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Prova CIEE - 2019 - TRE-DF - Estagiário - Nível Médio


ID
4063540
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Em “Então Deus puniu a minha loucura e soberba (...)” (1º§), os termos destacados podem ser substituídos, sem perda semântica por, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Significado de Insanidade

    Substantivo feminino Qualidade de insano, de quem perdeu o domínio de suas capacidades mentais.

    Significado de Loucura

    Substantivo feminino: Qualidade de louco, desprovido de razão.

    Medicina: Distúrbio mental grave que impede alguém de viver em sociedade, definido pela incapacidade mental de agir, de sentir ou de pensar como o suposto; insanidade mental.

    Portanto, loucura e insanidade são perfeitamente substituíveis.

    Significado de Arrogância

    substantivo feminino Prepotência; atitude de quem se sente superior aos demais ou da pessoa que assume um comportamento prepotente, desprezando os outros. [Por Extensão] Ousadia; comportamento insolente, atrevido; ação desrespeitosa.

    Significado de Soberba

    Substantivo feminino: Sentimento de superioridade em relação a outra pessoa; orgulho, altivez, arrogância, presunção. Pejorativo - Comportamento da pessoa arrogante, presunçosa; prepotência.

    Logo, são substituíveis.

    Alternativa correta - C.

    @avante_atepassar


ID
4063543
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

De acordo com as informações textuais, podemos inferir que o narrador:

Alternativas
Comentários
  • (letra A) vemos sujeito oculto, primeira pessoa do singular EU, que no caso o narrador veja!

    Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando(EU) desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia,(OS) meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. (EU) Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas (EU) adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno.

    algum equívoco corrija me!


ID
4063546
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Considerando o trecho “Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática.” (7º§), o narrador dá indícios de revolta e indignação. Tal fato se justifica pela:

Alternativas
Comentários
  • (gabarito D) Se vc for ver, a todo momento o homem foi rejeitado ao pedir um abrigo. E ao invés de ele torcer pelo o bem do vilarejo, ele começou a torcer contra. Ao afirmar o que o aviador estava fazendo não era por mal e sim para o "bem".

  • Discordo do gabarito.

    A questão exige interpretação do trecho em destaque.

    O correto seria o contexto do texto.


ID
4063549
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Em “Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além.” (3º§), a expressão destacada exprime circunstância de: 

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre advérbios e que saber qual a circunstância expressa no termo em destaque em “Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além.”. Vejamos:

    A) Modo.

    Advérbios de modo: assim, ao léu, às claras, às pressas, à toa, à vontade, bem, com rancor, debalde, de cócoras, de cor, de mansinho, depressa, devagar, em silêncio, face a face, frente a frente, mal, melhor, pior, sem medo...

     . 

    B) Lugar.

    Advérbios de lugar: abaixo, acima, acolá, adiante, à direita, à esquerda, aí, além, algures, ali, ao lado, aquém, aqui, atrás, através, cá, de cima, de fora, defronte, dentro, detrás, em cima, fora, lá, longe, onde, perto, por fora...

     . 

    C) Dúvida.

    Advérbios de dúvida: acaso, eventualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez...

     . 

    D) Afirmação.

    Advérbios de afirmação: certamente, com certeza, decerto, efetivamente, por certo, realmente, seguramente, sem dúvida, sim...

     . 

    Gabarito: Letra B


ID
4063552
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

As frases transcritas do texto apresentam as formas verbais flexionadas no mesmo tempo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • As letras A, B e D estão com verbos no pretérito perfeito. A letra C com verbo no pretérito imperfeito.

  • GAB [C].

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    #ESTABILIDADESIM.

    #FORATRAINEE.

  • Dica identificação dos tempos e modos verbais, darei apenas essas duas dicas, pois é o objeto de de cobrança da questão:

    pretérito perfeito do indicativo: conjugue os verbos seguidos de "ontem (eu,tu,ele...).

    pretérito imperfeito do indicativo: perceber as desinências (parte final do verbo) terminadas em: "VA", "IA","INHA "ou o próprio verbo ser, que conjugado nesse tempo verbal fica "ERA". Ou seja, verbo terminado em: Va, Ia, Inha ou o verbo ser (era) é Pretérito imperfeito do indicativo.

    "Tudo que é imperfeito merece uma VAINHA, porque já era"

    EXEMPLIFICANDO, NA QUESTÃO TEMOS:

    A) ontem ele fez - pretérito perfeito do indicativo

    B) ontem eu adivinhei - pretérito perfeito do indicativo

    C) "ERA" e Montava, galopava - pretérito imperfeito do indicativo

    D) ontem ele recebeu; ontem ele desanimou - pretérito perfeito do indicativo

    A única alternativa que destoa das demais é a letra C, portanto, nosso gabarito.

    Comentário com base nos ensinamentos da professora Flávia Rita; vai la e faz o curso, vale a pena.

    Abraços.


ID
4063555
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

“Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.” O último parágrafo o texto demonstra que narrador:

Alternativas
Comentários
  • (Letra A) sente-se agradecido!

  • Gabarito Letra A, "sente-se agradecido"

    Fragmento do texto que levou-me a essa conclusão:  e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.” 


