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Prova AOCP - 2016 - Prefeitura de Juiz de Fora - MG - Técnico de Eletrotécnica


ID
3251515
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

De acordo com o texto,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Fundamentação para a resposta no primeiro e no segundo parágrafo.

    ? Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
3251518
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

O texto é, essencialmente,

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? Temos um texto dissertativo-argumentativo, o autor apresenta argumentos que se opõem à imagem dos hospitais psiquiátricos e que debatem acerca da melhora dos tratamentos nos hospitais.

    ?  Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito: D

    Tipologias Textuais:

    1 NARRAÇÃO

    2 DESCRIÇÃO

    3 INJUNÇÃO

    4 DISSERTAÇÃO: 4.1 EXPOSITIVA ou 4.2 ARGUMENTATIVA

    A característica da Dissertação Argumentativa é a exposição de um fato e a posição com argumentos.

  • GAB: D

    Dissertativo --> Exposição de tema, com reflexão e argumentação clara ou não. 

    Este tipo de texto baseia-se na explanação de ideias e na consequente defesa de 

    opinião. 

    Gêneros textuais: Artigo de opinião, ensaio, carta de leitor, litorial, tese, dissertação.

    Objetiva / expositiva: informar o leitor

    Subjetiva / opinativa: convencer o leitor

  • Assertiva D

    Texto argumentativo.

    O texto expressa  argumentos sobre o assunto de maneira que o leitor se convença sobre o assunto


ID
3251521
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

No trecho “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.”, a expressão destacada, no contexto em que está inserida, remete à figura de linguagem

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.”

    ⇢ Termo substitui outro em uma relação de semelhança. "não dava pé", "não dava altura", "não dava tamanho".

  • Dica para o chute na hora da prova, se caso não lembre de nenhuma figura de linguagem

    Marque METÁFORA

  • Questão mal elaborada.

  • Questão deveria ser anulada. é uma CATACRESE, já que a casa não possui pés.

  • GABARITO -> "C"

    FIGURAS DE LINGUAGEM

    1) METÁFORA

    COMPARAÇÃO implícita. Não tem elemento que identifique a comparação: “tal qual”, “como”. A maioria das metáforas vem com o verbo SER.

    “Ela é meu anjo”.

    2) COMPARAÇÃO/SÍMILE

    Tem o elemento comparativo, como, tal qual, assim como.

    “Ela pesca bem tal como o pai.”

    3) ANTÍTESE

    OPOSIÇÃO.

    O corpo é grande e a alma é pequena.

    4) PARADOXO

    É uma OPOSICAO QUE NÃO TEM LÓGICA.

    O amor é ferida que dói e não se sente.

    5) METONÍMIA

    SUBSTITUICAO. Substituo uma palavra por outra.

    O homem foi à lua. 

    O homem substitui os astronautas.

    O estádio inteiro gritou “gol”. Estou substituindo o estádio por pessoas.

    Eu vou tomar um Jotapê (vinho). / Eu vou ler Machado de Assim.

    6) CATACRESE

    É um tipo de metonímia. Quando não há palavra que se encontre para falar de algo.

    “Céu da boca”, “batata da perna”....

    7) HIPÉRBOLE

    EXAGERO.

    Eu to morrendo de vontade de fazer xixi.

    8) SINESTESIA

    Mistura dos SENTIDOS: olfato, paladar, visão, tato...

    “Olha esse cheiro”

    “No silêncio escuro ela dormia”.

    “O cheiro áspero das flores”.

    9) EUFEMISMO

    AMENIZAÇÃO.                

    O Vasco está com a sua alma junto ao Senhor (ou seja, morreu).

    O fulano bateu as botas (morreu).

    10) PROSOPOPEIA/PERSONIFICAÇÃO

    Dou uma característica humana e outro ser.

    “O vento beija meus cabelos”.

    “As pedras andam vagarosamente”.

    11) IRONIA

    “Ela parece um anjinho, aham....”

    12) APÓSTROFE

    É um CHAMAMENTO/INVOCAÇÃO.

    É o VOCATIVO.

    “...Ó Deus! Onde estás que não respondes?”

    13) ELIPSE

    Tem um termo subentendido.

    “Ela comia pouco, fazia pouco exercício”.

    14) POLISSÍNDETO

    VÁRIOS.

    Repetição de CONJUNÇÃO “e” e “nem”.

    “E come e dorme e limpa e malha”

    15) ASSÍNDETO

    SEM conectivo. Uso de vírgula e ponto.

    “Vim, vi, venci”.

    16) PLEONASMO

    Usado para enfatizar.

    “e rir meu riso”

    “eu vi com meus próprios olhos” -> pleonasmo vicioso.

    “elo de ligação”

    “subir pra cima”

    17) ANÁFORA

    REPETIÇÃO no início de frase.

    “E se você gritasse, e se você tocasse a valsa, e se você...”

    18) HIPÉRBATO

    INVERSÃO

    “Dos meus problemas, cuido eu”.

    19) ALITERAÇÃO

    REPETIÇÃO DE CONSOANTES.

    Vozes veladas, veludadas...”

    20) ASSONÂNCIA

    REPETIÇÃO DE VOGAIS

    “Sou um multato nato democrático do litoral.”

    21) ONOMATOPEIA

    IMITAÇÃO DE SOM. Aparece muito em gibis.

