SóProvas



Questões de Funções morfossintáticas da palavra SÓ


ID
1425862
Banca
BIO-RIO
Órgão
CRMV-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - Experimentação Animal
             Associação de Proteção aos animais

                                                            Experimentação Animal: Violência em nome da Ciência


       Imagine que o seu corpo está a ser usado com fins científicos... consigo ainda lá dentro. Isso é o que acontece aos milhões de animais que são anualmente usados na cruel, dispendiosa e enganadora indústria da experimentação animal. Nesta indústria, um animal morre a cada 3 segundos, num laboratório europeu; a cada 2 segundos, num laboratório japonês; a cada segundo, num laboratório norte-americano. Só no Reino Unido, quase 3 milhões de animais são mortos anualmente em laboratórios. Em Portugal, o uso de animais em experiências é, na verdade, uma realidade por controlar.
      Apenas há uns anos atrás, todas as empresas de cosméticos envenenavam animais com baton, champôs, sprays para cabelos ou outros produtos de “beleza". Os produtores de carros batam nas cabeças de macacos com martelos hidráulicos para simular acidentes. Os técnicos de laboratórios matavam um coelho de cada vez que faziam o teste de gravidez de uma mulher. As tabaqueiras obrigavam cães a inalar quantidades enormes de fumo de tabaco para testar a sua toxicidade. Estes testes eram considerados muito eficazes. Atualmente, devido à atenção e à preocupação dos consumidores e à criatividade de cientistas, existem testes melhores e mais humanos.
       Porém, milhões de ratinhos, coelhos, porquinhos- da-índia, furões, gatos, cães, primatas, ovelhas, vacas, porcos e outros animais continuam a ser usados em experiências, sendo mortos em laboratórios todos os anos. Em vez de desenvolverem técnicas cientificas mais avançadas, os vivissectores infectam animais com doenças que eles nunca contrairiam em circunstâncias normais, alimentam-nos à força e injetam-lhes químicos tóxicos, quebram a coluna destes animais, partem-lhes os ossos e instalam eléctrodos nos seus crânios. Os investigadores militares provocam doenças e feridas nos animais com radiações, agentes químicos e usando também armas de fogo. Alguns investigadores de psicologia submetem os animais a privação maternal, viciam-nos em drogas e álcool e infligem-lhes outros males.
       Pelo menos 65% destes procedimentos são realizados sem anestesia. Nos restantes 35% de experiências realizadas regularmente, é certo que estas implicam a inficção de dor e sofrimento aos animais. A maior parte destas experiências são feitas nos Estados Unidos da América, no Reino Unido e noutros países, como Portugal. Nestes casos, estes animais beneficiam de fraca proteção legal, que, regra geral, é raramente cumprida dado a falta de fiscalização.

“Só no Reino Unido, quase 3 milhões de animais são mortos anualmente em laboratórios”. Nesse segmento, a utlização do vocábulo indica que:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B

     

    Dar ideia de que muitos animais são mortos em todo mundo.

     

    b - é absurdamente grande, no mundo, o número de animais sacrificados.

  • Tá parecendo questão de RLM

  • “Só no Reino Unido, quase 3 milhões de animais são mortos anualmente em laboratórios”

    Se "SÓ" no Reino Unido quase 3 milhões , imagina nos outros países.

    Letra B. é absurdamente grande, no mundo, o número de animais sacrificados.

  • ,,,,, .kk


ID
1936141
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  O Médico e o monstro

                                                                                     Paulo  Mendes Campos

      Avental branco, pincenê vermelho, bigodes azuis, ei-lo, grave, aplicando sobre o peito descoberto duma criancinha um estetoscópio, e depois a injeção que a enfermeira lhe passa.

      O avental na verdade é uma camisa de homem adulto a bater-lhe pelos joelhos; os bigodes foram pintados por sua irmã, a enfermeira; a criancinha é uma boneca de olhos cerúleos, mas já meio careca, que atende pelo nome de Rosinha; os instrumentos para exame e cirurgia saem duma caixinha de brinquedos.

      Ela, seis anos e meio; o doutor tem cinco. Enquanto trabalham, a enfermeira presta informações:

      - Esta menina é boba mesmo, não gosta de injeção, nem de vitamina, mas a irmãzinha dela adora.

      O médico segura o microscópio, focaliza-o dentro da boca de Rosinha, pede uma colher, manda a paciente dizer aaá. Rosinha diz aaá pelos lábios da enfermeira. O médico apanha o pincenê, que escorreu de seu nariz, rabisca uma receita, enquanto a enfermeira continua:

      - O senhor pode dar injeção que eu faço ela tomar de qualquer jeito, porque é claro que se ela não quiser, NE, vai ficar muito magrinha que até o vento carrega.

      O médico, no entanto, prefere enrolar uma gaze em torno do pescoço da boneca, diagnosticando:

      - Mordida de leão.

      - Mordida de leão, pergunta, desapontada, a enfermeira, para logo aceitar este faz de conta dentro do outro faz de conta; eu já disse tanto, meu Deus, para essa garota não ir na floresta brincar com Chapeuzinho Vermelho...

      Novos clientes desfilam pela clínica: uma baiana de acarajé, um urso muito resfriado, porque só gostava de neve, um cachorro atropelado por lotação, outras bonecas de vários tamanhos, um papai Noel, uma bola de borracha e até mesmo o pai e a mãe do médico e da enfermeira.

      De repente, o médico diz que está com sede e corre para a cozinha, apertando o pincenê contra o rosto. A mãe se aproveita disso para dar um beijo violento no seu amor de filho e também para preparar-lhe um copázio de vitaminas: tomate, cenoura, maçã, banana, limão, laranja e aveia. O famoso pediatra, com um esgar colérico, recusa a formidável droga.

      - Tem de tomar, senão quem acaba no médico é você mesmo, doutor.

