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Prova IF-MS - 2019 - IF-MS - Professor - Português e Inglês


ID
2951560
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul faz parte da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, que possui uma relevância histórica para a educação brasileira. A respeito da criação da Rede Federal, analise os fatos históricos dispostos nas proposições abaixo e assinale a alternativa correta:


I. Ano de 1909 – Surgiram as Escolas de Aprendizes e Artífices, por meio do Decreto nº 5.154, de 23 de setembro de 1909, destinadas ao ensino profissional, primário e gratuito.

II. Ano de 1941 – Surgiram várias leis que remodelaram o ensino no país, conhecidas como a Reforma Capanema. O ensino profissional passou a ser considerado de nível médio, o ingresso nas escolas industriais passou a depender de exames de admissão e os cursos foram divididos em quatro níveis, correspondentes aos dois ciclos do novo ensino médio.

III. Ano de 1942 – As Escolas de Aprendizes e Artífices foram transformadas em Escolas Industriais e Técnicas, por meio do Decreto nº 4.127, de 25 de fevereiro de 1942, e passaram a oferecer a formação profissional em nível equivalente ao do secundário.

IV. Ano de 1959 – As Escolas Industriais e Técnicas foram transformadas em autarquias, passando à denominação de Escolas Técnicas Federais, com autonomia didática e de gestão.

V. Ano de 1978 – As Escolas Técnicas Federais do Paraná, Minas Gerais e São Paulo foram transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica e receberam mais uma atribuição: formar engenheiros de operação e tecnólogos.

Alternativas
Comentários
  • a) Em 1909, o Presidente Nilo Peçanha criou as Escolas de Aprendizes Artífices, destinadas “aos pobres e humildes”, e instalou dezenove delas, em 1910, nas várias unidades da Federação. DECRETO Nº 7.566, DE 23 DE SETEMBRO DE 1909. ERRADA

    b) com ascendência ao Ministério de Gustavo Capanema, e a realização da reforma com nome do próprio ministro, vigorou uma série de leis; como por exemplo, a transformação quando o ensino profissional passou a ser considerado de nível médio, as escolas industriais passa a depender de exames de admissão, os cursos são divididos em dois níveis: curso básico industrial, artesanal, de aprendizagem e de mestria, o segundo, curso técnico industrial. ERRADA (fonte: 35 Revista Húmus - ISSN: 2236-4358 Mai/Jun/Jul/Ago. 2013. Nº 8. ENSINO TÉCNICO: UMA BREVE HISTÓRIA Francisco da Silva Paiva).

    c) e d) certas.

  • PERIODIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL

    Período 1 Atuação até o nível médio

    1ª fase 1909 a 1942: Escolas de Aprendizes Artífices; 1937 - Liceus Industriais; 1942 - Escolas Técnicas e Industriais

    Período 2 Atuação até o nível superior

    2ª fase 1959 a 1978: 1959 - Escolas Técnicas Federais 1978 - Criação dos Centros Federais de Educação Tecnológicas – 1º CEFET

    3ª fase 1994 a 2004: - 1993 a 2004- Os Cefetinhos 2008

    4ª fase 2008 a 2009 : - Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia

  • Sério que a I tá errada só por causa do número do decreto?


ID
2951563
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 − conhecida como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) −, já sofreu alterações durante os seus mais de vinte anos de vigência. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa que NÃO condiz com o texto da LDB e suas alterações.

Alternativas
Comentários
  • Gab.E

    Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes formas:           

    I - articulada com o ensino médio;          

    II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio.          

    Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá observar:            

    I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação;            

    II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino;           

    III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto pedagógico.          

  • [...] concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se obrigatoriamente a matrícula única[...]

  • Deu ate sono...

  • Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes formas:           

    I - articulada com o ensino médio;          

    II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio 

    Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá observar:

    I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação;

    II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; 

    III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto pedagógico.

    Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de forma:         

    I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno;         

    II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:         

    a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis;         

    b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis;          

    c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado.        

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

  • Demorei 3 dias pra ler

  • A educação profissional técnica de ensino médio será :

    Articulada com o Ensino médio:

    a) Integrada: Matrícula única.

    b) Concomitante: Matrícula distinta.

    Subsequente ao Ensino médio.

    Para quem já tenha concluído o Ensino médio.

    Gabarito:E

  • Questão tão comprida que me aposentei... não, pera

  • Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida nas seguintes formas:

    I - articulada com o ensino médio;

    II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio;

    Art. 36-C.

    III - integrada, oferecida a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno;

    IV - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:

    a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis;

    b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis;

    c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado.

  • Que falta de criatividade....uma lei tão extensa... cansei..ufffa

  • Eu fiz essa prova la no MS, a prova toda foi super cansativa. kkkkkkkkkkkk

  • Algumas questões assim, podem facilmente ser resolvidas se lermos apenas o final dos excertos. .. Isso e tática de banca para vc cansar. Textos longos assim comecem pelo final do texto

  • 10 horas de prova? Se todas as questões forem assim... Só pode!

  • Ufa, questão enorme

  • Longaaa aff

  • o erro está em  "IV - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se obrigatoriamente a matrícula única para o curso,"

    o certo seria "II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)"

    matrículas distintas, não matrículas únicas, questão correta é a E

    disponível em: https://www.cpt.com.br/ldb/da-educacao-profissional-tecnica-de-nivel-medio

  • Questão horrível.

  • Questão horrível.

  • Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de forma:         

    I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno;         

    II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:         

    eis o artigo correto.