    “o relógio faz tic-tac”.

    X.O.X.O,

    Concurseira de Aquário.

  • Alguém explica onde tá a METÁFORA nessa frase...

  • SEGUE RESUMO QUE DE UMA COLEGA AQUI DO QC

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ou perífrase ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. Aproximação por semelhança.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

  • METÁFORA: trata-se de um tipo de comparaçao subentendida, sem utilizar conjunçoes comparativas.

    A corrupção é um câncer

    Meu aluno é fera

    As lagrimas que verteu foram magoas passadas

    Em tdos esses exemplos, notamos que há um tipo de comparaçao que se faz de maneira subentendida, sem empregar um elemento comparativo direto - como uma maneira comparativa.

  • Hipérbole - Aumento exagerado.

    Personificação - Atribuir características humanas a seres não humanos.

    Metáfora - Comparação mental.

    Antítese - Ideias opostas próximas.

    Sinestesia - Utilização dos cinco sentidos.

  • Nunca escutei alguém diZer isso... Não dava pé! Até achei q era uma personificação, uma casa dando pé. .kk
  • Acho que a expressão "não dava pé" se configura como metáfora pois está comparando (implicitamente) com a improdutividade de pintar, no sentido de não conseguir realizar a criação artística. Corrijam-me se eu estiver errada.


ID
3251524
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

“...por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.” O sinônimo mais adequado para substituir o verbo destacado é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    ? ?...por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.? 

    ? Verbo "implicar" marcando a ideia de trazer consequência, ocasionar alguma coisa, acarretar alguma coisa.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Gabarito B

    O verbo “implicar”, pode ser empregado com o sentido de “acarretar”, “ocasionar”. Sendo um transitivo direto.

  • CORROBORAR - dar ou adquirir força, robustez; fortalecer(-se)

  • C) importunar. = incomodar persistentemente

    D) asseverar. = afirmar

    E) questionar. = fazer objeção, duvidar


ID
3251527
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

Assinale a alternativa em que há um erro ortográfico na formação dos substantivos apresentados.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

    (A) Admitir à admissão. -ss → tir

    (B) Agredir à agressão. - ss → gredir

    (C) Pretender à pretenSão. -s → ender, ndir.

    (D) Reter à retenção. -ç → ter.

    (E) Inventar à invenção. -ç → -tar

  • Assertiva c

    Pretender >> pretensão

  • Duas dicas importantes para não errar mais este tipo de questão:

    1º Quando a apalavra deriva de

    NDER/NDIR

    ERTER/ERTIR= S

    Exemplos: Compreender= Compreensão

    Divertir= diversão.

    Pretender -----Pretenção

    Terminações:

    TO/TOR/ TER/TIVO

    Ou derivados de verbos com a desinência R

    Reeducar= reeducação

    Intento= Intenção

    Protetor= Proteção

    Introspectivo= Introspecção

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • QConcursos ta na hora de o que marcamos como gostei poderíamos ver. O que você deu "likes" ia lá ia ter todos os comentários que marcamos como gostei. Já poderia ser uma revisão.

    Quem gostou da ideia vamos colocar msg para o Qconcursos fazer isso ia ser de grande valia.

  • Verbos com final NDER e NDIR originam substantivos com S.

              ofeNDER à ofenSa; asceNDER à ascenSão; repreeNDER à repreensão; expaNDIR à expansão

    Dessa forma, na letra C, a forma verbal “preteNDER” faz com que grafemos “pretenSão”.

    Resposta: C

  • Umas regras confusas que não ajudam em nada.

    Basta dizer que pretensão é com s pessoal .....


ID
3251536
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

Em “...isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos...”, o uso da crase ocorreu devido à regência do verbo, que requereu a preposição “a”, somado ao artigo definido “a” que acompanhou o substantivo “invenção”. Assinale a alternativa em que deve ocorrer o acento indicativo de crase no termo destacado pela mesma razão apresentada.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Importante salientar que a questão pede uma alternativa que DEVE ocorrer a crase devido à regência verbal:

    A) As vezes precisamos descansar para estudar mais. ? "às vezes" (locução adverbial com base feminina).

    B) A medida que foi calculada durante o projeto não foi suficiente. ? "à medida que" (locução conjuntiva proporcional).

    C) Eles se referiam a ela como se a conhecessem. ? referiam-se a alguém (somente a preposição presente antes do pronome pessoal "ela").

    D) Os meninos pediram a minha mãe que trouxesse uma bola nova. ? pediram alguma coisa (que trouxesse uma bola nova ? objeto direto) a alguém (preposição + FACULTATIVAMENTE artigo definido "a" antes do pronome possessivo "minha" ? à minha ou a minha).

    E) Não obedeço a coordenadora de área desta instituição. ? obedecer a alguém (verbo transitivo indireto, o qual rege o uso da preposição "a" + artigo definido "a" que acompanha o substantivo "coordenadora" ? uso da crase obrigatório e preposição regida pelo verbo).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Há 2 alternativas corretas. E e A.

    "As vezes" empregado na primeira frase tem conotação de "De vez em quando", nesse caso ela necessita da crase.

    A questão deveria ter sido anulada !