      Ele implora em vão por uma bebida mais inócua. O copo é levado com energia aos seus lábios, a beberagem é provada com uma careta. Em seguida, propõe um trato:

      - Só se você depois me der um sorvete.

      A terrível mistura é sorvida com dificuldade e repugnância, seus olhos se alteram nas órbitas, um engasgo devolve o restinho. A operação durou um quarto de hora. A mãe recolhe o copo vazio com a alegria da vitória e aplica no menino uma palmadinha carinhosa, revidada com a ameaça dum chute. Já estamos a essa altura, como não podia deixar de ser, presenciado a metamorfose do médico em monstro.

      Ao passar zunindo pela sala, o pincenê e o avental são atirados sobre o tapete com um gesto desabrido. Do antigo médico resta um lindo bigode azul. De máscara preta e espada, Mr. Hyde penetra no quarto, onde a doce enfermeira continua a brincar, e desfaz com uma espadeirada todo o consultório: microscópio, estetoscópio, remédios, seringa, termômetro, tesoura, gaze, esparadrapo, bonecas, tudo se derrama pelo chão. A enfermeira dá um grito de horror e começa a chorar nervosamente. O monstro, exultante, espeta-lhe a espada na barriga e brada:

      - Eu sou o Demônio do Deserto!

      Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal, desatento a qualquer autoridade materna ou paterna, com o diabo no corpo, o monstro vai espalhando o terror a seu redor: é a televisão ligada ao máximo, é o divã massacrado sob os seus pés, é um cometa indo tinir no ouvido da cozinheira, um vaso quebrado, uma cortina que se despenca, um grito, um uivo, um rugido animal, é o doce derramado, a torneira inundando o banheiro, a revista nova dilacerada, é, enfim, o flagelo à solta no sexto andar dum apartamento carioca.

      Subitamente, o monstro se acalma. Suado e ofegante, senta-se sobre os joelhos do pai, pedindo com doçura que conte uma história ou lhe compre um carneirinho de verdade.

      E a paz e a ternura de novo abrem suas asas num lar ameaçado pelas forças do mal.

OBS.: O texto foi adaptado às regras no Novo Acordo Ortográfico. 

Algumas palavras ou expressões escapam de uma classificação mais precisa e são chamadas, por isso, de denotativas. O único exemplo que foge a essa classificação encontra-se sublinhado na opção:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B!

    ATÉ o vento carrega.... o "até" se relaciona com o substantivo VENTO, o que seria uma PALAVRA DENOTATIVA DE INCLUSÃO (sem classe gramatical).

    Não entendi o porquê desse gabarito ser "D"...

  • ele quer,na minha opinião,aquela que não se encaixa nas palavras denotativas

  • Só - adjetivo ou advérbio

    Ainda - CONJUNCAO ou preposição

  • Quê?!!

  • a) Palavras denotativas de inclusão: até, inclusive, mesmo, até mesmo, também.

    Exemplo:

    Todos ficaram impressionados com o resultado das vendas, inclusive o proprietário da loja.

    b) Palavras denotativas de exclusão: apenas, senão, salvo, só, somente.

    Exemplo:

    Dos alunos que fizeram a prova, apenas os que estudaram muito conseguiram bons resultados.

    c) Palavras denotativas de designação: eis.

    Exemplo:

    Eis o prefeito eleito!

    d) Palavras denotativas de realce: cá, lá, só, é que.

    Exemplo:

    Ele é que não deve ser bobo de recusar a proposta do novo emprego.

    e) Palavras denotativas de retificação: aliás, ou melhor, ou antes, isto é, melhor dizendo.

    Exemplo:

    Eu sabia, melhor dizendo, tinha quase certeza de que alcançaríamos a meta de vendas.

    f) Palavras denotativas de situação: afinal, agora, então, mas, e aí.

    Exemplo:

    Mas como é mesmo o nome dela?

    fONTE: portugues.com.br/gramatica/palavras-denotativas.html


ID
1943926
Banca
UFCG
Órgão
UFCG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


Os zigue-zagues do conforto 


     Hoje, a ideologia do conforto varreu nossa sociedade. É um grande motor da publicidade e do consumismo. Contudo, o avanço não é linear, havendo atrasos técnicos e retrocessos. Em três áreas enguiçadas, o conforto e desconforto se embaralham.
     A primeira é o conforto acústico. Raras salas de aula oferecem um mínimo de condições. Padecem os professores, pois só berrando podem ser ouvidos. Uma conversa tranquila é impossível na maioria dos restaurantes. Em muitos, não pode haver conversa de espécie alguma. O bê-á-bá do tratamento acústico é trivial. Por que temos de ser torturados por tantos decibéis malvados?
     A segunda é o conforto térmico. Quem gosta de sentir frio ou calor? Na verdade, não se trata de gostar, mas de ser atropelado por imperativos culturais. Por não precisarem se impor pela vestimenta, oficiais britânicos usavam bermudas e camisas de mangas curtas nos trópicos. Mas no Rio de Janeiro, a aristocracia do Segundo Império não saía de casa sem terno, colete e sobrecasaca, todos de espessa casimira inglesa. E mais: gravata, camisa de peito duro, cartola e luvas. E se assim fazia a nobreza, o povaréu tentava imitar. Até o meio século passado, as elegantes usavam casaco de pele na capital. Hoje, a moda deu cambalhota, o chique é sentir frio. Quanto mais importante, mais gélido será o gabinete da autoridade. Mas a maneira de conquistar esse conforto térmico tende a ser equivocada.
     Estive em um hotel do Nordeste amplamente servido pela agradável brisa do mar e cuja propaganda é ser “ecológico”. No entanto, é ar condicionado dia e noite, pois a arquitetura não permite a circulação natural do ar. Pior, como na maioria das nossas edificações, o isolamento é péssimo. Um minuto desligado, e quase sufocamos de calor. Uma parede comum de alvenaria tem um décimo da resistência térmica recomendada pela Comunidade Europeia. E do excesso de vidros, nem falar!
     A terceira é uma birra pessoal, já que minha profissão me leva a falar em público.  Os arquitetos não descobriram que o PowerPoint requer uma sala que escureça e uma iluminação que não vaze na tela. Sem isso, ou a projeção fica esmaecida ou, se é apagada a luz, do professor só se vê o vulto. A solução é ridiculamente simples: um spot no conferencista.
     E assim vamos, aos encontrões com o desconforto, em recorrente zigue-zague.
                                                                                                   
