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Prova CRS - PMMG - 2014 - PM-MG - 2º Tenente - Ortopedia


ID
1970209
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Uma Galinha

                                                                                                      Clarice Lispector

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem! 

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.

Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”.  

De acordo com o texto é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Narrador onisciente: É aquele que sabe de tudo. Há vários tipos de narrador onisciente, mas podemos dizer que são chamados assim porque conhecem todos os aspectos da história e de seus personagens. Pode por exemplo descrever sentimentos e pensamentos das personagens, assim como pode descrever coisas que acontecem em dois locais ao mesmo tempo.

     

     

     


ID
1970212
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Uma Galinha

                                                                                                      Clarice Lispector

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem! 

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.

Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”.  

Marque a alternativa CORRETA quanto ao perfil psicológico da galinha antes do início do preparo do almoço:

Alternativas

ID
1970215
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Uma Galinha

                                                                                                      Clarice Lispector

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem! 

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.

Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”.  

Marque a alternativa CORRETA que corresponda ao sentido dado à palavra apatia, na passagem do texto relacionada ao comportamento da galinha quando ela passou a viver com a família:

Alternativas
Comentários
  •  Apatia é a falta de emoção, motivação ou entusiasmo. É um termo psicológico para um estado de indiferença, no qual um indivíduo não responde aos estímulos da vida emocional, social ou física.
    Trecho do texto: (...A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam...)

  • b) Estado caracterizado por indiferença, ausência de sentimentos, falta de atividade e de interesse. 



    apatia revela uma ausência de sentimentos, incapacidade de ter emoções relacionadas com outras pessoas. Por outro lado, a empatia faz com que um indivíduo se coloque na situação do outro, como se fosse capaz de sentir os seus sentimentos de alegria ou tristeza.



    https://www.instagram.com/diariodapsicologa/?hl=pt-br

  • Apatia: Indiferença;

    x

    Empatia: Se identificar com outra pessoa.


ID
1970218
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Uma Galinha

                                                                                                      Clarice Lispector

Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã.

Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio.

Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula, escolhia com urgência outro rumo. A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa o grito de conquista havia soado.

Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.

Estúpida, tímida e livre. Não vitoriosa como seria um galo em fuga. Que é que havia nas suas vísceras que fazia dela um ser? A galinha é um ser. É verdade que não se poderia contar com ela para nada. Nem ela própria contava consigo, como o galo crê na sua crista. Sua única vantagem é que havia tantas galinhas que morrendo uma surgiria no mesmo instante outra tão igual como se fora a mesma.

Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa. Em seguida carregada em triunfo por uma asa através das telhas e pousada no chão da cozinha com certa violência. Ainda tonta, sacudiu-se um pouco, em cacarejos roucos e indecisos. Foi então que aconteceu. De pura afobação a galinha pôs um ovo. Surpreendida, exausta. Talvez fosse prematuro. Mas logo depois, nascida que fora para a maternidade, parecia uma velha mãe habituada. Sentou-se sobre o ovo e assim ficou, respirando, abotoando e desabotoando os olhos. Seu coração, tão pequeno num prato, solevava e abaixava as penas, enchendo de tepidez aquilo que nunca passaria de um ovo. Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida. Mal porém conseguiu desvencilhar-se do acontecimento, despregou-se do chão e saiu aos gritos:

— Mamãe, mamãe, não mate mais a galinha, ela pôs um ovo! ela quer o nosso bem! 

Todos correram de novo à cozinha e rodearam mudos a jovem parturiente. Esquentando seu filho, esta não era nem suave nem arisca, nem alegre, nem triste, não era nada, era uma galinha. O que não sugeria nenhum sentimento especial. O pai, a mãe e a filha olhavam já há algum tempo, sem propriamente um pensamento qualquer. Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha. O pai afinal decidiu-se com certa brusquidão:

— Se você mandar matar esta galinha nunca mais comerei galinha na minha vida!

— Eu também! jurou a menina com ardor. A mãe, cansada, deu de ombros.

Inconsciente da vida que lhe fora entregue, a galinha passou a morar com a família. A menina, de volta do colégio, jogava a pasta longe sem interromper a corrida para a cozinha. O pai de vez em quando ainda se lembrava: "E dizer que a obriguei a correr naquele estado!" A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto.

Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga — e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado.

