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Prova IDIB - 2020 - Prefeitura de Jaguaribe - CE - Professor - História


ID
5065966
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I 

Mário Sérgio Cortella


   O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais profundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.

   A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

   Por isso, quando alguém diz “Fiquei muito satisfeito com você” ou “Estou muito satisfeita com seu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é alguém dizer “seu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música, etc) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas”.

   Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, nos deixa insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, permanece um pouco apoiado no colo e nos deixa absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?

   Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.

   Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer, etc), ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: Por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.

   Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar. 

   Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…

   Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo. Eu, no ano 2013, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, não no presente. Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…


Disponível em https://www.pensador.com/autor/mario_sergio_cortella/.

Com base no TEXTO I, do professor e filósofo Mário Sérgio Cortella, analise as afirmativas a seguir:

I. Quando nos sentimos confortáveis com a maneira como as coisas já estão, temos mais disposição para exercer o nosso lado altruísta e empático, imobilizando-se na acomodação.
II. Quando tudo está perfeito em nossas vidas e a satisfação chega ao seu auge, não há espaço para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. III. A insatisfação deveria ser considerada algo positivo, já que nos instiga a fazer melhor, a ter novas ideias, a modificar aquilo que não estava bom.
IV. Quanto mais velha a pessoa fica, mais experiência e conhecimento ela adquire, e menos mudanças e novidades ela aceita.

É correto o que se afirma

Alternativas
Comentários
  • Já que o amigo nao ajudou eu ajudo, resp. letra B.


ID
5065969
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I 

Mário Sérgio Cortella


   O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais profundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.

   A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

   Por isso, quando alguém diz “Fiquei muito satisfeito com você” ou “Estou muito satisfeita com seu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é alguém dizer “seu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música, etc) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas”.

   Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, nos deixa insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, permanece um pouco apoiado no colo e nos deixa absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?

   Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.

   Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer, etc), ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: Por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.

   Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar. 

   Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…

   Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo. Eu, no ano 2013, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, não no presente. Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…


Disponível em https://www.pensador.com/autor/mario_sergio_cortella/.

O texto de Mário Sérgio Cortella é classificado, de acordo com suas características linguísticas, estruturais e textuais, como sendo

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    manifesto é um gênero textual dissertativo, de cunho político, cultural ou social, que visa a expressar o ponto de vista de um ou mais autores para um grande público, com intuito de sensibilizá-lo ou convencê-lo. 

    Sua estrutura divide-se em título, corpo do texto e assinatura. Sua linguagem deve estar adequada ao seu público, garantindo a acessibilidade e compreensão do conteúdo. Um dos mais conhecidos textos desse gênero é o “Manifesto antropófago”, que defende uma cultura nacional com direito à mestiçagem.

    carta aberta é um gênero textual com função de direcionar alguma mensagem, questionamento ou solicitação de determinado indivíduo ou grupo para alguma pessoa ou organização de reconhecimento público. Por meio desse texto, o autor procura defender um ponto de vista e convencer não apenas o destinatário, como também o público que tiver acesso à carta.

    A estrutura desse gênero se assemelha às das cartas pessoais, mas possui um caráter argumentativo, tendo em vista que sempre defende uma opinião. Desse modo, a carta aberta se estrutura de modo estratégico, para convencer o autor e demais leitores a respeito da sua opinião, configurando-se, assim, em um gênero textual público.

    Resenha crítica

    A resenha crítica é um modelo de trabalho acadêmico, cujo objetivo principal é analisar e interpretar um texto, um livro completo ou um capítulo específico do livro.

    Ela também serve como um ótimo instrumento para desenvolver outros trabalhos acadêmicos.

  • Que Texto.


ID
5065972
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I 

Mário Sérgio Cortella


   O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais profundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.

   A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

   Por isso, quando alguém diz “Fiquei muito satisfeito com você” ou “Estou muito satisfeita com seu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é alguém dizer “seu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música, etc) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas”.

   Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, nos deixa insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, permanece um pouco apoiado no colo e nos deixa absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?

   Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.

   Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer, etc), ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: Por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.

   Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar. 

   Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…

   Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo. Eu, no ano 2013, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, não no presente. Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…


Disponível em https://www.pensador.com/autor/mario_sergio_cortella/.