  • Daniel, a questão pedi a alternativa que apresenta a mesma razão de crase do enunciado (regência do verbo + artigo feminino). Na alternativa A, a loc adverbial " ás vezes" necessita de crase, mas não é pela mesma razão do enunciado (regência + artigo), por isso não é a alternativa correta.

  • resposta correta letra E, galera está errando por que não está prestando atenção no enuncia da questão a resposta de Daniel está equivocada
  • Assertiva E

    Não obedeço a coordenadora de área desta instituição.

  • Daniel Leone a questão está correta, pois no enunciado especificou o tipo de crase que queria, não havendo necessidade de anulação.

  • O item D é facultativo quanto a usar crase ou não. Pois antes de pronome possessivo adjetivo feminino é facultativo o uso da crase.

    Item E

  • Gab: E

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • Gab: E

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • O caso no texto se trata de substantivo feminino - que antecede o acento grave. A alternativa que se encaixa no que se pede na questão é a assertiva ''D''.

  • A questão exige conhecimento de uso da crase. Para acertar a questão é preciso analisar o trecho em destaque e descobrir o motivo que está ocorrendo a crase e encontrar nas alternativas uma que faz uso pelo mesmo motivo. Vejamos:

    “...isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos...”,

    Temos o verbo "deve" que rege a preposição "a" e logo após temos um substantivo de base feminina que aceita o artigo "a".

    a)" Ás vezes", ocorre crase por ser uma locução adverbial temporal de base feminina. INCORRETA

    b) "À medida", acontece a crase por ser uma locução conjuntiva de proporcionalidade. INCORRETA

    c) "Referiam ela", não ocorre crase antes de pronome pessoal. INCORRETA.

    d) "Os meninos pediram a(à) minha mãe", aqui se coloca ou não a crase, pois estamos diante do verbo que rege a preposição "a" e de um pronome possessivo que faculta o uso da crase. INCORRETA.

    e) "Não obedeço à coordenadora ", temos a crase pelo motivo de ter um verbo que rege a preposição "a"+ "a" artigo que acompanha um substantivo feminino, logo temos aqui o mesmo motivo da frase destacada. CORRETA.

    GABARITO E

  • GAB E

    temos loc. prep. fem. [à invenção de]

    [à coordenadora de]


ID
3251539
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

“É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte.” O “a” empregado após a palavra “graças” deveria receber acento indicativo de crase caso a expressão destacada fosse substituída por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ?  graças a essa medicação

    ? graças a alguma coisa (preposição) + artigo definido "a" que acompanha o substantivo feminino "produção"= crase (graças à produção desses medicamentos).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O erro da E) é a palavra iniciativas no plural

  • Pra quem não entendeu porque a letra "E" está errada:

    "É também graças a iniciativas como a de Nise."

    A palavra iniciativas é substantivo feminino no plural, indefinido.

    Ninguém sabe quais foram as iniciativas tomadas por Nise ;)

  • A minha eliminação da E foi:

    "Iniciativas" está no plural, para crasear só aceitaria se flexionasse para o plural (o que o enunciado não traz) e ficasse "ÀS", não poderia ficar apenas "à iniciativas", não sei se a eliminação foi correta.

  • A ONDE HA PLURAL, A CRASE PASSA MAL
  • O erro de quem está certo, é achar que acerta aquilo que está errado.

  • Gab: A

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • Gab: A

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • A

  • A questão é sobre o uso de crase e requer também conhecimento de regência. O enunciado quer que encontremos na alternativa uma opção que poderia trocar pelo trecho destacado e utilizar a crase corretamente após acontecer a mudança.

    “É também graças a essa medicação "

    A palavra "graças" rege a preposição "a", pois alguém é grato a... Agora precisamos de uma palavra om base feminina que aceita o artigo "a".

    a) Poderia ser feita a mudança por "produção desses medicamentos.", pois temos uma palavra de base feminina que aceita o uso do artigo.CORRETA.

    É também graças à produção desses medicamentos.

    b) Não ocorre crase antes de pronome demonstrativo "tal". INCORRETA.

    c) Temos dois motivos aqui, além de "remédios" está no plural, é ainda palavra masculina. INCORRETA.

    d) Não ocorre crase antes do pronome demonstrativo "esta". INCORRETA.

    e) "iniciativas", a palavra está no plural e o "a"da frase está no singular, quando isso ocorre não temos a crase. INCORRETA.

    GABARITO A

  • É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte.” O “a” empregado após a palavra “graças” deveria receber acento indicativo de crase caso a expressão destacada fosse substituída por

    a)produção desses medicamentos. CERTA

    b)tal fármaco. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    c)remédios para doentes mentais. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    d)esta droga. Errada – Preposição “A” que antecede o pronome demonstrativo “ESTA” não tem crase

    e)iniciativas como a de Nise. .- errada crase no singular e palavra no plural não tem crase


ID
3251542
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerações sobre a loucura

Ferreira Gullar


    Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

    Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

    Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

    Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

    Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

  Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

   Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

   Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

   No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

   É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

    Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional.

    Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

    Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

    Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.


(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/1741258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

É comum na língua portuguesa algumas palavras não apresentarem correspondência perfeita entre o número de letras (elemento gráfico) e o número de fonemas (elemento sonoro). Assinale a alternativa em que ocorre essa correspondência.

Alternativas
Comentários
  • Gab (D)

    O enunciado é muito confuso, mas dá para interpretá-lo da seguinte forma:

    "A opção em que temos o mesmo número de letras e fonemas."

