicação 2.

    b) Assembleia – vêem – enjôo.

    Incorreta. Não há acento na palavra "enjôo" segue a explicação 2.

    c) Papeis – reveem - perdoo.

    Incorreta. "Papeis" é uma oxítona (última sílaba forte) e de regra acentua-se quando em ditongo aberto "oi" seguida ou não de S.

    d) Heroico – descreem - magoo.

    Correta. Segue respectivamente a explicação 1, 3 e 2 que irão perceber que não acentuam essas palavras.

    e) Herói – lêem – abençôo.

    Incorreta. Não há acento na palavra "leem" , segue a explicação 3 e não há acento na palavra "abençoo", segue a explicação 2.

    Referência bibliográfica:

    Cereja, William Roberto Conecte : gramática reflexiva Thereza Cochar Magalhães 2. ed. - São Paulo: Saraiva, 2013.

    GABARITO: D

  • CADE O COMENTÁRIO DO PROFESSOR, QC??? PLEASE.

  • juntou duas vogal acento nem a páu

  • C- acentua as oxítonas terminadas em ditongo aberto (oi / eu / ei ) ex: herói

    D- não se acentua os ditongos aberto (oi / eu / ei ) nas paroxítonas - ex: heroico