No período “Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância...”, as conjunções destacadas estabelecem, respectivamente, entre as orações, as ideias de

Alternativas
Comentários
  • gaba C

    Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância...”

    e → conjunção aditiva

    todavia → conjunção adversativa (podendo ser substituída por 'no entanto', 'contudo', 'mas', 'porém'

    pertencelemos!

  • e - conjunção coordenativa aditiva

    todavia - conjunção subordinativa adverbial adversativa.

    Vale lembra que os conectivos que introduzem as orações coordenadas adversativas devem ser precedidos por pontuação (. , ;).

  • ADITIVAS

    • Ideia de soma;
    • E, nem (e não), bem como, Não só... como também/ mas também/ mas ainda, não apenas, além de, não somente...,tanto quanto, tampouco = também não.; nem... nem, Não só....( apenas somente).

    ADVERSATIVAS

    • Ligam palavras ou orações com sentido de contraste, ressalva, oposição, quebra de expectativa;
    • Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, não obstante, no entanto.

    LETRA C ✅


ID
5065975
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I 

Mário Sérgio Cortella


   O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais profundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.

   A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

   Por isso, quando alguém diz “Fiquei muito satisfeito com você” ou “Estou muito satisfeita com seu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é alguém dizer “seu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música, etc) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas”.

   Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, nos deixa insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, permanece um pouco apoiado no colo e nos deixa absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?

   Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.

   Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer, etc), ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: Por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.

   Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar. 

   Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…

   Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo. Eu, no ano 2013, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, não no presente. Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…


Disponível em https://www.pensador.com/autor/mario_sergio_cortella/.

Na oração “Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa...”, a vírgula foi empregada corretamente, pois está separando

Alternativas
Comentários
  • gaba A

     “Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa...”

    o termo grifado é um adjunto adverbial deslocado de grande extensão, tornando a vírgula obrigatória.

    pertencelemos!

  • Assertiva A

    um adjunto adverbial antecipado ou intercalado entre o discurso. =  “Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa.."

  • O termo se trata de adjunto adverbial deslocado de grande porte (formado por três ou mais palavras), que torna o uso da vírgula obrigatório.

  • Adjunto Adverbial de grande extensão

    #cremerj2021

  • falar que é um Adjunto Adverbial  é facil, ninguem falou o qual o sentido desse adjunto.

  • BIZU

    "Diante dessa realidade"

    Se não há verbo, não pode ser uma oração adverbial , se encaixa como Adjunto Adverbial.

  • Pelo fato de vc saber que não se separa por vírgula as orações subordinadas, já consegue eliminar as absurdas. Então analise bem, com cuidado, se vc estudou e sabe vc vai acertar, apenas vá com cautela.


ID
5065978
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I 

Mário Sérgio Cortella


   O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “O animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais profundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.

   A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

   Por isso, quando alguém diz “Fiquei muito satisfeito com você” ou “Estou muito satisfeita com seu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é alguém dizer “seu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música, etc) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas”.

   Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, nos deixa insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, permanece um pouco apoiado no colo e nos deixa absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?

   Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.

   Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, emagrecer, etc), ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: Por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.

   Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais se é refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar. 

   Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…

   Isso não ocorre com gente, mas com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta e vai se fazendo. Eu, no ano 2013, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado, não no presente. Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…


Disponível em https://www.pensador.com/autor/mario_sergio_cortella/.

Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim¹; (...) afinal de contas, não nascemos prontos e acabados²...”. Entre a primeira e a segunda oração, pode-se inserir uma conjunção para deixar mais clara a ideia que essas orações mantêm entre si. Ciente disso, assinale a alternativa que apresenta a conjunção que consegue manter a intenção comunicativa de Cortella nesse trecho.

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    “Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim, já que, afinal de contas, não nascemos prontos e acabados...”. Causa

  • Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto,  que, desde que, etc.

    (www.soportugues.com)

  • "Já que" é uma conjunção subordinativa adverbial causal.


ID
5065996
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

O Censo Demográfico do IBGE em 2010 identificou que o município de Jaguaribe-CE apresenta taxa de mortalidade infantil média na cidade de 14,37 para 1.000 nascidos vivos. Considerando essa afirmação, assinale a alternativa que representa a interpretação correta sobre os dados demográficos e geográficos sobre essa realidade de Jaguaribe.

