Um paciente de 55 anos de idade agenda consulta médica,
queixando-se de emagrecimento. Seu peso atual é 90 kg e
sua estatura é 1,70 m (IMC = 31,1 kg/m²). Além da perda de
peso, nota muita sede. Ao exame físico constatam-se
PA = 150 mmHg x 95 mmHg, FR = 16 ipm, SatO2 em torno
de 96%. Nos membros inferiores, observam-se pulsos
palpáveis, cacifo negativo, e o fundo de olho está
normal. Exames laboratoriais apresentam glicemia em
jejum = 230 mg/dL; HbA1c = 7,5%; creatinina = 0,7 mg/dL;
triglicerídeos = 300 mg/dL; colesterol total = 270 mg/dL; e
LDL = 240 mg/dL. O médico que realiza o atendimento opta
por um tratamento inicial não medicamentoso e, após 90
dias, o paciente retorna com exame de HbA1c = 8%. O
médico assistente decide, então, iniciar o tratamento
medicamentoso com metformina, além de manter o
tratamento não medicamentoso (dieta e exercício físico). O
paciente evolui com melhora do lipidograma, perde peso e
alcança a meta terapêutica estipulada. Durante seis anos, usa
continuamente a metformina e faz acompanhamento médico
regular. Porém, no final do sexto ano de tratamento, retornou
com os seguintes resultados: glicemia de jejum = 250 mg/dL
e HbA1c = 8,8%. Nesse momento, seu médico assistente
teve que aumentar a dose da metformina para a posologia
máxima permitida.
Acerca desse caso clínico e considerando os conhecimentos
médicos correlatos, julgue o item a seguir.
Não há embasamento científico para justificar a opção de
iniciar o tratamento, nesse caso clínico, de forma não
medicamentosa. A melhor opção, portanto, seria iniciar o
tratamento de forma medicamentosa, e uma das melhores
drogas indicadas naquele momento seria a glibenclamida.