ID
4063558
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Considerando a adequação linguística, assinale a alternativa que apresenta a associação INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A questão quer saber a qual das alternativas abaixo apresenta a INCORRETA classificação das palavras em destaque. Vejamos:

     

    A) “Assim bradei, em vão.” – conjunção.

    "Em vão" é uma locução adverbial.

    Advérbio: palavra invariável que indica circunstâncias. Modifica um adjetivo, um verbo ou outro advérbio.

     

    B) “(...) não era pensão mas às vezes colhiam alguém.” – pronome.

    "Alguém" é pronome indefinido.

    Pronome: palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso ou situando-o no espaço e no tempo.

     

    C) “Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas (...)” – preposição.

    "Entre" é preposição.

    Preposição: palavra invariável que une dois termos, subordinando um ao outro.

    As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

     

    D) “Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde (...)” – adjetivo.

    "Humilde" é adjetivo.

    Adjetivo: palavra variável em gênero, número e grau que expressa qualidade, defeito, origem, estado do substantivo ou de qualquer palavra substantivada.

     

    Gabarito: Letra A

  • INCORRETA!!!!!!!!!

    Gab: A

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ID
4063561
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

“Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara.” (8º§) O trecho em destaque evidencia uma linguagem:

Alternativas
Comentários
  • linguagem coloquial, também chamada de informal ou popular, encontra fluidez na oralidade e é utilizada pelos falantes cotidianamente. Pelo fato de ser utilizada em nosso dia a dia, a linguagem coloquial não requer a perfeição em termos . Isso significa que é bastante comum os falantes utilizarem gírias, , abreviações e palavras que não se relacionam à  da Língua Portuguesa falada , o qual possui muitos .

    linguagem coloquial é empregada em situações informais, com os amigosfamiliares e em ambientes e/ou situações em que o uso da norma culta da língua possa ser dispensado.

    Conforme já apontamos, é na , no diálogo informal entre  mais próximos, que a coloquialidade é comumente utilizada.

    "BATER NA CARA" - LINGUAGEM COLOQUIAL


ID
4063564
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

Considerando as normas de concordância e, ainda, a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a afirmativa grafada INDEVIDAMENTE.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra E

    "Os moradores da aldeia são bastantes insensíveis e indiferentes."

    Como saber quando usa bastante no singular ou no plural?

    -> Se der pra trocar por "muitos", pode usar "bastantes" (aí é um adjetivo e concorda com o substantivo).

    -> Se não der pra trocar por "muitos", apenas "muito", o bastante tem que ser usado no singular também (aí no caso é um advérbio, portanto, invariável - deve ficar no singular).

    Os moradores da aldeia são muito insensíveis e indiferentes.

  • Assertiva e

    Os moradores da aldeia são bastantes insensíveis e indiferentes.

  • E essa letra B aí, tô confuso, alguém explica ai.

  • Quando os sujeitos são dois ou mais infinitivos, o verbo fica no singular:

    *Olhar e ver era para mim um recurso de defesa. [José Lins do Rego (...)]

    *Fazer e escrever é a mesma coisa. [João de Araújo Correia (...)]

    *Vê-lo e amá-lo foi obra de um minuto. [Raquel de Queirós (...)]

    Mas o verbo pode ir para o plural quando os infinitivos exprimem ideias nitidamente contrárias:

    *Em sua vida, à porfia,

    *Se alternam rir e chorar. [Alberto de Oliveira (...)].»

    https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/concordancia-verbal-com-infinitivos-com-a-funcao-de-sujeito/33227

  • Um macete que uso é sempre trocar o "bastante" por "muito", normalmente sempre dá certo.

  • Os moradores da aldeia são bastantes insensíveis e indiferentes.

    Os moradores da aldeia são muitos insensíveis e indiferentes.

    Os moradores da aldeia são bastante insensíveis e indiferentes.

    Os moradores da aldeia são muito insensíveis e indiferentes.

    GAB: D


ID
4063567
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marcha noturna

Então Deus puniu a minha loucura e soberba; e quando desci ruelas escuras e desabei do castelo sobre aldeia, meus sapatos faziam nas pedras irregulares um ruído alto. Sentia-me um cavalo cego. Perto era tudo escuro; mas adivinhei o começo da praça pelo perfil indeciso dos telhados negros no céu noturno. 

De repente a ladeira como que encorcovou sob meus pés, não era mais eu o cavalo, eu montava de pé um cavalo de pedras, ele galopava rápido para baixo. 

Por milagre não caí, rolei vertical até desembocar no largo vazio; mas então divisei uma pequena luz além. O homem da hospedaria me olhou com o mesmo olhar de espanto e censura com que os outros me receberiam – como se eu fosse um paraquedista civil lançado no bojo da noite para inquietar o sono daquela aldeia. 

– Só tenho seis quartos e estão todos cheios; eu e outro homem vamos dormir na sala; aqui o senhor não pode ficar de maneira alguma. 

Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores; não era pensão mas às vezes colhiam alguém. Fui lá, bati palmas tímidas, gritei, passei o portão, dei murros na porta, achei uma aldraba de ferro, bati-a com força, ninguém lá dentro tugiu nem mugiu. Apenas o vento entre árvores gordas fez um sussurro grosso, como se alguns velhos defuntos aldeões, atrás do muro do cemitério, estivessem resmungando contra mim. 

