SóProvas



Prova CESPE - 2010 - Instituto Rio Branco - Diplomata - 2ª Etapa C


ID
87928
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A economia monetária analisa a oferta e a demanda de moeda, fundamentais para o estudo de importantes variáveis macroeconômicas, tais como taxa de juro e inflação. Com base nessa teoria, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA: D

    (A) FALSO. O M2 é constituído pelo M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições. As quotas de fundos de renda fixa integram o M3.

    (B) FALSO. Não dá para calcular. Há duas fórmulas para se calcular o multiplicador monetário. Nas duas fórmulas, é preciso conhecer a relação entre os encaixes bancários e os depósitos à vista nos bancos comerciais. O que se forneceu na questão foi a relação reservas/depósitos que é diferente da relação encaixes/depósitos. Os encaixes correspondem à soma entre os encaixes em moeda corrente mais as reservas bancárias. Se o enunciado tivesse dito que os encaixes em moeda corrente eram iguais a zero, então poder-se-ia calcular o multiplicador que teria valor exatamente igual a 3,67 .

    (C) FALSO. Para Keynes, as pessoas demandavam moeda por 3 motivos diferentes: transação, precaução e especulação. O problema da questão está no fato de que cartões de crédito e de débito são conceitos diferentes. O cartão de débito (função similar ao cheque) permite acesso ao saldo de conta corrente do usuário, enquanto que o cartão de crédito é, na realidade, dinheiro que se toma emprestado para fazer compras. O uso de cartões de crédito, por exemplo, pode alterar a demanda por moeda, ao contrário do que o item afirma, porque pode reduzir a quantidade de moeda que as pessoas precisam portar.

    CONTINUA


  • (D) VERDADEIRO. Partindo do pressuposto de que a afirmação acerca dos valores da redução da taxa de redesconto pelo FED está certa - seria muito improvável que alguém tenha memorizado esse valor antes de realizar a prova - a consequência do que se afirma está correta, pois a diminuição da taxa de redesconto é uma das maneiras utilizadas para se elevar a oferta monetária, reduzindo o custo de crédito e estimulando a economia, quando a política monetária é efetiva para tal.

    ‎(E) FALSO. A hipótese clássica é a constância da velocidade de circulação da moeda.
  • Tipos de Moeda
    M1= PMPP + DV ou Papel Moeda em Poder Público + Depósito a Vista (cheque e cartão de débito).
    PMPP= PMC - Caixa dos Bancos Comerciais
    PMC= Pme - Caixa do Bacen ou Papel Moeda Emitido + o que não está em circulação.
    M2= M1+ Depósito a Curto  Prazo
    M3= M2 + Depósito a Longo Prazo ---> Ex: renda fixa
  • Sobre a alternativa (B):

    O Multiplicador Monetário K = 1 / (1 - d (1 - r) )
    d --> Depósitos a Vista / M1 = DV / M1
    r --> Reservas Totais / Depósitos a Vista = R / DV

    O item informa que:
    Reservas / Depósitos = 0.2
    Papel-Moeda / Depósitos = 0.1 = PM / DV

    Temos que M1 = PM + DV

    Daí, d = DV / ( PM + DV )  -------->   d = 1 / [ (PM / DV) + 1 ]  ------>   d = 1  / 1.1  = 0.909
    Como r é dado na questão, temos:

    K = 1 / [ 1 - 0.91 * ( 1 - 0.2 ) ]
    K = 3.67


    Será que fui pego por alguma incoerência? Mas para mim o item estaria correto.
    Qual será o erro?



  • UM ADENDO AO COMENTÁRIO DO ITEM B

    Baseado no livro "Como passar em concursos de diplomacia", da editora Foco Jurídico, página 429, o item B estaria errado pelo seguinte motivo:

    "O problema é que a questão não nos diz se os depósitos são à vista ou se incluem os depósitos a prazo, de forma que não sabemos se se trata de M1 ou M2."

    A resposta do livro, a meu ver, está corretíssima. O examinador não especifica se o depósito é à vista. Uma vez que o depósito à vista é utilizado na fórmula do multiplicador bancário, o item estaria errado por não especificá-lo. Ainda que eu acredite que meu comentário ao item B também seja válido, o mencionado livro responde de modo mais pertinente o problema; desse modo, pediria aos usuários do Questões de Concursos que desconsiderem o meu comentário ao item B, e levem em conta o que foi dito neste adendo.
  • Rafael, o erro da letra "b", é que a banca oferece a razão papel-moeda/depósitos, mas, na fórmula do multiplicador bancário, "d" é a razão depósitos/papel-moeda. Logo, a banca INVERTEU a razão.

