SóProvas



Prova FUNCERN - 2018 - Consórcio do Trairí - RN - Advogado


ID
1192638
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Noção de erro de português é afetada pela ideia de que,

vista do passado, toda evolução é corrupção

Aldo Bizzocchi


      Somos um povo que adora discutir a própria língua. E quando o fazemos, um dos assuntos que invariavelmente vêm à baila é a famigerada questão do erro gramatical. Muito se tem debatido a respeito, e a suposta existência de erros em nossa fala (bem como na escrita) ensejou até o surgimento de uma nova profissão, por sinal lucrativa, a de consultor gramatical. Igualmente, peritos no assunto têm mantido com sucesso colunas em jornais, sites, programas de rádio ou televisão com o propósito de ensinar as pessoas a falar corretamente o seu próprio idioma. Isso porque, segundo o diagnóstico catastrofista desses entendidos, nunca se falou tão mal o português como agora, nossa língua caminha inelutavelmente para a ruína e a dissolução, já não se escreve mais como antigamente, e toda uma interminável cantilena de rabugices.

      (...)

      É preciso, então, definir claramente o que é o erro em matéria de língua. É evidente que, se um estrangeiro tentando falar português disser “O meu mulher ser muito bonita”, cometerá um erro, a ponto de se poder dizer que isso não é português. Da mesma forma, quando cometemos um lapsus linguae, isto é, um equívoco involuntário do qual temos consciência, estamos diante de um erro linguístico.

      Mas o que se costuma chamar de “erro de português” é uma expressão linguística que nada tem de acidental, já que é sistemática e, geralmente, proferida por pessoas de menor nível escolar e socioeconômico, embora possa ocorrer até nos mais altos escalões da sociedade. Para a linguística, que é a ciência da linguagem humana, esse fenômeno não pode ser chamado de erro. Se a língua é um sistema de signos que se articulam segundo leis definidas para permitir a comunicação e o pensamento humanos, toda expressão linguística, mesmo a das pessoas iletradas, cumpre esse papel com eficiência.

      (...)

      A maioria dos chamados erros constitui, na verdade, um uso linguístico inadequado à situação de comunicação. Para entendermos melhor essa inadequação, vamos fazer uma analogia entre a língua que falamos e a roupa que usamos. Ninguém em sã consciência vai a uma cerimônia de formatura de camiseta e bermudas tampouco vai à praia de terno. Assim como há uma roupa adequada a cada ocasião, há uma forma de expressão linguística, chamada registro ou nível de linguagem, adequada a cada situação de discurso.

      (...)

      Mas e aquelas pessoas que moram na periferia ou na zona rural e dizem “pobrema”, “cardeneta” ou “puliça”, elas não estão falando errado? Do ponto de vista normativo, sim. Mas, como disse, a gramática normativa só se aplica a situações e ambientes formais. O registro deve, antes de tudo, estar adequado ao contexto social da comunicação. Pessoas que vivem num meio de baixa escolaridade e pronunciam “pobrema” estão adaptadas ao seu habitat. Se você duvida, experimente entrar numa favela do Rio vestindo roupa social e vá conversar com os traficantes usando linguagem de magistrado para ver o que lhe acontece.

      Não estou dizendo com isso que o linguajar das pessoas não-escolarizadas deva ser incentivado. É evidente que, como cidadãos, devemos lutar para acabar com a pobreza e a ignorância. Nesse sentido, não apenas pronunciar “pobrema” é errado; morar em favelas ou andar maltrapilho é muito mais. No entanto, muitos brasileiros moram em barracos ou na rua e só têm uma roupa – muitas vezes esfarrapada – para vestir e só um registro para falar. Sua fala é pobre como é pobre a sua existência, tanto física quanto mental. O imaginário da classe média idealiza essas pessoas indo a todos os lugares sempre com a mesma camisa surrada, os mesmos chinelos velhos, e falando com todos sempre do mesmo modo.