Havia outra esperança, e marchei entre casas fechadas; mas, ao cabo da marcha, o que me recebeu foi a cara sonolenta de um homem que me desanimou com monossílabos secos. Lugar nenhum; e só a muito custo, e já inquieto porque eu não arredava da porta que ele queria fechar, me indicou outro pouso. Fui – e esse nem me abriu a porta, apenas uma voz do buraco escuro de uma alta janela me mandou embora.

“Não há nesta aldeia de cristãos um homem honesto que me dê pouso por uma noite? Não há sequer uma mulher desonesta?” Assim bradei, em vão. Então, como longe passasse um zumbido de aeroplano, me pus a considerar que o aviador assassino que no fundo das madrugadas arrasa com uma bomba uma aldeia adormecida – faz, às vezes, uma coisa simpática. Mas reina a paz em todas estas varsóvias escuras; amanhã pela manhã toda essa gente abrirá suas casas e sairá para a rua com um ar cínico e distraído, como se fossem pessoas de bem. 

Não há um carro, um cavalo nem canoa que me leve a parte alguma. Ando pelo campo; mas a noite se coroou de estrelas. Então, como a noite é bela, e como de dentro de uma casinha longe vem um choro de criança, eu perdoo o povo de França. Marcho entre macieiras silvestres; depois sinto que se movem volumes brancos e escuros, são bois e vacas; ando com prazer nessa planura que parece se erguer lentamente, arfando suave, para o céu de estrelas. Passa na estrada um homem de bicicleta. Para um pouco longe de mim, meio assustado, e pergunta se preciso de alguma coisa. Digo-lhe que não achei onde dormir, estou marchando para outra aldeia. Não lhe peço nada, já não me importa dormir, posso andar por essa estrada até o sol me bater na cara. 

Ele monta na bicicleta, mas depois de alguns metros volta. Atrás daquele bosque que me aponta passa a estrada de ferro, e ele trabalha na estaçãozinha humilde: dentro de duas horas tenho um trem.

Lá me recebe pouco depois, como um grã- -senhor: no fundo do barracão das bagagens já me arrumou uma cama de ferro; não tem café, mas traz um copo de vinho.

Já não quero mais dormir; na sala iluminada, onde o aparelho do telégrafo faz às vezes um ruído de inseto de metal, vejo trabalhar esse pequeno funcionário calvo e triste – e bebo em silêncio à saúde de um homem que não teme nem despreza outro homem.

(Rubem Braga. – 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.)

No trecho “Disse-me que, dobrando à esquerda, além do cemitério, havia uma casa cercada de árvores (...)” (5º§), o acento indicativo de crase foi empregado corretamente. É correto afirmar que o seu uso é facultativo em:

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre crase e quer saber em qual das afirmativas abaixo o uso da crase é FACULTATIVO. Vejamos:

    A) Vou até à aldeia agora.

    Após a preposição "até" a crase é facultativa: Vou até à aldeia agora OU Vou até a aldeia agora.

     . 

    B) Ele dormiu na pensão à noite, embora estivesse amedrontado.

    Nesse caso a crase é obrigatória, para marcar a locução adverbial (à noite).

     . 

    C) Estamos à espera do funcionário que trabalha naquele trem.

    Nesse caso a crase é obrigatória, para marcar a locução adverbial (à espera).

     . 

    D) À medida que eu andava, meus sapatos machucavam impiedosamente os meus pés.

    Nesse caso a crase é obrigatória, para marcar a locução de natureza conjuntiva (à medida que).

     . 

    Gabarito: Letra A

  • Crase é facultativa:

    1- depois de "até"

    2- antes de pronome possessivo feminino, ex: sua.

    3- antes de nome feminino sem sobrenome.

    Obs: não é sempre, depende de cada caso.

  • Para matar todas as questões de crase:

    Crase OBRIGATÓRIA:

    1-Casos de regência (A+A): ele referiu-se à nota que tirou no exame.

    2- Locuções femininas: (ÀS PRESSAS/ ÀS 2 HORAS etc ): Ele saiu às pressas

    Crase FACULTATIVA:

    1- Antes de pronome possesivo feminino: (Minha, sua etc) Dei o presente à/a sua irmã

    2-Antes de nome próprio feminino: (MARIA, LARA etc): Dei o presente à/a Maria

    3- Após o Até: Nós fomos até à/a praia

    Crase PROIBIDA:

    1- Antes de Casa (quando não vier determinada): Voltei a casa

    2- Terra contrário a bordo: Os tripulantes da nave voltaram a Terra

    3- Palavras de sentido geral: Ele tem alergia a vacinas

    #TRT15

  • Vou até à aldeia agora.

    Preposição até- uso de crase facultativo


ID
4063570
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

Para compreendermos a mensagem de um texto, precisamos estar a par do contexto ao qual pertence. Considerando a significação das palavras, o título do texto “Combate à desigualdade pela raiz” retrata:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    título do texto “Combate à desigualdade pela raiz” retrata:

    A eliminação dos princípios que proporcionam a desigualdade.

  • Enunciado lombrado, isso sim.


ID
4063573
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

Segundo as ideias apresentadas no 1º§ do texto, podemos inferir que a autora:

Alternativas
Comentários
  • Letra D

    No Texto:

    Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

    Resposta: Confronta a diferença entre a estrutura garantida a um certo grupo de pessoas em relação à carência de outro.