    A) Hospital.

    8 Letras

    H= -1 = 7 Fonemas

    B) Chovia.

    6 Letras

    CH= dígrafo =-1= 5 Fonemas.

    c)

    Equivocado.

    10 letras

    Qu = Dígrafo = -1= 9 Fonemas

    D) Estabilidade.

    12 Letras

    12 Fonemas

    E) Alguém.

    6 Letras

    5 Fonemas

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • achei confuso o enunciado

  • TAMBÉM ACHEI CONFUSO.

  • Essa questão tá igual ao resto da minha vida: Não to entendo o que é para fazer!

  • Coisa de Cespe
  • Essa Banca é muito ruim, vou prestar concurso com a AOCP de responsável, é cada pergunta que eu vejo!
  • Eu errei mas lendo posteriormente com atenção realmente o que a banca pede é a correspondente ou seja o mesmo número de letras e fonemas.

  • Pensei que o enunciado (examinador) quisesse uma palavra que não apresentasse correspondência perfeita entre o número de letras (elemento gráfico) e o número de fonemas (elemento sonoro).

    O examinador estava bêbado nesse dia.

  • Confuso

  • pegadinha tem que ler com atencao eu cai

  • A banca AOCP AMA cobrar fonologia/ fonemas e letras! Estudem fonologia e não é difícil, vale a pena investir um tempinho estudando isso. Essa questão tava bem fácil, só tinha que ter atenção no enunciado.

  • achei confusa

  • Basicamente se pede para achar uma palavra em que o número de letras seja igual ao número de fonemas. Basta procurar a única que não tem dígrafo e nem a letra "h". Gab D.

  • Gabarito (D)

    A) Hospital. H/o/s/p/i/t/a/l 8 Letras O/s/p/i/t/a/l 7 Fonemas.

    B) Chovia. C/h/o/v/i/a 6 Letras X/o/v/i/a 5 Fonemas.

    c) Equivocado. E/q/u/i/v/o/c/a/d/o 10 letras E/k/i/v/o/c/a/d/o 9 Fonemas.

    D) Estabilidade. E/s/t/a/b/i/l/i/d/a/d/e 12 Letras E/s/t/a/b/i/l/i/d/a/d/e 12 Fonemas

    E) Alguém. A/l/g/u/e/m 6 Letras  A/l/g/e/m 5 Fonemas.

    Na língua portuguesa, o dígrafo qu designa som de /k/ antes de e ou i e som de /ku/ antes de a ou o. Exemplos: qu com som de /k/ (u não é pronunciado): queijo, quindim, quintal, quente, quilo, questão, química. qu com som de /ku/ (u é pronunciado): quando, quarto, quociente.

    Na língua portuguesa o dígrafo gu designa som de /g/ antes de e ou i (nesta caso u não é pronunciado) e som de /gu/ antes de a ou o. Exemplos:

    gu com som de /gu/ (u é pronunciado): guarda, guardanapo, guaraná.

    gu com som de /g/ (u não é pronunciado): guerra, guitarra, alguém.

  • Tem que ter muita atenção com o enunciado...

  • Dilma que fez, com certeza.

  • Questão mais confusa essa...

  • Ficou confuso devido o enunciado. Prestem atenção no enunciado, eu errei por conta dele. Ele quer saber a que não tem dígrafo, ou seja, a que o n° de letra e fonemas são iguais. Ele não quer saber a que tem dígrafo. malandro, ele confirmou o significado de dígrafo e depois perguntou o que não possui dígrafo. QUESTÃO TOP PRA APRENDER MANEIRAS DIFERENTES DE COBRANÇA.
  • Enunciado confuso. Tem que ter bastante atenção ao que ele pede. No caso Assinale a alternativa em que ocorre essa correspondência. (Correspondência essa entre o número igual de letras e fonemas).

  • Resolvi a questão analisando as alternativas, porque se eu fosse pelo enunciado até agora eu não entenderia. Parece o ministro da educação digitando. KKKKKK

  • GABARITO D

    D) Estabilidade.

    12 Letras

    12 Fonemas

  • Pegadinha! O enunciado fala sobre a não correspondência das letras e fonemas.

    Mas a questão quer saber em qual há correspondência (igualdade) entre letras e fonemas.

    estabilidade é a única que se encaixa!

  • respondi em menos de 5 segundos

  • Simplificando o comando da questão ficaria: Qual a palavra que não inicia por "h"e não possui dígrafos ou dífonos (esse seria o caso em que o número de letras seria igual ao número de sons)

    Gabarito, Letra D

    E.s.t.a.b.i.l.i.d.a.d.e. → 12 letras / 12 fonemas

    RESUMINHO

    1. O "h" não é pronunciado quando inicia a palavra, apenas, o som da vogal que o segue, sendo assim não é contado como fonema, apenas letra:

    hospital (som do "o") / humor (som do "u") / herói (som do "e") / humano (som do "u")

    2. Dígrafos: duas letras juntas emitem um único som (no encontro consonantal duas consoantes juntas emitem cada um o seu próprio som. Exemplo: prato, costa, freio).