Texto adaptado.Fonte: Língua Portuguesa, ano 3, n.º 25, novembro de 2007

A intenção comunicativa predominante no texto é

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: D

    ➥ Temos um artigo de opinião, trata-se de um texto dissertativo-argumentativo, nele o autor opina sobre o equívoco em relação ao que, costumeiramente, denomina-se de “erro de português.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 


ID
1192639
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Noção de erro de português é afetada pela ideia de que,

vista do passado, toda evolução é corrupção

Aldo Bizzocchi


      Somos um povo que adora discutir a própria língua. E quando o fazemos, um dos assuntos que invariavelmente vêm à baila é a famigerada questão do erro gramatical. Muito se tem debatido a respeito, e a suposta existência de erros em nossa fala (bem como na escrita) ensejou até o surgimento de uma nova profissão, por sinal lucrativa, a de consultor gramatical. Igualmente, peritos no assunto têm mantido com sucesso colunas em jornais, sites, programas de rádio ou televisão com o propósito de ensinar as pessoas a falar corretamente o seu próprio idioma. Isso porque, segundo o diagnóstico catastrofista desses entendidos, nunca se falou tão mal o português como agora, nossa língua caminha inelutavelmente para a ruína e a dissolução, já não se escreve mais como antigamente, e toda uma interminável cantilena de rabugices.

      (...)

      É preciso, então, definir claramente o que é o erro em matéria de língua. É evidente que, se um estrangeiro tentando falar português disser “O meu mulher ser muito bonita”, cometerá um erro, a ponto de se poder dizer que isso não é português. Da mesma forma, quando cometemos um lapsus linguae, isto é, um equívoco involuntário do qual temos consciência, estamos diante de um erro linguístico.

      Mas o que se costuma chamar de “erro de português” é uma expressão linguística que nada tem de acidental, já que é sistemática e, geralmente, proferida por pessoas de menor nível escolar e socioeconômico, embora possa ocorrer até nos mais altos escalões da sociedade. Para a linguística, que é a ciência da linguagem humana, esse fenômeno não pode ser chamado de erro. Se a língua é um sistema de signos que se articulam segundo leis definidas para permitir a comunicação e o pensamento humanos, toda expressão linguística, mesmo a das pessoas iletradas, cumpre esse papel com eficiência.

      (...)

      A maioria dos chamados erros constitui, na verdade, um uso linguístico inadequado à situação de comunicação. Para entendermos melhor essa inadequação, vamos fazer uma analogia entre a língua que falamos e a roupa que usamos. Ninguém em sã consciência vai a uma cerimônia de formatura de camiseta e bermudas tampouco vai à praia de terno. Assim como há uma roupa adequada a cada ocasião, há uma forma de expressão linguística, chamada registro ou nível de linguagem, adequada a cada situação de discurso.

      (...)

      Mas e aquelas pessoas que moram na periferia ou na zona rural e dizem “pobrema”, “cardeneta” ou “puliça”, elas não estão falando errado? Do ponto de vista normativo, sim. Mas, como disse, a gramática normativa só se aplica a situações e ambientes formais. O registro deve, antes de tudo, estar adequado ao contexto social da comunicação. Pessoas que vivem num meio de baixa escolaridade e pronunciam “pobrema” estão adaptadas ao seu habitat. Se você duvida, experimente entrar numa favela do Rio vestindo roupa social e vá conversar com os traficantes usando linguagem de magistrado para ver o que lhe acontece.

      Não estou dizendo com isso que o linguajar das pessoas não-escolarizadas deva ser incentivado. É evidente que, como cidadãos, devemos lutar para acabar com a pobreza e a ignorância. Nesse sentido, não apenas pronunciar “pobrema” é errado; morar em favelas ou andar maltrapilho é muito mais. No entanto, muitos brasileiros moram em barracos ou na rua e só têm uma roupa – muitas vezes esfarrapada – para vestir e só um registro para falar. Sua fala é pobre como é pobre a sua existência, tanto física quanto mental. O imaginário da classe média idealiza essas pessoas indo a todos os lugares sempre com a mesma camisa surrada, os mesmos chinelos velhos, e falando com todos sempre do mesmo modo.

Texto adaptado.Fonte: Língua Portuguesa, ano 3, n.º 25, novembro de 2007

Após a leitura do texto de Aldo Bizzocchi podemos inferir que o autor trata a questão do erro de português a partir de um enfoque

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ✓ pragmático, pois se refere ao uso da língua adequado às diferentes situações e contextos em que se insere o falante.

    ➥ CORRETO. Segundo o texto: Mas e aquelas pessoas que moram na periferia ou na zona rural e dizem “pobrema”, “cardeneta” ou “puliça”, elas não estão falando errado? Do ponto de vista normativo, sim. Mas, como disse, a gramática normativa só se aplica a situações e ambientes formais. O registro deve, antes de tudo, estar adequado ao contexto social da comunicação. Pessoas que vivem num meio de baixa escolaridade e pronunciam “pobrema” estão adaptadas ao seu habitat. Se você duvida, experimente entrar numa favela do Rio vestindo roupa social e vá conversar com os traficantes usando linguagem de magistrado para ver o que lhe acontece (=OU SEJA, a situação, o contexto, tudo influencia nos aspectos linguísticos, a língua é mutável e se modifica a depender de diversos aspectos).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • pragmático

    adjetivo

    1. que contém considerações de ordem prática; prático, realista, objetivo.
    2. voltado para objetivos práticos; realista, objetivo.