Uma vez ou outra, sempre mais raramente, lembrava de novo a galinha que se recortara contra o ar à beira do telhado, prestes a anunciar. Nesses momentos enchia os pulmões com o ar impuro da cozinha e, se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.

Texto extraído do livro “Laços de Família”, Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998, pág. 30. Selecionado por Ítalo Moriconi, figura na publicação “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”.  

Marque a alternativa CORRETA com relação ao que propiciou o desfecho da história da galinha:

Alternativas
Comentários
  • "A galinha tornara-se a rainha da casa. Todos, menos ela, o sabiam. Continuou entre a cozinha e o terraço dos fundos, usando suas duas capacidades: a de apatia e a do sobressalto...Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos."

  • Discordo do gabarito.

     

    Marque a letra "b".

     

    A linha tenue para a mudança com relação a galinha foi o momento que a menina viu que a mesma colocou um ovo. Sendo assim, tal ato que propiciou todo desenrolar da historia da galinha como "rainha da casa".

     

    c) O esquecimento da visão da galinha como um animal de estimação.

     

    Não foi esquecido a visão da galinha como animal de estimação, muito pelo contrário. Foi o fato de terem se LEMBRADO da visão da galinha como um animal de estimação.

    "estimação" advem de "estima"

     

    estima

    substantivo feminino

    1.

    sentimento de carinho ou de apreço em relação a alguém ou algo; afeição, afeto.

    "sua meiguice e bondade despertaram a e. de todos"

  • Marque a alternativa CORRETA com relação ao que propiciou o desfecho da história da galinha: Embora nem nesses instantes a expressão de sua vazia cabeça se alterasse. Na fuga, no descanso, quando deu à luz ou bicando milho — era uma cabeça de galinha, a mesma que fora desenhada no começo dos séculos.

    quer dizer que o que proporcionou o desfecho (final da história) foi O esquecimento da visão da galinha como um animal de estimação... colocando-a como um membro da família

    Ao meu ver, não sou nenhum especialista kkk

  • Qual foi o desfecho da história da galinha ? foi que:

    Até que um dia mataram-na, comeram-na e passaram-se anos.

    Ou seja, a conclusão(desfecho) foi que no final, ela foi morta e comeram-na, deixaram de ter por ela estima, esqueceram que ela por um período de tempo foi um animal de estimação.


ID
1970221
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA com relação à formação de palavras por derivação parassintética:

Alternativas
Comentários
  • palavra que possui prefixo e sufixo simultaneamente.

     

    letra D

  • Dica: para estabelecer a diferença entre derivação prefixal e sufixal e parassintética, basta retirar o prefixo ou sufixo da palavra na qual se tem dúvida. Feito isso, observe se a palavra que sobrou existe; caso isso aconteça, será derivação prefixal e sufixal.
    Fonte: www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf4.php

  • E + mud + ecer (MUDO) Parassintética (Prefixo e Sufixo)

    Significado: Ficar calado.

  • DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA ... NAO FORMA PALAVRA SEM O PREFIXO E NEM SEM O SUFIXO ... PRECISA DOS DOIS

    EMUDECER   VEM DE MUDO

    E-- MUD---ECER

    DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA

  • d) Emudecer.

     

    A derivação parassintética ou parassintetismo ocorre com acréscimo simultâneo de afixos. Exemplo: ajoelhar, enriquecer, emudecer, que se dizem derivadas parassintéticas ou parassínteses.

     

    FONTE: SACCONI

  • GAB: D

     

    DICA: MORFOLOGIA ESTRUTURAL

     

    PARASÍNTESE OU DERIVAÇÃO PARASINTÉTICA

    Uma palavra com uma formação que é presciso colocar prefixo e sufixo e não pode mais tirar.

    Ex: Emudecer (não existes outra palavra com a retirada do prefixo e sufixo).

     

    DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL

    Pode tirar o prefixo e o sufixo que a palavra ainda existe

    Ex: Despreparadamente. Ex despreprarar, preparadamente, preparado e preparar.

  • VAMOS SIMPLIFICAR?


    Ambos os processos ( PARASSÍNTESE OU DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA e DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL ) são formados através do uso de prefixo e sufixo.



    Na parassíntese, é impossível retirar um dos afixos sem que haja perda de sentido. 