Fonte: IBGE Cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/jaguaribe/panorama

Alternativas

ID
5065999
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Jaguaribe, apesar de ser conhecida como a terra do queijo coalho, ainda apresenta outras atrações turísticas que caracterizam e atribuem forte identidade ao município sertanejo. Dentre essas atrações, assinale a alternativa que representa o lugar e os tipos de práticas comuns que atuam como atração para turistas regionais.

Alternativas

ID
5066002
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Ao considerar as características fisiográficas do território do município de Jaguaribe, uma grande unidade geológica está situada adjacente à mancha urbana, participando da dinâmica climática local, sobretudo na circulação dos ventos e da chegada de umidade. Partindo da descrição, assinale a alternativa que representa o tipo, unidade, localização e formas de relevo correspondente.

Alternativas

ID
5066005
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Leia o trecho a seguir:


Para entender o conflito pelo uso da água do açude Joaquim Távora, precisa-se voltar no tempo. A problemática do conflito teve início a partir de 1993, quando o açude passou por grande crise de aporte hídrico, chegando a secar totalmente. Em julho de 2004, os moradores de Feiticeiro realizaram uma manifestação onde estiveram presentes mais de 200 pessoas do distrito, entre moradores, irrigantes, estudantes e outros, reivindicando junto a COGERH a não liberação da água pela estrutura de saída do reservatório. A partir desse período, a comunidade de Feiticeiro soldou a estrutura de saída do reservatório impedindo possíveis liberações de água.


Fonte: FREITAS, H. O conflito de uso da água do açude Joaquim Távora. Universidade Federal do Ceará. Dissertação de Mestrado. 74f. 2013. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/11445.


De acordo com o trecho destacado por H. Freitas (2013, p. 37), os conflitos pela água em Jaguaribe que envolvem o açude Joaquim Távora ocorrem

Alternativas

ID
5066008
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Jaguaribe, como muitas cidades brasileiras, atrai turistas regionais, movimentados pelo turismo. Atribua V, para verdadeiro, ou F, para falso, considerando as denominações a seguir acerca da fama de Jaguaribe:

( ) Terra do Boi Gordo e da Carne de Sol
( ) Terra da Renda Filé
( ) Terra do Sol Sertanejo
( ) Terra do Queijo Coalho

Assinale a alternativa que contém a sequência correta, no sentido de cima para baixo.

Alternativas

ID
5066011
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Em qual data é celebrada a festa da padroeira do município de Jaguaribe?

Alternativas

ID
5066020
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

A respeito dos municípios limítrofes com o município de Jaguaribe e suas respectivas localizações considerando as direções cardeais, assinale a alternativa que contém as posições geográficas corretas.

Alternativas

ID
5066023
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História e Geografia de Estados e Municípios
Assuntos

Leia o trecho a seguir:


No conjunto, pode-se atribuir a ocorrência efetiva de áreas em processo de desertificação nos sertões do médio Jaguaribe, tendo como área nuclear o município de Jaguaribe que apresenta um total de 37,76% dos 1.876,79 km² da extensão municipal com evidências do processo de desertificação. Para se chegar à conclusão de que o cenário apresentado no município de Jaguaribe é mesmo desertificação, fez-se uso do conceito oficial expresso no PAN-Brasil, que apesar de ser alvo de críticas e ainda, por vir a juntar-se aos mais de cem conceitos registrados na literatura mundial; subsidiou o entendimento deste processo durante o desenvolvimento desta pesquisa, concretizando, desta forma, as evidências de desertificação. 


Fonte: GUERRA, M. et al (2011). Desertificação em áreas semiáridas do

nordeste brasileiro: o caso do município de Jaguaribe, Ceará. In: Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA, v. especial VIII SINAGEO, n. 2, Set.

2010, p. 67-80.


O processo de desertificação dos solos jaguaribanos está diretamente associado às atividades econômicas desempenhadas no município. Assinale a alternativa que apresenta a atividade que contribui fortemente para esse processo.

Alternativas
Comentários
  • O uso intensivo nessas áreas, causado pela agricultura e pecuária.