ID
1192640
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que preencham, RESPECTIVAMENTE, as lacunas da seguinte frase:


“Quando se trata de eleição ___ duas coisas devem ser observadas ____ uma é o projeto político proposto pelo candidato ___ a outra é o posicionamento dele ante as demandas populares.”

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

    ✓ “Quando se trata de eleição, duas coisas devem ser observadas: uma é o projeto político proposto pelo candidato; a outra é o posicionamento dele ante as demandas populares.”

    ➥ A vírgula separa uma oração subordinada adverbial temporal; os dois-pontos dão início a uma explicação e o ponto e vírgula separa uma oração coordenada assindética, isso ocorre normalmente entre trechos já separados por vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando uma enumeração.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A Q1252521 traz uma situação similar, porém explica que, em caso de enumeração, o sinal de dois pontos pode ser substituído por vírgula sem prejuízo gramatical.

    Nesta questão, já não aceita. Alguém poderia me ajudar a entender isto?


ID
1192641
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto a seguir, extraído da obra Iracema (José de Alencar), para responder à questão.


“Depois, Iracema quebrou a flecha homicida, deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada”.

José de Alencar

No que tange às sequências tipológicas, é correto afirmar que o texto apresentado se trata de

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: B

    ✓ “Depois, Iracema quebrou a flecha homicida, deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada”.

    ➥ A narração é um estilo de texto que visa contar um fato, com narrador, personagens, noção espaço/tempo, enredo etc. Para tal, os verbos se encontram normalmente nos tempos pretéritos do indicativo, pois as narrações normalmente remetem a fatos que já ocorreram.

    ➥ Temos ações encadeadas, que se seguem, primeiro ela fez isso, depois isso e isso (=3 orações que se sucedem).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • LETRA B

    Trata-se de uma NARRAÇÃO.

    Modalidade textual que tem o objetivo de contar um fato, fictício ou não, que acontece num determinado tempo e lugar, e que envolve personagens. Neste tipo de texto predomina o emprego do pretérito (passado).

    Os gêneros textuais mais comuns são: CONTO, FÁBULA, CRÔNICA, ROMANCE, NOVELA, DEPOIMENTO, PIADA, RELATO, ETC.


ID
1192642
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o excerto a seguir, extraído da obra Iracema (José de Alencar), para responder à questão.


“Depois, Iracema quebrou a flecha homicida, deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada”.

José de Alencar

Ainda com base no texto de José de Alencar, anteriormente apresentado, assinale a opção que apresenta uma outra construção possível para a última oração do excerto, sem que o sentido do texto seja alterado.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: A

    ✓ “Depois, Iracema quebrou a flecha homicida, deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada”.

    ➥ A ideia entre as orações é de adição, logo, foi usado corretamente a conjunção coordenativa aditiva "e" dando início a uma oração coordenada aditiva: (...) deu a haste ao desconhecido e guardou consigo a ponta farpada.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva A

    (...) deu a haste ao desconhecido e guardou consigo a ponta farpada.

  • Arthur Carvalho disse tudo.. Gabarito ´´A´´ de IRON MAIDEN. rsrsrrrsrsrsrsrsrsr


ID
1192643
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir:

“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

                                                                                                                                       Fernando Pessoa

Marque a opção que classifica correta e simultaneamente os termos em destaque no texto acima.

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: C

    ✓ “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

    ➥ A meu ver, questão com dois gabaritos. O primeiro termo é predicativo do sujeito (=liga-se através do verbo de ligação e atribui uma característica ao sujeito). Querer ISSO (=oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida do infinitivo, função sintática de objeto direto). Tenho algo em mim (=todos os sonhos → complemento verbal, função de objeto direto). Dessa forma, poderia ser a letra "c" ou a "d".

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A princípio pensei como o Arthur, mas mesmo que "ser nada" seja OD, uma classificação mais correta é mesmo o.s.s objetiva direta, pois ele contém verbo, logo é oração, é um OD oracional.

  • Ninguém entrou com recurso nessa questão, vejo dois gaba.

    Enfim rsrs.

  • Ninguém entrou com recurso nessa questão, vejo dois gaba.

    Enfim rsrs.

  • Ninguém entrou com recurso nessa questão, vejo dois gaba.

    Enfim rsrs.