    Já na derivação prefixal e sufixal, é possível retirar um deles e, ainda assim, a palavra manter seu significado.





  • VAMOS SIMPLIFICAR?


    Ambos os processos ( PARASSÍNTESE OU DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA e DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL ) são formados através do uso de prefixo e sufixo.



    Na parassíntese, é impossível retirar um dos afixos sem que haja perda de sentido. 


    Já na derivação prefixal e sufixal, é possível retirar um deles e, ainda assim, a palavra manter seu significado.





  • Ta aí um item importante, foi cobrado nos simulados gratuitos do LJ Aulas para a PMMG2021, aprendi e agora nunca mais esqueço.

    Item - D está correto.

  • Resumo procês:

    DERIVAÇÃO: É o processo pelas quais novas palavras (derivadas) são formadas a partir de outras já existentes (primitivas). Palavras que apresentam apenas 1 radical (parte que carrega o significado da palavra).

    »Prefixal (antes do radical): DESleal; INfeliz; DEScrer…

    »Sufixal (depois do radical): PedrEIRA; papelARIA; felizMENTE

    »Parassintética (os dois ao mesmo tempo): DESalmaDO; AmanhECER…

    Derivação prefixal e sufixal (Pode tirar o prefixo e o sufixo que a palavra ainda existe): Despreparadamente. Ex despreprarar, preparadamente, preparado e preparar.

    »Regressiva: (perda de algum elemento na troca): Beijar » Beija; Perder » Perda; amparar » amparo.

    »Imprópria (mudança de uma classe de palavra): Os bons (o adjetivo está substantivado); É sublime o cantar (verbo substantivado)…

    O artigo tem grande influência na derivação imprópria, haja vista que tem a função substantivadora.


ID
1970224
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA cujo pronome exerce a função sintática de objeto direto:

Alternativas
Comentários
  • Me corrijam se estiver errado:

     

    A - Eu não quis ir à escola ou para a escola (preposição, "a" ou "para" portanto objeto indireto)

     

    B - Espero-o na faculdade (diante da ausência de preposição, é objeto direto) CORRETA

     

    C - Trouxe o livri para mim (preposição "para", portanto objeto indireto)

     

    D - Ela só pensa em si. (preposição "em", logo objeto indireto)

  • VAMOS SIMPLIFICAR?



    Lembrem-se sempre de que os pronomes oblíquos "o" e "a" devem desenvolver o papel sintático de OBJETO DIRETO


    Já o pronome oblíquo "lhe" deve desenvolver o papel de OBJETO INDIRETO

  • Temos duas alternativas com objeto direto , mas a questão quer o pronome oblíquo átono.

    Por conseguinte , a alternativa correta é a letra B.

  • na alternativa "C" é VTDI. trouxe(verbo) o(artigo) livro(substantivo) para(preposição) mim(pronome)


ID
1970227
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA cuja concordância nominal se encontra de acordo com a norma gramatical:

Alternativas
Comentários
  • @pmminas #otavio

    Alerta - é ADVÉRBIO, invariável.

    Meio - (um pouco, um tanto) é ADVÉRBIO, invariável;

    Meia - significando METADE, concordará com o nome a que se refere.

  • CAVERAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA POHAAAAAAAAA PMMINAS


ID
1970230
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Nos períodos compostos por subordinação, marque a alternativa CORRETA cujo termo em destaque apresenta uma oração que exerce a função de objeto indireto:

Alternativas
Comentários
  • Letra C CORRETA:

     

    Duvidei de que a cidade precisasse de obras (preposição "de" após o verbo, portanto objeto indireto).

  • Vou além na intenção de ajudar mais ainda...

     

    OBJETIVAS INDIRETAS necessitam de PREPOSIÇÃO.

    A unica que tem preposição antes -> Letra C

  • Quem dúvida, dúvida de alguem

  • Veja que horas são.

    Verbo Ver / Quem vê, vê algo ou vê a algo?

    Vê algo = Transitivo Direto, logo, "que horas são" é o Objeto Direto

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Pressentimos que o verão chegou.

    Verbo Pressentir / Quem pressenti, pressenti algo ou pressenti a algo?

    Pressenti algo = Transitivo Direto, logo, "que o verão chegou" é o Objeto Direito

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Duvidei de que a cidade precisasse de obras.

