Formado por mais de quatro mil peças, o acervo do Museu da
Inconfidência possui exemplares de praticamente todas as esferas da vida
sociocultural mineira dos séculos XVIII e XIX. Representantes da
produção humana em face de suas necessidades de sobrevivência, deleite e
comunicação, os objetos estão intimamente relacionados à formação da
sociedade brasileira.
É possível verificar vestígios dos sistemas construtivos de caráter
religioso e profano, além de objetos de uso pessoal, destinados à
vestimenta, à ornamentação, à proteção e à guerra. Destacado, em grande
parte, por sua raridade e beleza, o acervo é caracterizado, ainda, pelo
seu relevante conteúdo histórico e iconográfico.
A importância dos objetos de arte que compõem a atual exposição
chama a atenção também por sua autoria. Ali estão obras de Antônio
Francisco Lisboa (Aleijadinho), Francisco Vieira Servas, Francisco
Xavier de Brito, Manoel da Costa Athaide, João Nepomuceno, Armand Julien
Pallière, dentre outros.
Merecem particular atenção coleções como a de partituras levantadas
por Francisco Curt Lange, pesquisador que descobriu um século de
musicalidade que era ignorada pelos especialistas brasileiros e os
processos judiciais referentes às ações que tiveram curso nos séculos
XVIII e XIX, altamente reveladores sobre o núcleo urbano mineiro nos
séculos XVIII e XIX.
O núcleo inicial do acervo do Museu da Inconfidência procedeu de
três fontes principais: Museu Arquidiocesano de Mariana, Museu Vicente
Racioppi e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN). A partir daí ele foi se ampliando por meio de compras e
doações.
Fonte: http://www.museudainconfidencia.gov.br/interno.php?pg=acervo_descricao_geral