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Prova IAN - 2016 - Câmara de Paty do Alferes - RJ - Contador


ID
5629354
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

O homem estava trombudo porque: 

Alternativas

ID
5629357
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

No trecho “Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário...” a palavra sublinhada significa:

Alternativas

ID
5629360
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. No texto exposto, identificamos as seguintes características que permitem classificá-lo como crônica, EXCETO:

Alternativas

ID
5629363
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

As frases “Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara…” e “Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-deboi da firma, como até então a considerara...” têm a seguinte característica em comum:

Alternativas
Comentários
  • Ahhh, vá!

    A primeira frase não é narrativa???

    Tem tempo verbal (Mais que perfeito); tem apresentação e clímax; tem protagonista e antagonista...

    A segunda frase tem muitos adjetivos (descritiva) , mas 2 verbos no mais que perfeito...

    Tô mais perdido que Adão no dia das mães


ID
5629366
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

O clímax do texto é identificado no seguinte trecho:

Alternativas

ID
5629369
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

“Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos...”. A palavra sublinhada indica:

Alternativas
Comentários
  • a conjunção ´´ se`` estabelece a condição, de a pessoa querer, para almoçarem juntos

  • A questão é de morfologia e quer saber qual o valor semântica da palavra "se" em “Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos...”. Lembrando que a banca escreveu "palavra sublinhada", mas não sublinhou nenhuma palavra. Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e fazem que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) causa

    Errado.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     .

    B) consequência

    Errado.

    Conjunções subordinativas consecutivas: têm valor semântico de consequência, resultado, produto...

    São elas: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), sem que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que...

    Ex.: Estudou tanto que passou na prova.

     .

    C) explicação

    Errado.

    Conjunções coordenativas explicativas: têm valor semântico de explicação, justificativa, motivo, razão...

    São elas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que...

    Ex.: Vamos indo, porque já é tarde.

     .

    D) condição

    Certo. "Se" indica uma condição.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     .

    Gabarito: Letra D


ID
5629372
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

A palavra sublinhada em “Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes...” é:

Alternativas
Comentários
  • Até agora procuro a palavra sublinhada

  • Seria bom se sublinhassem a palavra.

  • Ao menos dei boas risadas com o texto.


ID
5629375
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente o texto a seguir para responder à questão.


Caso de Secretária

    
     Foi trombudo para o escritório. Era dia de seu aniversário, e a esposa nem sequer o abraçara, não fizera a mínima alusão à data. As crianças também tinham se esquecido. Então era assim que a família o tratava? Ele que vivia para os seus, que se arrebentava de trabalhar, não merecer um beijo, uma palavra ao menos!

      Mas, no escritório, havia flores à sua espera, sobre a mesa. Havia o sorriso e o abraço da secretária, que poderia muito bem ter ignorado o aniversário, e entretanto se lembrava. Era mais do que uma auxiliar, atenta, experimentada e eficiente, pé-de-boi da firma, como até então a considerara; era um coração amigo.

    Passada a surpresa, sentiu-se ainda mais borocoxô: o carinho da secretária não curava, abria mais a ferida. Pois então uma estranha se lembrava dele com tais requintes, e a mulher e os filhos, nada? Baixou a cabeça, ficou rodando o lápis entre os dedos, sem gosto para viver.

     Durante o dia, a secretária redobrou de atenções. Parecia querer consolá-lo, como se medisse toda a sua solidão moral, o seu abandono. Sorria, tinha palavras amáveis, e o ditado da correspondência foi entremeado de suaves brincadeiras da parte dela.

     – O senhor vai comemorar em casa ou numa boate?

    Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma. Fazer anos é uma droga, ninguém gostava dele neste mundo, iria rodar por aí à noite, solitário, como o lobo da estepe.

    – Se o senhor quisesse, poderíamos jantar juntos - insinuou ela, discretamente.

    E não é que podiam mesmo? Em vez de passar uma noite besta, ressentida - o pessoal em casa pouco está ligando -, teria horas amenas, em companhia de uma mulher que - reparava agora - era bem bonita.

    Daí por diante o trabalho foi nervoso, nunca mais que se fechava o escritório. Teve vontade de mandar todos embora, para que todos comemorassem o seu aniversário. Conteve-se no prazer ansioso da espera.

     – Onde você prefere ir? - perguntou, ao saírem.

    – Se não se importa, vamos passar primeiro no meu apartamento. Preciso trocar de roupa.

     Ótimo, pensou ele; faz-se a inspeção prévia do terreno e, quem sabe?

     – Mas antes quero um drinque, para animar - ele retificou.

   Foram ao drinque, ele recuperou não só a alegria de viver e de fazer anos, como começou a fazê-los pelo avesso, remoçando. Saiu bem mais jovem do bar, e pegou-lhe do braço. 

    No apartamento, ela apontou-lhe o banheiro e disse-lhe que o usasse sem cerimônia. Dentro de quinze minutos ele poderia entrar no quarto, não precisava bater – e o sorriso dela, dizendo isso, era uma promessa de felicidade.