    Verbo Duvidar / Quem duvida, duvida algo ou duvida de algo?

    Duvida de algo = Transitivo Indireto (Verbo duvidar exige a preposição "DE"), logo , "de que a cidade precisasse de obras" é o Objeto Indireto.

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Minha vontade era que todos comparecessem.

    Verbo Ser no Passado Imperfeito do Modo Indicativo "Era" / Quem era, era algo ou era de algo ?

    Nesse contexto o era, indica " era, isso...", dessa forma trabalha como Transitivo Direto, logo, "que todos comparecessem" é o Objeto Direito.

  • Basta substituir o complemento sublinhado por "ISSO" ou DISSO"

    Isso: Sem preposição

    Disso: Com preposição (de + isso)

    Veja ISSO (Objeto direto)

    Pressentimos ISSO (Objeto direto)

    Duvidei DISSO (Objeto indireto)

    Minha vontade era ISSO (predicativo do sujeito)

  • Duvidei de que a(preposição) cidade precisasse de obras.

    Parabéns! Você acertou!


ID
1970233
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA que se relaciona ao emprego adequado da estrutura contendo o verbo bater com o sentido apresentado entre parênteses:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa B é a correta.

    A alternativa C estar incorreta pelo seguinte motivo: Ao dizer que "O funcionário após discutir com o chefe bateu à porta da sala e saiu em direção ao refeitório (ato de fúria / fechar a porta com força)." Torna a assetiva errada, pois para considera-lá correta ela deveria vim específicando se o funcionário estava furioso ou não. Tendo em vista que não pode-se deduzir subjetivamente que no ato de o funcionário bater a porta com força necessariamente ele estava furioso. Ou seja, não é possível ter a certeza que ele estava furioso, pois ele poderia bater a porta com força e estar tranquilo.

    Então para considera a alternativa C correta ela deveria estar da seguinte maneira: " O funcionário, furioso, após discutir com o chefe bateu à porta da sala e saiu em direção ao refeitório (ato de fúria / fechar a porta com força). 

     

  • ↪ Se você escrever “bati a porta”, significará que você “fechou a porta”.

    ↪ Se você escrever “bati à porta”, significará que você “bateu na porta”.

  • Gab. B

    A)  Errado. "bater a porta" indica fechá-la com força.

    B) Certo

    C) Errado. "bater à porta" refere-se ao ato de chamar / bater junto à porta.

    D) Errado. "bater na porta" significa dizer esmurrá-la / bater nela.

  • Bater a porta - Ato de fechar com força

    Bater à porta - Ato de chamar / bater junto à porta para que atendam.

    Bater na porta - Espancar a porta


ID
1970236
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direito Constitucional

De acordo com os Direitos e Deveres Individuais e Coletivos existentes na Constituição da República Federativa do Brasil, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  •  CF. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;.

  • Comentando a questão:

    A) INCORRETA. Poderá haver a privação de direitos por motivo de crença religiosa, desde que invoque tal crença no sentido de eximir-se de obrigação legal a todos impostos e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei, conforme art. 5º, VIII da CF.

    B) INCORRETA. Há a vedação ao anonimato, conforme art. 5º, IV da CF.

    C) CORRETA. A assertiva está de acordo com o art. 5º, XVII da CF.

    D) INCORRETA. É independente de censura ou de licença, conforme art. 5º, IX da CF.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C










  • a) INCORRETA - Art. 5° VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

    b) INCORRETA -  Art.5° IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;  

    c) CORRETA - Art. 5° XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

    d) INCORRETA - Art. 5° IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

  • RUMO AO OFICIALATO PMMG

    "Verás que um filho teu não foge à luta"

  • Vamos assinalar como correta a alternativa descrita na letra ‘c’, que trata da liberdade de associação, inscrita art. 5º, XVII, CF/88 (“É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar”).

    Vejamos os erros das demais alternativas:

    - Letra ‘a’: conforme prevê o art. 5º, VIII, CF/88, ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

    - Letra ‘b’: de acordo com o que determina o art. 5º, IV, CF/88, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.

    - Letra ‘d’: nos termos do art. 5º, IX, CF/88, é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

  • ⚠️⚠️⚠️⚠️

    Expressão CIENTÍFICA, ARTÍSTICA E DE COMUNICAÇÃO INDEPENDE DE CENSURA.