ID
5076931
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o trecho a seguir, escrito por A. Ribeiro (2011):

Anísio Teixeira, na apresentação de O processo civilizatório (RIBEIRO, 2001, p. 13), também faz referência ao fato da obra ter sido escrita a partir do terceiro mundo, sem que tal condição impusesse a Darcy Ribeiro alguma espécie de subordinação mental. Anísio observava ainda, em seu texto introdutório, que, nos círculos intelectuais brasileiros, persistia, de um lado, o tom irônico e quase leviano daqueles que preferem não se levar tão a sério para escapar ao que veriam como ridículo, afinal, diriam: o Brasil não é sério. Uma humildade, para Anísio Teixeira, mal-contada, que impedia efetivamente a participação autônoma da nação no debate internacional; de outro lado, reconhecia, entre nossos intelectuais, uma soberana arrogância dos que se consideram superior ao meio ambiente onde nasceram, a mesma prepotência com que encaram essa choldra que é seu país (Ibid., p. 13). 

(Fonte: RIBEIRO, Adelia. Darcy Ribeiro e o enigma Brasil: um exercício
de descolonização epistemológica. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
69922011000200003&script=sci_arttext Acesso em 19 set. 2020)

A discussão proposta por A. Ribeiro (2011) sobre os círculos intelectuais brasileiros indica um histórico problema epistemológico e mesmo de formação sociohistórica do país. Esse problema justifica-se pelo:

Alternativas

ID
5076937
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O continente africano demarca o início da civilização humana, na sua fronteira situada no extremo nordeste do continente, na porção oriental da planície do Rio Nilo. Com mais de 5.000 anos de histórias de civilizações, o enorme continente foi povoado por distintas bases étnicas, que compartilhavam de matrizes culturais, religiosas, políticas e morais diferentes. No século VII, um importante evento que tomou parte do norte africano, nas regiões do Egito, Líbia, Tunísia, Marrocos e Argélia, marcaram a mudança civilizacional que influenciaria em todo arranjo territorial africano dali em diante, desdobrando-se em diferentes impérios e califados. Com base nesse trecho, assinale a alternativa a seguir que marca corretamente um dos principais Impérios pré-invasão europeia que reinou sobre o território africano.

Alternativas

ID
5076940
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o trecho a seguir, sobre “O Inventário Urbano do Quarto Século”, escrito por L. Mumford (1961):

O primeiro inventário abrangente do conteúdo de Roma infelizmente é tardio, encontrado em uma pesquisa oficial datada de 312-315. No entanto, a mera listagem do conteúdo ajuda a preencher a obscuridade das ruínas sobreviventes. São elas: 6 obeliscos, 11 banheiros públicos, 19 canais de água, 2 circos, 2 anfiteatros, 3 teatros, 28 bibliotecas, 4 escolas para gladiadores, 5 clubes náuticos para competições marítimas, 36 arcos de mármore, 37 portões, 290 armazéns, 254 padarias públicas, 1.790 palácios, 46.602 casas de hospedagens (cortiços).  

(Fonte: MUMFORD, Lewis. Megalopolis into necropolis, Fourth Century
Urban Inventory. In: The city in history, 1989, p.235-236

O livro de L. Mumford é uma incursão na história da Idade Antiga até a Idade Moderna. Sobre a configuração de Roma, é possível, no trecho destacado por Lewis:

Alternativas

ID
5076943
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O Brasil vem sendo objetos de estudo sistemático por historiadores e sociólogos desde o século XIX, quando fundase o IHGB (Instituto Histórico-Geográfico Brasileiro), sediado na cidade do Rio de Janeiro, capital do Império. Muitos importantes nomes da literatura histórica e historiográfica nacional passaram a compor o quadro de estudos sobre o país, oferecendo-nos uma interpretação sobre o que é o Brasil. Sabendo disso, relacione corretamente os autores aos principais conceitos elaborados em suas respectivas obras:

A Democracia Racial.
B Complexo de Vira-Lata.
C Homem Cordial.
D Redescoberta do Brasil.

( ) Caio Prado Jr.
( ) Nelson Rodrigues.
( ) Sérgio Buarque de Holanda.
( ) Gilberto Freyre.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta.

Alternativas

ID
5076949
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia a letra da canção a seguir, Matais de Incêndio:


 Cantiga*


Tiple a Duo

Matais de incendios meu Lindo ay Le Le

porq' hum sol me pareceis não me mateis

deyxay q eu goze essas Luzes ay Le Le

meo amor não me mateis.

Hey de chegar me aos incendios ay Le Le

inda q rayos vibreis.

