No CBR (california bearing ratio) ou índice de suporte califórnia, o valor da resistência à penetração de determinado material é computado em porcentagem, sendo 100% o valor correspondente à pressão de penetração em uma amostra do mesmo material, obtido no ensaio de compactação a 100% do proctor normal, adotado como padrão de referência.
Ou seja, você não compara a penetração e sim a pressão para uma determinada penetração (2,54cm ou 5,08cm)
Samuel,
Concordo com as suas argumentações. De fato, CBR não tem uma relação "direta" com o Proctor. O erro essencial da assertiva está no último trecho que fala da semelhança entre os parâmetros obtidos no ensaio CBR e no ensaio de compactação.
Mas cuidado. Creio que cabe uma ressalva em dizer que "CBR não tem nada a ver com o ensaio de proctor nomal" já que para realização do ensaio CBR é necessário moldar o CP de acordo com o método Proctor (não sei se cabe aqui ficar entrando no mérito da diferença entre ensaio de compactação Proctor e moldagem do CP conforme método Proctor....)
Por exemplo, veja trecho abaixo que fala sobre a preparação do CP:
"Compactação do corpo de prova: é realizada a compactação com energia padrão (Proctor), atentando-se ao número correto de golpes e camadas, correspondentes à energia desejada, normal ou modificada. É comum moldar no mínimo 5 corpos de prova, variando o teor de umidade para que seja possível caracterizar a curva do CBR"
http://lpe.tempsite.ws/blog/index.php/ensaio-de-indice-de-suporte-california-cbr/
#publi: Se me permite, vou fazer um marketing dessa empresa LPE Engenharia (:P). Recomendo a qualidade do serviço dessa galera. Já me salvou muito no projeto e execução de pavimento rígido.
Outra fonte de argumentação quanto a relação entre CBR e Proctor:
"...compactação do corpo de prova: são compactados com cinco teores de umidade uma amostra, segundo o método Proctor."
http://www.latersolo.com.br/wp-content/uploads/2015/02/4-CAPACIDADE-DE-SUPORTE-CBR.pdf
Ah sim...Inclusive, a compactação da amostra para o ensaio CBR, geralmente é feita na umidade ótima.
Resumindo
A assertiva tem, no meu ponto de vista, 2 erros.
Erro 1: A análise do ensaio CBR é feita de acordo com a pressão necessária para produzir determinadas penetrações na amostra. Ou seja, você compara pressão de penetração na amostra com pressão de penetração na amostra padrão (brita graduada).
Erro 2: O valor do parâmetro a ser adotado na comparação é obtido pela penetração e não pelo ensaio proctor normal (que nos fornece umidade ótima & massa específica seca), conforme último trecho da assertiva.
Veja se você(s) concorda(m)...