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ID
1881235
Banca
IF-PE
Órgão
IF-PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 01

INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA

(Luiz Augusto Caldas Pereira - Diretor de Políticas da Setec/MEC)

      A criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia tem sido tema recorrente nos debates sobre educação por todo o território nacional. Nesta fase que antecede a sua implantação, julgo necessário o destaque para alguns itens que, do meu ponto de vista, podem contribuir para a construção da identidade dessas instituições e, de certa maneira, suscitar reflexões, aprofundando os debates.

      Como premissa, julgo de essencial valor que as análises sobre a criação dos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia – IFET estejam alocadas no interior das atuais políticas para a Educação Brasileira, com recorte especial para aquelas voltadas à Educação Profissional e Tecnológica e a Rede Federal. Neste sentido, o surgimento dos Institutos Federais estabelece vínculo com a valorização da educação e das instituições públicas, aspectos centrais nas atuais políticas e assumidos como fundamentais para a construção de uma nação soberana e democrática, o que pressupõe o combate às desigualdades estruturais de toda ordem, daí a imprescindibilidade do fortalecimento das ações e das instituições públicas.

      Os investimentos públicos ao longo da existência da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (para cuja direção aponta a criação dos Institutos Federais) concorrem sobremaneira para a conquista da excelência e denotam comportamento típico de governos no Estado Capitalista Moderno no que diz respeito à adoção de políticas e programas sociais a fim de qualificar a mão-de-obra para o mercado de trabalho, objetivo que se complementa com a manutenção sob controle de parcelas da população não inseridas nos processos de produção. Assim, a Rede Federal, em períodos distintos de sua existência, atendeu a diferentes orientações de governos; em comum a centralidade do mercado, do desenvolvimento industrial e do caráter pragmático e programático da EPT.

      Por outro lado, é necessário ressaltar neste contexto, uma outra dimensão associada à reconhecida excelência da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e que diz respeito à inesgotável competência dessas instituições de, mesmo em tempo de ações de governo descomprometidas com os aspectos sociais, colocar em primeiro plano a inclusão social, construírem “por dentro delas próprias” alternativas pautadas neste compromisso. A criação dos Institutos Federais responde à necessidade, num país como o nosso, da institucionalização definitiva da Educação Profissional e Tecnológica como política pública; isto significa à Rede Federal de Educação Tecnológica o exercício de maior função de Estado e menor ação de Governo. Estado como o instituto do que é permanente e Política Pública do que se estabelece no compromisso de pensar o todo enquanto aspecto que funda a igualdade na diversidade (social, econômica, geográfica, cultural, etc). E ainda, Política Pública como resultado de ações providas com recursos próprios (financeiros e humanos), que esteja articulada a outras políticas (de trabalho e renda, de desenvolvimento setorial, ambiental, social e mesmo educacional e outras) e que, portanto, produza impactos sobre as mesmas.

      É importante, neste momento, lançar luz sobre algo nem sempre muito visível. Em vários momentos, ao longo da sua existência, assistimos a questionamentos em relação à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no que refere à sua condição de ser mantida pelo orçamento público federal, sobretudo quando, no limite de sua função, estava a formação de técnicos de Nível Médio. Em tempos recentíssimos, a Educação Profissional e Tecnológica viu-se arguida no que se refere à pertinência da oferta pública; este é um tempo em que também se acentua, em relação à EPT, uma concepção de caráter funcionalista, estreito e restrito apenas a atender aos objetivos determinados pelo mercado e a Rede Federal decresce em igual proporção à aplicação de recursos públicos. Em resumo, a Educação Profissional no Brasil é fruto da correlação de força entre setores que sempre a tomaram como um braço a favor da acumulação capitalista e outros que a concebem como importante instrumento de política social, aqui assumida como aquelas voltadas para a redistribuição dos benefícios sociais visando à diminuição das desigualdades. Que sentido político associar à criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia? Aponto dois: um primeiro, presente na expansão da Rede Federal e um outro, na concepção da Educação Profissional e Tecnológica em curso.

A expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, cujo critério na Fase II toma como base a identificação de cidades-polo, elevará a contribuição da rede federal no desenvolvimento socioeconômico do país e concorrerá, sobretudo com a interiorização, para uma mais justa ordenação da oferta de EPT, ao incluir locais historicamente postos à margem das políticas públicas voltadas para esta modalidade. Ao estabelecer que todas as unidades vinculadas aos Institutos Federais (inclusive as novas) têm elevado e isonômico grau de autonomia, afirma o território como uma dimensão essencial a sua função e insere na pauta regimental dessas instituições o seu compromisso com um desenvolvimento socioeconômico que perceba antes o seu “lócus”. Isto implica uma atuação permanentemente articulada e contextualizada a sua região de abrangência. A autonomia dos campi dos Institutos Federais responde à necessidade de se forjar e fomentar o desenvolvimento de uma Educação Profissional e Tecnológica (Pública) a partir de uma demanda que seja socialmente plena, que considere as diversas representações sociais, desde as oriundas da chamada produção elaborada (grandes firmas), os médios e pequenos empreendimentos e os movimentos sociais. É, pois, função precípua dos Institutos Federais atuar a favor dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais.