ID
2951566
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Cabe a todo servidor público conhecer os requisitos legais que disciplinam a atuação profissional, com vistas a manter uma conduta adequada à administração pública. Dentre as principais normativas, temos a Lei nº 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais; e o Decreto nº 1.171/1994, que aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Tendo-os como parâmetro, analise as alternativas abaixo e assinale a correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 116 Lei 8.112/90.  São deveres do servidor:

        XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

           Parágrafo único.  A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

  • A publicidade do ato poderá ser restringida nos casos de SII  - logo não é todo e qualquer ato:

    S - SEGURANÇA NACIONAL

    I - INVESTIGAÇÕES POLICIAIS

    I - INTERESSE SUPERIOR DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

    "nada é absoluto! até mesmo essa afirmação (...)"

  • a- art 116, XII

    b- Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

    c- Advertência, suspensão e demissão são penalidades previstas no Regime Jurídico Único.E acrescento que tem também cassação de aposentadoria e disponibilidade, destituição de cargo em comissão e função comissionada.Já no Código de Ética do Servidor Público a "pena" é censura, apenas.

    d- O erro está em todo, pois há exceções. Nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública o processo é declarado sigiloso.

    e- é dever do servidor abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei


ID
2951569
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, de “1909 a 2002 era constituída por 140 escolas técnicas no país. Entre 2003 e 2016, o Ministério da Educação concretizou a construção de mais de 504 novas unidades referentes ao plano de expansão da educação profissional, totalizando 644 campi em funcionamento”, garantindo, inclusive, a interiorização demográfica da oferta de vagas (MEC, 2017). No contexto da expansão da Rede Federal, jovens e adultos de todos os estados brasileiros tiveram ampliadas as oportunidades de ingresso em cada um dos 38 Institutos Federais existentes, que foram intensificadas pela Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Com base na referida lei, regulamentada pelo Decreto nº 7.824, de 11 de outubro de 2012, e implementada de acordo com as Portarias Normativas nº 18, de 11 de outubro de 2012, e nº 9, de 5 de maio de 2017, instituídas pelo Ministério da Educação, analise as assertivas a seguir e indique a alternativa correta:

I. As instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 30% (trinta por cento) de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o fundamental e médio em escolas públicas.

II. As instituições federais de ensino técnico de nível médio reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso em cada curso, por turno, no mínimo 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para estudantes que cursaram integralmente o ensino fundamental em escolas públicas.

III. No caso de não preenchimento das vagas reservadas aos autodeclarados pretos, pardos e indígenas e às pessoas com deficiência, aquelas remanescentes serão preenchidas pelos estudantes que tenham cursado integralmente o ensino fundamental ou médio, conforme o caso, em escolas públicas, observadas as reservas realizadas em mesmo nível ou no imediatamente anterior.

IV. No prazo de vinte anos, a contar da data de publicação da Lei nº 12.711/2012, será promovida a revisão do programa especial para o acesso às instituições de educação superior de estudantes pretos, pardos e indígenas e de pessoas com deficiência, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

V. Em cada instituição federal de ensino superior, as vagas de que trata a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência, nos termos da legislação, em proporção ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na população da unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Alternativas
Comentários
  • I. As instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 30% (trinta por cento) de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o fundamental e médio em escolas públicas. 50%

    IV. No prazo de vinte anos, a contar da data de publicação da Lei nº 12.711/2012, será promovida a revisão do programa especial para o acesso às instituições de educação superior de estudantes pretos, pardos e indígenas e de pessoas com deficiência, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. dez anos

  • Olá!

    Gabarito: D

    Bons estudos!

    -Todo progresso acontece fora da zona de conforto. – Michael John Bobak


ID
2951572
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), publicada pelo IBGE em 2017, apontam que “em 2016, cerca de 66,3 milhões de pessoas de 25 anos ou mais de idade (ou 51% da população adulta) tinham concluído apenas o ensino fundamental. ” No Nordeste, 52,6% sequer haviam concluído o ensino fundamental. E no Sudeste, 51,1% tinham pelo menos o ensino médio completo”.

Segundo a legislação brasileira o ensino fundamental e médio são etapas que compõem a educação básica obrigatória e gratuita, de responsabilidade do Estado e da família, assegurados, inclusive, para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria. No contexto das desigualdades educacionais é que se instituiu o Decreto nº 5.840, de 13 de julho de 2006, que dispõe sobre o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA. Com relação ao que dispõe o Decreto nº 5.840/2006, analise as alternativas abaixo e assinale a INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Show essa menina :)
  • Letra B

    § 1   As instituições referidas no  caput  disponibilizarão ao PROEJA, em 2006, no mínimo dez por cento do total das vagas de ingresso da instituição, tomando como referência o quantitativo de matrículas do ano anterior, ampliando essa oferta a partir do ano de 2007.

  • E ai, tudo bom?

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -As pessoas costumam dizer que a motivação não dura sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente. – Zig Ziglar


ID
4035373
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Sabe-se que na construção de um texto há fatores que desencadeiam efeitos de sentido, ocasionando uma interpretação adequada do que se lê. Se essas estruturas textuais são utilizadas de forma inadequada, podem comprometer a transmissão da mensagem. Dentre os principais fatores de textualidade está a coesão. Sobre esse conceito, podemos inferir que

Alternativas

ID
4035376
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Considerado o texto de Salvador Nogueira, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Século XXII? :P


ID
4035379
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Com relação às ideias desenvolvidas no texto, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Colocaram até a Nasa no imbróglio...


ID
4035382
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Com relação aos sentidos e ao emprego de palavras e expressões no texto de Salvador Nogueira, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • "pesquisadores" e "estudos" estão entre aspas para indicar uma ironia, tendo em vista que o autor do texto não considera, aqueles que são terraplanistas, como pesquisadores.