    >>>Dígrafos Consonantais (rr, ss, sc, sç, xc, xs, nh, ch, lh, qu e gu )

    Exemplos:

    ss = s -> p.a.ss.a.r. (6 letras / 5 fonemas)

    ch = x -> ch.u.v.a. (5 letras / 4 fonemas)

    qu (com o "u" mudo) = k - > f.a.qu.e.i.r.o (8 letras / 7 fonemas)

    gu (com o "u" mudo) = g - > gu.e.rr.a (6 letras / 4 fonemas)

    á.g.u.a -> não á dígrafo, pois o "u" é pronunciado (4 letras / 4 fonemas)

    a.q.u.o.s.o -> não á dígrafo, pois o "u" é pronunciado (6 letras / 6 fonemas)

    >>>Dígrafos Vocálicos - vogal seguida de "m" ou "n" como nasalizadores; "m" e "n" nesse caso não emitem sons próprios

    am = ã -> c.am.p.o (5 letras / 4 fonemas)

    on = õ -> p.on.t.o (5 letras / 4 fonemas)

    ***camelo -> não é dígrafo, pois, "m" emite som próprio***

    *** Se vierem no final da palavra (falam, sabem...) não é dígrafo vocálico, mas ditongo nasal

    3. Dífonos: Ao contrário do dígrafo, ocorre quando uma letra emite mais de um som. Ocorre apenas no caso em que "x" emite o som de "ks":

    Exemplo:

    f.a.x (3 letras / 4 fonemas)

    m.á.x.i.m.o -> "x" emite apenas um som, então, não há dífono (6 letras / 6 fonemas)

  • Questão mt mal formulada.....

  • Examinador mais virado de pó que o Fábio Assunção

  • Examinador mais virado de pó que o Fábio Assunção

  • A questão foi mal formulado o comando induzindo ao erro.

  • pelo que venho treinado sobre

    AOCP,

    ela gosta de botar umas pegadinhas, repara no enuciado...

    É comum na língua portuguesa algumas palavras não apresentarem correspondência perfeita entre o número de letras (elemento gráfico) e o número de fonemas (elemento sonoro). Assinale a alternativa em que ocorre essa correspondência.

    já cai uma vez, não caio mais kkkkk

    "um cavaleiro de bronze não cai 2x no mesmo golpe"

  • Essa questão é definitivamente fácil, pois das cinco alternativas fica evidente qual possui 12 fonemas e 12 letras, mas o enunciado é péssimo e induz o candidato ao erro. Caí na "pegadinha" e assinalei a palavra que não apresentava a correspondência...

  • Se o enunciado induz a erro, ele é um bom enunciado, aprende a perceber a matéria cobrada na questão!

  • enunciado derrubou

  • Confuso o enunciado mas a questão não é dificil. fui no chute


ID
3262375
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Diversos equipamentos atualmente utilizados nas indústrias e residência dependem de um fenômeno descoberto em 1831 por Michael Faraday denominado “Indução Eletromagnética”. Desde então, ocorreu uma revolução na geração de energia elétrica e no acionamento de máquinas. De acordo com os conceitos de “Eletromagnetismo”, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262378
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Em acionamentos de máquinas elétricas alimentadas em corrente alternada é fundamental ao técnico eletrotécnico a interpretação dos efeitos relacionados ao comportamento das fases e o ângulo entre elas, fator este que pode resultar na inversão do sentido de giro do eixo de um motor. De acordo com os conceitos de corrente alternada monofásica e trifásica, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262381
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletricidade
Assuntos

A correção do fator de potência é largamente aplicada nos processos industriais em que há a presença de acionamento de cargas indutivas. De acordo com as definições de Correção de Fator de Potência, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262384
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Um técnico, ao analisar o acionamento direto de um motor de indução assíncrono trifásico alimentado com tensão de 220 Vca; consumindo corrente de 10 A e apresentando fator de potência de 0,86, chegou à correta conclusão de que

Alternativas

ID
3262387
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

A corrente alternada está presente em diversas aplicações envolvendo acionamento de máquinas elétricas em que o técnico em Eletrotécnica deve atuar. Sobre corrente alternada monofásica e trifásica, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262393
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

O técnico em eletrotécnica utiliza instrumentos capazes de mensurar variáveis de diversas naturezas, principalmente elétricas. De acordo com as definições de Instrumento de medição de corrente, tensão e potência, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262402
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Um técnico eletrotécnico, ao analisar uma instalação elétrica, deparou-se com um dispositivo a corrente diferencial-residual (DR) e depende do conhecimento de seu funcionamento para inferir sobre a correta operação apresentada pelo dispositivo. De acordo com os conceitos de dispositivos de proteção, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262405
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

O projeto de um transformador de força analisado por um técnico apresenta as seguintes características: tensão do primário = 220 V, tensão do secundário = 24V, para alimentar carga resistiva consumindo corrente de 3A, em 60 Hz. O técnico deve utilizar chapas de aço-silício para executar a fabricação do transformador, sabendo-se que a área de seção transversal do cobre enrolado seria de 10 cm² (de acordo com o projeto) e a área da janela do núcleo do transformador é de 37,5 cm² (de acordo com as chapas aço-silício disponíveis). Conforme as definições de Transformadores de Força e os dados fornecidos, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262408
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

De acordo com os conceitos relativos aos autotransformadores, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262411
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

O técnico em eletrotécnica deve ser capaz de interpretar o funcionamento de um motor de indução assíncrono trifásico para atender à demanda de suas funções profissionais. De acordo com as definições de motores de indução monofásicos e trifásicos, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • respondi certo com esse mesmo pensamento...


