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Prova IF-MT - 2014 - IF-MT - Professor - Português/Inglês


ID
1622827
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A gestão de qualquer instituição educativa exige planejamento de todas as atividades escolares e não apenas de âmbito pedagógico. O planejamento global, que traça as diretrizes, objetivos, metas e estratégias de ação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, é o

Alternativas
Comentários
  • Planejamento GLOBAL = Institucional

    GAB: B


ID
1622830
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, conforme as alterações promovidas pela Emenda Constitucional N.º 59/2009, preconiza a necessidade de elaboração e aprovação pelo Congresso Nacional do Plano Nacional de Educação (PNE) e sua execução e avaliação pelo governo federal em regime de colaboração com os sistemas de ensino dos entes federados. Sobre o PNE, analise as afirmativas abaixo.


I - O PNE passou a ser considerado o articulador do Sistema Nacional de Educação, portanto deve ser matriz de referência para a construção democrática dos planos estaduais e municipais de educação.

II - O PNE deverá estabelecer uma meta de aplicação dos recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto, expressa em 10% da receita corrente líquida dos estados, Distrito Federal e municípios.

III - Entre as diretrizes do PNE estão erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento escolar, melhoria da qualidade do ensino e formação para o trabalho.

IV - Os entes federados que já tenham aprovado os seus respectivos planos de educação não precisarão alinhar as diretrizes, objetivos e metas desses planos ao novo PNE.


Estão corretas as afirmativas  

Alternativas
Comentários
  • II - O PNE deverá estabelecer uma meta de aplicação dos recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto, expressa em 10% (7%) da receita corrente líquida dos estados, Distrito Federal e municípios. (errado)

    IV - Os entes federados que já tenham aprovado os seus respectivos planos de educação não precisarão alinhar as diretrizes, objetivos e metas desses planos ao novo PNE (errado)


ID
1622833
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O Prefeito do Município de Nova República encaminhou ao Tribunal de Contas do Estado a prestação de contas das despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, realizadas com recursos da receita de impostos e transferências constitucionais referentes ao ano de 2013. Na respectiva prestação de contas, constam:


I - Pagamento à empresa Pantanal da 2ª parcela referente à construção da Creche Municipal Sonho Feliz.

II - Pagamento da remuneração dos professores e demais profissionais da educação em efetivo exercício nas escolas públicas do município.

III - Pavimentação da Rua Euclides da Cunha onde fica localizada a Escola Municipal Anísio Teixeira e a quadra de esportes onde os alunos realizam as atividades de educação física.

IV - Pagamento à Fundação Universidade Federal de Mato Grosso relativo a cursos de formação continuada de professores do Ensino Fundamental.


Estão em conformidade com o disposto na Lei N.º 9.394/1996 as despesas constantes em 

Alternativas
Comentários
  • Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do

    ensino aquelas realizadas com:

    I – pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando

    efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao

    aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;

    II – subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial,

    desportivo ou cultural;

    III – formação de quadros especiais para a administração pública, sejam

    militares ou civis, inclusive diplomáticos;

    IV – programas suplementares de alimentação, assistência médico-

    -odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência

    social;

    V – obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta

    ou indiretamente a rede escolar;

    VI – pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em

    desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento

    do ensino.

  • Difícil para caramba essa questão.

    Entretanto, devemos nos ater a duas questões:

    Art. 70 da LDB deixa bem claro que todo custo relacionado DIRETAMENTE e que irá INFLUENCIAR na qualidade da educaçao é investimento para esta.

    Art. 71 cita que as despesas INDIRETAS e que não influenciam de forma direta na educação, não é investimento.

    Ou seja, pavimentação, construção da calçada da escola, muro da escola não é investimento da educação.

    Mas, a melhoria na formação dos profissionais, construção da escola e quadra poliesportiva irá influenciar diretamente na educação, pois irá auxiliar na socialização e qualidade do ensino.

  • Difícil para caramba essa questão.


ID
1622836
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Sobre a educação profissional e tecnológica na Lei N.º 9.394/1996, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • § 3o  Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.       

    D

  • Gab.: D

    Assertivas abordam o art. 39, caput, §§ 1º e 3º, e art. 41, da Lei nº 9.394/96.

  • As DCNs são nacionais e não locais, ademais, não precisam fazer articulação com arranjos produtivos.


ID
1622839
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Sobre as finalidades dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, conforme preconiza a Lei N.º 11.892/2008, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Ofertar educação profissional e tecnológica prioritariamente na educação básica e suas modalidades, considerando as necessidades imperativas de formação de profissionais para garantir o crescimento da economia.

( ) Ofertar cursos sintonizados com os arranjos locais para o incremento da produção, fortalecimento da organização social e das identidades culturais.

( ) Desenvolver programas de extensão que articulem o ensino e a pesquisa com as demandas sociais.

( ) Promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, com especial relevo às voltadas à preservação do meio ambiente.


Assinale a sequência correta.  

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A


    Art. 6o  Os Institutos Federais têm por finalidades e características:

    I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; 

    IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal; 

    VII - desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica;

    IX - promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente.

  • Muita pergunta repetida

  • Fui por eliminação. As ÚNICAS assertivas corretas para mim são as duas últimas. A primeira e a segunda eles forçaram a barra, inventaram novas finalidades. Vida que segue!

  • perguntas repetidas ajuda na fixação! minha opinião!

  • invetaram finalidades e o concurseiro ainda tem que acertar. ah vá.

  • Questão deveria ser anulada !

  • Seção II

    Das Finalidades e Características dos Institutos Federais

    Art. 6o  Os Institutos Federais têm por finalidades e características:

    I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; CERTO

    - Ofertar educação profissional e tecnológica prioritariamente na educação básica e suas modalidades, considerando as necessidades imperativas de formação de profissionais para garantir o crescimento da economia. ERRADO

  • Isso está correto??? Desenvolver programas de extensão que articulem o ensino e a pesquisa com as demandas sociais

    O correto não seria... Desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica????

  • RECURSO.


ID
1622842
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Quanto aos desdobramentos, perspectivas e interesses distintos do atual sistema de avaliação educacional no Brasil, sob a ótica da análise crítica, é INCORRETO afirmar:

Alternativas

ID
1622845
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

O planejamento pedagógico pressupõe que o ato de ensinar e aprender requer esforço metódico e crítico do professor no sentido de desvelar a compreensão de algo. Nessa perspectiva, são consideradas práticas docentes mediadoras:

Alternativas

ID
1622848
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Considerando as interações pedagógicas mediadas pelas tecnologias da informação e da comunicação, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) No contexto da cibercultura, as possibilidades pedagógicas do ciberespaço na escolarização de jovens e adultos constituem realidade para a escola e para o professor.

( ) A construção de conhecimentos se dá de forma inversamente proporcional à quantidade de informação passada.

( ) Chats, fóruns, blogs e videoblogs são dispositivos de comunicação que, na mesma proporção, aumentam a liberdade dos alunos e diminuem a autoridade do professor.

( ) Tecnologias digitais e ambientes virtuais de aprendizagens requerem estratégias pedagógicas e habilidades mediadoras diferenciadas por parte dos professores.


Assinale a sequência correta.

Alternativas

ID
1622851
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Acerca do entendimento da educação como fator de desenvolvimento econômico e social, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • b)

    Nos documentos nacionais e internacionais que expressam fundamentos, diretrizes e linhas de ação de política educacional para a juventude, a convivência no trabalho e a participação em movimentos sociais são considerados processos formativos. 


ID
1622854
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Pedagogia

A Educação Profissional Técnica de Nível Médio é desenvolvida nas formas articulada e subsequente ao Ensino Médio, podendo a primeira ser integrada ou concomitante a essa etapa da Educação Básica. Essa abrangência da Educação Profissional e Tecnológica demanda uma organização de currículos igualmente integrados, que, em uma perspectiva crítica, também leve em conta

Alternativas

ID
1622857
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os efeitos de sentido dependem da seleção e organização dos recursos linguístico-discursivos à disposição do falante/escritor. As adivinhas são exemplos disso. Leia o texto abaixo.


Um menininho tinha um gatinho chamado Tido, que toda noite dormia num cestinho. Um belo dia, o menininho foi procurá-lo e não o achou. Qual o nome do filme? O CESTO SEM TIDO


Quanto à leitura do texto, marque a afirmativa INCORRETA.

Alternativas

ID
1622860
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

... as relações entre linguagem e classe social têm, forçosamente, de estar presentes, numa escola transformadora, na definição dos objetivos do ensino da língua materna, na seleção e organização do conteúdo, na escolha de métodos e procedimentos e na determinação de critérios de avaliação da aprendizagem


(SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1986.)


A partir da leitura do texto, sobre o ensino da língua materna, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para falsas.


( ) O uso de variedades linguísticas na escola gera discriminação, porque a realidade linguística do aluno é indispensável ao ensino de leitura e escrita.

( ) Os Parâmetros Curriculares Nacionais apontam para alternativas que minimizem as dificuldades de aprendizagem dos alunos.

( ) A diversidade linguística não deve ser usada como argumento para justificar o fracasso escolar.

( ) A avaliação, articulada à metodologia de ensino adotada, são responsáveis pela legitimação de uma norma linguística.

Assinale a sequência correta.  

Alternativas

ID
1622863
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sobre metodologia de ensino da leitura e da escrita, de acordo com o atual paradigma de ensino de língua materna, analise as afirmativas abaixo.


I - O desenvolvimento do senso crítico e o respeito às diferentes variedades do Português são consequências do exercício da competência discursiva do aluno.