    Gabarito letra A!

  • Caraca, nem li a outras. Li a letra A, comparei com o título, fazia todo sentido.


ID
4035385
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O obscurantismo do século 21

Movimentos antivacinas, negação das mudanças no clima, terraplanistas. Tais retrocessos vêm da confusão entre o que é opinião e o que é fato.

Por Salvador Nogueira


    O obscurantismo do século 21 é um fenômeno global. Para alguns arautos da irracionalidade, aliás, a palavra “global” nem faz sentido. É o caso dos terraplanistas, que seguem colecionando adeptos. Em outubro de 2018, um grupo de “pesquisadores” terraplanistas foi recebido por deputados estaduais na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde ganharam uma homenagem por seus “estudos” sobre a forma do nosso planeta.

    O terraplanismo é folclórico. Rende risadas. Mas o fato de sandices como essa ganharem popularidade não tem a menor graça. Por duas razões. Primeiro porque trata-se de um sintoma de que parte significativa da população viva hoje desconhece fatos objetivos sobre o mundo – como a Lei da Gravitação, que os terraplanistas dizem ser uma farsa. Segundo, porque estamos descobrindo que quase ninguém sabe distinguir fatos de opiniões – você simplesmente não pode ter uma “opinião” sobre o formato da Terra ou sobre a existência da gravidade. Isso pertence ao reino dos fatos. O pior, de qualquer forma, é que isso definitivamente não se aplica só a conceitos como o formato da Terra.

   Uma pesquisa do Pew Research Center, feita em 2018, entrevistou 5.035 americanos adultos selecionados aleatoriamente pela internet. Tudo que eles tinham de fazer era ler dez frases simples e apontar se eram afirmações factuais ou opiniões.

      Apenas 26% foram capazes de apontar corretamente as cinco factuais e só 35% conseguiram identificar corretamente as cinco que eram opinativas.

   Resumindo a ópera, três em cada quatro americanos não sabem separar fato de opinião. Poucos acreditariam que no Brasil a situação seja muito melhor. E isso explica muita coisa. Ou você nunca ouviu alguém dizer por aí, pelas redes sociais, quando encurralado pelos fatos, que “essa é a minha opinião”, como forma de encerrar um debate?

    A partir do momento em que as pessoas se sentem à vontade para desconectar suas opiniões dos fatos objetivos, temos um problema grave. A Terra plana é entretenimento, mas e o movimento antivacinas? A Europa viu um aumento de 400% no número de casos de sarampo em um ano – de 5.273 em 2016 para 21.315 em 2017.

    E mesmo quando defensores do movimento antivacinas são confrontados com esses números, e com a explicação clara de como vacinas funcionam e de como simplesmente não há evidência de que elas possam causar os males que se atribuem a elas, ainda assim eles podem se esconder por trás de teorias conspiratórias sobre a “malévola indústria farmacêutica”. E, claro, quando não houver outro recurso, parte-se para um “mas essa é a minha opinião”. Eita. 

    Ao longo do progresso fantástico realizado pela humanidade durante o século 20, fomos nos esquecendo do que era a vida antes que a ciência entrasse para valer no nosso cotidiano. Sem vacinas e antibióticos, a mortalidade infantil era altíssima. Durante o século 19, ela era de 30%; a cada três crianças nascidas, uma morria antes de completar cinco anos. Na Alemanha chegava a 50%.

    Então a ciência entrou em cena, com três contribuições essenciais: a percepção de que saneamento básico era essencial para evitar infecções, o desenvolvimento dos antibióticos e a criação das vacinas. O ser humano passou milhares de anos tentando proteger sua prole com rezas, chás e superstições de todo tipo, mas o que deu certo foi entender como as doenças funcionam e combatê-las com armas eficazes.

    Ao longo do século 20, pela primeira vez na história, vimos um declínio acentuado na mortalidade infantil. Em 2015, ela era, em termos globais, de 4,3%. Ou seja, a cada cem crianças, apenas quatro morriam antes de completar 5 anos. E isso numa média tirada do mundo inteiro. No Brasil, no mesmo ano, era só de 1,7%. Na Suécia, dado de 2014, 0,3%.

    Outro tema adorado pela turma do “mas essa é a minha opinião” é a mudança climática. Pouco importa que a Nasa e quem mais for apresente fartas evidências do aquecimento global. Pouco importa que os registros de temperaturas, feitos com termômetros (pouco afeitos a ideologias), apontem que a temperatura média do planeta já subiu 0,9°C entre 1880 e 2017. Pouco importa que 17 dos 18 anos mais quentes nos 138 anos de registros tenham acontecido depois de 2001, ou que 2016 tenha sido o ano mais quente de todos os registros. O sujeito espera a primeira brisa gelada soprar para dizer “cadê o aquecimento global?”. É dramático, e se trata de um problema que está ganhando proporções cada vez maiores. Não é mais o seu primo doido no WhatsApp. É o Ministro das Relações Exteriores que atribui às medições feitas pela Agência Espacial dos Estados Unidos o status de “complô ambientalista globalista esquerdista sei-lá-mais-o-que-ista”.

O SUS gasta US$ 17 bi por ano com homeopatia, aromaterapia, bioenergética, florais – práticas com zero evidência de eficácia

    Da mesma forma, vemos o descalabro nas políticas de saúde. Basta lembrar a quantidade de dinheiro que o SUS (Sistema Único de Saúde) gasta em “práticas alternativas”, também conhecidas como “tratamentos sem qualquer evidência de eficácia”. É homeopatia, acupuntura, aromaterapia, bioenergética, cromoterapia, florais; tudo pago com dinheiro público. Em 2017, foram R$ 17,2 bilhões nisso. 