ID
3262420
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

De acordo com as chaves de partida do tipo “inversor de frequência” e das características dos motores elétricos e seus Circuitos de comando, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262423
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

De acordo com parâmetros de projeto luminotécnico e suas definições, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262426
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

De acordo com os parâmetros de instalações elétricas prediais e a norma NBR 5410, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262432
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Um técnico em eletrotécnica, ao analisar um projeto de instalações elétricas, deparou-se com o código: 2x2,5 R4 VW 300/300 V. Sobre o conhecimento de materiais industriais de baixa tensão e alta tensão, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262438
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

De acordo com a resolução normativa 414/2010, que determina as condições gerais de fornecimento de energia elétrica, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262444
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

O conhecimento relacionado ao dimensionamento de dispositivos de proteção contra curto-circuito e sobrecarga aplicados ao acionamento de motores de indução trifásicos está presente nas atividades do técnico eletrotécnico. De acordo com projeto de sistemas de comando e proteção de quadros de comando de motores de indução, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262447
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Os medidores de vazão são amplamente utilizados em processos industriais e apresentam diferentes tecnologias que se adaptam ao uso de acordo com a necessidade de cada processo. Sobre o medidor de vazão, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262450
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Sobre o sensor de pressão, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262453
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Um técnico em Eletrotécnica, ao analisar um processo de armazenamento de líquido em um tanque equipado com sensor de nível ultrassônico, verifica que, de acordo com a documentação do sensor, a velocidade de deslocamento do sinal é de 25 m/s e o tempo entre o sinal e o eco é de 200 ms. Nesse caso, a distância medida pelo sensor é de

Alternativas

ID
3262456
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Ao analisar uma instalação elétrica, um técnico em eletrotécnica deve determinar quantos condutores isolados podem ser instalados dentro de um eletroduto rígido de PVC classe “A”, tamanho nominal 20 (3/4”), tipo roscável. Os dados da tabela dos fabricantes são: o diâmetro nominal externo de um cabo de 2,5 mm² é 3,6 mm, o diâmetro externo do eletroduto é 21,1 ± 0,3 mm e a espessura da parede do eletroduto é 2,5 mm (considere a taxa de ocupação do eletroduto 0,4). O número máximo de condutores isolados que podem ser instalados dentro do eletroduto especificado, de acordo com a norma NBR 5410, é

Alternativas
Comentários
  • dcabo=3,6mm --> rcabo=1,8mm

    deletro.ext=21,1+-0,3 --> reletro=21,1-0,3-2*2,5=15,8mm

    A=(pi)r²

    Acabo=10,17*10^-6m²

    Aeletro=195,97*10^-6m² (com pi=3,14)

    Aútil=Aeletro*0,4 --> 195,97*0,4 = 78,39*10^-6m²

    Ncabos=Aútil/Acabo=78,39/10,17 = 7,71cabos ~= 7 cabos

    Arredonda para menos para não extrapolar a capacidade.


ID
3262459
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Sobre os conceitos relativos ao circuito de iluminação interna de uma edificação, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262462
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Sobre a manutenção preventiva e corretiva, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262465
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

De acordo com a Resolução normativa ANEEL 414, de nove de setembro de 2010, onde está escrito: “A distribuidora deve conceder um período de ajustes para adequação do fator de potência para unidades consumidoras do grupo B, com duração mínima de 3 (três) ciclos consecutivos e completos de faturamento, objetivando permitir a adequação da unidade consumidora”, assinale a alternativa que se refere ao artigo 136.

Alternativas

ID
3262471
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

O item 5 da NBR 14039:2005 faz menções às medidas de proteção para garantir a segurança. Em relação ao item 5.1 dessa mesma norma, é correto afirmar que ele

Alternativas

ID
3262474
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Sobre a Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e serviços de eletricidade - NR10, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262483
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

O inversor de frequência e a soft-starter são exemplos de chaves de partida estáticas utilizadas para o acionamento de motores de indução assíncronos. De acordo com o funcionamento da soft-starter e do inversor de frequência, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3262486
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Um técnico em eletrotécnica deve realizar a manutenção de um processo industrial onde está sendo utilizado um sensor de nível por radar. Nesse caso, é correto afirmar que

Alternativas

ID
3262492
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Eletrotécnica
Assuntos

Sobre os motores monofásicos, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3395977
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Considerações sobre a loucura

                                                                                                            Ferreira Gullar


      Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

      Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

      Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

      Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

      Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

      Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

      Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

      Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

      No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

      É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

      Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional. 

      Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

      Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

      Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/174 1258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

“...que só pensavam em torturá-los com choques elétricos..”. Assinale a alternativa em que há uma palavra acentuada pelo mesma regra que o vocábulo destacado.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? elétrico (sílaba tônica na antepenúltima sílaba, proparoxítona).

    A) Médio. ? paroxítona terminada em ditongo.

    B) Lamentável. ? paroxítona terminada em -l.

    C) Invenção. ? o til (~) não é acento gráfico e sim uma marca de nasalização.

    D) Paletó. ? oxítona terminada em -o.

    E) Artístico. ? proparoxítona e a nossa resposta.

    Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão em tela versa sobre acentuação gráfica e quer saber qual alternativa traz a mesma regra de acentuação da palavra "elétricos". Vejamos os conceitos e regras de acentuação:

    Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições; consequentemente, as palavras podem receber três classificações quanto a esse aspecto:

    Oxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a última: você, café, jiló…

    ▪São acentuadas as que terminam em: a, as, e, es, o, os, em, ens

    Paroxítonas são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima: gente, âmbar, éter…

    ▪São as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em: i, is, us, um, l, n, r, x, ps, ã, ãs, ão, ãos, , ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: águas, árduo, pônei…

     ➡ Proparoxítonas - são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima: lágrima, trânsito…

    ▪São todas acentuadas.

    Quanto às de apenas uma sílaba, os chamados monossílabos: má, pó, fé…

    ▪São acentuados os terminados em: a, as, e, es, o, os.

    Sabendo os conceitos, iremos inspecionar as alternativas, Vejamos:

     Elétricos a palavra entra na regra de acentuação das proparoxítonas, pois todas são acentuadas.

    a) Médio.

    Incorreta. A palavra é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo "io"

    b) Lamentável.

    Incorreta. A palavra é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "L"

    c) Invenção.

    Incorreta. Não há acentuação gráfica na palavra por ser uma oxítona terminada em "ão". Vale dizer que o til não é acento e sim marca de nasalidade.

    d) Paletó.

    Incorreta. A palavra é acentuada por ser uma oxítona terminada em "o".

    e) Artístico.

    Correta. A palavra é acentuada por ser uma proparoxítona, igualmente "elétricos" e por isso é o nosso gabarito.

    Referência bibliográfica:

    CIPRO NETO, Pasquale e INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. São Paulo: Scipione, 2008. (Novo Acordo Ortográfico) 

    GABARITO: E

  • Proparoxitonas - São aquelas cuja silaba tônica está na antepenúltima silaba. Ex.: lâmpada - Câmara - tímpano -- médico - ônibus, 

     As proparoxítonas são todas acentuadas.

  • Todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas.

    Proparoxítonas = a antepenúltima silaba é a silaba tônica, contando da direita para a esquerda


ID
3395980
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  Considerações sobre a loucura

                                                                                                            Ferreira Gullar


      Ouço frequentemente pessoas opinarem sobre tratamento psiquiátrico sem na verdade conhecerem o problema. É bacana ser contra internação. Por isso mesmo traçam um retrato equivocado de como os pacientes eram tratados no passado em manicômios infernais por médicos que só pensavam em torturá-los com choques elétricos, camisas de força e metê-los em solitárias.

      Por isso mesmo exaltam o movimento antimanicomial, que se opõe à internação dos doentes mentais. Segundo eles, os pacientes são metidos em hospitais psiquiátricos porque a família quer se ver livre deles. Só pode fazer tal afirmação quem nunca teve que conviver com um doente mental e, por isso, ignora o tormento que tal situação pode implicar.

      Nada mais doloroso para uma mãe ou um pai do que ter de admitir que seu filho é esquizofrênico e ser, por isso, obrigado a interná-lo. Há certamente pais que se negam a fazê-lo, mas ao custo de ser por ele agredido ou vê-lo por fim à própria vida, jogando-se da janela do apartamento.

      Como aquelas pessoas não enfrentam tais situações, inventam que os hospitais psiquiátricos, ainda hoje, são locais de tortura. Ignoram que as clínicas atuais, em sua maioria, graças aos remédios neuroléticos, nada têm dos manicômios do passado.

      Recentemente, num desses programas de televisão, ouvi pessoas afirmarem que o verdadeiro tratamento psiquiátrico foi inventado pela médica Nise da Silveira, que curava os doentes com atividades artísticas. Trata-se de um equívoco. A terapia ocupacional, artística ou não, jamais curou algum doente.

      Trata-se, graças a Nise, de uma ocupação que lhe dá prazer e, por mantê-lo ocupado, alivia-lhe as tensões psíquicas. Quando o doente é, apesar de louco, um artista talentoso, como Emygdio de Barros ou Arthur Bispo do Rosário, realiza-se artisticamente e encontra assim um modo de ser feliz.

      Graças à atividade dos internados no Centro Psiquiátrico Nacional, do Engenho de Dentro, no Estado do Rio, criou-se o Museu de Imagens do Inconsciente, que muito contribuiu para o reconhecimento do valor estético dos artistas doentes mentais. Mas é bom entender que não é a loucura que torna alguém artista; de fato, ele é artístico apesar de louco.

      Tanto isso é verdade que, das dezenas de pacientes que trabalharam no ateliê do Centro Psiquiátrico, apenas quatro ou cinco criaram obras de arte. Deve-se reconhecer, também, que conforme a personalidade de cada um seu estado mental compõe a expressão estética que produz.

      No tal programa de TV, alguém afirmou que, graças a Nise da Silveira, o tratamento psiquiátrico tornou-se o que é hoje. Não é verdade, isso se deve à invenção dos remédios neurolépticos que possibilitam o controle do surto psíquico.

      É também graças a essa medicação que as internações se tornaram menos frequentes e, quando necessárias, duram pouco tempo – o tempo necessário ao controle do surto por medicação mais forte. Superada a crise, o paciente volta para casa e continua tomando as doses necessárias à manutenção da estabilidade mental.