    ⚠️mnemônico = C.A.Co. não tem licença.

  • Que Deus nos dê sabedoria para compreensão de todo o conteúdo, rumo a aprovação! #CFSD2022 #PMMINAS


ID
1970239
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Sobre o tema “discriminação contra pessoa em razão de sua orientação sexual”, conforme regulamentado pelo Decreto Estadual nº 43.683/2003, marque “V” para as assertivas verdadeiras e “F” para as assertivas falsas. Em seguida, marque a sequência de respostas CORRETA, na ordem de cima para baixo.


( ) A coibição de manifestação de afeto em estabelecimento aberto ao público, inclusive o de propriedade de ente privado, constitui atentado contra os direitos da pessoa, desde que comprovadamente praticado em razão da orientação sexual da vítima.


( ) A interdição do estabelecimento por prazo determinado é uma das penalidades previstas à pessoa jurídica de direito privado que praticar qualquer dos atos de discriminação previsto na legislação.


( ) Para uma mesma infração, não pode ser aplicada à pessoa jurídica de direito privado mais de uma sanção dentre as previstas na legislação.


( ) Quando a infração cometida por pessoa jurídica de direito privado estiver associada a preconceito por condição econômica caberá tanto a aplicação da pena de advertência quanto da de multa.  

Alternativas
Comentários
  • 1ª assertiva: VERDADEIRA

    Art.2º Para os efeitos deste Decreto, consideram-se discriminação, coação e atentado contra os direitos da pessoa os seguintes atos, desde que comprovadamente praticados em razão de sua orientação sexual.

    , IV- coibição de manifestação de afeto em logradouro público, estabelecimento público ou estabelecimento aberto ao público, inclusive o de propriedade privada. 

     

    2º assertiva: VERDADEIRA

    Art. 3º, IV- interdição do estabelecimento de 8 a 30 dias. 

     

    3ª assertiva: ERRADA

    Art. 3º, parágrafo 4º- As sanções previstas no caput poderão ser aplicadas cumulativamente, de acordo com a gravidade da infração.

     

    4ª assertiva: ERRADA

    Art. 3º, parágrafo 3º- Quando a infração estiver assoaciada a atos de violência ou outra forma de discriminação ou preconceito, como as baseadas em raça ou cor da pele, deficiência física, convicção religiosa ou política, condição social ou econômica, não será aplicada a pena de advertência, devendo a punição ser fixada entre as demais sanções previstas no art. 3º.


ID
1970242
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), proclamada por Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, é CORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A) Artigo XII Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

    B) Artigo I Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

    C) Artigo II 1 - Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

    D) No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos cujo texto, na íntegra, pode ser lido a seguir. Logo após, a Assembléia Geral solicitou a todos os Países - Membros que publicassem o texto da Declaração”para que ele fosse divulgado, mostrado, lido e explicado, principalmente nas escolas e em outras instituições educacionais, sem distinção nehuma baseada na situação política ou econômica dos Países ou Estados.”

  • Outra questão, a Q674304, vai de encontro:

     

    Lá, diz que I. Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação.

    --> Nela, não admitiram a possibilidade da interferência que não seja arbitrária, uma vez que o texto da DUDH é:

     

    Artigo 12° - Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a protecção da lei.

     

    TOMEM CUIDADO!

  • Gab D (CORRETO)
    Art.26.
    Fala sobre o direito de ensino.

  • d) Uma das finalidades de se proclamar a DUDH é a de que todos os indivíduos se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades.  (CORRETA, art. 26)

     

    Artigo XXVI (DUDH)

            1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.   
            2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.   
            3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

  • DUDH

    Artigo 2

    I) Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

    II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

    Artigo 12

    Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

    Artigo 26

    I) Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

    II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.

    III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

  • Letra A - ERRADO: "Ficou estipulado que a lei protegerá qualquer forma de intromissão na vida privada das pessoas."

    "Art. 12 - NINGUÉM sofrerá intromissões ARBITRÁRIAS na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei."

    Ou seja, as pessoas podem sofrer intromissões em sua vida privada, desde que NÃO sejam arbitrárias ou ilegais.

  • A alternativa D é a transcrição de um trecho do preâmbulo.