    É o tal negócio: o sujeito pode acreditar no que quiser. É direito dele. Mas ninguém pode aplicar crenças pessoais no âmbito da gestão pública. E estamos chegando num ponto em que agentes públicos se sentem à vontade para ditar políticas de acordo com premissas completamente desconectadas da realidade objetiva. Tudo não passaria de um escândalo embaraçoso, não fosse um detalhe: essas atitudes nunca tiveram tanto apoio popular.

    Como é possível? Hoje, qualquer um de nós tem mais informação disponível nas mãos, com um celular e uma conexão 4G, do que tinha o presidente dos Estados Unidos na Casa Branca nos anos 1960. É um disparate imaginar que, diante do tamanho poderio tecnológico de que dispomos, estejamos ficando, na média, cada vez mais desinformados e ignorantes. No entanto, é verdade.

    E só vamos desarmar essa arapuca se encontrarmos uma base comum de fatos objetivos com os quais todo mundo possa concordar. Essa base só pode ser uma: a ciência. E não porque ela seja moralmente ou ideologicamente superior. Mas porque ela se aceita como falível. Porque está fundamentada na dúvida, não na certeza. E a certeza inabalável, imune aos fatos, é o caminho mais curto para o retrocesso

(Adaptado de: NOGUEIRA, Salvador. Superinteressante, 3 jan. 2019. Disponível em:< https://super.abril.com.br/opiniao/o-obscurantismo-do-seculo-21/>. Acesso em: 23 fev. 2019.)

Com base no estudo apresentado por Savioli & Fiorin (2006, p. 60), “há procedimentos linguísticos que servem para demonstrar diferentes vozes no texto”. Segundo os autores, há alguns recursos que podem auxiliar na identificação dessas vozes. A respeito desses procedimentos, considere os seguintes itens:


I. Discurso indireto livre

II. Verossimilhança

III. Discurso direto

IV. Discurso indireto

V. Coesão e coerência

VI. Imitação por subversão e imitação por captação

VII. Intencionalidade e aceitabilidade


Com base nos itens apresentados, assinale a alternativa que apresenta os recursos que ilustram as ideias dos autores:

Alternativas
Comentários
  • Na narração demonstram diferentes vozes no texto:

    I. Discurso indireto livre

    III. Discurso direto

    IV. Discurso indireto

    VI. Imitação por subversão e imitação por captação

    GABARITO: B


ID
4035388
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao dissertar sobre como avaliar a textualidade, Maria da Graça Costa Val (2006, p. 17) expõe que: “Um dos pontos-chave da linguística textual é a discussão sobre o que faz de um texto um texto, isto é, em que consiste a essência de um texto, que propriedade distingue textos de não-textos.” Em face do exposto, considere os itens a seguir e julgue as alternativas que seguem:


I. A conceituação teórica, que busca estabelecer em que nível se situa e com que elementos lida a coerência, mostra-se muitas vezes fruto da análise fenomenológica, empenhada em descobrir que características usualmente apresentam os textos incoerentes.

II. Grande número de estudos recentes apontam a coerência como fator imprescindível da textualidade.

III. A coesão é entendida como a configuração conceitual subjacente e responsável pelo sentido do texto, e a coerência como sua expressão no plano linguístico.

IV. Para Charolles (1978), um texto coerente e coeso satisfaz a quatro requisitos: a repetição, a progressão, a não-contradição e a articulação. Tais requisitos são denominados pela autora de continuidade, progressão, não-contradição e articulação.

V. A continuidade é a retomada textual de elementos conceituais e informais, limitando-se a essa repetição.

VI. A progressão diz respeito à unidade; tem a ver com a retomada de elementos no decorrer do discurso.

Alternativas

ID
4035391
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

uma canção popular (séc. XIX-XX):

uma mulher incomoda

é interditada

levada para o depósito

das mulheres que incomodam

loucas louquinhas

tantãs da cabeça

ataduras banhos frios

descargas elétricas

são porcas permanentes

mas como descobrem os maridos

enriquecidos subitamente

as porcas loucas trancafiadas

são muito convenientes

interna, enterra

(FREITAS, Angélica. In Um útero é do tamanho de um punho. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, p.15)

Leia o texto e analise as proposições que seguem:


I. O poema contemporâneo de Angélica Freitas deixa de expressar e representar a mulher idealizada como no Romantismo. Ao contrário, a contemporaneidade sugere uma outra perspectiva sobre a imagem da mulher do século XIX. Não a dos romances românticos em que eram heroínas ou mocinhas, mas de vítimas de um sistema patriarcal que as calava e as escondia quando necessário. A interdição era um dos recursos que alguns maridos utilizavam para se livrarem das esposas incômodas. Pelo título do poema, percebe-se que esse comportamento perdurou também ao longo do século XX, já que se trata de uma “canção popular”.

II. Do ponto de vista do estilo e da relação deste com o sentido, esse poema caracteriza-se pelo recurso intensivo às figuras de linguagem, com predomínio dos oximoros sobre as antíteses – o que potencializa o teor simbólico do texto.

III. No poema de Angélica Freitas, o trocadilho final “interna, enterra” explora a proximidade entre o sentido e a sonoridade. Esse fecho estabelece uma analogia entre o ato de internar ao ato de matar. Trancafiar a mulher em um hospício seria uma forma de adquirir a sua riqueza – “enriquecidos subitamente” - e não ter a obrigação de suportá-la – “as porcas loucas trancafiadas/são muito convenientes”.

