- ID
- 2793277
- Banca
- FCC
- Órgão
- Prefeitura de Macapá - AP
- Ano
- 2018
- Provas
-
- FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Especialista na Educação - Administrador
- FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Especialista na Educação - Assistente Social
- FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Especialista na Educação - Fisioterapeuta
- FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Especialista na Educação - Fonoaudiólogo
- FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Especialista na Educação - Psicólogo
- FCC - 2018 - Prefeitura de Macapá - AP - Pedagogo
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Pensando a “motivação”
Já é um lugar-comum dizer que a motivação é um elemento importantíssimo na tarefa de educar. “Motivar o aluno” é uma operação vista como a chave essencial do processo. Mas é preciso ter cautela quanto ao que se entende, afinal, por motivação. Se ela quer dizer algo como “corresponder a desejos ou expectativas existentes no aluno”, então não será mais do que o atendimento ao que, no fundo, já está motivado. Talvez seja o caso de aceitar que a surpresa, o passo desconhecido e o impacto do estranhamento podem ser estimulantes para o jovem se defrontar exatamente com o que é diferente do que ele já tem. Em vez de acionar nele os mecanismos de atendimento ao que já lhe interessa, não será melhor fazê-lo trilhar um caminho inédito e desafiador?
O sentido de motivar pode ser bastante conservador, ao acionar valores já mecanizados de um sistema. Começam a surgir assertivas como “isto seria mais próprio para crianças acima de dez anos” ou “os jovens de hoje preferem ouvir tal tipo de música”. Se seguirmos por esse caminho, estaremos apenas confirmando um gosto já estabelecido. A única condição que existe para se abonar o termo motivação está no aproveitamento da ideia de motivo como uma oportunidade de mover o aluno para bem mais adiante do lugar que ele próprio já determinou para instalar suas expectativas.
(Perivaldo Ramon Gutierrez, inédito)