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ID
3110401
Banca
IF-PE
Órgão
IF-PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o TEXTO 4 para responder à questão.

TEXTO 4

As palavras têm poder; cuidado com o seu uso

Nonato Albuquerque 

   Um provérbio chinês diz que “há três coisas que não voltam atrás; a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Com relação às palavras, diríamos que é preciso cuidado. Elas têm força. Poder. Quando pronunciadas sem a medida correta podem atrair consequências danosas. Ditas em momentos de tensão, elas são capazes de trazer uma repercussão maior que a esperada.
  Está lá no Velho Testamento que nossas palavras devem ser equilibradas e sensatas. Uma palavra dita fora de hora pode causar danos irreparáveis. As palavras têm poder de trazer consequências boas ou ruins dependendo da forma com que são mencionadas. [...]
  Alguém que usa as palavras de forma ríspida arrumará muitas brigas. E, por isso, essa onda de violência a que assistimos no dia a dia. Esse é o tipo de “poder” que as palavras têm. Por isso, importante é que se busque usar as palavras corretas para que não se crie barreiras que possam gerar dúvidas atrozes e consequências ainda mais danosas. Muitas vezes, no calor de qualquer discussão, somos capazes de dizer coisas que, em outro momento, jamais pronunciaríamos. [...] Nunca se deve pronunciar as palavras que a raiva põe em nossa boca [...]. É que, muitas vezes, elas têm mais poder do que aqueles que detêm uma arma. Elas podem influenciar pessoas para o bem ou levar outras para o mal.

ALBUQUERQUE, Nonato. As palavras têm poder; cuidado com o seu uso. Tribuna do Ceará, 4 nov. 2016. Disponível em: tribunadoceara.com.br/blogs/nonato-albuquerque/artigo-2/as-palavras-tem-poder-cuidado-comseu-uso/. Adaptado.

No que se refere a uma boa elaboração textual, analise as informações feitas acerca do TEXTO 4.

I. Em decorrência de uma circunstância de temporalidade, no trecho “Quando pronunciadas sem a medida correta podem atrair consequências danosas.”, após o termo “medida correta”, o uso da vírgula é obrigatório.
II. Devido a uma relação de causa-consequência, no segmento “As palavras têm poder de trazer consequências boas ou ruins dependendo da forma com que são mencionadas.”, após o termo “boas ou ruins”, o uso da vírgula é obrigatório.
III. Nos trechos que seguem: “ E, por isso, essa onda de violência...” e “Por isso, importante é que se busque...”, para evitar a repetição do termo, o autor poderia ter optado por usar o termo “portanto”, sem mudar o sentido, em uma ou na outra situação do TEXTO 4.
IV. Em nome da correção gramatical, no último parágrafo do TEXTO 4, o quarto período seria melhor redigido desta forma: “Por isso, importante é que se busquem usar as palavras corretas para que não se criem barreiras que possam gerar dúvidas atrozes e consequências ainda mais danosas.”.
V. No segmento textual “Nunca se deve pronunciar as palavras que a raiva põe em nossa boca (...).”, o autor deixou as duas formas verbais no singular porque elas têm o mesmo referencial: o termo “a raiva”.

É VERDADEIRO apenas o conteúdo de

Alternativas
Comentários
  • Esperando o comentário do Arthur.

  • GABARITO letra E

    I. Em decorrência de uma circunstância de temporalidade, no trecho “Quando pronunciadas sem a medida correta podem atrair consequências danosas.”, após o termo “medida correta”, o uso da vírgula é obrigatório. (CERTO)

    II. Devido a uma relação de causa-consequência, no segmento “As palavras têm poder de trazer consequências boas ou ruins dependendo da forma com que são mencionadas.”, após o termo “boas ou ruins”, o uso da vírgula é obrigatório. (ERRADO)  ObsNão se usa vírgula antes do gerúndio ou da oração gerundial que equivale a uma oração adverbial na sua ordem habitual (não anteposta nem intercalada). 