                                                                                                                         (CASTRO, Cláudio de Moura. Veja, 11/02/2015,p.18,fragmento)

Nos fragmentos “pois só berrando podem ser ouvidos” (2º§) e “do professor só se vê o vulto” (5º§), a palavra “só” marca o foco da informação, através do(a)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    o só em ambas as frases pode ser trocado por apenas, assim restrigindo. 

  • SÓ= “sozinho”,  adjetivo, portanto concorda com o nome a que se refere 

    SÓ= “apenas” ou “somente”,  advérbio  – termo invariável. (O advérbio “só” tem valor restritivo)

     


ID
1999417
Banca
AOCP
Órgão
Sercomtel S.A Telecomunicações
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                            A arte perdida de ler um texto até o fim

                A internet é um banquete de informações, mas só aguentamos as primeiras garfadas

                                                                                                                                   Danilo Venticinque

   Abandonar um texto logo nas primeiras linhas é um direito inalienável de qualquer leitor. Talvez você nem esteja lendo esta linha: ao ver que a primeira frase deste texto era uma obviedade, nada mais natural do que clicar em outra aba do navegador e conferir a tabela da copa. Ou talvez você tenha perseverado e seguido até aqui. Mesmo assim eu não comemoraria. É muito provável que você desista agora. A passagem para o segundo parágrafo é o que separa os fortes dos fracos.

   A internet é um enorme banquete de informações, mas estamos todos fartos. Não aguentamos mais do que as duas ou três primeiras garfadas de cada prato. Ler um texto até as últimas linhas é uma arte perdida. No passado, quem desejasse esconder um segredo num texto precisava criar códigos sofisticados de linguagem para que só os iniciados decifrassem o enigma. Hoje a vida ficou mais fácil. Quer preservar um segredo? Esconda-o na última frase de um texto – esse território selvagem, raramente explorado.

   Lembro-me que, no Enem do ano retrasado, um aluno escreveu um trecho do hino de seu time favorito no meio da redação. Tirou a nota 500 (de 1000), foi descoberto pela imprensa e virou motivo de chacota nacional. Era um mau aluno, claro. Se fosse mais estudioso, teria aprendido que o fim da redação é o melhor lugar para escrever impunemente uma frase de um hino de futebol. Se fizesse isso, provavelmente tiraria a nota máxima e jamais seria descoberto.

   Agora que perdi a atenção da enorme maioria dos leitores à exceção de amigos muito próximos e parentes de primeiro grau, posso ir direto ao que interessa. Quem acompanhou as redes sociais na semana passada deve ter notado uma enorme confusão causada pelo hábito de abandonar um texto antes do fim. Resumindo a história: um jornalista publicou uma coluna em que narrava uma longa entrevista com Felipão num avião. A notícia repercutiu e virou manchete em outros sites, até que alguém notou que o entrevistado não era Felipão, mas sim um sósia dele. Os sites divulgaram erratas e a história virou piada. No meio de todo o barulho, porém, alguns abnegados decidiram ler o texto com atenção até o fim. Encontraram lá um parágrafo enigmático. Ao final da entrevista, o suposto Felipão entregava ao jornalista um cartão de visitas. No cartão estavam os dizeres “Vladimir Palomo – Sósia de Felipão – Eventos”. A multidão que ria do engano do jornalista o fazia sem ler esse trecho.

   Teria sido tudo uma sacada genial do jornalista, que conseguiu pregar uma peça em seus colegas e em milhares de leitores que não leram seu texto até o fim? Estaria ele rindo sozinho, em silêncio, de todos aqueles que não entenderam sua piada?

   A explicação, infelizmente, era mais simples. Numa entrevista, o jornalista confirmou que acreditava mesmo ter entrevistado o verdadeiro Felipão, e que o cartão de visitas do sósia tinha sido apenas uma brincadeira do original.

   A polêmica estava resolvida. Mas, se eu pudesse escolher, preferiria não ler essa história até o fim. Inventaria outro desenlace para ela. Trocaria o inexplicável mal-entendido da realidade por uma ficção em que um autor maquiavélico consegue enganar uma multidão de leitores desatentos. Ou por outra ficção, ainda mais insólita, em que o texto revelava que o entrevistado era um sósia, mas o autor não saberia disso porque não teria lido a própria obra até o final. Seria um obituário perfeito para a leitura em tempos de déficit de atenção.

   Se você chegou ao último parágrafo deste texto, você é uma aberração estatística. Estudos sobre hábitos de leitura demonstram claramente que até meus pais teriam desistido de ler há pelo menos dois parágrafos. Estamos sozinhos agora, eu e você. Talvez você se considere um ser fora de moda. Na era de distração generalizada, é preciso ser um pouco antiquado para perseverar na leitura. Imagino que você já tenha pensado em desistir desse estranho hábito e começar a ler apenas as primeiras linhas, como fazem as pessoas ao seu redor. O tempo economizado seria devidamente investido em atividades mais saudáveis, como o Facebook ou games para celular. Aproveito estas últimas linhas, que só você está lendo, para tentar te convencer do contrário. Esqueça a modernidade. Quando o assunto é leitura, não há nada melhor do que estar fora de moda. A história está repleta de textos cheios de sabedoria, que merecem ser lidos do começo ao fim. Este, evidentemente, não é um deles. Mas seu esforço um dia será recompensado. Não desanime, leitor. As tuas glórias vêm do passado.