Mas se a vos me chego amante ay Le Le

meo amor não me mateis.

Para abrazar coraçoins ay Le Le

as palhinhas acendeis.

O meu por vos ja se abraza ay Le Le

meu amor não me mateis.

Suspendey menino o pranto ay Le Le

mais menino não choreis.

Ora fazey me a vontade ay Le Le

meo amor não me mateis. 


(Fonte: Disponível em:

http://www.rem.ufpr.br/_REM/REMv1.2/vol1.2/mogi.html Acesso em 18 set

2020)

A letra da canção representa a musicalidade de um período histórico brasileiro. Marque a alternativa compatível ao tipo de representação social que a música reflete:

Alternativas

ID
5076955
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O artigo Historiografia e História da Historiografia: alguns apontamentos, de C. Cordeiro (2015), tece comentários importantes sobre esse assunto, caro para a disciplina de História. Leia com atenção: 

Neste sentido, torna-se mister, caso se intente fazer um trabalho sobre história da historiografia que vá além de um mero manual bibliográfico, ir atrás do contexto de produção das obras históricas com as quais se pretende trabalhar. Isso significa compreender que o trabalho da narrativa sempre foi e sempre será o de “ordenar, dar forma e tornar significativo um conjunto disperso de experiências e vivências” (GUIMARÃES, 2006:47), sem lançar mão de um horizonte de expectativas. Essa forma mais “reflexiva” de se lidar com a escrita do passado vai ao encontro do que propõem Manoel Guimarães, Jurandir Malerba e Valdei Lopes em suas ponderações sobre a historiografia e a história da historiografia.

 (CORDEIRO, Cecília. Historiografia e História da Historiografia: alguns
apontamentos. In: Anais do XXVIII Simpósio Nacional de História,
Florianópolis, SC, 2015, p. 13).

De acordo com o trecho do artigo de C. Cordeiro (2015), a história da historiografia tem relevância para que os historiadores:

Alternativas

ID
5076958
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sobre o Período Regencial Brasileiro (1831-1840), analise com atenção as informações a seguir e marque V, para Verdadeiro, e F, para Falso.

( ) Teve por objetivo principal promover a descentralização do poder brasileiro, quebrando a unidade nacional.
( ) Provocar a substituição do governo centrado na Coroa Portuguesa para a Coroa Britânica, o que justifica a chegada das indústrias britânicas e os investimentos a partir de 1850.
( ) Foi composta pela pressão de três grupos principais: os liberais exaltados, os liberais moderados e os conservadores liberais, que pressionavam D. Pedro I para que mudasse a capital nacional de Salvador para o Rio de Janeiro.
( ) Pode ser periodizada em Regência Trina Provisória (1831-1832), Regência Trina Permanente (1832- 1835), Regência Duo (1835-1837) e Regência Uma (1837-1840).

Assinale a alternativa que contém a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • O principal objetivo do Período Regencial foi promover a descentralização do poder brasileiro, quebrando a unidade nacional?

  • Achei esquisita essa 1º afirmação, dado que durante o período regencial houve num primeiro momento uma gestão mais liberal do governo, durante a regência de Feijó e num segundo momento houve a presença de Araújo Lima, ligado a setores mais conservadores. Logo, achei forçado dizer que o projeto da regência foi a quebra da unidade nacional, visto que o período experimentou medidas das duas partes, ora conservadora, ora liberal.

  •  Teve por objetivo principal promover a descentralização do poder brasileiro, quebrando a unidade nacional. forçado essa

  • hã? ''Teve por objetivo principal promover a descentralização do poder brasileiro, quebrando a unidade nacional.''

    Esqueceram do grupo dos liberais moderados? os quais eram a favor da CENTRALIZAÇÃO do poder.

    E outra, o grupo dos liberais exaltados, os quais eram a favor da DESCENTRALIZAÇÃO do poder, posteriormente se unem a força da centralização.

    Ou seja, questão passível de recurso.

  • O principal objetivo do período regencial foi garantir a legitimidade do D.Pedro II a subir como governante quando tivesse a idade certa.

    Aliás, duvido muito que era "quebrar" a unidade nacional, porque os regentes queriam o contrário uma vez que sofreram por todos os lados as pressões das províncias através de revoltas separatistas.

    Questão muito mal elaborada, daria um recurso legal aí.