ID
4063576
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

O contexto são todas as informações que acompanham o texto, modo pelo qual as ideias se encadeiam no discurso. Em “A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens.” (3º§), a expressão “mobilidade” significa:

Alternativas
Comentários
  • “A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade(MUDANÇA) de um enorme contingente de crianças e jovens.” (3º§

    Modalidade no contexto que está inserido tem o sentido de MUDANÇA.

    GAB : A

  • Mobilidade

    substantivo feminino

    Logo, no contexto que a palavra mobilidade está inserida, possui o significado de Mudança.

    @avante_atepassar


ID
4063579
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

Assinale a afirmativa em que o sinal indicativo de crase foi empregado INCORRETAMENTE

Alternativas
Comentários
  • A - Ele estava à estudar quando começou a chover repentinamente. CRASE É PROIBIDA ANTES DE VERBO NO INFINITO.

  • Bizus não se usa crase antes de verbo

  • CRASE É PROIBIDA ANTES DE VERBO NO INFINITO.

  • Gabarito: (A) - a questão pedia a incorreta

    ---

    (A) Ele estava à estudar quando começou a chover repentinamente.

    ERRADO. Nunca, jamais (em hipótese alguma kkk) se usa crase antes de verbo. Estruturas como "preços à partir de R$..." são proibidas.

    ______

    (B) Às vezes, seja necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem.

    CORRETO. Nas locuções adverbiais femininas, estruturas como "à vista (pagar), às pressas, à vontade, à direita", etc., são corretas. Por isso que "escreveu a lápis" NÃO VAI CRASE.

    ______

    (C) Os alunos estão à procura de conhecimentos que amplifiquem o potencial cognitivo.

    CORRETO. Nas locuções prepositivas, como "à espera de, à procura de, à margem de", o uso da crase é impositivo.

    ______

    (D) À medida que o processamento e a produção de ideias sejam enfatizados, teremos respostas satisfatórias.

    CORRETO. Usa-se crase nas locuções conjuntivas como "à medida que, à proporção que".

  • Prof Noslen fez até musiquinha pra esse inferno entrar na cabeça kkk


ID
4063582
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

Em “O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo.” (6º§), o termo destacado exprime circunstância de:

Alternativas
Comentários
  • GAB : C

    “O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo.” 

    temos uma noção de TEMPO.

  • “O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo.” 

    Ou seja, quanto antes melhor, quanto mais cedo melhor! Economia de TEMPO.


ID
4063585
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

No trecho “Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade.” (2º§), a expressão destacada evidencia ideia de:

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre conjunções e quer saber qual a ideia evidenciada em "mas também" na frase "Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade.". Vejamos:

    Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

     . 

    A) Escolha.

    Conjunções coordenativas alternativas: têm valor semântico de alternância, escolha ou exclusão.

    São elas: ou... ou, ora... ora, já.. já, seja... seja, quer... quer, não... nem...

    Ex.: Ou estudava, ou trabalhava.

     . 

    B) Contraste.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     . 

    C) Explicação.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     . 

    D) Acrescentamento.

    Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...

    São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, outrossim...

    Ex.: Não só estudaram muito mas também passaram no concurso.

     . 

    Gabarito: Letra D

  • esse mas na questão está com valor aditivo, e pode ser substituído por e. por isso eu falo: cuidado ao saírem dizendo que o mas sempre vai ser contraste, quebra de expectativa, nem sempre, mas em alguns casos sim! (D--> acrescentamento)

    algum equívoco corrijam me!


ID
4063588
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

Em “(...) Por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social?” (2º§) o ponto de interrogação tem como finalidade:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: (C)

    ______

    O ponto de interrogação foi usado para finalizar uma pergunta direta.

  • quem dera no dia da prova cair uma questão tão óbvia assim... kk


ID
4063591
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

Em “O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo.” (6º§), a ação verbal expressa um fato:

Alternativas
Comentários
  • “O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo.”

    o verbo precisa está no presente do indicativo, logo estamos em um contexto atual no momento da fala.

    Gab : A


ID
4063594
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e, ainda, considerando a pertinência linguística, assinale a afirmativa INCORRETA quanto à concordância.

Alternativas
Comentários
  • Os professores somos todos eternos sonhadores.

    Correto. O autor se inclui no grupo.

  • gab. D

    Haviam professores que estimulavam e acreditavam na capacidade dos alunos.

    Havia professores que estimulavam e acreditavam na capacidade dos alunos.

    Verbo "haver" no sentido de existir fica sempre no singular.

  • Concordância ideológica ou silepse na letra A.

  • Assertiva D

    Haviam professores que estimulavam e acreditavam na capacidade dos alunos.

  • O verbo haver No sentido de existir, ele é impessoal, não se modifica, mantendo-se no singular! (Gab D)

    algum equívoco corrijam me!

  • A ''D'' me salvou, pq eu já havia escolhido a ''A'' desde o início..


ID
4063597
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Combate à desigualdade pela raiz

Cotidianamente, todos nós nos deparamos com o passivo que nosso sistema educacional gera ano a ano. Por mais confortável e estruturada que esteja nossa vida e por melhor que tenha sido a nossa formação e a de nossos filhos, a lacuna que o sistema gera para um contingente tão grande de brasileiros impacta a qualidade de vida, o dia a dia de todos nós. [...]