IV. A escritora exacerba a figuração do interior das mulheres do século XIX e XX por meio do fluxo de consciência. Dessa forma, promove intensa análise psicológica, permitindo aos leitores uma catarse que se alinha a um projeto de educação contemporânea feminista.

V. A presença da metalinguagem, observada na segunda estrofe, somada à adoção da oralidade, presente na 3ª estrofe, conduzem à conclusão de que se trata de um texto neomodernista da 3ª geração.


Diante das proposições, assinale a alternativa correta:

Alternativas

ID
4035394
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Canto III – Esquece

Todo camburão tem um pouco de navio negreiro

Marcelo Yuka

    Violência é carrão parar em cima do pé da gente e fechar a janela de vidro fumê e a gente nem ter a chance de ver a cara do palhaço de gravata para não perder a hora ele olha o tempo perdido no rolex dourado.

    Violência é a gente naquele sol e o cara dentro do ar condicionado uma duas três horas quatro esperando uma melhor oportunidade de a gente enfiar o revólver na cara do cara plac.

    Violência é ele ficar assustado porque a gente é negro ou porque a gente chega assim nervoso a ponto de bala cuspindo gritando que ele passe a carteira o relógio enquanto as bocas buzinam desesperadas.

    Violência são essas buzinadas e essa fumaça e o trânsito parado e o outro carro que não entende que se dependesse da gente o roubo não demoraria essa eternidade atrapalhando o movimento da cidade.

    Violência é você pensar que tudo deu certo e nada deu certo porque quando você vê tem um policial ali perto querendo salvar o patrimônio do bacana apontando para a nossa cabeça um 38 e o outro 38 à paisana.

    Violência é acabarem com a nossa esperança de chegar lá no barraco e beijar as crianças e ligar a televisão e ver aquela mesma discussão ladrão que rouba ladrão a aprovação do mínimo ficou para a próxima semana.

    Violência é a gente ficar com a mão levantada cabeça baixa em frente à multidão e depois entrar no camburão roxo de humilhação e pancada e chegar na delegacia e o cara puxar a nossa ficha corrida e dizer que vai acabar outra vez com a nossa vida.

    Violência é a gente receber tapa na cara e na bunda quando socam a gente naquela cela imunda cheia de gente e mais gente e mais gente e mais gente pensando como seria bom ter um carrão do ano e aquele relógio rolex mas isso fica para depois uma outra hora. Esquece.

(FREIRE, Marcelino. In Contos negreiros. Rio de Janeiro: Record, 2015, p.31 -33.)

Sobre o Canto III - Esquece, de Marcelino Freire, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
4035397
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com relação à obra Formação da Literatura Brasileira, de Antônio Cândido, julgue as seguintes afirmativas:


I. Em suma, importa no estudo da literatura o que o texto exprime. A pesquisa da vida do autor e do momento histórico vale menos para estabelecer uma verdade documentária, comumente inútil, do que para ver se nas condições do meio e na biografia há elementos que esclareçam a realidade elevada do texto, por vezes uma grande mentira, segundo os padrões usuais.

II. A literatura não é um conjunto de obras, e sim de fatores e de autores. O texto literário é a integração de elementos sociais e psíquicos, estes devem ser usados com parcimônia para interpretá-lo, uma vez que se deve optar por modelos mais racionais e tecnicistas para que o estudo do texto literário seja aceito pela comunidade acadêmica.

III. O momento decisivo em que as manifestações literárias vão adquirir, no Brasil, características orgânicas de um sistema, é marcado por três correntes principais: o Quinhentismo, a Literatura de Informação e o Barroco.

IV. Perante o estudo de uma obra literária, há vários níveis possíveis de compreensão, de acordo com o ponto de vista em que o estudioso se situa. Para começar, leva em consideração os fatores externos, que a vinculam ao tempo e se podem resumir na designação de fatores sociais; em seguida, o fator individual, isto é, o autor, o homem que a mentalizou e a materializou, e está presente no resultado; por fim, este resultado, o texto, contendo os elementos anteriores e outros, específicos, que os elevam e não se deixam reduzir a eles.

V. O Neoclassicismo, a Ilustração e o Arcadismo são sinônimos, pois referem-se ao conjunto de tendências ideológicas próprias do século XVII, de fonte alemã e francesa.


Diante das proposições, assinale a afirmativa correta:

Alternativas

ID
4035400
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês

What is a Programming Algorithm?

So, what is a programming algorithm? You can think of a programming algorithm as a recipe that describes the exact steps needed for the computer to solve a problem or reach a goal. We've all seen food recipes - they list the ingredients needed and a set of steps for how to make the described meal. Well, an algorithm is just like that. In computer lingo, the word for a recipe is a procedure, and the ingredients are called inputs. Your computer looks at your procedure, follows it to the letter, and you get to see the results, which are called outputs. A programming algorithm describes how to do something, and your computer will do it exactly that way every time. Well, it will once you convert your algorithm into a language it understands! However, it's important to note that a programming algorithm is not computer code. It's written in simple English (or whatever the programmer speaks). It doesn't beat around the bush--it has a start, a middle, and an end. In fact, you will probably label the first step 'start' and the last step 'end.' It includes only what you need to carry out the task. It does not include anything unclear, often called ambiguous in computer lingo, that someone reading it might wonder about. It always leads to a solution and tries to be the most efficient solution we can think up. It's often a good idea to number the steps, but you don't have to. Instead of numbered steps, some folks use indentation and write in pseudocode, which is a semiprogramming language used to describe the steps in an algorithm. But, we won't use that here since simplicity is the main thing.