    Uma das finalidades de se proclamar a DUDH é a de que todos os indivíduos se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades.

    A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os orgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.

  • Essa Letra A quase me derrubou:

    Ficou estipulado que a lei protegerá qualquer forma de intromissão na vida privada das pessoas.

    Ficou parecendo que a assertiva estava querendo dizer a lei vai proteger o direito a qualquer forma intromissão. Sendo que a lei diz de forma diversa:

    Art. 12 - NINGUÉM sofrerá intromissões ARBITRÁRIAS na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques toda a pessoa tem direito a proteção da lei."

  • A  questão apresenta as finalidades da Declaração Universal dos Direitos Humanos(DUDH).

    d) CORRETA – De fato, conforme o disposto no preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), uma das finalidades é a de que todos os indivíduos se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades.

    [...] Agora portanto a Assembleia Geral proclama apresente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

    Fonte: Reta Final do Direito Simples e Objetivo.

  • #PMMINAS


ID
1970245
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Direitos Humanos
Assuntos

Durante uma palestra sobre os preceitos existentes na Constituição da República Federativa do Brasil acerca da família, criança, adolescente, jovem e idoso, foram feitas as seguintes afirmativas:


I. É função da família, Estado e sociedade o amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade.


II. Os pais têm o dever de educar, criar e assistir os filhos menores.


III. O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, admitida a participação de entidades não governamentais.


IV. É dever da família, da sociedade e do Estado colocar o jovem a salvo de toda forma de discriminação.


Estão CORRETAS as assertivas:  

Alternativas

ID
1970248
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação ao Atestado Médico emitido pelo médico assistente para fins de perícia, é CORRETO afirmar que

Alternativas

ID
1970251
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Conforme previsto na Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1931/2009, que dispõe sobre o Código de Ética Médica, é VEDADO ao médico:

Alternativas

ID
1970254
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas

ID
1970257
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. O médico poderá ser excluído da função de perito oficial por algumas condições, como por impedimento legal ou suspeição. Considera-se condição de impedimento do perito:

Alternativas

ID
1987813
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. A lesão ligamentar mais comum associada com a fratura supracondiliana do fêmur é a do:

Alternativas

ID
1987816
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação à redução das fraturas do colo do fêmur, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987819
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre a luxação do joelho, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987822
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

NÃO é diagnóstico diferencial da doença de Perthes:

Alternativas

ID
1987825
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina

Com relação ao genovaro no raquitismo, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987828
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação aos fenômenos tromboembólicos, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987831
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação à Síndrome de Hipermobilidade Articular (SHA), é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987834
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. Qual é o restritor primário a translação anterior do ombro?

Alternativas

ID
1987837
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. A subluxação da cabeça do rádio após osteossíntese de uma fratura-luxação de MONTEGGIA é associada à:

Alternativas

ID
1987840
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. Qual intervalo apresenta o percentual do peso do osso que é de colágeno?

Alternativas

ID
1987843
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. A doença Tipo I Charcot-MarieTooth é uma desordem de qual estrutura abaixo?

Alternativas

ID
1987846
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação à fratura por estresse no atleta, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987849
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação ao tratamento das fraturas expostas, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987852
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação ao tumor de Ewing, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987855
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

NÃO é indicação para o tratamento cirúrgico das fraturas das diáfises do úmero a:

Alternativas

ID
1987858
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação às fraturas da extremidade proximal da tíbia, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987861
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Sobre as lesões da coluna, marque a alternativa CORRETA:

Alternativas

ID
1987864
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina

Com referência a epifisiólise femoral proximal, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987867
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Com relação à fratura do acetábulo, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987870
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Na displasia do desenvolvimento do quadril, é CORRETO afirmar que:

Alternativas

ID
1987873
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. O contato ósseo entre 5 e 10mm na radiografia do joelho em AP representa a classificação de Ahlback (modificada por Keyes e Goodfellow) grau:

Alternativas

ID
1987876
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina

Marque a alternativa CORRETA. Na fratura de BENNETT, a deformidade do primeiro osso metacarpal ocorre pela ação do músculo:

Alternativas

ID
1987879
Banca
CRS - PMMG
Órgão
PM-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa CORRETA. O tratamento do pé torto congênito pelo método de PONSETI inicia-se com a correção:

Alternativas