II - A atividade metalinguística deve ser instrumento principal na discussão dos aspectos da língua, já que oferece modelos de funcionamento da linguagem.

III - O estabelecimento prévio de conteúdos deve ser elaborado em plano anual, porque a aprendizagem se consolida sobre conteúdos já tematizados.

IV - A proficiência discursiva e linguística do aluno permite-lhe produzir o texto em função dos objetivos estabelecidos e do leitor a que se destina.


Estão corretas as afirmativas

Alternativas

ID
1622872
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

De acordo com as Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso (MATO GROSSO, 2010, p. 100/101), “a leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros discursivos que circulam socialmente exigem do aluno, inicialmente, reconhecer-se como interlocutor. [...] Na produção de textos o estudante precisa ser ensinado a assumir-se como autor de seus textos".


A partir dessa afirmação, analise as assertivas abaixo.


I - Somente uma concepção de leitura e escrita que leve em consideração aspectos sociais e discursivos poderá orientar o desenvolvimento da interlocução.

II - A interlocução é característica da oralidade, posto que, na escrita, deve-se observar a norma culta.

III - Para que o aluno se reconheça como interlocutor, ele precisa assumir o papel de locutor em práticas discursivas efetivas.

IV - O desenvolvimento do papel de locutor e do de autor é favorecido com o trabalho das três dimensões constitutivas do gênero: tema, estrutura composicional e estilo.


Estão corretas as assertivas  

Alternativas

ID
1622878
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 

Segundo a Gramática Houaiss da Língua Portuguesa, paradoxo é uma figura de linguagem que consiste em uma “espécie de enunciado que vai de encontro à opinião geral ou que sugere a falsidade de seu próprio conteúdo". (AZEREDO, 2008, p. 4)


A respeito da afirmação “enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir", como é possível compreender essa figura de pensamento?  

Alternativas
Comentários
  • Alternativa A.

    Como é possível que alunos, que automaticamente entendemos como estudantes, aumentem e diminuam ao mesmo tempo?

  • "Ser aluno é frequentar a escola, fazer as atividades e, geralmente estudar para as provas nas vésperas. Ser estudante é ir além, é prestar atenção nas aulas, tirar dúvidas, fazer as atividades e reforçar os conteúdos vistos em sala de aula, estudando todos os dias", portanto, alunos e estudantes não necessariamente formam a mesma população. Considero que essa questão poderia ser anulada.


ID
1622881
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 

A respeito dos argumentos utilizados pelo autor do texto, em relação ao ser “aluno" e ao ser “estudante", analise as afirmativas.


I - Os argumentos arrolados no texto tendem a criar um perfil para o estudante, mamífero em “extinção", ao mesmo tempo em que desqualificam o indivíduo com perfil de aluno.

II - Na visão do autor, a tecnologia a que o jovem tem acesso hoje é parceira na falta de seu crescimento intelectual, no desenvolvimento autônomo, na aquisição de conhecimento superficial e passageiro e no comportamento individualista.

III - Segundo o texto, a presença da tecnologia na escola torna o ensino anacrônico, porque tenta ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX.

IV - Ao afirmar no final do texto que “aprender cansa", o autor sugere que as escolas se adaptem às novas tecnologias para facilitar o aprendizado.


Está correto o que se afirma em  

Alternativas

ID
1622884
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 

No processo de textualização, procedimentos de retomadas ou antecipações são realizados a todo o momento, para garantir a presença do mesmo referente em um outro local do texto, posterior ou anterior a ele. Tais processos recebem o nome de coesão referencial. Marque o segmento do texto em que ocorre processo referencial realizado por um movimento catafórico.

Alternativas
Comentários
  • Essa foi fácil passei o dia estudando suspensão, extinção e exclusão do CT

ID
1622887
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 

Uma das acepções para o vocábulo “aluno” no dicionário Houaiss é a seguinte: “indivíduo que recebe instrução ou educação em estabelecimento de ensino ou não; discípulo, estudante, escolar.” Tomando tal acepção como verdadeira, assinale a afirmativa correta no que diz respeito à distinção realizada entre os vocábulos aluno e estudante no texto.

Alternativas
Comentários
  • Não abre, Pedro.


ID
1622890
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Procuram-se estudantes  

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 

Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.  

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.  
 
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está. 

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

(Por Thomaz Wood Jr. — publicado 10/04/2014 04:52, Revista Carta Capital, http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html. Acesso em 16/04/2014.)
 

Assinale o trecho que apresenta uma oração coordenada reduzida.

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Comentários
  • b)  Especialistas de índole crítica

    advogam que os estudantes estão em extinção

    porque a própria escola tornou-se anacrônica,

    tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX.

     

    ORAÇÃO COORDENADA REDUZIDA (DE GERÚNDIO)

    Por que período composto? Pois tem duas orações ou mais orações.