Quanto à educação formal, pode-se dizer que tal investimento não começa apenas nos ensinos fundamental e médio: se dá a partir da educação infantil. Sabe-se que os investimentos, ainda na primeira infância, não só reduzem a desigualdade, mas também produzem ganhos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. A questão de fundo, porém, continua sendo: por que algumas crianças vão tão longe e outras ficam condenadas aos limites de sua inserção social? 

A falta de condições necessárias para desenvolver seu potencial acaba impedindo a mobilidade de um enorme contingente de crianças e jovens. Isso pode ser causado por inúmeros fatores sociais, econômicos, culturais, familiares. No entanto, entre eles, é possível destacar a quantidade e qualidade dos estímulos e informações aos quais os indivíduos são submetidos desde pequenos. 

Tal constatação pode parecer simples, e a resposta imediata a esse problema seria, então, ampliar o nível de exposição de todos à informação e a práticas culturais qualificadas. Sem dúvida, isso é parte da solução, mas, infelizmente, não é suficiente. Para além do contato com a informação, são necessárias interações que promovam o desenvolvimento de capacidades que levem os sujeitos a ultrapassar o mero consumo de conhecimentos. Trata-se, portanto, de colocar a ênfase no processamento e na produção de ideias, reflexões e respostas. E isso se dá por meio da interação com os adultos e com os objetos de conhecimento. A diferença vai se estabelecendo na qualidade da interação cotidiana e na forma de estimular e acreditar na capacidade daquele pequeno ser. [...]

Atualmente, muitas crianças brasileiras já têm acesso a livros, bibliotecas, laptops, celulares etc. Entretanto, as práticas dos atores que mediam o acesso a essas “tecnologias” são muito diversificadas. E é nesse espaço invisível que se configuram a marginalização e as diferenças na qualidade do relacionamento que as crianças têm com a cultura letrada. Um educador que utiliza estruturas mais sofisticadas da língua para se comunicar com seus alunos, ainda que bem pequenos, e propõe atividades que os incentivem a aprender sobre e a partir da linguagem, oferecerá um contexto favorável ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que amplificam seu potencial cognitivo. Em contrapartida, alunos expostos a práticas mais mecânicas, transmissivas, podem continuar limitados ao consumo do conhecimento.


A educação pode e deve promover o desenvolvimento pessoal e a inserção social, especialmente em um país com tantas desigualdades como o Brasil. É necessário entender que o acesso à informação não é suficiente para transformar a nossa realidade e que é na composição de inúmeros microaprendizados cotidianos que se cria a oportunidade de desenvolvimento cognitivo. O processo de aprendizagem é cultural e precisa de mediação qualificada desde muito cedo. Portanto, é necessário investir na produção de conhecimentos no campo da linguagem e nos saberes específicos que se dão na interface entre os domínios teórico e prático. Precisamos subsidiar os professores que atendem à primeira infância, a fim de que todas as crianças brasileiras, desde muito cedo, possam participar regularmente de situações produtivas de aprendizagem. 

(Beatriz Cardoso. O Globo. Julho de 2014. Com adaptações).

O texto “Combate à desigualdade pela raiz” tem como objetivo convencer o leitor, se baseando em uma tese objetiva e convincente. É correto afirmar que tais características classificam o texto como:

Alternativas
Comentários
  • nem precisou ler o texto não!

    -->O texto “Combate à desigualdade pela raiz” tem como objetivo convencer o leitor, se baseando em uma tese objetiva e convincente. É correto afirmar que tais características classificam o texto como: (D) argumentativos! Temos dois tipos de textos: o Expositivo quando o autor em nenhum momento interfere no texto, como já dito, ele Expõe. Já o dissertativo argumentativo, ele o autor através de relatos, pesquisas, opiniões de outras pessoas, através de teses, ele tenta convencer o leitor!

  • LETRA D

    DISSERTATIVO

    ARGUMENTATIVO: você tenta convencer o leitor de algo!

    EXPOSITIVO: SÓ EXPÕE, sem convencimento!!!!

  • Letra D, por mais questões diretas assim...

  • Gabarito D.

    O texto “Combate à desigualdade pela raiz” tem como objetivo convencer o leitor, se baseando em uma tese objetiva e convincente.

    Argumentação você tentar convencer alguém.


ID
4063600
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Ao digitar um texto no Microsoft Word 2007, despretensiosamente a tecla de função F7 foi acionada, executando um comando/função. Assinale-o.

Alternativas
Comentários
  • GAB : C

    Quando pressionarmos a tecla F7 é ativado o corretor ortográfico.

  • GABARITO: C

    F7 => ortografia e gramática( Lembrar do jogo dos 7 erros).

    Atenção, no Office 365 agora não é chamado mais de ''ortografia e gramática'', mas de ''Editor''.

    Salvar => CTRL + B;

    Salvar como => F12;

    Localizar => CTRL + L.

  • Após essa dica (citada acima pela Simone), nunca mais errei o F7 no Word. Gratidão.