      Não pretendo com esses argumentos diminuir a extraordinária contribuição dada pela médica Nise da Silveira ao tratamento dos doentes mentais no Brasil. Fui amigo dela e acompanhei de perto, juntamente com Mário Pedrosa, o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional. 

      Uma das qualidades dela era o seu afeto pelas pessoas e particularmente pelo doente mental. Eis um exemplo: como o Natal se aproximava, ela perguntou aos pacientes o que queriam de presente. Emygdio respondeu: um guarda-chuva.

      Como dentro do hospital naturalmente não chovia, ela concluiu que ele queria ir embora para casa. E era. Ela providenciou para que levasse consigo tinta e tela, a fim de que não parasse de pintar.

      Ele se foi, mas, passado algum tempo, alguém toca a campainha do gabinete da médica. Ela abre a porta, era o Emygdio, de paletó, gravata e maleta na mão. “Voltei para continuar pintando, porque lá em casa não dava pé.” E ficou pintando ali até completar 80 anos, quando, por lei, teve que deixar o hospital e ir para um abrigo de idosos, onde morreu anos depois.

(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/2016/02/174 1258-consideracoes-sobre-a-loucura.shtml)

Assinale a alternativa em que os vocábulos estão de acordo com as regras de acentuação ortográfica vigentes.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) Idéia crêem vôo. ? paroxítona com ditongo aberto -ei e -oi não tem mais acento (ideia, geleia, prosopopeia, alcateia, assembleia, androide, tiroide); vogais duplicadas "ee" e "oo" também não são mais acentuadas (leem, creem, veem, abençoo, magoo, enjoo).

    B) Assembleia ? vêem enjôo.

    C) Papeis ? reveem - perdoo. ? o correto é "papéis" (aqui temos uma oxítona e não paroxítona, o acento continua ? pastéis, anéis, anzóis, herói, heróis).

    D) Heroico ? descreem - magoo.

    E) Herói ? lêem abençôo.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão em tela versa sobre acentuação, mais precisamente sobre o novo acordo ortográfico e quer saber qual alternativa traz a afirmação correta. Vejamos algumas mudanças:

    A reforma ortográfica de 2009 Em 2009, entrou em vigor no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa assinado em 1990 pelos países lusófonos: Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Timor Leste e São Tomé e Príncipe. Contudo, somente a partir de 2016 passaram a valer. Para chegar ao acordo, todos os países tiveram de fazer algumas concessões. Para nós, brasileiros, as mudanças foram pequenas e afetaram apenas 0,5% das palavras

    Explicação 1- De acordo com a reforma ortográfica, não se acentuam os ditongos abertos ei, oi nas palavras paroxítonas: assembleia, ideia, boia, heroico. 

    Explicação 2- Nao se acentuam os hiatos oo e ee: enjoo, voo, coo, deem, veem, releem. 

    Explicação 3- Vem ou vêm? Tem ou têm? Intervém ou intervêm?

    1. Os verbos vir e ter na 3, pessoa do plural do presente do indicativo, apesar de serem monossílabos tônicos terminados em -em, recebem o acento circunflexo para diferenciarem-se da 3, pessoa do singular: ele vem - eles vêm ele tem - eles têm. Os verbos derivados de ter e vir, como deter, manter, reter, intervir, convir, etc., por não serem monossílabos, obedecem à regra das oxítonas. Na 3, pessoa do plural. entretanto, usa-se o acento circunflexo para a diferenciação: ele intervém - eles intervêm ele mantém - eles mantêm 2. Não se deve confundir o plural dos verbos citados com o dos verbos crer, ler, ver e dar: ele crê - eles creem ele lê - eles leem ele vê - eles veem ele dê - eles deem

    Deixei alguns conceitos e explicação acima, agora iremos analisar as alternativas e apontarei qual explicação está o erro de cada alternativa. Analisemos:

    a) Idéia – crêem – vôo.

    Incorreta. Não tem acento na palavra "ideia" (segue a explicação 1), não tem acento na palavra "creem" segue a explicação 3, não tem acento na palavra "voo", segue a explicação 2.

    b) Assembleia – vêem – enjôo.

    Incorreta. Não há acento na palavra "enjôo" segue a explicação 2.

    c) Papeis – reveem - perdoo.

    Incorreta. "Papeis" é uma oxítona (última sílaba forte) e de regra acentua-se quando em ditongo aberto "oi" seguida ou não de S.

    d) Heroico – descreem - magoo.

    Correta. Segue respectivamente a explicação 1, 3 e 2 que irão perceber que não acentuam essas palavras.

    e) Herói – lêem – abençôo.

    Incorreta. Não há acento na palavra "leem" , segue a explicação 3 e não há acento na palavra "abençoo", segue a explicação 2.

    Referência bibliográfica:

    Cereja, William Roberto Conecte : gramática reflexiva Thereza Cochar Magalhães 2. ed. - São Paulo: Saraiva, 2013.

    GABARITO: D

  • CADE O COMENTÁRIO DO PROFESSOR, QC??? PLEASE.

  • juntou duas vogal acento nem a páu

  • C- acentua as oxítonas terminadas em ditongo aberto (oi / eu / ei ) ex: herói

    D- não se acentua os ditongos aberto (oi / eu / ei ) nas paroxítonas - ex: heroico