  • Ninguém entrou com recurso nessa questão, vejo dois gaba.

    Enfim rsrs.


ID
1192644
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a opção que apresenta problema de desrespeito à norma padrão da Língua Portuguesa, quanto à colocação pronominal.

Alternativas
Comentários
  • B) Desaprovei a proposta que deram-me. O pronome relativo que é fator atrativo de próclise, o correto é me deram.

    GABARITO. B

  • ✅ Gabarito: B

    ✓ Desaprovei a proposta que deram-me.

    ➥ Pronome relativo "que" sendo fator de atração do pronome oblíquo átono, fator de próclise (=QUE ME DERAM).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO: B

    A próclise ocorre quando o pronome oblíquo aparece antes do verbo. Para que ela se torne obrigatória, existem as palavras atrativas de próclise, quais sejam:

    > Advérbios, pronomes indefinidos, demonstrativos e relativos; conjunção subordinativa; frases exclamativas e interrogativas; expressão de desejo; verbo no gerúndio precedido de outra oração.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • PALAVRAS ATRATIVAS PARA PRÓCLISE:

    NARIIS DE PREA!

    NEGATIVAS

    ADVÉRBIO

    RELATIVOS (PRONOMES)

    INTERROGATIVOS (PRONOMES)

    INDEFINIDOS (PRONOMES)

    SUBORDINATIVAS (CONJUNÇÕES)

    DEMONSTRATIVOS (PRONOMES)

    PROPAROXÍTONOS (VERBOS)

    EXCLAMATIVAS (FRASES)

    ALTERNATIVAS (FRASES)

  • A) Isso é de destruir o coração, rs.

    Mas em relação ao item temos um fator atrativo..

    Correta a construção!

    B) Quando o que é pronome relativo = fator atrativo.

    C) Palavra negativa = fator atrativo

    D) pronomes indefinidos também são fatores de próclise.

  • Letra A: Se cair uma dessa na minha prova, eu lembro da morena e choro -- Acabou minha prova!

  • A questão quer que marquemos a opção que apresenta problema de DESRESPEITO à norma padrão da Língua Portuguesa, quanto à colocação pronominal. Vejamos: 

     .

    A) Sempre te quis como amiga.

    Certo. "Sempre" é advérbio e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    B) Desaprovei a proposta que deram-me.

    Errado. "Que" é pronome relativo e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    C) Os participantes não lhe obedeceram às orientações.

    Certo. "Não" é palavra de sentido negativo e advérbio de negação e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    D) Todos me chamaram ao mesmo tempo.

    Certo, "Todos" é pronome indefinido e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    PRÓCLISE (pronome ANTES do verbo)

    É obrigatória quando houver palavra que atraia o pronome para antes do verbo. As palavras que atraem o pronome são:

    1) Palavras de sentido negativo. Ex.: Nunca me deixaram falar.

    2) Advérbios. Ex.: Sempre me lembro deles.

    3) Pronomes indefinidos e demonstrativos neutros. Ex.: Tudo se acaba / Isso te pertence.

    4) Conjunções subordinativas. Ex.: Quando nos viu, chorou.

    5) Pronomes relativos. Ex.: Há certas pessoas que nos querem bem.

     . .

    MESÓCLISE (pronome NO MEIO do verbo)

    É obrigatória com verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja antes palavra atrativa. Ex.: Convidar-me-ão para a formatura. / Convidar-me-iam para a formatura.

     .

    ÊNCLISE (pronome APÓS o verbo)

    É obrigatória com:

    1) Verbo no início da frase. Ex.: Passaram-me a resposta.

    2) Verbo no imperativo afirmativo. Ex.: Meninos, calem-se.

    3) Verbo no gerúndio. Ex.: Chegou, falando-nos grosseiramente.

    Obs.: Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá PRÓCLISE. Ex.: Em se tratando de regras, sou leiga. / Saiu da sala, não nos dizendo as razões.

    4) Verbo no infinitivo impessoal. Ex.: Era necessário ajudar-te.

    Gabarito: Letra B

  • A questão quer que marquemos a opção que apresenta problema de DESRESPEITO à norma padrão da Língua Portuguesa, quanto à colocação pronominal. Vejamos: 

     .

    A) Sempre te quis como amiga.

    Certo. "Sempre" é advérbio e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    B) Desaprovei a proposta que deram-me.

    Errado. "Que" é pronome relativo e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    C) Os participantes não lhe obedeceram às orientações.

    Certo. "Não" é palavra de sentido negativo e advérbio de negação e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    D) Todos me chamaram ao mesmo tempo.

