A mosca-branca é um inseto da ordem Hemiptera, . As evidências apontam que B. tabaci possa compor, atualmente, um complexo de espécies com cerca de 20 biótipos. Esses biótipos são populações com potenciais de elevar ao máximo suas atividades e aperfeiçoar o poder de virulência mais rápido que a capacidade das plantas hospedeiras de aprimorarem seus sistemas de defesa, levando, de certa maneira, a pequenas mutações entre indivíduos, diferenciando-os e, frequentemente, isolando-os geograficamente. Este “complexo mosca-branca”, segundo as pesquisas, adaptou-se à alimentação em diferentes plantas, agrupando, atualmente, cerca de 700 espécies de plantas hospedeiras, tanto anuais como perenes, como soja, ervilha, feijão, algodão, tomate, batata, berinjela, pimenta, fumo, repolho, couve, brócolis, melão, melancia, pepino, mamão, uva, poinsétia, roseira, entre outras.
Os danos podem ser diretos, através de anomalias, ou desordens fitotóxicas, caracterizadas pelo amarelecimento de folhas, ramos e frutos, causado pela injeção de toxinas durante o processo de alimentação do inseto. Outro tipo de dano significativo é acarretado pelo desenvolvimento de fumagina nas folhas, o que reduz a taxa fotossintética das plantas, bem como a desuniformidade na maturação das colheitas e a consequente redução da produção.
Contudo, o que mais causa preocupação é o dano indireto, causado pelo inseto como vetor de várias viroses como os geminivírus, em especial do gênero Begomovirus (Geminiviridae) na cultura do tomateiro.
Fonte:
Este artigo foi publicado na edição número 61 da Revista Cultivar Hortaliças e Frutas, de abril/maio de 2010.
Cecilia Czepak
Universidade Federal de Goiás