Adapted from: http://study.com/academy/lesson/what-is-an-algorithm-in-programming-definition-examples-analysis.html. Acesso em 28 de fevereiro de 2019. 

According to the text, lingo and think up are closest in meaning to:

Alternativas

ID
4035403
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

What is a Programming Algorithm?

So, what is a programming algorithm? You can think of a programming algorithm as a recipe that describes the exact steps needed for the computer to solve a problem or reach a goal. We've all seen food recipes - they list the ingredients needed and a set of steps for how to make the described meal. Well, an algorithm is just like that. In computer lingo, the word for a recipe is a procedure, and the ingredients are called inputs. Your computer looks at your procedure, follows it to the letter, and you get to see the results, which are called outputs. A programming algorithm describes how to do something, and your computer will do it exactly that way every time. Well, it will once you convert your algorithm into a language it understands! However, it's important to note that a programming algorithm is not computer code. It's written in simple English (or whatever the programmer speaks). It doesn't beat around the bush--it has a start, a middle, and an end. In fact, you will probably label the first step 'start' and the last step 'end.' It includes only what you need to carry out the task. It does not include anything unclear, often called ambiguous in computer lingo, that someone reading it might wonder about. It always leads to a solution and tries to be the most efficient solution we can think up. It's often a good idea to number the steps, but you don't have to. Instead of numbered steps, some folks use indentation and write in pseudocode, which is a semiprogramming language used to describe the steps in an algorithm. But, we won't use that here since simplicity is the main thing.

Adapted from: http://study.com/academy/lesson/what-is-an-algorithm-in-programming-definition-examples-analysis.html. Acesso em 28 de fevereiro de 2019. 

Segundo o texto, a implementação de algoritmos pode ser comparada a:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    So, what is a programming algorithm? You can think of a programming algorithm as a recipe that describes the exact steps needed for the computer to solve a problem or reach a goal.

    Então, o que é um algoritmo de programação? Você pode pensar em um algoritmo de programação como uma receita que descreve as etapas exatas necessárias para o computador resolver um problema ou atingir um objetivo.

    Se meu comentário estiver equivocado, por favor me avise por mensagem para que eu o corrija e evite assim prejudicar os demais colegas.


ID
4035406
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Read the text below.

(CNN) US Secretary of State Mike Pompeo has denounced President Nicolas Maduro's obstruction of aid deliveries to Venezuela as the actions of a "sick tyrant." 

At the call of opposition leader and the nation's selfdeclared interim president, Juan Guaido, foreign aid has been shipped to Venezuela in response to worsening food and medicine shortages.

Maduro, who has been in a standoff with Guaido for the presidency, denies that a humanitarian crisis exists in Venezuela and suggests that aid efforts are part of a US plot to orchestrate a coup.

After Guaido named Saturday as the deadline for the aid to cross the border, Maduro vowed to stop the supplies from coming into the country. At a large rally in Caracas on Saturday, he dared the opposition to call for elections and called Guaido a "clown" and a "US puppet."

Trucks carrying supplies were blocked at most spots Saturday. Witnesses said two trucks were set ablaze while attempting to cross into Venezuela from Colombia.

Witnesses who spoke to CNN said the trucks went up in flames as Venezuelan troops loyal to Maduro prevented the vehicles from crossing the border. CNN cannot independently confirm the incident or the circumstances of how the two trucks were set on fire. National Assembly Representative and Guaido supporter Adriana Pichardo told CNN that at least five people were also killed in clashes with Venezuelan security forces on Saturday. CNN cannot independently confirm the number of fatalities.

Adapted from: https://edition.cnn.com/2019/02/24/americas/venezuela-pompeo-maduro-colombia/index.html. Acesso em: 24 de fevereiro de 2019. 

According to the text, the words vowed and prevented can be replaced by:

Alternativas

ID
4035409
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Hutchinson and Waters (1991) point out that English for Specific Purposes (ESP) emerged from three common reasons. One of them is related to the changes in the aim of linguistics, considering the variation from one language situation of use to another. Besides that, the expansion of technology and commerce after World War II, especially in the United States, explains why English became a necessity.

Mark the alternative that is related to the third reason why ESP became popular worldwide:

Alternativas

ID
4035412
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

3 Tech Trends to watch in 2019

By Amy Webb

    It’s been a tumultuous year. Once-venerated companies found their stock trading below a dollar. Tweets rattled investor confidence. If 2018 has taught us anything, it’s that chaos is the new normal, and that it’s time to get smarter about anticipating change. But it also revealed an unsettling truth: We simply aren’t paying enough attention to meaningful signals in the present, and that’s why we’ve been caught in this constant cycle of surprise.

To understand the future of one thing, you must consider the future of many things. Otherwise, you’re essentially looking at the world through a pinhole.

    This is especially true when it comes to technology’s influence on the economy. In the coming year, we will see tantalizing advancements in a host of emerging technologies—artificial intelligence, smart devices, space travel, genomic editing, electric vehicles, and automated hacking tools—that will move further from the fringe into the mainstream. As these technologies begin to converge, we’ll start to see acceleration. This is why pharmaceuticals must closely track developments in deep learning, and big agriculture should keep a close eye on CRISPR experiments in China. AI will help researchers develop precision medicine techniques, while gene editing could yield new crops that don’t require pesticides.

    My approach is to intentionally look for weak signals and emerging trends across different areas, to find meaningful connections. Here are three tech trends on my radar for 2019.