(http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/06/arte-perdida-de-bler-um-texto-ate-o-fimb.html)

Em “Aproveito estas últimas linhas, que você está lendo, para tentar te convencer do contrário.”, o vocábulo sublinhado possui valor semântico de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    Bizu: Troque o por somente se manter o sentido será uma exclusão.

  • QUETÃO BOA

  • GAB.C

    EXCLUSÃO

  • Só (Advérbio de Exclusão) = apenas, somente, unicamente. 

     

  • Só= apenas

  • Tradicionalmente,  é um advérbio de exclusão, conforme se atesta em J. M. Nunes de Figueiredo e A. Gomes Ferreira, Compêndio de Gramática Portuguesa, Porto Editora, 1976, pág. 301. Nesta gramática, não se refere exceto, mas, tendo em conta fazer-se aí a inclusão de salvo, advérbio semanticamente equivalente, é possível afirmar que, há mais de três décadas em Portugal, se classificavam salvo e exceto como advérbios de exclusão, pelo menos, no contexto escolar.

    No Dicionário Terminológico, as palavras  e exceto são referidas em exemplos referentes à classe dos advérbios de inclusão e exclusão, sem indicar se lhes é dado este ou aquele valor, embora se diga que  tem caráter exaustivo em «Só a Maria faltou à aula» (cf. também João Costa, O Advérbio em Português Europeu, Lisboa, Edições Colibri, p. 65, onde o autor propõe classificá-lo entre os advérbios focalizadores de caráter exaustivo). Não obstante, no quadro da aplicação do DT, a Gramática Prática de Português (Texto Editora, 2010, pág. 258), de M. Olga Azevedo et al., apresenta apenasexceto e unicamente em exemplos de advérbios de exclusão.

    Refira-se, por último, que a Gramática do Português da Fundação C. Gulbenkian (2013, pág. 1667-1671) classifica  entre os advérbios focalizadores exclusivos, enquanto considera exceto uma preposição.

     

    LETRA C

     

    https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/so-adverbio-de-exclusao/32561

  • SÓ= “sozinho”,  adjetivo, portanto concorda com o nome a que se refere 

    SÓ= “apenas” ou “somente”,  advérbio  – termo invariável. (O advérbio “só” tem valor restritivo)

  • Emitirá valor de EXCLUSÃO na medida em que restringiu a uma pessoa o que estava sendo lido, excluindo todas as demais.

    O vocábulo exprime, portanto, dois valores, dependendo do referencial.

    Se houvesse a opção "restrição", a questão teria duas respostas.

  • Também pensei em realce, já que o texto trata do "eu e você" então por lógica você ou só você já seria exclusão.

  • O "SÓ" tem sentido de somente, apenas uma pessoa esta vendo ninguém mais.

  • acho que nenhum dos que comentaram leu o texto. kkkkkkkkkkkkkkk Acertei a questão, SO/SOMENTE você está lendo, exclui-se a possibilidade de outros leitores.

  • musica do latino pra galera : só você que me Facina só você que me alucina só você que me faz delirar com o seu jeito de Amar ! perceba que ele exclui todo mundo . e disse só você amor . logo se percebe uma EXCLUSAO " KKKKKK
  • Somente vc e mais ngm.

  • cai bonito viu

  • Acertei, mas foi difícil! Elevou o moral aqui!


ID
3185941
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Sabará - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todo filho é pai da morte de seu pai

Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.

É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.

É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.

É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.

E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai.

Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.

E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.

Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.

Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.

A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.

A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.

Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.

Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?

Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete. E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.

No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:

— Deixa que eu ajudo.

Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.

Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.

Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.

Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai. Acalmou o pai.

E apenas dizia, sussurrado:

— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.

(Autor desconhecido. Disponível em: http://www.contioutra.com/todo-filho-e-pai-da-morte-de-seu-pai/. Acesso em: 27/12/2016.)

É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela – tudo é corredor, tudo é longe.” (4º§) De acordo com o contexto empregado, o termo “só” pode ser substituído, sem que haja alteração de sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ??É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje suspira, geme, procura onde é a porta e onde é a janela ? tudo é corredor, tudo é longe.? (4º§) ? o termo denota exclusão e equivale a apenas (apenas suspira, apenas geme, apenas procura).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • ''Só'' está entre um advérbio e um verbo , só pode ser advérbio, adjetivo ou verbo. Depois , basta classificar.


ID
3799579
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

Em “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle”, assinale a alternativa que remete ao sentido da palavra “só”, neste contexto.

Alternativas

ID
4885633
Banca
UFMT
Órgão
UFMT
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda à questão.


Café na dose certa para preservar a sua saúde  


“O café é a bebida que desliza para o estômago e põe tudo em movimento.” Quando registrou esta frase, o escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850), um aficionado do líquido – há quem diga que entornava de 20 a 50 doses por dia -, certamente se referia ao poder energizante do fruto do cafeeiro. Afinal, com o auxílio dele, o autor deu cabo de uma obra com mais de 10 mil páginas. O que Balzac não podia imaginar é quão feliz foi em deixar a frase assim, tão abrangente. Atualmente, a ciência já sabe que dar disposição é só uma das qualidades do café.  

O curioso é que ele chegou a amargar uma posição de desprestígio, mesmo sendo amplamente degustado. [...]. Segundo o médico, uma das explicações para esse bafafá todo tem a ver com o fato de que os primeiros estudos foram conduzidos com seu componente mais famoso, a cafeína – responsável pelo estado de excitação. “Só que os cientistas usavam altas doses e de uma só vez”, explica. Daí ocorriam batedeira no peito, aumento da pressão. [...]. Nesse sentido, o conteúdo da xícara seria mais poderoso que o vinho tinto. Certamente não é desculpa para exagerar, como Balzac fazia. De três a cinco xícaras por dia compõem a quantidade ideal para degustar dos seus benefícios. [...]. 