ID
4063603
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Para alterar a cor de uma fonte no Microsoft Word 2007, Configuração Local, Idioma Português-Brasil, o caminho a seguir é:

Alternativas
Comentários
  • lá na pagina inicial encontraremos o GRUPO FONTE lá teremos vários acessórios para a fonte.

  • Guia: Início; Grupo: Fonte; Cor da Fonte.

    Gab: A

  • Assertiva A

    Guia: Início; Grupo: Fonte; Cor da Fonte.


ID
4063606
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Para alterar o zoom de uma planilha do Excel 2007, Configuração Local, Idioma PortuguêsBrasil, é necessário acessar a Guia:

Alternativas
Comentários
  • A guia que encontramos as opções de zoom é a exibição.

    GAB : C

  • GABARITO: C

    Zoom tem a ver com a visualização do documento, portanto tal recurso está presente na guia Exibir.

  • GAB [ C ]

    #NAOAREFORMAADMINISTRATIVA.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NAOÀTERCEIRIZACAO.

    *MANDE E-MAIL AO SEU DEPUTADO / SENADOR,NÃO DEIXE ESTA BARBÁRIE ACONTECER COM SERV PUB.

  • A questão aborda conhecimentos acerca da localização dos comandos no Excel 2007, mais especificamente quanto à localização do comando “Zoom”.

    A)     Incorreta – A guia “Inserir” possui comandos relacionados à inserção de elementos no documento, como, por exemplo, ilustrações, símbolos, smartart, gráficos, links, comentários, tabelas etc. Além disso, é possível alterar, através dessa guia, o cabeçalho e rodapé da página, inserir caixas de textos, inserir quebras de página etc.

    B)     Incorreta – A guia “Revisão” possui comandos relacionados à revisão, ao controle de alterações do documento, à proteção do documento contra edições, à acessibilidade etc.

    C)     Correta – A guia “Exibição” possui comandos relacionados à visualização do documento, como, por exemplo, alteração do zoom, modos de exibição do documento, movimentação das páginas, além de permitir a inserção de macro no documento.

    D)     Incorreta – A guia “Layout da Página” possui comandos relacionados à alteração da estrutura da planilha, como, por exemplo, orientação do documento, tamanho da folha, inserção de margens, alteração no parágrafo etc.

    Gabarito – Alternativa C. 


ID
4063609
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Na edição de um texto é comum errar alguma palavra, texto etc. Uma das funções muito úteis no Microsoft Word 2007, Configuração Local, Idioma Português-Brasil, é ter como desfazer e refazer ações. Para os comandos desfazer e refazer, respectivamente, devem ser utilizadas as seguintes teclas:

Alternativas
Comentários
  • GAB : A

    CTRL + Z = DESFAZ

    CTRL + Y = REFAZ

  • Ctrl + Z = desfazer

    Ctrl + Y = refazer

    Ctrl + D = alterar formatação de caracteres

    Ctrl + G = alinhar à direita

  • Acredito que caiba anulação, pois no Word o comando ''refazer'' é CTRL + R.

    CTRL + Y é refazer no Excel.

    Testem e comprovem :)

  • Assertiva a

    [CTRL] + [Z]; [CTRL] +[Y].

    Galera!!!!

    Atalho do Alfabeto

    Ctrl +

    A= abrir

    B=salvar

    C=copiar

    D=fonte

    E=centralizar

    G=direita

    I=itálico

    J=justificar

    K=link

    L=localizar

    N=negrito

    O=novo

    P=imprimir

    Q=esquerda

    R=refazer

    S=sublinhar

    T=selecionar tudo

    U=substituir

    V=colar

    W=fechar

    X=recortar

    Z =desfazer

  • Ctrl + Z = desfazer (indiscutível)

    Eu uso o word 2010 e fiquei confusa: CTRL + R repete a última ação executada. Por exemplo: apaguei uma letra de uma palavra, ao acionar o comando eu continuarei apagando.

    CRTL + Y não aconteceu nada.

  • Como a questão traz a versão 2007, gabarito letra A

    Ctrl R no word VERSÃO 2016 refaz, Ctrl Y no word VERSÃO 2007 também refaz. Ambos os atalhos têm a função de refazer, porém deve-se observar a versão.

    Alguns colegas disseram que no word 2010 repetia a ação. Acredito que pode variar de versão para versão a tecla de atalho em questão.

    Abaixo um link com uma lista de muitas teclas de atalho do word versão 2016.

    https://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2016/07/todos-os-atalhos-para-microsoft-word.html


ID
4063612
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Ao utilizar o Microsoft Excel 2007, Configuração Local, Idioma Português- -Brasil, ao acionar a tecla de função F2, uma ação foi realizada. Trata-se de:

Alternativas
Comentários
  • F2 No win serve para renomear arquivos, não muito diferente ela serve para introduzir conteúdo as células

    Gab: D

  • GAB [ D ]

    #NAOAREFORMAADMINISTRATIVA.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NAOÀTERCEIRIZACAO.

    *MANDE E-MAIL AO SEU DEPUTADO / SENADOR,NÃO DEIXE ESTA BARBÁRIE ACONTECER COM SERV PUB.

  • F1 é que é o Painel de Ajuda

  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos atalhos e suas funções no Excel 2007, mais especificamente quanto à função da tecla F2.

    A)     Incorreta – O atalho para exibir a caixa de diálogo “Colar Nome” é a tecla F3.