This is the beginning of the end of smartphones

    Globally, smartphone shipments are in decline. Apple will no longer report sales numbers for any of its hardware products, including iPhones—it’s a clear signal about what’s on the mid-horizon. And even as new form factors enter the consumer marketplace next year—you’ll see dual-sided phones and models with foldable screens—the functionality isn’t improving fast enough to merit tossing out existing phones for new ones. In the next ten years, we will transition from just one phone that we carry to a suite of next-gen communication devices, which we will wear and command using voice, gesture, and touch.


5G will be deployed at scale

    The fifth generation of wireless technology will, at last, power up—but not where you’re expecting. While local governments continue to fight over incentives, private companies will ditch WiFi for 5G, which will shorten transmission latency from 30 milliseconds to just a single millisecond, allowing essentially instantaneous connectivity between devices on a network. Unlike WiFi, a private 5G network can be built to prioritize certain data transmissions over others. In practice, this means that heavy manufacturing companies and utilities can finally take advantage of the Internet of Things and begin to automate more of their core processes using robots. It also signals a massive emerging market for all of the components, devices, and consulting services that will soon be required.


Data regulation is coming, and it won’t be pretty

    From ongoing privacy and security debacles at Facebook to how much influence Google and Amazon wield in our everyday lives, big tech will face a reckoning, one that will likely affect every single company mining, refining and storing our digital data. In the U.S., a newly Democratic House, joined by key senate members, will consider some important questions: Who should be the ultimate gate-keepers of our digital data? What role should automated decision-making play in our everyday lives? How can a publicly traded company serve both its shareholders and the broader interests of democratic society?

    Policy-makers are not prepared to deal with new challenges that arise from emerging science and technology, and the relationship between our big tech titans and governments continues to be transactional at best. As a result, we are likely to see proposed regulations, rules, and legislation that are either too restrictive or don’t acknowledge that science and tech are in constant motion. It’s unlikely that sweeping new rules, like the E.U.’s General Data Protection Regulation, would pass in the U.S. Even so, going through the process will prove a serious distraction for big tech companies.

    The best strategic positioning for 2019 is simple: think exponentially but act incrementally. You’re going to need to get comfortable with uncertainty. Broaden your thinking, look for intersecting vectors of change and figure out ways to make incremental decisions as often as possible.

    Amy Webb is a professor of strategic foresight at the NYU Stern School of Business and author of The Big Nine: How Today’s Tech Titans and their Thinking Machines Could Warp Humanity.

(Fonte: https://www.barrons.com/articles/technology-trends-2019- 51546007213. Acesso em 28/02/2019)

Mark the alternative that best corresponds to the main idea of the text:

Alternativas

ID
4035415
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

3 Tech Trends to watch in 2019

By Amy Webb

    It’s been a tumultuous year. Once-venerated companies found their stock trading below a dollar. Tweets rattled investor confidence. If 2018 has taught us anything, it’s that chaos is the new normal, and that it’s time to get smarter about anticipating change. But it also revealed an unsettling truth: We simply aren’t paying enough attention to meaningful signals in the present, and that’s why we’ve been caught in this constant cycle of surprise.

To understand the future of one thing, you must consider the future of many things. Otherwise, you’re essentially looking at the world through a pinhole.

    This is especially true when it comes to technology’s influence on the economy. In the coming year, we will see tantalizing advancements in a host of emerging technologies—artificial intelligence, smart devices, space travel, genomic editing, electric vehicles, and automated hacking tools—that will move further from the fringe into the mainstream. As these technologies begin to converge, we’ll start to see acceleration. This is why pharmaceuticals must closely track developments in deep learning, and big agriculture should keep a close eye on CRISPR experiments in China. AI will help researchers develop precision medicine techniques, while gene editing could yield new crops that don’t require pesticides.

    My approach is to intentionally look for weak signals and emerging trends across different areas, to find meaningful connections. Here are three tech trends on my radar for 2019.


This is the beginning of the end of smartphones

    Globally, smartphone shipments are in decline. Apple will no longer report sales numbers for any of its hardware products, including iPhones—it’s a clear signal about what’s on the mid-horizon. And even as new form factors enter the consumer marketplace next year—you’ll see dual-sided phones and models with foldable screens—the functionality isn’t improving fast enough to merit tossing out existing phones for new ones. In the next ten years, we will transition from just one phone that we carry to a suite of next-gen communication devices, which we will wear and command using voice, gesture, and touch.


5G will be deployed at scale

    The fifth generation of wireless technology will, at last, power up—but not where you’re expecting. While local governments continue to fight over incentives, private companies will ditch WiFi for 5G, which will shorten transmission latency from 30 milliseconds to just a single millisecond, allowing essentially instantaneous connectivity between devices on a network. Unlike WiFi, a private 5G network can be built to prioritize certain data transmissions over others. In practice, this means that heavy manufacturing companies and utilities can finally take advantage of the Internet of Things and begin to automate more of their core processes using robots. It also signals a massive emerging market for all of the components, devices, and consulting services that will soon be required.


Data regulation is coming, and it won’t be pretty

    From ongoing privacy and security debacles at Facebook to how much influence Google and Amazon wield in our everyday lives, big tech will face a reckoning, one that will likely affect every single company mining, refining and storing our digital data. In the U.S., a newly Democratic House, joined by key senate members, will consider some important questions: Who should be the ultimate gate-keepers of our digital data? What role should automated decision-making play in our everyday lives? How can a publicly traded company serve both its shareholders and the broader interests of democratic society?

    Policy-makers are not prepared to deal with new challenges that arise from emerging science and technology, and the relationship between our big tech titans and governments continues to be transactional at best. As a result, we are likely to see proposed regulations, rules, and legislation that are either too restrictive or don’t acknowledge that science and tech are in constant motion. It’s unlikely that sweeping new rules, like the E.U.’s General Data Protection Regulation, would pass in the U.S. Even so, going through the process will prove a serious distraction for big tech companies.

