-
A discussão sobre a diferença entre ética e moral é uma das grandes temáticas da discussão filosófica sobre o assunto. Não sabemos pelo texto qual distinção é adotada pelo autor, mas podemos aplicar aquelas que sabemos e assim, verificar se serve como corpo teórico para resolução da questão. O texto leva a entender que ética e moral são a mesma coisa, o que o torna confuso. Assim, é preciso perceber que o autor direciona seu olhar para o problema de que as normas ético-morais são construções humanas, e se feitas pelos homens, esses devem cumpri-las. Todavia, na resposta, é exigido novamente um certo conhecimento sobre a diferença entre ética e moral. Muito resumidamente, vamos aqui eleger que ética seria a discussão filosófica sobre ações humanas particulares numa perspectiva universalizante e que moral seria uma discussão filosófico-histórico-social dos costumes de um povo num determinado período de tempo. Considerando esse elementos, podemos dizer que
A alternativa (a) está errada pois nada há no texto que identifique uma relação da ética com religião (o que não foi historicamente impossível), ainda porque a noção de utopia do texto diz respeito à mentalidade dos brasileiros, exclusivamente.
A alternativa (b) está errada. Em um primeiro momento, podemos pensar que está correta, sobretudo porque nos atemos às ideias de “parâmentros idealizados” e “não cumprimento das obrigações”. E de fato estaria correta se fosse somente sobre a maior parte do texto em si, todavia o início do texto traz uma advertência: trata-se de problema entre ética e moral. Encontra-se nas respostas a linha teórica da questão, que está implícita no texto subsequente: a ética é criação do homem de um modo idealizado ou mental e a moral são as ações particulares.
A alternativa (c) está errada, porque se fossem tão amplas a ponto de serem impossíveis de se executar, na Escandinávia não haveria quem assim se comporta, pois é afirmado no texto que nossos ideais éticos e morais dariam como resultado o comportamento das pessoas de lá, logo que temos os ideais de comportamento deles.
A alternativa (d) está correta, pois a lei é criada pelo homem (para si e para os outros). Se o homem a fez, ele deve segui-la. Isso lembra em certa medida o imperativo categórico kantiano, “age de tal forma que a tua máxima se torne o mais universal possível”- só que aqui as máximas são criadas pelos homens, e nãoa priori.
A alternativa (e) está errada, pois o autor da questão compara brasileiros e noruegueses, uns não praticam suas leis, outros praticam. O elemento em comum está nas leis, que para ambos teriam sido criadas por seus povos e esses devem segui-las. Se um povo pode, o outro também deve poder. Assim, não haveria sentido em falar aqui em que somente aqueles que se dedicam teriam condições para cumprir a lei. Essa parece ser a lógica do texto.
-
A questão é péssima; a alternativa "D" não constitui a especificidade das normas morais, e pode referir-se igualmente, ou até mais, às normas jurídicas.
-
Realmente!
-
resposta D poderia facilmente ser confundida com o conceito de Etica
-
é evidente, grande confusão; entre o conceito de ética e moral .
-
Temática clássica das aulas de Filosofia ética no Ensino médio, conceito de Ética e Moral: (Ações e comportamentos).
-
Com relação à reflexão proposta pela questão, primeiramente, temos de saber reconhecer o que é moral a partir do conceito constituído (criado) pela filosofia. Observe que nas últimas avaliações feitas pelo ENEM, os conceitos de moral e ética transitam por todas as questões que tratam dos problemas políticos e sociais comportamentais.
Vejamos a diferença entre moral e ética:
Em tese, moral diz respeito ao conjunto de valores, práticas, normas e regras aceitas por um corpo social. Já a ética, diz respeito a ação individual ou coletiva acerca dos padrões morais. Sendo assim, a ética é uma ação critica junto à moral.
Referente à questão, quando destaca que “o distanciamento entre ‘reconhecer’ e ‘cumprir’ efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano…”, verificamos que mesmo toda uma estrutura de valores comportamentais constituída, ainda há uma “nuvem de fumaça” quando os indivíduos ou grupos sociais questionam ou se questionam dadas as circunstâncias. Parte- se da reflexão de que todos nós somos responsáveis, então, pela organização e manutenção dos padrões morais. Nesta perspectiva, a alternativa D é a mais adequada a este contexto.
-
resumo:
A alternativa (a) está errada pois nada há no texto que identifique uma relação da ética com religião (o que não foi historicamente impossível), ainda porque a noção de utopia do texto diz respeito à mentalidade dos brasileiros, exclusivamente.
A alternativa (b) está errada. Em um primeiro momento, podemos pensar que está correta, sobretudo porque nos atemos às ideias de “parâmetros idealizados” e “não cumprimento das obrigações”. E de fato estaria correta se fosse somente sobre a maior parte do texto em si, todavia o início do texto traz uma advertência: trata-se de problema entre ética e moral. Encontra-se nas respostas a linha teórica da questão, que está implícita no texto subsequente: a ética é criação do homem de um modo idealizado ou mental e a moral são as ações particulares.
A alternativa (c) está errada, porque se fossem tão amplas a ponto de serem impossíveis de se executar, na Escandinávia não haveria quem assim se comporta, pois é afirmado no texto que nossos ideais éticos e morais dariam como resultado o comportamento das pessoas de lá, logo que temos os ideais de comportamento deles.
A alternativa (d) está correta, pois a lei é criada pelo homem (para si e para os outros). Se o homem a fez, ele deve segui-la. Isso lembra em certa medida o imperativo categórico kantiano, “age de tal forma que a tua máxima se torne o mais universal possível”- só que aqui as máximas são criadas pelos homens, e nãoa priori.
A alternativa (e) está errada, pois o autor da questão compara brasileiros e noruegueses, uns não praticam suas leis, outros praticam. O elemento em comum está nas leis, que para ambos teriam sido criadas por seus povos e esses devem segui-las. Se um povo pode, o outro também deve poder. Assim, não haveria sentido em falar aqui em que somente aqueles que se dedicam teriam condições para cumprir a lei. Essa parece ser a lógica do texto.
-
Letra D
Estar sendo abordado o grande paradoxo existente na sociedade brasileira, o fato de todos saberem o que é certo e errado e ainda assim, por vezes, optarem por agir de forma errada. Um outro aspecto importante, e que de certa forma explica o porque desse paradoxo, é que as leis vigentes sao sempre criadas pelos homens e estes tendem a nao fazer o correto.
-
Alternativa "A" está incorreta. A ética é uma reflexão; as normas decorrentes da vontade divina referem-se à moral religiosa.
Alternativa "B" está incorreta. A ética é o campo da ação, pensar sobre o sentido das regras é ter como horizonte a obrigação de cumprir o que deve ser feito.
Alternativa "C" está incorreta (vaga). Essa alternativa não está necessariamente errada, mas a seguinte expressa o que está no texto de apoio.
Alternativa "D" está correta. Essa alternativa explica o que são normas morais e expressa a ideia de que os brasileiros aprovam regras éticas, ou seja, eles as concedem a si mesmos.
Alternativa "E" está incorreta. A ética e a moral vão além das regras jurídicas.
Gabarito: D
-
O terraplanismo da Ciência Política brasileira é a ideia de que o atraso do país decorre da corrupção.
Esse tipo de pauta moral serve a certos interesses e escamoteia graves problemas sociais, a exemplo da inaceitável desigualdade (de gênero, de cor, de estrato social e de tantas outras) que impera no país.