Prevalecendo o comprimento sobre a seção essas estruturas de fundações são indicadas para
solos argilosos e representadas pelas estacas e tubulões. ( ) Para a cravação das estacas o processo
mais usado emprega bate-estacas, os quais podem ser divididos de acordo com o martelo, nos
seguintes grupos: bate-estacas de gravidade, de simples efeito e de duplo efeito.
Bate-estaca de gravidade – A energia para cravação da estaca é transmitida pela queda livre
de um peso a uma altura pré-determinada. ( ) O peso é denominado martelo ou macaco e sua
queda é orientada através de duas guias laterais. ( ) A cabeça das estacas deve ser protegida por
um cabeçote de ferro ou madeira, cuja finalidade é permitir uma distribuição uniforme das tensões
dinâmicas, transmitidas pelo martelo. O máximo de eficiência desse tipo de bate-estacas é da ordem
de 10 pancadas por minuto. ( ) O inconveniente desse bate-estaca é que a obtenção da nega fica a
critério do operador e de sua experiência na operação de queda do martelo.
Bate-estacas de simples efeito – Nesse tipo o martelo desloca-se ao longo de um embolo
fixo à estrutura do bate-estaca sendo levantado pela ação dos gases sob pressão e caindo pelo próprio
peso. ( ) A altura de queda depende da quantidade de gases da câmara, obtendo um ritmo de 40
a 50 pancadas por minuto.
Bate-estacas de duplo efeito – É uma variante aperfeiçoada do tipo anterior. Os gases sob
pressão são injetados no cilindro, tanto para a operação de levantamento como para a operação de
queda. ( ) Nesse caso, não há queda livre e a freqüência de cravação é muito maior, da ordem de
250 a 300 pancadas por minuto.