    The best strategic positioning for 2019 is simple: think exponentially but act incrementally. You’re going to need to get comfortable with uncertainty. Broaden your thinking, look for intersecting vectors of change and figure out ways to make incremental decisions as often as possible.

    Amy Webb is a professor of strategic foresight at the NYU Stern School of Business and author of The Big Nine: How Today’s Tech Titans and their Thinking Machines Could Warp Humanity.

(Fonte: https://www.barrons.com/articles/technology-trends-2019- 51546007213. Acesso em 28/02/2019)

Working with contextual reference is a useful strategy when approaching texts in English. Consider the following pronouns and mark the alternative that corresponds to what they refer to, respectively:


I. their (first paragraph).

II. this (second paragraph).

III. its (fourth paragraph).

IV. it (fifth paragraph).

Alternativas

ID
4035418
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Literary texts can be used in classrooms as important sources for language learning. However, literature should not be presented only in order to highlight grammar structures or vocabulary, since literary texts, as social constructions, besides motivating students can also provide them with cultural knowledge and the experience of otherness. Literature through universal themes can develop empathy, creative thinking and sensitivity.

When introducing literary literacy as the appropriation of the text in its social use, Cosson (2012) develops a basic didactic sequence to approach literature in the classroom. Mark the alternative that corresponds to the steps of this didactic sequence in the order presented by the author.

Alternativas

ID
4035421
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

After going through several classifications proposed by learning strategies and personal observations, Menezes (2004) identified specific strategies used to learn vocabulary. These strategies are organized in four groups: metacognitive, cognitive, social and communication. Considering the author’s understanding, read the examples of strategies used by some students and mark the alternative that corresponds to a cognitive strategy.

Alternativas

ID
4035424
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Kumaravadivelu (2001) points out that what is known as method has not been enough to fulfill language learning needs. Methods have been used as a set of practices designed by specialists in order to make language acquisition happen. However, according to Kumaravadivelu, studies have shown that the use of these sets of practices may have the opposite effect, since they do not seem to consider students’ context, which prevents learning from being meaningful. For the author, a postmethod pedagogy has emerged from studies that focus on teachers’ beliefs, reasoning and cognition. This postmethod condition is, therefore, a three-dimensional system consisting of three parameters.

Read the examples of practices below and mark the alternative that respectively corresponds to the three parameters that form the postmethod pedagogy system as described by Kumaravadivelu:


I. Teachers are able to theorize from their own practice, developing knowledge and skills.

II. Teachers identify problems, find solutions and go through a cycle of observation, reflection and action.

III. Teachers consider experiences brought to the classroom and provide an environment where linguistic and social needs are considered.

Alternativas

ID
4035427
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Read the extract of a text written by a student. The proposal was to write a letter of complaint to the manager of a store where the student, as a client, had a problem when he bought something online. The teacher explained the task and highlighted that students were supposed to come up with a situation, explaining what happened exactly and how they would like the situation to be solved. One of the criteria for correction was grammar accuracy, since the letter is supposed to be formal:

(…) To my surprise, when I opened the box, I realized that it did not contain the cell phone I had purchased. I had already bought other items from Luke’s and I had never had any problems before. I was really anxious for my new cell phone and I just could not believe it. Though, I write this letter to inform you about what happened and to ask you for a refund or for the correct item. I called the store, but nobody could offer me a solution. People were a bit rude and I felt very disappointed. Never before had I been treated that way, which is why I also ask for a retraction.

I am aware of the good quality of the products you sell. I have been a client for about 5 years. I hope this situation can be solved soon.

Looking forward to hearing from you,

Yours sincerely,

(…)

Mark the alternative that corresponds to a grammar inaccuracy, considering the context of the letter.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o erro da questão se deva ao uso do ´´Though´´.

    No texto, o autor da reclamação acrescenta e justifica o motivo de sua carta, sendo necessário conjunções que deem sentido de justificativa (therefore, thus, so...) ao invés de contraste.

    GABARITO: LETRA D

    Se eu estiver errado, me corrijam a fim de outros colegas não se prejudicarem.


ID
4035430
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2019
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Disciplina
Inglês
Assuntos

Pete is talking to his English teacher about the strategies he has been using to study at home. He seems to have forgotten the phrasal verbs he was studying and trying to use during this conversation in order to impress the teacher. Read an extract of their dialogue: 

(…)

(Pete) – Phrasal verbs are so difficult! Well, I have been studying really, really hard. I have to learn so many things before the tests. There are some things I have been doing… For example, I try to… to…

memorize the expressions by reading them out loud several times a day.

(Teacher) – What else have you been doing that you consider effective?

(Pete) – I try to use the expressions and new words in stories… but often times they don’t… they don’t… make sense.

(Teacher) – There’s a phrasal verb for that.

(Pete) – I can’t remember it! I have to understand how I learn better…

(Teacher) – Maybe you are exaggerating a bit.

(Pete) – I am not. I have problems… reaching the same level of my classmates.

(Teacher) – I don’t agree with you, but if you feel you need to improve, we can talk about this later.

(Pete) – That would be great! Thank you!

If Pete had remembered the phrasal verbs he wanted to use in the conversation with his teacher in order to replace the expressions in bold, they would have followed this order:

Alternativas
Comentários
  • Learn by heart - decorar, saber de cor

    Don't add up- não fazer sentido

    Figure out- entender, compreender

    Catching up with someone - estar junto/ estar no mesmo nivel