(Disponível em http://saude.abril.com.br/, acesso em agosto de 2017. Adaptado.)

A palavra só apresenta diversos empregos. Um deles observa-se no trecho: Atualmente, a ciência já sabe que dar disposição é só uma das qualidades do café. Assinale a afirmativa que apresenta esse mesmo uso da palavra só.

Alternativas
Comentários
  • Gab : B

    No contexto o SÓ equivale a apenas, logo basta procurar dentre as alternativas a que possui mesmo valor.

    Eu APENAS fiz uma prova hoje.

  • Com exceção da letra B (nosso gabarito), as demais alternativas apresentam o no sentido de SOZINHO

  • Tal palavra, ora pode ser um adjetivo, ora um advérbio, e como tais, são passíveis ou não de flexão. Retratando o sentido de “sozinho”, o “só” se caracteriza como adjetivo, concordando, portanto, com o termo a que se refere. Constatamos que essa afirmativa efetivamente se evidencia por meio dos seguintes exemplos:

    Os fatos se explicam por si sós. (constatamos que o adjetivo “sós” concorda com o substantivo “fatos”)

    Os alunos estão sós na sala. (Idem à análise anterior)

    Não gosto de me sentir só. (Idem)

    Quando assume a acepção semântica retratada por “apenas” ou “somente”, classifica-se como um advérbio, logo, invariável. De tal modo, constatemos:

    As propostas serão reveladas só amanhã. (somente)

    https://mundoeducacao.uol.com.br/gramatica/analisando-as-distintas-posicoes-ocupadas-pela-palavra.htm#:~:text=Tal%20palavra%2C%20ora%20pode%20ser,termo%20a%20que%20se%20refere.

  • Acertei essa questão analisando a presença do verbo, próximo da palavra "".

    Atualmente, a ciência já sabe que dar disposição é uma das qualidades do café

    Eu fiz uma prova hoje

  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento em semântica. O candidato deve indicar a assertiva que a palavra "só" possui o mesmo valor que a da frase abaixo. Vejamos:

    Atualmente, a ciência já sabe que dar disposição é só (apenas) uma das qualidades do café.

    Sabendo que a palavra "só" possui valor de "apenas", iremos procurar uma assertiva de igual valor. Analisemos:

    a) Incorreta.

    Era uma ilha só (sozinha) e afastada.

    b) Correta.

    Eu só (apenas) fiz uma prova hoje.

    Esta é a única assertiva que a palavra só possui o mesmo valor que da frase em exposição, pois possui valor de "apenas", ou seja, é um advérbio de intensidade.

    c) Incorreta.

    O partido político de Cuba governa só (sozinho).

    d) Incorreta.

    Ela, nos últimos tempos, tem se sentido extremamente (sozinha).

    Gabarito: B


ID
5057716
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Capanema - PA
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pela emancipação masculina
   Uma pequena aglomeração na orla da Barra da Tijuca. Homens, em sua esmagadora maioria. O carro de som parado, o zunido do microfone enquanto passam o som, a faixa ligeiramente torta. É a primeira passeata masculinista do Brasil.
  João Marcelo é aquele cara ali, vestindo regata. Ele organizou o evento pelo WhatsApp. Tudo começou por causa de um controle remoto. Sempre que Miriam, sua esposa, botava o pé para fora de casa, o controle da TV desaparecia. E só quando ela voltava, o mistério era solucionado: estava na cara dele o tempo todo.
  Foi nesse meio-tempo, assistindo ao Rodrigo Hilbert a contragosto, que João Marcelo se deu conta da violência diária e silenciosa que ele sofria: a dependência do sexo feminino.
   Agora, João Marcelo quer que todos os homens sejam livres. E ele não está sozinho. Paulão é segurança particular e já perdeu dois empregos por causa de seu terno “abarrotado” (sic). Depois que a Sandra foi embora, ele parece um cosplay de Agostinho Carrara. Vocifera ao megafone em defesa de meninos inocentes que dependem dos caprichos de uma mãe, às vezes até de um pai – “porque homem oprime homem também!” – para se alimentar e fazer a própria higiene pessoal. É um projeto de dominação diabólico que visa domesticar os homens para sempre, desde pequenos.  
   Uma ciclista curiosa interpela os manifestantes. Lidiane quer saber que injustiças são essas que esses homens alegam estar sofrendo. O tom da moça causa revolta. O feminismo é a pauta da vez, ninguém fala das mazelas do homem, só se ele for gay. Ela claramente não conhece a angústia de sair de casa para comprar rúcula e voltar com um ramo de espinafre. Ou de abrir uma gaveta cheia de meias soltas e não conseguir formar um par. Paulão tira a camisa envergonhado, exibindo os cravos que se alastram em suas costas.
    Indiferente àquele tumulto em prol do empoderamento masculino, Lidiane pedala para longe, sob algumas vaias.
    Os cartazes começam a despontar na pequena multidão, estampando frases de efeito como: “minha próstata, minhas regras”, “a cada 11 minutos, um homem é obrigado a trocar um pneu no Brasil” e “paternidade é uma escolha, não uma obrigação”. A passeata segue pacificamente até ser interrompida por um apelo emocionado do organizador ao microfone: “Alguém viu minha carteira?”.
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/manuelacantuaria/2019/09/pela-emancipacao-masculina.shtml. Acesso em: 10/09/2019. Manuela Cantuária.)

I. “E só quando ela voltava, o mistério era solucionado.” (2º§)

II. “O feminismo é a pauta da vez, ninguém fala das mazelas do homem, só se ele for gay.” (5º§)

As palavras destacadas explicitam, respectivamente, sentido de:

Alternativas
Comentários
  • Sempre é bom analisar o contexto, mas quando a frase estiver com dois verbos e há presença de dependência (oração subordinada), a conjunção "quando" tem valor de "tempo" e a conjunção "se" tem valor de "condição".