                                                                   (Disponível em http://portal.mec.gov.br/)

Assinale o item que substitui corretamente o termo sublinhado do trecho que segue, sem mudar o sentido: “É, pois, função precípua dos Institutos Federais atuar a favor dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais.” (6º parágrafo)

Alternativas
Comentários
  • A conjunção POIS posposto ao verbo é classificada como conjunção conclusiva, logo podendo ser substituido por LOGO, PORTANTO, ENTÃO, POR ISSO, POR CONSEGUINTE...

  • Perceba que o termo 'pois' na oração está atuando com valor conclusivo. Para tirar a prova, basta tentar substituir por um termo semelhante (que atue como conclusivo) e verificar que o sentido não altera.

    Conjunções conclusivas = logo, portanto.

    “É, pois (logo/portanto), função precípua dos Institutos Federais atuar a favor dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais.”

  • Ulitização do pois como conjunção  Explicativas: pois (antes do verbo)

    Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, no início da oração a que pertence.

      Por exemplo:  Não tenha receio, pois eu a protegerei.

     

     

  • Conclusivas: exprimem ideia de conclusão ou consequência.

       logo                                            pois

       portanto                                    por conseguinte

       por isso                                     então

       assim                                        em vista disso

     

    – Você cumpriu sua palavra; terá, pois, sua recompensa. (= portanto; vem separada por vírgula(s), depois do verbo ou no fim da frase: Ele te protege; sê-lhe grato, pois. (José Oiticica))

    [Gab E]

    FONTE: A Gramatica para Concursos Públicos, Fernando Pestana.

    bons estudos!

  • A Conjunção "Pois", quando conclusiva, pode vir deslocada dentro da oração e deve vir entre vírgulas.

    A Conjunção "Pois", quando explicativa, deve vir após a virgula iniciando a oração subordinada.

  • Conjunção Pois após o verbo, idéia de conclusão.

  • LETRA E

    Pois: 

    Antes do verbo - Explicativo

    Depois do verbo - Conclusivo, assim, a conjunção para substituí-lo será portanto também conclusiva.

  • Pra fazer a questao em menos de 1 minuto Pois entre vírgulas = conclusão Única conjunção conclusiva era portanto Gabarito e
  • Como o pois está entre vírgula , dá uma ideia de conclusão , portanto a única alternativa que contém uma conjunção conclusiva e a letra E...

  • Pois = Portanto; Sentido Explicativo.

  • o POIS conclusivo depois do verbo será sempre deslocado. 

  • Orações coordenadas conclusivas: logo, portanto, por fim, por consrguinte, consequentemente, destarte, por isso, assim...

  • POIS está entre vírgulas, posposto ao verbo É. Nesses casos só pode ser obrigatoriamente Conclusiva.

    Se fosse explicativa, viria apenas com uma vírgula e anteposto ao verbo.

    logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.

    Logo, alternativa correta letra E.

  • uma conjunção conclusiva por outra; trocou pois por portanto, letra E

    bons estudos

  • Bizu da hora:

    POIS (ANTES do Verbo) = ESplicativo

    POIS (DEPOIS DO VERBO) = PDC = CONCLUSIVO

    A única alternativa que traz uma conjunção conclusiva é a letra E. 

    GAB: E 

    Nunca mais confundi!

    Rumo à nossa aprovação!

  • como diz o pestrana decore as conjunções..

     

  • Morra de decorar as conjuções....

  • Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

  • O "pois" é conclusivo e deslocado

  • "Pois" depois de verbo é Conjução conclusiva: Portanto, logo, por isso, assim, pois( depois de verbo) e etc.

     

    Gabarito:E

  • contudo, porem e entretanto são adversativas 

  • “É, pois, função precípua dos Institutos Federais atuar a favor dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais.”

     

    "Pois" posposto ao verbo = Conjunção coordenativa Conclusiva

    "Pois" antesposto ao verbo = Conjunção coordenativa Explicativa

  • pois entre virgulas é sempre conclusiva

  • Finalidade.

  • Pois entre vírgulas, conclusivo.

  • Li nos comentários aqui do QC

    PAVE -> Pois Antes de Verbo - Explicativo

    PDVC -> Pois Depois de Verbo - Conclusivo

     

  • Letra E.

    Deus é Soberano !!!

    O segredo é nunca desistir !!!

  • para derrubar 22 mil candidato

    PVE =POIS antes do VERBO é EXPLICATIVO