    B)     Incorreta – O atalho para repetir o último comando ou ação realizada é o CTRL + Y.

    C)     Incorreta – Para exibir o painel “Ajuda” do Excel, o atalho correto é F1.

    D)     Correta – A tecla F2, ao ser pressionada, permitirá ao usuário realizar a edição da célula selecionada, posicionando o cursor no fim do conteúdo da célula.

    Gabarito – Alternativa D. 


ID
4063615
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

No Microsoft Excel 2007, Configuração Local, Idioma Português-Brasil, com algumas células selecionadas, ao utilizar o símbolo Σ em uma célula qualquer, ou na célula seguinte às selecionadas, uma operação será realizada; Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • GAB : A

    Esse simbolo é conhecido como AUTOSOMA que soma um intervalo de células selecionados, no caso, a função =SOMA tem a mesma função.

  • GAB [ A ]

    #NAOAREFORMAADMINISTRATIVA.

    #ESTABILIDADESIM.

    #NAOÀTERCEIRIZACAO.

    *MANDE E-MAIL AO SEU DEPUTADO / SENADOR,NÃO DEIXE ESTA BARBÁRIE ACONTECER COM SERV PUB.

  • Autosoma

    ALT + =

  • A questão aborda conhecimentos acerca das funções dos comandos no Excel, mais especificamente quanto à função do comando “Autosoma”.

    O comando autossoma é utilizado para aplicar funções estatísticas, como, por exemplo, as funções média, máximo, mínimo, soma e contar números, mas, quando apresentado com o ícone mostrado no enunciado, o comando autossoma tem como função somar todos os valores das células superiores ou à esquerda da célula em que o comando foi aplicado.

    Gabarito – Alternativa A. 


ID
4063618
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Ao navegar com o Google Chrome e involuntariamente acionar as teclas CTRL + H, uma ação acontecerá no navegador. Assinale a seguir, tal ação.

Alternativas
Comentários
  • GAB : B

    CTRL + H no Google Chrome aciona a página de histórico

  • ( B )

    Sobre as outras:

    a) Salva a página ( CTRL + S)

    b) Acessa o histórico. ( CTRL + H )

    d) Abre uma nova janela anônima ( CTRL + SHIFT + N )

  • GAB: B

    CTRL + H no Google Chrome aciona a página de histórico

    ATALHOS PARA O GOOGLE

     

    Abrir uma nova janela Ctrl + n

    Abrir uma nova janela no modo de navegação anônima Ctrl + Shift + n

    Abrir uma nova guia e acessá-la Ctrl + t

    Reabrir guias fechadas anteriormente na ordem em que foram fechadas Ctrl + Shift + t

    Acessar a próxima guia aberta Ctrl + Tab ou Ctrl + PgDn

    Acessar a guia aberta anterior Ctrl + Shift + Tab ou Ctrl + PgUp

    Acessar uma guia específica Ctrl + 1 a Ctrl + 8

    Ir para a última guia à direita Ctrl + 9

    Abrir a página inicial na guia atual Alt + Home

    Abrir a página anterior do histórico de navegação na página atual Alt + seta para a esquerda

    Abrir a próxima página do histórico de navegação na página atual Alt + seta para a direita

    Fechar a guia atual Ctrl + w ou Ctrl + F4

    Fechar a janela atual Ctrl + Shift + w ou Alt + F4

    Minimizar a janela atual Alt + Espaço e n Maximizar a janela atual Alt + Espaço x

    Sair do Google Chrome Alt + f e x

    CTRL + SHIFT + O = Abrir o Gerenciador de favoritos

    SHIFT + ALT + T = Definir o foco no primeiro item na barra de ferramentas do Chrome

    CTRL + J = Downloads

    ALT + F e x = Sair do Google Chrome

    Ctrl + Shift + Delete: Limpar dados de navegação

  • CTRL + H: Histórico

  • Lembre-se:

    Ctrl + J = Downloads.

    Ctrl + H = Histórico.

  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos atalhos e suas funções no Google Chrome, mais especificamente quanto à função do atalho CTRL + H.

    A)     Incorreta – Para salvar uma página, o atalho correto é o CTRL + S.

    B)     Correta – O atalho CTRL + H exibe o histórico de navegação, onde é possível visualizar os sites visitados, bem como a data e hora de acesso.

    C)     Incorreta – Não há um atalho específico para retornar a página anterior.

    D)     Incorreta – Para abrir uma janela de navegação anônima, basta o usuário utilizar o atalho CTRL + SHIFT + N.

    Gabarito - Alternativa B. 


ID
4063621
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Ao navegar em uma página, com o Google Chrome, deseja-se imprimir tal página, ou parte dela. Sabe-se que é possível navegar até o ícone da impressora, buscar o comando Imprimir ou, então, acionar as seguintes teclas:

Alternativas
Comentários
  • GAB: B

    Aquele atalho mais fácil da info

    CTRL + P = Imprimir,

  • Ctrl + s - salvar página.

    Ctrl + p - imprimir página.

    Ctrl + h - exibe o histórico.

    Ctrl + g - exibe a próxima correspondência da pesquisa da barra "localizar" (ctrl + f).