    III. Nos trechos que seguem: “ E, por isso, essa onda de violência...” e “Por isso, importante é que se busque...”, para evitar a repetição do termo, o autor poderia ter optado por usar o termo “portanto”, sem mudar o sentido, em uma ou na outra situação do TEXTO 4. (ERRADO)   Obs: "Portanto" como conjunção de sentido conclusivo só caberia na segunda situação.

    IV. Em nome da correção gramatical, no último parágrafo do TEXTO 4, o quarto período seria melhor redigido desta forma: “Por isso, importante é que se busquem usar as palavras corretas para que não se criem barreiras que possam gerar dúvidas atrozes e consequências ainda mais danosas.”. (ERRADO)   Obs: O verbo cujo sujeito é uma oração concorda na 3ª pessoa do singular, ou seja, o sujeito oracional pede o verbo no singular.

    V. No segmento textual “Nunca se deve pronunciar as palavras que a raiva põe em nossa boca (...).”, o autor deixou as duas formas verbais no singular porque elas têm o mesmo referencial: o termo “a raiva”. (ERRADO)   Obs: Apenas a segunda forma verbal (põe) tem como referencial o termo raiva. A locução verbal deve pronunciar tem como referencial o termo palavras

  • KKKKKKKKK Na espera do comentário do Arthur idem hehehe

  • sempre que a virgula vier após a oração subordinada, terá caráter obrigatório!!

  • Eu discordo do gabarito. A circunstância da assertiva I é de CONDIÇÃO. Basta substituir por uma conjunção condicional e enxergar esse caráter condicional:

    “Quando pronunciadas sem a medida correta podem atrair consequências danosas.” (Original)

    “Caso pronunciadas sem a medida correta podem atrair consequências danosas.” (Alterada)

    “Se pronunciadas sem a medida correta podem atrair consequências danosas.” (Alterada)

    etc.

    Nem sempre a conjunção QUANDO será TEMPORAL.

    Questão sem alternativa correta, na minha opinião.

  • Eu achava que orações subordinativas adverbiais (como no caso da I, que é temporal) tinham apenas recomendação do uso de vírgula, não obrigatoriedade... Não?

  • I. SERÁ QUE o item I é facultativo/recomendativo? oração subordinativa adverbial = "Quando pronunciadas sem a medida" / oração principal = "podem atrair consequências danosas" Note que a oração subordinada antecede a principal.                                                                                                       

    Veja:                                                                                                                                                                                                   

    *Mas, mesmo assim, esqueça, se isso não for possível, tudo o que passamos.                                                                       

    *E a melhor maneira, quando isso acontece, é respirar fundo e confiar em si mesmo                                                         

    *Mas é necessário, para levar as pessoas até lá, que faças a viagem parecer atraente                                                                                         

    As subordinadas adverbiais desempenham a função sintática de modificador e, por essa razão, são móveis dentro da estrutura frásica à semelhança do comportamento sintático dos advérbios com função de modificador. As orações subordinadas adverbiais, sempre que antecedem a oração principal  são isoladas por vírgulas (cuidado com a intercalação dentro da principal (da oração sub.advb.) como foi mostrado nos exemplos) OBRIGATORIAMENTE. É o único racio. que tive até agora, se eu tiver errado favor manifestar-se.

    II. Aqui sim o uso é facultativo

    III. Muda o sentido completamente. Veja: De forma mais simples portanto (consequência ou uma conclusão)  po isso (algo  que está longe, dependendo pode ser usado como conclussão). PARA O USO NO TEXTO  as duas frases são bem distintas um visa algo que está longe, enquanto se a outra fosse empregada tornaria o texto conclussivo, segunda a intertextualidade basta ler o texto nestes treschos.

    IV. busque e crie são relacionados com alguém que está no singular. Concordancia verbal.

    V. raiva só tem relação com põe

     

  • em uma ou na outra situação do TEXTO 4(entendi que seria em só uma kkkk