    Ele nem percebeu ao certo se estava se arrumando ou se desarrumando, de tal modo que os quinze minutos se atropelaram, querendo virar quinze segundos, no calor escaldante do banheiro e da situação. Liberto da roupa incômoda, abriu a porta do quarto. Lá dentro, sua mulher e seus filhinhos, em coro com a secretária, esperavam-no cantando “Parabéns para você”.


(Carlos Drummond de Andrade. Poesia e Prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.)

A palavra destacada em “Engasgado, confessou-lhe que em parte nenhuma...” exerce a função sintática de:

Alternativas
Comentários
  • Qual é a palavra destacada?

  • Não tem nenhuma palavra destacada.

  • Provavelmente deve ser o Lhe, que tem função de Objeto Indireto .
  • pra ser objeto indireto ele deveria destacar o LHE e na questao tava tudo em negrito e sem nd destacado , acredito que muitos meteram complemento nominal de vido a Se tratar de engasgado como um adjetivo uma caracteristica


ID
5629378
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Houve erro no emprego ou não do acento indicativo de crase em:

Alternativas
Comentários
  • Alguém entendeu a pergunta ai?
  • Sueila

    Era para marcar a alternativa incorreta, em que não foi acentuada corretamente.

    A letra D está especificando a cidade " Petrópolis de seus avós", por isso deve receber a crase.

  • Quando aparecer explicitamente um substantivo feminino junto ao numeral, também se usa a crase.

    Rafael se dirigiu às duas moças e fez um aceno.

    O atendente serviu bebidas às dez primeiras pessoas que chegaram à loja.

    Acredito que tenha se enquadrado nesta regra.

    Uma questao da FUNDATEC em que ÀS DEZ PRAGAS DO EGITO era acentuada com crase acredito que tenha se enquadrado nesta regra.

  • deu a peste


ID
5629381
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção onde a concordância está INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A: Ele e tu fostes ao cinema.

    CORRETA: Quando o sujeito for composto por duas pessoas gramaticais e não houver a 1a pessoa, o verbo pode ficar na segunda ou terceira pessoa:

    B: Um e outro aluno fez o trabalho.

    CORRETA: Quando tiver a expressão 'um e outro', o verbo pode ser flexionado tanto no plural quanto no singular.

    C: A criança é minhas esperanças.

    CORRETA: O verbo concorda com o sujeito.

    D: A moca está meia triste.

    ERRADA: A palavra 'meia' é advérbio. Sendo assim, ela é invariável, devendo permanecer no masculino singular.


ID
5629384
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Considerando a Lei nº 2.174 de 16 de abril de 2015, que institui o plano de cargos, carreiras e vencimentos dos servidores da Câmara Municipal de Paty do Alferes, e dá outras providências, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas

ID
5629387
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

À luz da Lei nº 1.519 de 19 de setembro de 2008, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração direta, autárquica e fundacional do Município de Paty do Alferes, é CORRETO o que se afirma em:

Alternativas

ID
5629390
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a opção INCORRETA.

Alternativas

ID
5629393
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Segundo sua Lei Orgânica Municipal, compete ao Município de Paty do Alferes, EXCETO:

Alternativas

ID
5629396
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Compete à Mesa da Câmara Municipal de Paty do Alferes, além de outras atribuições estipuladas no Regimento Interno:


I. Enviar ao Prefeito Municipal, até o primeiro dia de maio, as contas do exercício anterior.

II. Propor ao Plenário projetos de resolução que criem, transformem e extingam cargos, empregos ou funções da Câmara Municipal, bem como a fixação da respectiva remuneração, observadas as determinações legais.

III. Declarar a perda de mandato de Vereador, de ofício ou por provocação de qualquer dos membros da Câmara, nos casos previstos na Lei Orgânica do Município.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas

ID
5629399
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Assinale a opção INCORRETA, segundo o que rege a Lei Orgânica do Município de Paty do Alferes.

Alternativas

ID
5629402
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

No Município de Paty do Alferes, perderá o mandato o vereador que:


I. Deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo em caso de licença ou de missão oficial autorizada.

II. Sofrer condenação criminal;

III. Deixar de residir no Município.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas

ID
5629405
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Considere as afirmativas seguintes acerca do Regimento Interno da Câmara Municipal de Paty do Alferes:


I. Nenhum Vereador poderá presidir reunião da comissão quando se debater ou votar matéria da qual seja autor.

II. A Bíblia Sagrada deverá ficar durante todo o tempo da sessão sobre a Mesa, à disposição de quem dela quiser fazer uso.

III. O Vereador só poderá apartear o orador se lhe solicitar e obtiver permissão, podendo permanecer de pé ou sentado ao fazê-lo.