    Por que Coordenada? Pois são orações independentes, compreensíveis quando lidas separadamente.

    Por que reduzida? Pois o predicado da oração apresenta o verbo no gerúndio.

    Por que por gerúndio? Predicado - tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX.

  • Gabarito letra B

    São aquelas que NÃO são introduzidas por conjunções e que possuem verbos nas suas formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.

    oração coordenada caracteriza duas orações sintaticamente independentes. Oração coordenada é a que se coloca do lado de outra, sem desempenhar função sintática; são sintaticamente independentes.

    B - Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX.


ID
1622893
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuiabá é a 29ª cidade mais violenta do mundo, segundo a ONU 

Um levantamento realizado pelo Escritório sobre Drogas e Crime, da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta Cuiabá como a 29ª cidade mais violenta do mundo. A pesquisa levou em consideração o número de assassinatos ocorridos em 2012.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (10), em Londres, durante lançamento do Estudo Global sobre Homicídios 2013. Na ocasião, o diretor de Análise de Políticas e Assuntos Públicos da ONU, Jean-Luc Lemahieu, disse que existe uma “necessidade urgente de entender como o crime violento está afligindo os países em todo o mundo".

Outro dado alarmante é que, das 30 cidades com maiores índices de homicídios, onze estão no Brasil. Nas dez primeiras colocações figuram Maceió (5°), Fortaleza (7°) e João Pessoa (9°).

 O ranking em que o Brasil aparece com o maior número de cidades violentas para cada 100 mil habitantes ainda traz os municípios de Natal (12ª posição); Salvador (13ª); Vitória (14ª); São Luís (15ª); Belém (23ª); Campina Grande (25ª); Goiânia (28ª); e Cuiabá (29ª).

O levantamento mostra que a América Latina desbancou a África e agora figura como região mais violenta do mundo, com 36% dos 437 mil registros de assassinato. Os pesquisadores acreditam que o elevado índice de homicídios na América Latina está ligado ao crime organizado e à violência política, que persiste há décadas nos países latino-americanos.

 (Publicado em 10 abril 2014 16:44, na página http://www.circuitomt.com.br/editorias/policia/41881-cuiaba-e-a-29- cidade-mais-violenta-do-mundo-segundo-onu.html, acessada em 13/04/2014.)

Quanto aos tempos verbais utilizados no texto, assinale a afirmativa correta.

Alternativas

ID
1622896
Banca
IF-MT
Órgão
IF-MT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cuiabá é a 29ª cidade mais violenta do mundo, segundo a ONU 

Um levantamento realizado pelo Escritório sobre Drogas e Crime, da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta Cuiabá como a 29ª cidade mais violenta do mundo. A pesquisa levou em consideração o número de assassinatos ocorridos em 2012.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (10), em Londres, durante lançamento do Estudo Global sobre Homicídios 2013. Na ocasião, o diretor de Análise de Políticas e Assuntos Públicos da ONU, Jean-Luc Lemahieu, disse que existe uma “necessidade urgente de entender como o crime violento está afligindo os países em todo o mundo".

Outro dado alarmante é que, das 30 cidades com maiores índices de homicídios, onze estão no Brasil. Nas dez primeiras colocações figuram Maceió (5°), Fortaleza (7°) e João Pessoa (9°).

 O ranking em que o Brasil aparece com o maior número de cidades violentas para cada 100 mil habitantes ainda traz os municípios de Natal (12ª posição); Salvador (13ª); Vitória (14ª); São Luís (15ª); Belém (23ª); Campina Grande (25ª); Goiânia (28ª); e Cuiabá (29ª).

O levantamento mostra que a América Latina desbancou a África e agora figura como região mais violenta do mundo, com 36% dos 437 mil registros de assassinato. Os pesquisadores acreditam que o elevado índice de homicídios na América Latina está ligado ao crime organizado e à violência política, que persiste há décadas nos países latino-americanos.

 (Publicado em 10 abril 2014 16:44, na página http://www.circuitomt.com.br/editorias/policia/41881-cuiaba-e-a-29- cidade-mais-violenta-do-mundo-segundo-onu.html, acessada em 13/04/2014.)

A respeito do uso sintático dos diferentes “quês” no último parágrafo do texto, as funções sintáticas na ordem são:

Alternativas
Comentários
  • ...O que? isso   ....C.I

    ...O que? isso   ....C.I

    ...A qual....       ....P.R

     

  • GABARITO: A

    O levantamento mostra (ISSO) que a América Latina desbancou a África e agora figura como região mais violenta do mundo, com 36% dos 437 mil registros de assassinato. Os pesquisadores acreditam (NISSO) que o elevado índice de homicídios na América Latina está ligado ao crime organizado e à violência política, (A QUAL) que persiste há décadas nos países latino-americanos.