    GABARITO B


ID
5527066
Banca
FGV
Órgão
TJ-RO
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um pai envia do interior do estado uma mensagem para seu filho, na capital: “Filho, vou até aí na segunda-feira só para almoçar com você!”

Nesse caso, o termo SÓ tem o mesmo valor em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    Só / Apenas (advérbio)

    Só/sozinho (Adjetivo)

  • Eu gostaria de uma explicação melhor.

  • Só = somente ,apenas ( advérbio )

    Só = sozinho ( adjetivo )

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Complemento :

    → Função de advérbio: a) quando modifica um verbo ou um adjetivo; b) nesse caso, equivale a somente, unicamente, apenas; c) nessa situação, é invariável. Exs.: i) "O réu só queria protelar o andamento do feito"; ii) "Os réus só queriam protelar o andamento do feito".

    → Função de adjetivo: a) quando modifica um substantivo; b) nesse caso equivale a sozinho, desacompanhado, solitário; c) nessa situação, é variável. Exs.: i) "O réu ficou só"; ii) "Os réus ficaram sós".

  • Só = somente (advérbio )

    Só = sozinho, apenas (adjetivo)

    Filho, vou até aí na segunda-feira para almoçar com você!” = Apenas para

    A - Briguei com ele porque ele a ofendeu;

    Sentido de somente = Em outras palavras - briguei somente por isso.

    B - por causa de dez reais, não precisava tudo isso;

    Sentido de somente = Em outras palavras - não precisava de tudo isso apenas por causa de 10 reais.

    C - para almoçar, eu levei mais de duas horas;

    Sentido somente = Em outras palavras - para almoçar somente

    D - Fiquei lá só para assistir ao espetáculo; 

    Gabarito. Finalidade de assistir ao espetáculo

    E - Do arbusto, só nasceram duas flores.

    Sentido somente = Em outras palavras - Nasceram duas flores somente.

    Alguém?

  • Gab d!

    Só = somente (advérbio - não vai ter variação para plural)

    Só = sozinho, apenas (adjetivo - varia plural, ex: estou só / estamos sós.

    A Sós = significa ''sem mais companhia) advérbio que não varia plural e singular.  A sós significa consigo próprio, sem mais companhia. Exemplos: Meu avô quer ficar a sós / Estamos a sós

  • Filho, vou até aí na segunda-feira para almoçar com você!

    E eu que pensei que ele foi somente almoçar com o filho kkkkk

  • substitui por "APENAS "e deu certo

  • Esquece o "só". Foque no "para". A ideia da frase é falar que você fez algo com a finalidade de...

  • Pensei em exclusivamente para substituir.

  • Coloquei A fim de...

    ...

    A gente vai como pode,importante é acerta...

  • Coloquei A fim de...

    ...

    A gente vai como pode,importante é acerta...

  • Leia-se a frase:

    “Filho, vou até aí na segunda-feira para almoçar com você!”

    Para resolver corretamente questões que envolvem semântica (sentido de palavras), considere outros que não os gramaticais. Perceba que o advérbio "só" encerra um sentido que se pode dizer positivo. O pai se deslocará exclusivamente para almoçar com o filho. Isso é uma atitude muito nobre, positiva para a relação entre pai e filho, pois demonstra a importância que aquele dá a este. Sirva-se do mesmo raciocínio para as opções abaixo.

    a) Briguei com ele só porque ele a ofendeu;

    Incorreto. O advérbio "só" tem valor negativo;

    b) Só por causa de dez reais, não precisava tudo isso;

    Incorreto. O advérbio "só" tem valor negativo;

    c) Só para almoçar, eu levei mais de duas horas;

    Incorreto. O advérbio "só" tem valor negativo;

    d) Fiquei lá só para assistir ao espetáculo; 

    Correto. Aqui tem idêntico valor ao que está presente na frase do enunciado: alguém considerou tão importante o espetáculo que permaneceu em determinado lugar para assistir;

    e) Do arbusto, só nasceram duas flores.

    Incorreto. O advérbio "só" tem valor negativo.

    Letra D

  • Eu marquei a letra D porque é o único que traz consigo a ideia de finalidade, assim como no enunciado da questão. Nas demais ele traz outras ideais.

  • SÓ = APENAS.

    GABARITO: D

  • Incrível como temos que analisar cada detalhe nas questoes da FGV! Nada está ali por acaso...

    “Filho, vou até aí na segunda-feira só para almoçar com você!”

    Identifique o termo SÓ que possui o mesmo valor da assertiva acima:

    Gabarito D: Fiquei lá só para assistir ao espetáculo. O sentido aqui é de ação única.

    A alternativa B: "Só para almoçar, eu levei mais de duas horas", indica a possibilidade de ter feito outras ações.

    Eu errei, mas depois de analisar melhor as alternativas, consegui entender o motivo de a letra D está correta.

    O macete é não desistir e aprender com nossos erros! Todos somos capazes!!

  • engraçado que dificilmente tem comentários do professor nas questões de português.

  • substitui o "só" por "exclusivamente", já que a ideia do enunciado é essa. Fui um pouco além, mas deu certo. FGV exige isso :)
  • “Filho, vou até aí na segunda-feira só para almoçar com você!”

    só para = "FINALIDADE EXCLUSIVA"

    dai eu busquei nas opções oq melhor se encaixava nessa sentido:

    • A e B tem sentido de causa exclusiva
    • E indica número aquém do esperado

    sobraram C e D que entendi que se enquadram no sentido de FINALIDADE EXCLUSIVA, mas entendi q D se alinha melhor com o modelo apresentado

    (em C a pessoa almoçou e fez outras coisas. já em D a pessoa ficou la com a FINALIDA EXCLUSIVA de assistir o espetáculo, logo D era uma aplicação IDENTICA a do modelo.)