  • GAB: B CTRL + P

    ATALHOS PARA O GOOGLE

     

    Abrir uma nova janela Ctrl + n

    Abrir uma nova janela no modo de navegação anônima Ctrl + Shift + n

    Abrir uma nova guia e acessá-la Ctrl + t

    Reabrir guias fechadas anteriormente na ordem em que foram fechadas Ctrl + Shift + t

    Acessar a próxima guia aberta Ctrl + Tab ou Ctrl + PgDn

    Acessar a guia aberta anterior Ctrl + Shift + Tab ou Ctrl + PgUp

    Acessar uma guia específica Ctrl + 1 a Ctrl + 8

    Ir para a última guia à direita Ctrl + 9

    Abrir a página inicial na guia atual Alt + Home

    Abrir a página anterior do histórico de navegação na página atual Alt + seta para a esquerda

    Abrir a próxima página do histórico de navegação na página atual Alt + seta para a direita

    Fechar a guia atual Ctrl + w ou Ctrl + F4

    Fechar a janela atual Ctrl + Shift + w ou Alt + F4

    Minimizar a janela atual Alt + Espaço e n Maximizar a janela atual Alt + Espaço x

    Sair do Google Chrome Alt + f e x

    CTRL + SHIFT + O = Abrir o Gerenciador de favoritos

    SHIFT + ALT + T = Definir o foco no primeiro item na barra de ferramentas do Chrome

    CTRL + J = Downloads

    ALT + F e x = Sair do Google Chrome

    Ctrl + Shift + Delete: Limpar dados de navegação

     

  • ctrl+p(print)= impressao
  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos atalhos e suas funções no Google Chrome, mais especificamente quanto ao atalho responsável por imprimir a página atual.

    A)     Incorreta – O atalho CTRL + S é utilizado para salvar a página atual no computador.

    B)     Correta – O atalho CTRL + P é utilizado para imprimir a página atual.

    C)     Incorreta – O atalho CTRL + H exibe o histórico de navegação, onde é possível visualizar os sites visitados, bem como a data e hora de acesso.

    D)     Incorreta – O atalho CTRL + G é utilizado para ir ao próximo termo do recurso “Localizar”.

    Gabarito – Alternativa B.


ID
4063624
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Foi enviado um e-mail, com o Microsoft Outlook 2007, Configuração Local, Idioma Português-Brasil. Para fechar o programa de e-mail, por meio de uma forma rápida, basta acionar as teclas

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    ALT+F4= fecha todas as paginas que estão abertas !

  • Famoso ALT + F4 pra fechar tudo.

    Gab letra B

  • Lembrando que ALT+ F4 fecha janela e CTRL + F4 e CTRL+ W fecha guia .

    E CTRL+T abre uma nova guia e CTRL+N abre uma nova janela.

  • GAB: B -

    Fechar o programa de e-mail, por meio de uma forma rápida, basta acionar as teclas - [ALT] + [F4]

    Complementando:

    F7: Verificar ortografia.

    Alternar para o modo de exibição Email: Ctrl+1

    Alternar para o modo de exibição Calendário: Ctrl+2

    Alternar para o modo de exibição Contatos: Ctrl+3

    Alternar para o modo de exibição Tarefas: Ctrl+4

    Alternar para Anotações: Ctrl+5

    Alternar para a lista Pasta no painel Pasta: Ctrl+6

    Alternar para Atalhos: Ctrl+7

    Alternar para a próxima mensagem aberta: Ctrl+Ponto final

    CTRL + E: função de ir para a caixa Pesquisar

  • Os atalhos. ALT+F4: essa combinação de teclas faz com que uma janela ativa seja fechada pelo encerramento do programa em questão

  • LETRA B

  • Quem nunca trolou o amigo mandando dar aquele Alt + F4 maroto

  • A questão aborda conhecimentos acerca do uso dos atalhos e suas funções no Outlook 2007, mais especificamente quanto ao atalho responsável por fechar o aplicativo.

    Para fechar uma janela ativa ou um programa ativo, como, por exemplo, o Outlook, o usuário pode clicar no ícone do “X”, localizado na parte superior direta, ou usando o atalho ALT + F4.

    Não há função para as combinações mencionadas nas alternativas A, C, D.

    Gabarito – Alternativa B. 


ID
4063627
Banca
CIEE
Órgão
TRE-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Noções de Informática
Assuntos

Para enviar um e-mail para vários destinatários, basta digitar o endereço de email e utilizar um separador, a fim de que possa adicionar demais endereços. Após adicionar todos os destinatários, escrever o assunto e digitar o conteúdo, o e-mail estará completo para ser encaminhado. Para separar vários endereços de e-mail dos destinatários, deve-se utilizar:

Alternativas
Comentários
  • GAB : D

    Para separarmos vários endereços de EMAIL utilizarmos o ponto e virgula ;

  • eu sempre separei só com virgula

  • Eu sempre separei apenas dando espaço!!!

  • No Gmail, usamos "virgula" para separar os endereços de e-mail.17 de abr. de 2019

  • Questão anulável. Se não foi, deveria ter sido. A resposta certa depende do cliente de email, o que não foi especificado no enunciado

  • Questão pobre, faltou mencionar o nome do aplicativo ou servidor de e-mail. Há casos em que se usa a vírgula e casos que se usa ponto e vírgula.