    Gabarito D

  • Quando D. Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, o jovem Pedro de Alcântara contava com apenas 5 anos de idade. Dada sua impossibilidade de assumir a condução do Império, foi seguido o que ditava a Constituição de 1824: um grupo de políticos, chamados de regentes, assumiram o governo até que o jovem príncipe atingisse a maioridade. Devido a isso, o período que vai de 1831 até 1840 ficou conhecido como período regencial.


ID
5076961
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia a letra da canção, Apesar de você (1970), composta e interpretada por Chico Buarque,


 Apesar de você

Amanhã há de ser

Outro dia

Inda pago pra ver

O jardim florescer

Qual você não queria

Você vai se amargar

Vendo o dia raiar

Sem lhe pedir licença

E eu vou morrer de rir

Que esse dia há de vir

Antes do que você pensa 


Fonte: Letras. Disponível em: https://www.letras.mus.br/chicobuarque/7582/ Acesso em 19 set 2020. 

A letra da canção de Chico Buarque é:

Alternativas
Comentários
  • Em 1970 a ditadura estava em seu age da repressão. Em 1968 tinha sido imposto o AI-5 pelo Gen Costa e Silva que foi o Ato mais rigoroso de toda Ditadura Militar.

    Gab C

  • Apesar de acertar a questão quero levantar um ponto intrigante: as músicas ganharam tamanho destaque no que diz respeito às críticas ao regime autoritário justamente por possuírem um caráter subjetivo.

    Ao analisar a letra da canção, caso não fosse dado o contexto social, poderíamos, perfeitamente, encaixá-la em um "caso de amor". E este é o ponto crucial: as músicas "camuflavam-se", pois não era claro o que queria se dizer.

    Isso posto, quero enfatizar que a questão ao trazer o seguinte trecho "C) A crítica direta à repressão do Governo Militar..." peca utilizando o termo acima destacado, pois, por mais que se soubesse que era uma crítica à Ditadura, ela não era realizada de maneira direta, mas sim indireta.


ID
5076970
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Leia o trecho a seguir, de Gilberto Freyre, retirado da obra China Tropical (2011, p. 184-185):

Por que chamar-se o Brasil “China tropical” quando, a não ser por sua extensão territorial, pelo seu poder de absorção cultural e por alguns traços orientais que podem ser encontrados na civilização brasileira, nosso país é tão diferente tanto da antiga quanto da moderna China? Provavelmente porque sempre houve no Brasil algo de oriental contrastando com suas características ocidentais, algo “mouro” – como já se demonstrou em capítulo especialmente dedicado ao assunto, a propósito de sua arquitetura – em contraste com os traços romanos ou latinos: algo, enfim, diferente da América republicana (...) Possivelmente também contribua para certa semelhança do Brasil com a China a atual tendência por parte de grande número de brasileiros para considerar suas florestas tropicais amazônicas e, tudo aquilo que elas contêm, em especial o petróleo e os minerais, como valores quase que sagrados, que só devem ser tocados pelos próprios brasileiros.

(FREYRE, Gilberto. Por que China Tropical? In: China tropical / Gilberto
Freyre, 2011, Global Editora, p. 183-184).

A relação que Gilberto Freyre estabelece entre Brasil e China, reforça uma visão:

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ID
5076979
Banca
IDIB
Órgão
Prefeitura de Jaguaribe - CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o trecho a seguir:

Esse ‘quadro’, objeto da “nova política da oferta da esquerda”, opõe-se aos “últimos anos de laissez-faire [em francês no texto] neoliberal”, que são qualificados de ultrapassados. Vemos aqui como a interpretação equivocada do neoliberalismo permite a construção de uma falsa oposição e compreendemos também que, com essa premissa, o manifesto desenvolve, na prática o conjunto de argumentação autenticamente neoliberal: custo excessivamente elevado do trabalho, gastos públicos muito grandes, primazia perigosa dos direitos sobre as obrigações e confiança excessiva na gestão da economia pelo governo. Esse manifesto da esquerda moderna traduz particularmente bem o que chamamos aqui de “racionalidade neoliberal”. 

(DARDOT & LAVAL, A grande virada. In: A nova razão do mundo / Pierre
Dardot & Christian Laval, 2016, p.234-235)

As constatações feitas por P. Dardot & C. Laval (2016), indicam o contexto:

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