  • As explicações daqui estão, na maioria, terríveis. cuidado, galera!

  • O que matou essa questão foi o sentido de finalidade.

  • “Filho, vou até aí na segunda-feira só para almoçar com você!”

    usei o raciocínio de FINALIDADE. vou ai somente, com a finalidade de almoçar .......

  • Vou na casa do meu tio SÓ para almoçar.

  • [...] apenas para almoçar com voçê!

  • Eu percebi que o Só da questão dava ideia de finalidade. A alternativa D é a única que apresenta a mesma idéia

  • Pensei da seguinte maneira:

    "Só", na primeira oração, é um advérbio que indica finalidade. Por ser um advérbio, podemos por troca-lo por um equivalente o "apenas".

    A única frase que é passível de troca do apenas com sentido de finalidade é alternativa D.

  • Gabarito D...

    Briguei com ele só porque ele a ofendeu;

    B poderia brigar por outro motivo;

    Só por causa de dez reais, não precisava tudo isso;

    Só para almoçar, eu levei mais de duas horas;

    C poderia ser por causa de outro motivo;

    D foi lá só por esse motivo com o mesmo valor do enunciado, só para almoçar com filho; GABARITO

    Fiquei lá só para assistir ao espetáculo; 

    Do arbusto, só nasceram duas flores.

    E poderia ter nascido mais flores.

  • A letra D, pra mim tem ambiguidade.

  • Respondi pensando que havia uma "finalidade". O texto apresentado, bem como a alternativa D, indicaram para mim uma finalidade.

  • Acho que é uma questão de semantica, a frase do enunciado o termo "só" (advérbio) introduz uma ideia de finalidade. Ajudaria perguntar "para que?"

    A) Briguei com ele só porque ele a ofendeu; - ideia de causa (a causa da briga).

    B) Só por causa de dez reais, não precisava tudo isso; - ideia de motivo (mas não tenho certeza)

    C) Só para almoçar, eu levei mais de duas horas;

    D) Fiquei lá só para assistir ao espetáculo; - ideia de finalidade.

    E) Do arbusto, só nasceram duas flores.

  • TROCA POR FINALIDADE

    A Briguei com ele só porque ele a ofendeu; FINALIDADE /ERRO

    B Só por causa de dez reais, não precisava tudo isso; FINALIDADE /ERRO

    C Só para almoçar, eu levei mais de duas horas; FINALIDADE /ERRO

    D Fiquei lá só para assistir ao espetáculo; FINALIDADE CERTO

     E Do arbusto, só nasceram duas flores. FINALIDADE /ERRO

    SE HOUVER ERRO, ME AVIZEM POR FAVOR

  • Não é nível FGV!

  • Nunca estudei pra prova da FGV. Não fazia ideia do que responder. Acertei SÓ no feeling.

  • Troquei por exclusivamente e onde fez mais sentido acertei.

  • Comentários sinistros que só enrolam mais a cabeça de quem está estudando. Nesse caso aí vc tem que pensar : filhou vou aí na segunda só para te ver ( “só” indica a finalidade do pai ir até tal lugar para ver o filho. FINALIDADE)

    resposta certa : fiquei lá só para assistir ao espetáculo ( finalidade apenas assistir ao espetáculo )

    cuidado na hora de fazer essas questões da FGV nem sempre a resposta vai tá em sentidos gramaticais , é necessário observar o contexto com cautela e ter paciência , não adianta querer resolver a questão em 1 minuto

  • A questão requer conhecimento sobre o valor morfossintático da palavra “só".


    Em “Filho, vou até aí na segunda-feira só para almoçar com você!", a palavra é adjetivo e significa sozinho.





    Alternativa (A) incorreta - É palavra denotativa de restrição, equivale a somente e apenas.





    Alternativa (B) incorreta - É palavra denotativa de restrição, equivale a somente e apenas.





    Alternativa (C) incorreta - É palavra denotativa de restrição, equivale a somente e apenas.





    Alternativa (D) correta - É adjetivo e significa sozinho.





    Alternativa (E) incorreta - É palavra denotativa de restrição, equivale a somente e apenas.





    Gabarito da Professora: Alternativa (D).

  • nesses tipos de questão é bom trocar por alguma palavra que faça sentido na frase, eu tentei trocar primeiro por somente , mais ainda sim fiquei na duvida, então reli a questão e percebi que caberia bem trocar só por (especialmente) e fui substituindo as outras e a alternativa D foi a unica que se encaixou bem com a troca.

  • Dá para achar a resposta certa trocando nas frases: "apenas", por "apenas com a intenção".

    Apenas na letra D vai fazer sentido

  • GABARITO: D

    Fiquei lá só para assistir ao espetáculo

  • troquei o "só" por "exclusivamente" e vi em qual se encaixava melhor.

  • GABARITO: LETRA D

    A única alternativa que o "só" indica uma finalidade.


ID
5551141
Banca
CPCON
Órgão
Prefeitura de Viçosa - RN
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

PICHINCHA A BORDO


Os ônibus entram na onda dos aplicativos de viagens compartilhadas no estilo Uber, provocam queda significativa nos preços e sacolejam o mercado (FERNANDO MOLICA E MARIA CLARA VIEIRA)


Fretar um ônibus remete à ideia de um negócio de alta envergadura, que envolve logística complicada. Pois esqueça o velho conceito, reinventado nos dias de hoje para atender um novo propósito: transportar gente que quer viajar pagando menos e sem ter trabalho. Até agora, duas empresas vêm chacoalhando o universo rodoviário ao oferecer um serviço já conhecido como o “Uber dos ônibus”. A exemplo do aplicativo que imprimiu outra lógica em um setor dominado pelos táxis, a safra que abarca os coletivos só opera on-line e consegue emagrecer os preços à base do casamento da demanda com a oferta. À medida que as pessoas compram as passagens na internet, a ocupação vai subindo, subindo, até que a turma reunida é suficiente para garantir o aluguel do ônibus com motorista – afinal é disso que tratam a paulista Buser, a maior do mercado que se desbrava no Brasil, e a gaúcha Levebus. Elas são “facilitadoras no compartilhamento”, como reza o jargão, e não companhias de transporte, já que não têm um único veículo na garagem. [...]”

