SóProvas


ID
2661997
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
ITEP - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  Insulto, logo existo

                                                                                                Leandro Karnal

                           No momento em que eu apenas uso o rótulo,

                              perco a chance de ver engenho e arte


      A crítica e o contraditório são fundamentais. Grande parte do avanço em liberdades individuais e nas ciências nasceu do questionamento de paradigmas. Sociedades abertas crescem mais do que sociedades fechadas. A base da democracia é a liberdade de expressão. Sem oposição, não existe liberdade.

      Uma crítica bem fundamentada destaca dados que um autor não percebeu. Um juízo ponderado é excelente. Mais de uma vez percebi que um olhar externo via melhor do que eu. Inexiste ser humano que não possa ser alvo de questionamento. Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar (QuandoquebonusdormitatHomerus - ArsPoetica, 359). A crítica pode nos despertar.

      Como saber se a avaliação é boa? Primeiro: ela mira no aperfeiçoamento do conhecimento e não em um ataque pessoal. A boa crítica indica aperfeiçoamento. Notamos, no arguidor sincero, uma diminuição da passionalidade. Refulgem argumentos e dados. Mínguam questões subjetivas. Há mais substantivos e menos adjetivos. Não digo o que eu faria ou o que eu sou. Indico apenas como algo pode ser melhor e a partir de quais critérios. Que argumentos estão bem fundamentados e quais poderiam ser revistos. Objetividade é um campo complexo em filosofia, mas, certamente, alguém babando e adjetivando foge um pouco do perfil objetivo.

      Duas coisas ajudam na empreitada. A primeira é conhecimento. Há um mínimo de formação. Não me refiro a títulos, mas à energia despendida em absorver conceitos. Nada posso dizer sobre aquilo do qual nada sei. Pouco posso dizer sobre o que escassamente domino. A segunda é a busca da impessoalidade. Critico não por causa da minha dor, da minha inveja, do meu espelho. Examino a obra em si, não a obra que eu gostaria de ter feito ou a que me incomoda pelo simples sucesso da sua existência. Critico o defeito e não a luz. [...]

Disponível em:<https://jomalggn.com.br/noticia/insulto-logo-existo-por-leandro-karnal>  . Acesso em: 11 dez. 2017.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    exatamente o descrito: a crase ocorre pela contradição da preposição exigida pela regência do verbo "REFERIR-SE'' e do substantivo ENERGIA.

     

    Nunca vi nenhuma prova de Português que não tenha pelo menos uma questão cobrando crase.

     

  • a) gabarito.

    b) se fosse "dos avanços" poderia estar no plural.

    c) Nada substitui o cujo sem a devida adaptação.

    d) adjunto adverbial de modo.

    e) é o contrário do que se diz.

  • GABARITO: A

     

    Quem se refere, se refere a algo ou a alguém.

    [a+a]

    Sendo "energia" palavra feminina, então há crase (à). 

     

    No primeiro caso não ocorre porque vem seguida de palavra no plural.

    "a títulos"

    Crase é proibida nesse caso.

     

    → Crase é facultativa:

    -Depois de ATÉ

    -Diante de pronome Possessivo Feminino/Singular (SUA)

    -Diante de nomes próprios femininos (MARIANA)

     

     

    Bons estudos.

  • Por que o item "d" está errado?

  •  

    Eu Nomeada

    O Motivo do erro da letra D:

    QUE  é uma Conjunção Integrante  e não um Pronome relativo q introduz aposto explicativo ou oração restritiva.

    Note o seguinte: "Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar [...]” o termo destacado pode ser substituido por ISSO. Quando isso acontece, o QUE  é uma Conjunção Integrante.

    Veja: "Horácio garantia, com certa indignação, ISSO [...]”​ ou de forma direta "Horácio garantia ISSO com certa indignação [...]”

     

  • Acredito que o erro da D esteja que "com certa indignação" na oração seja o predicativo do sujeito Horácio e não deva receber as vírgulas.

  • a-) Realmente a crase se dá pela contração da preposição “a” requerida pela forma verbal “referir-se” e o artigo definido feminino “a” que determina o substantivo “energia”. RESPOSTA À QUESTÃO.

     

    b-) O sujeito partitivo presente no contexto é formado pelos núcleos “Grande parte” e “avanço”, palavras com as quais a forma verbal poderia concordar apenas no singular.

     

    c-) Trata-se, no caso do pronome relativo “do qual” da regra geral desta classe, ou seja, o elemento coesivo se refere e concorda com o termo antecedente, o que não se aplica ao “cujo” e variações, vez que consiste na exceção pronominal, porquanto, embora se refira ao antecedente, deverá concordar com o consequente.

     

    d-) A expressão “com certa indignação” configura sintagma de natureza circunstancial de modo, ou seja, representa um adjunto adverbial.

     

    e-) Os dois-pontos, neste caso, são aplicados para introduzir uma explicação ao que fora mencionado.

     

    Profº MOURÃO 

  • q letra D esta errada por ser aposto restritivo e nao explicativo.

