- ID
- 5272639
- Banca
- CPCON
- Órgão
- Prefeitura de Areial - PB
- Ano
- 2021
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
-
- Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)
- Advérbios
- Análise sintática
- Coesão e coerência
- Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)
- Interpretação de Textos
- Morfologia
- Morfologia - Verbos
- Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
- Parênteses
- Pontuação
- Sintaxe
- Uso dos conectivos
Com base na leitura do texto abaixo, exposto em Carta Capital, (05/02/20), responda à questão.
Golpistas impunes
Brigar contra os ladrões e vigaristas da internet é como enxugar gelo
As informações que chegam pela internet trazem o melhor e o pior dos mundos.
É desnecessário falar da revolução que a rede trouxe ao universo da cultura, da ciência e da tecnologia. Com poucos toques no teclado consigo ver as coleções do Louvre e do Metropolitan, acessar os avanços do tratamento do câncer, [....]
Em contrapartida, no esgoto da rede corre tudo o que não presta: exploração sexual de crianças, pornografia que afronta a dignidade feminina, calúnias que destroem reputações e desequilibram processos eleitorais, além de um mundo de mentiras, besteiras e cretinices antes ouvidas apenas por meia dúzia de desocupados, nos botequins. A internet, de fato, deu voz aos imbecis. E aos estelionatários, também. Ladrões que clonam cartões de crédito, roubam senhas de contas bancárias e promovem vendas fictícias, lesam um número incalculável de incautos.
No meu caso particular, caí na mira de falsários que anunciam, em meu nome, produtos “revolucionários” que apregoam realizar curas milagrosas. Invariavelmente, os anúncios trazem minha fotografia montada ao lado do remédio à venda. [...]
É evidente que, por razões éticas, nunca fiz nem farei propaganda de qualquer remédio ou medicamento. Pouco tem adiantado deixar uma luz piscando o tempo todo no topo da página principal do meu site, com os dizeres: “O Dr. Drauzio não faz propaganda de remédio. Não compre”. O golpe maior é que anuncia cápsulas para dores nas juntas, que os estelionatários afirmam repor o colágeno desgastado nas cartilagens com o passar dos anos. [...]
Como denunciamos a farsa no próprio programa, os falsários mudaram o nome do produto, e continuam veiculando o anúncio impunemente.
Os amigos me perguntam por que não processo essa gente. Eu gostaria de vê-los na cadeia, são ladrões, mas não há como. Porque a autoria vem de perfis falsos e sites ancorados no exterior.
Quando consigo que o Facebook tire do ar (tarefa que não é fácil), no dia seguinte é publicado outro perfil tão falso
quanto o anterior. É enxugar gelo.
Analise as afirmações a seguir, a respeito da construção de determinadas estruturas oracionais que formam o texto.
I- Na oração: “A internet, de fato, deu voz aos imbecis”, o uso da expressão “de fato” imprime à frase um tom de certeza, evidenciando a atitude do sujeito-autor em relação ao seu dizer.
II- Na oração: “E aos estelionatários, também”, houve a elipse do verbo “dar”, seja porque este apareceu no contexto anterior, seja devido à presença do advérbio “também”, que permite a recuperação da informação.
III- A informação que aparece em parêntese, estando intercalada, no último parágrafo é uma estratégia usada para inserir uma avaliação/ressalva do sujeito-autor; por meio dela, o autor atribui toda responsabilidade dos golpes ao facebook.
IV- Em: “Pouco tem adiantado deixar uma luz piscando o tempo todo no topo da página principal do meu site, com os dizeres:”, seria possível substituir a forma verbal “tem adiantado” por “adiantou” sem que acarretasse prejuízo quanto à informação ou à intenção comunicativa.
É CORRETO o que se afirma em