    Certo, "Todos" é pronome indefinido e atrai o pronome para antes do verbo. Logo, próclise obrigatória.

     .

    PRÓCLISE (pronome ANTES do verbo)

    É obrigatória quando houver palavra que atraia o pronome para antes do verbo. As palavras que atraem o pronome são:

    1) Palavras de sentido negativo. Ex.: Nunca me deixaram falar.

    2) Advérbios. Ex.: Sempre me lembro deles.

    3) Pronomes indefinidos e demonstrativos neutros. Ex.: Tudo se acaba / Isso te pertence.

    4) Conjunções subordinativas. Ex.: Quando nos viu, chorou.

    5) Pronomes relativos. Ex.: Há certas pessoas que nos querem bem.

     . .

    MESÓCLISE (pronome NO MEIO do verbo)

    É obrigatória com verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja antes palavra atrativa. Ex.: Convidar-me-ão para a formatura. / Convidar-me-iam para a formatura.

     .

    ÊNCLISE (pronome APÓS o verbo)

    É obrigatória com:

    1) Verbo no início da frase. Ex.: Passaram-me a resposta.

    2) Verbo no imperativo afirmativo. Ex.: Meninos, calem-se.

    3) Verbo no gerúndio. Ex.: Chegou, falando-nos grosseiramente.

    Obs.: Se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá PRÓCLISE. Ex.: Em se tratando de regras, sou leiga. / Saiu da sala, não nos dizendo as razões.

    4) Verbo no infinitivo impessoal. Ex.: Era necessário ajudar-te.

    Gabarito: Letra B

  • Assertiva B

    Desaprovei a proposta que deram-me.


ID
1192645
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerando que o texto abaixo foi extraído de uma conversa do whatsapp, assinale a opção correta, acerca da variação linguística empregada nele.


Vc ñ falou cmg hj, BB... Estou com sdds. Bjs!

Alternativas
Comentários
  • ✅ Gabarito: D

    ✓ Vc ñ falou cmg hj, BB... Estou com sdds. Bjs!

    ➥ O texto foi empregado como um conversa do whatsapp; para isso, ele cumpre perfeitamente o seu papel, visto que foi empregado com informalidade e, aparentemente, entre pessoas conhecidas e com certo vínculo. Para uma comunicação formal, estaria incorreto, visto que se deve usar uma linguagem clara, objetiva e formal.

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Tá de guerra né?

    Uma questão desse nível pra um cargo de administrador rsrs.


ID
1192646
Banca
FUNCERN
Órgão
Consórcio do Trairí - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere a frase:


“[Eu] Falei que a realização profissional não é uma coisa tão relativa assim, pois seriam as mesmas, para você e para mim, as expectativas sobre o sucesso decorrente da escolha da profissão certa.”

Com a substituição da palavra “expectativas” por “expectativa”, qual das opções a seguir teve a concordância (verbal e nominal) ajustada coerentemente?

Alternativas
Comentários
  • GAB. C

    (POIS SERIA A MESMA)

  • ✅ Gabarito: C

    A) “[Eu] Falei que a realização profissional não é uma coisa tão relativa assim, pois seria as mesmas, para você e para mim, a expectativa sobre o sucesso decorrentes da escolha da profissão certa.” → INCORRETO. O correto é "a mesma" (=a mesma expectativa) e "decorrente" (=concorda com o substantivo "sucesso").

    B) “[Eu] Falei que a realização profissional não é uma coisa tão relativa assim, pois seriam as mesmas, para você e para mim, a expectativa sobre o sucesso decorrente da escolha da profissão certa.” → INCORRETO. O correto é "a mesma" (=a mesma expectativa).

    C) “[Eu] Falei que a realização profissional não é uma coisa tão relativa assim, pois seria a mesma, para você e para mim, a expectativa sobre o sucesso decorrente da escolha da profissão certa.” → CORRETO.

    D) “[Eu] Falei que a realização profissional não é uma coisa tão relativa assim, pois seria as mesmas, para você e para mim, a expectativa sobre o sucesso decorrente da escolha da profissão certa.” → INCORRETO. O correto é "a mesma" (=a mesma expectativa).

    ➥ FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • O erro fica mais claro através da observação:

    “[Eu] Falei que a realização profissional não é uma coisa tão relativa assim, pois seriam as mesmas, para você e para mim, as expectativas sobre o sucesso decorrente da escolha da profissão certa.”

    as expectativas sobre o sucesso seriam as mesmas

    A expectativa sobre o sucesso seria a mesma.

    Bons estudos!