  • Pra ajudar a entender a explicação da Pri

    SINTAGMA = locução

  • para mim, a letra A tem problema de paralelismo: "a titulos" apenas preposição X "`a energia" com preposição e artigo

     

  • Melhor comentário é da Priscila Barbosa

  •  a)

    Em "Não me refiro a títulos, mas à energia despendida em absorver conceitos.”, a crase ocorre pela contração da preposição exigida pela regência do verbo "referir-se” e do artigo feminino que antecede o substantivo "energia”. CORRETA Não me refiro a títulos, mas ME REFIRO à energia

     b)

    Em "Grande parte do avanço em liberdades individuais e nas ciências nasceu do questionamento de paradigmas.”, o verbo em destaque poderia estar no plural, concordando, assim, com o núcleo do sujeito "liberdades”. ERRADO - O VERBO ESTÁ CONCORDANDO COM GRANDE PARTE

     c)

    Em "Nada posso dizer sobre aquilo do qual nada sei.”, o termo em destaque pode ser trocado por "cujo”, sem haver prejuízos gramaticais ou mudança de sentido.ERRADO, CUJO SÓ É EMPREGADO ENTRE DOIS SUBST.

     d) 

    Em "Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar [...]”, as vírgulas são utilizadas para separar um aposto explicativo. ERRADO, SÃO UTILIZADAS P SEPARAR ADJ ADVERBIAL.

     e)

    Em "Como saber se a avaliação é boa? Primeiro: ela mira no aperfeiçoamento do conhecimento e não em um ataque pessoal.”, os dois-pontos são utilizados para introduzir uma síntese do que foi dito anteriormente. ERRADO, OS DOIS PONTOS INTRODUZEM UMA EXPLICAÇÃO

  • Entendendo o erro da letra D

    Adjunto adverbial ou aposto

    adjunto adverbial pode também estar ligado a adjetivos ou advérbios. Aposto é o termo da oração que sempre se liga a um nome que o antecede, tendo a função de identificar ou explicar esse nome...

  • refirir-se a algo

  • Em "Não me refiro a títulos, mas (me refiro) à energia despendida em absorver conceitos.”, a crase ocorre pela contração da preposição exigida pela regência do verbo "referir-se” e do artigo feminino que antecede o substantivo "energia”.

    • quando "referir" tem sentido de "falar", "citar" e "aludir" é TRANSITIVO DIRETO
    • Ex: Maria REFERIU a Carlos gomes 
    • Quando "referir" tem sentido de "conferir", "dar" e "imputar" é BITRANSITIVO.
    • Ex: REFERI à policia municipal, suas maiores preocupações 
    • E por ultimo pode ser "referir" pode ser TRANSITIVO INDIRETO 
    • Ex: REFERI à minha filha.

    Em "Grande parte do avanço em liberdades individuais e nas ciências nasceu do questionamento de paradigmas.”, o verbo em destaque poderia estar no plural, concordando, assim, com o núcleo do sujeito "liberdades”.

    • Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
    • O sujeito é o ser de quem se fala ou que executa a ação enunciada na oração. De acordo com a gramática normativa, o sujeito da oração não pode ser preposicionado. Ele pode ter complemento, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto, construções com sujeito preposicionado, como:
    • Errado: É tempo do Congresso votar a emenda.
    • Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda. 

    Em "Nada posso dizer sobre aquilo do qual nada sei.”, o termo em destaque pode ser trocado por "cujo”, sem haver prejuízos gramaticais ou mudança de sentido.

    • O pronome relativo cujo aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, se refere ao termo imediatamente anterior, sendo equivalente a: do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero e número com a coisa possuída: cujo, cuja, cujos, cujas.
    • Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.
    • Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.

    Em "Horácio garantia, com certa indignação, que até o hábil Homero poderia cochilar [...]”, as vírgulas são utilizadas para separar um aposto explicativo.

    • O adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do processo verbal ou intensifica o sentido de um adjetivo verbo ou outro adverbia . É uma função adverbial, pois cabe ao advérbio e as locuções adverbiais exercerem o papel de adjunto adverbial
    • adjunto adverbial de  modo: Foram recrutados a dedo 

    Em "Como saber se a avaliação é boa? Primeiro: ela mira no aperfeiçoamento do conhecimento e não em um ataque pessoal.”, os dois-pontos são utilizados para introduzir uma síntese do que foi dito anteriormente.

    • Significado de Síntese:  Explicação resumida de alguma coisa; resumo.
    • observa-se o uso dos dois pontos para introduzir uma explicação de algo que foi mencionado anteriormente no enunciado.

  • a-) Realmente a crase se dá pela contração da preposição “a” requerida pela forma verbal “referir-se” e o artigo definido feminino “a” que determina o substantivo “energia”. RESPOSTA À QUESTÃO.

     

    b-) O sujeito partitivo presente no contexto é formado pelos núcleos “Grande parte” e “avanço”, palavras com as quais a forma verbal poderia concordar apenas no singular.

     

    c-) Trata-se, no caso do pronome relativo “do qual” da regra geral desta classe, ou seja, o elemento coesivo se refere e concorda com o termo antecedente, o que não se aplica ao “cujo” e variações, vez que consiste na exceção pronominal, porquanto, embora se refira ao antecedente, deverá concordar com o consequente.

     

    d-) A expressão “com certa indignação” configura sintagma de natureza circunstancial de modo, ou seja, representa um adjunto adverbial.

     

    e-) Os dois-pontos, neste caso, são aplicados para introduzir uma explicação ao que fora mencionado.

  • a galera que ficou com dúvida, vai no comentário da professora, muitos comentários estão equivocados