(Veja, 28/08/19)

Analise os fragmentos textuais extraídos do texto acima, com atenção para as formas linguísticas em destaque, de modo a verificar a veracidade das proposições.


I- Em: “Até agora, duas empresas vêm chacoalhando o universo rodoviário ao oferecer um serviço já conhecido como o “Uber dos ônibus [...]”, tem-se o uso da preposição com valor de limite temporal.

II- Em: “À medida que as pessoas compram as passagens na internet, a ocupação vai subindo, subindo, até que a turma reunida é suficiente para garantir o aluguel do ônibus com motorista [...]”, tem-se o uso da locução conjuntiva com valor de limite.

III- Em: “Elas são “facilitadoras no compartilhamento”, como reza o jargão, e não companhias de transporte, já que não têm um único veículo na garagem.”, a conjunção introduz a oração adverbial comparativa.

IV- Em: “[...] a safra que abarca os coletivos opera on-line e consegue emagrecer os preços à base do casamento da demanda com a oferta.”, o item classifica-se como partícula denotativa de restrição.


É CORRETO o que se afirma apenas em: 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se julgamento das assertivas:

    I- Em: “Até agora, duas empresas vêm chacoalhando o universo rodoviário ao oferecer um serviço já conhecido como o “Uber dos ônibus [...]”, tem-se o uso da preposição com valor de limite temporal.

    Correta. O termo destacado é preposição que, juntamente do advérbio agora, dá corpo a adjunto adverbial temporal, indicando limite temporal.

    "Até 2019, o mundo não moderno não conhecia uma grande pandemia." - A preposição indica um limite no tempo, até 2019 não conhecia, após passou a conhecer.

    II- Em: “À medida que as pessoas compram as passagens na internet, a ocupação vai subindo, subindo, até que a turma reunida é suficiente para garantir o aluguel do ônibus com motorista [...]”, tem-se o uso da locução conjuntiva com valor de limite.

    Correta. A construção "até que" atua na passagem como locução conjuntiva que introduz oração subordinada adverbial temporal.

    À semelhança do que ocorre na primeira assertiva, temos aqui um limite temporal em relação ao enunciado na oração principal.

    III- Em: “Elas são “facilitadoras no compartilhamento”, como reza o jargão, e não companhias de transporte, já que não têm um único veículo na garagem.”, a conjunção introduz a oração adverbial comparativa.

    Incorreta. O termo destacado é conjunção subordinativa adverbial conformativa, introduzindo na passagem oração de mesma classificação.

    "...como reza o jargão/conforme o que reza/ de acordo com o que reza..."

    IV- Em: “[...] a safra que abarca os coletivos  opera on-line e consegue emagrecer os preços à base do casamento da demanda com a oferta.”, o item  classifica-se como partícula denotativa de restrição.

    Correta. A NGB, ao tentar unificar a denominação dos termos da língua portuguesa no Brasil, criou classificação à parte para os termos que, embora denotem circunstâncias, não são classificados propriamente como advérbios, ficando vulgarmente conhecidas como palavras denotativas, ou termos denotativos.

    Dentro dessa classificação, que não se relaciona com nenhuma das outras dez classes morfológicas, podemos classificar o termo "", quando indicativo de exclusão/restrição, como palavra denotativa de restrição.

  • I - Locuções subordinativas temporais

    Expressam ideia de tempo: antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que.

    Exemplo: Ela trancou a porta antes que eu pudesse me explicar.

    Locuções subordinativas temporais

    Expressam ideia de tempo: antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que.

    Exemplo: Ela trancou a porta antes que eu pudesse me explicar.

  • Essa é uma questão de interpretação textual aplicada aos recursos gramaticais presentes nos quatro tópicos que a banca destacou no enunciado. Sendo assim, é preciso analisa-los para descobrir quais assertivas estão corretas e quais não.

    Assim, em I, temos uma afirmação coerente, já que, no trecho citado, a preposição “até" realmente marca um limite temporal, dizendo que até aquele determinado momento, duas empresas vinham se destacando na prestação de serviço prestada. Embora, no futuro, tal situação possa mudar, a realidade, até aquele momento, era a informada na frase I.

     Em II, novamente temos a preposição “até" (dessa vez formando locução com o vocábulo “que") indicando que, quando “a turma reunida é suficiente para garantir o aluguel do ônibus com motorista", a ocupação no ônibus a ser alugado para de subir. Ou seja, temos aqui a locução prepositiva “até que" claramente indicando um limite (assim que algo ocorre, outra coisa deixa de acontecer).

    Na proposição III, diz-se que a conjunção “como" encerra uma oração adverbial comparativa – “como reza o jargão". No entanto, o que se estabelece a partir da preposição “como" não é uma comparação, e sim uma conformidade. Tanto é assim que a substituição da conjunção “como" pela conjunção “conforme" cabe perfeitamente na oração. Assim, temos aqui uma assertiva incorreta.

    Por fim, em IV, é dito que o “só" destacado em negrito é “partícula denotativa de restrição" (ou palavra que tem sentido de restrição) e, de fato, no trecho “a safra que abarca os coletivos  opera on-line" o vocábulo “só" está dizendo que tal safra opera apenas on-line, que ela se restringe a esse modo de operar.

    Portanto, temos como corretas as proposições I, II e IV, o que faz da alternativa B a opção correta a ser marcada.

    Gabarito do professor: Letra B.