Está CORRETO o que se afirma em:

Alternativas

ID
5629408
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

O Vereador deve apresentar-se à Câmara durante as sessões descentemente trajado, sendo obrigatório o uso do paletó e gravata para participar das sessões do Plenário, sendo-lhe assegurado, nos termos do Regimento Interno, os seguintes direitos, EXCETO:

Alternativas

ID
5629411
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Considerando o Regimento Interno da Câmara Municipal de Paty do Alferes, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas

ID
5629414
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Considere o seguinte fato contábil: pagamento antecipado de uma duplicata através de emissão de cheque e, com isso, obtendo-se um desconto financeiro. Para que, em um único lançamento, seja possível realizar o registro desse fato, deve adotar o lançamento contábil classificado como de:

Alternativas

ID
5629417
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Para ser útil, uma informação contábil financeira deve apresentar as seguintes características qualitativas:

Alternativas

ID
5629420
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

A Cia. Maera adquiriu mercadorias para revenda no valor de R$ 500.000,00 pagos à vista, em 01/05/2016. Neste valor estavam inclusos tributos recuperáveis no valor de R$ 30.000,00. Também foram pagos R$ 12.000,00 de frete. No mesmo mês, a empresa vendeu metade das mercadorias à vista por R$ 340.000,00. Sobre a operação de venda incidiu ICMS de R$ 30.000,00 e pagamento de comissão ao vendedor de R$ 9.000,00. Considerando unicamente essas informações, o valor do lucro bruto da Cia Maera no mês maio de 2016 foi de R$:

Alternativas

ID
5629423
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

São formalidades intrínsecas a serem observadas na escrituração dos livros contábeis:

Alternativas

ID
5629426
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Segundo a Teoria Personalística, as contas dos agentes correspondentes incluirá a contas de:

Alternativas

ID
5629429
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

O princípio de contabilidade que afirma a autonomia patrimonial e a necessidade de diferenciação de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, a um conjunto de pessoas, a uma sociedade ou a uma instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos, é o princípio da:

Alternativas

ID
5629432
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Segundo o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 6ª Edição, a classificação da receita por natureza é realizada por meio de um código composto por oito dígitos. Considerando que classificação genérica de determinada receita orçamentária é dada por X.Y.Z.K.AB.CD, é correto afirmar que o terceiro nível de classificação, representado pela letra “Z”, é a:

Alternativas

ID
5629435
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Segundo a Constituição Federal de 1988, cabe à LDO, dentre outras funções:

Alternativas

ID
5629438
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Sobre os créditos adicionais, julgue afirmativas a seguir e assinale a alternativa CORRETA.


I. Os créditos especiais e suplementares cujo ato de autorização houver sido promulgado no último quadrimestre do exercício poderão, até o limite dos saldos respectivos, serem reabertos e incorporados ao orçamento do exercício financeiro seguinte.

II. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.

III. Considera-se excesso de arrecadação a diferença positiva entre a receita prevista e a realizada, apurada mês a mês, considerando o mês de referência e os onze meses anteriores, considerada a tendência do exercício.

IV. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.

V. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

Alternativas

ID
5629441
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

O tipo de empenho utilizado para despesas contratuais e outras sujeitas a parcelamento é o:

Alternativas

ID
5629444
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Segundo a Constituição Federal, o controle externo do Município de Paty do Alferes cabe: 

Alternativas

ID
5629447
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

O Município de Paty do Alferes firmou um convênio com a União, especificamente com o Ministério da Infraestrutura, para reforma e pavimentação de logradouros e vias públicas municipais. A realização das obras ficaria sobre a responsabilidade do Ministério da Infraestrutura. O valor total do empreendimento foi de R$ 1 milhão, sendo 30% de recursos municipais – valores estes repassados pelo município ao Ministério da Infraestrutura, conforme cláusulas pactuadas - e 70% proveniente de recursos federais. A competência para fiscalizar a aplicação desses recursos cabe: 

Alternativas

ID
5629450
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

A compra de 100 computadores no dia 28 de dezembro, sem tempo hábil para execução do segundo estágio da despesa orçamentária (liquidação), gera, no momento do recebimento dos equipamentos, o seguinte registro contábil:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: Letra A

    a) CERTO. Dispensa comentários

    b) ERRADO. Houve violação à regra da integridade ao efetuar lançamento em diferentes naturezas de informação (4 - patrimonial e 5 - orçamentário)

    c) ERRADO. A classe 6 é de natureza de informação orçamentária, e não de controle.

    d) ERRADO. As classes 1 e 2 são de natureza de informação patrimonial, e não orçamentária.


ID
5629453
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Na Contabilidade Pública, são classificadas como variações patrimoniais qualitativas: 

Alternativas

ID
5629456
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

A execução orçamentária pode apresentar superávit, déficit ou equilíbrio orçamentário. Caso a execução orçamentária demonstre que o montante de despesas executadas superou as receitas arrecadas, teremos o déficit orçamentário. Uma possível causa do déficit orçamentário apurado no Balanço Orçamentário é:

Alternativas

ID
5629465
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal a evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, é uma informação que constará:

Alternativas

ID
5629468
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

Nos registros contábeis de uma unidade orçamentária, uma despesa fora registrada, segundo a natureza, com a codificação 3.1.90.12. Considerando os dados do registro, é possível afirmar que essa despesa:

Alternativas

ID
5629471
Banca
IAN
Órgão
Câmara de Paty do Alferes - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Não definido

A Lei de Responsabilidade Fiscal traz diversas normas relativas à prática de atos que implicarem renúncia de receita. Neste diapasão, não se considera como renúncia de receitas o ato do Chefe do Executivo que:

Alternativas