  • Atenção: desconsiderem o comentário da Cibele, porquanto ele está duplamente errado: "Rafael, o erro da letra "b", é que a banca oferece a razão papel-moeda/depósitos, mas, na fórmula do multiplicador bancário, "d" é a razãodepósitos/papel-moeda. Logo, a banca INVERTEU a razão."

       (erro 1) "d" é a razão entre "depósitos à vista" e "meios de pagamento", e não o que Cibele afirmou
       (erro 2) mesmo que a banca tivesse fornecido a razão papel-moeda/depósitos e você quisesse utilizar depósitos/papel-moeda, bastaria inverter o valor (1/x) para obter o valor que você queria; note que não é o caso;

    Dica: quando a banca não fornecer exatamente a relação que você precisa, você pode utilizar duas formas básicas para obter a relação que deseja:      (a)  BM (base monetária) = PMPP + ET (encaixes totais)        (b)  MP (meios de pagamento, M1) = PMPP + DV (depósitos à vista)    
    Por exemplo, se a questão fornece o dado PMPP/DV, mas o que precisamos é DV/MP, utilize a fórmula (b) acima para obter o que precisa.


  • C) e E) 

    Velocidade da moeda: é a frequência média em que a unidade monetária é gasta num certo período de tempo, isto é, a quantidade de "giros" que ela dá durante um período determinado, criando renda. No curto prazo a velocidade da moeda é constante, tal que, a equação quantitativa expressa a relação de proporcionalidade entre o estoque da moeda e o nível de preço, porque o produto também é constante.

    Na teoria clássica, a velocidade da moeda é considerada relativamente estável ou constante a curto prazo, já que depende de alguns parâmetros que se modificam lentamente, tais como hábitos da coletividade (quanto maior a utilização de cheques e cartões de crédito, menor a necessidade de reter moeda) e o grau de verticalização da economia (por exemplo, quando a Ford comprou a Philco, diminuiu sua necessidade de manter moeda em caixa, dado que as operações entre Ford e Philco passaram a ser meramente contábeis, no âmbito do próprio grupo).

  • A questão não informa se os depósitos são à vista ou se incluem os depósitos à prazo. Desse modo, não dá para saber se o item está falando do M1 ou M2. Caso fossem depósitos à vista, o item estaria correto, pois: m = PMPPDV+ 1PMPPDV + RDV

    Substituindo R/DV por 0,2 e PMPP/DV por 0,1, temos 3,67 como o valor do multiplicador.


ID
87931
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A globalização do espaço econômico torna o estudo da economia internacional cada vez mais relevante para o entendimento das relações de comércio entre as nações. A esse respeito, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Sobre porque o item C está errado:

    A teoria da paridade do poder de compra diz que a taxa de câmbio nominal entre as moedas de dois países reflete os níveis de preços desses dois países. Se um dólar compra a mesma quantidade de bens nos EUA e no Japão, então o número de ienes por dólar reflete os preços dos bens nos EUA e no Japão. Por exemplo, se um quilo de café custa 500 ienes no Japão e 5 dólares nos EUA, então a taxa de câmbio nominal deve ser de 100 ienes por dólar. A taxa de câmbio nominal é igual à razão entre o nível de preços externos e o nível de preços internos.

    Uma implicação-chave dessa teoria é que as taxas de câmbio nominais mudam quando os níveis de preços mudam.

    Se um país tem inflação, seus preços sobem, portanto sua moeda desvaloriza, o contrário do que a questão afirma no final.
        inflação --> moeda nacional desvaloriza
  • Sobre porque o item E está errado (em resposta ao José Adolfo)

    No curto prazo, a utlização de barreiras comercias (tarifária ou não tarifárias) melhora as exportações líquidas (X-M), pois reduzem as importações (M).

    Mas no longo prazo, a melhora nas exportações líquidas vai necessariamente valorizar a moeda nacional (apreciação da taxa de câmbio). O câmbio valorizado vai prejudicar as exportações líquidas, pois desestimula exportações (X) e estimula importações (M).

    A chave da questão está no termo "longo prazo", pois o efeito inicial de melhora das exportações líquidas no curto prazo será desfeito por causa da valorização da moeda nacional.
  • a) menores custos comparativos. A ideia é que um país A pode ter menores custos na produção de 2 bens do que o país B (vantagem absoluta). Porém ele vai se especializar na produção do bem que custa menos para ele. Já o país B se especializará na produção do outro bem. Isso é chamado vantagem comparativa e um país não pode ter vantagem comparativa na produção de ambos os bens, só vantagem absoluta

    b) correto, essa argumentação é bastante presente na história da economia brasileira

    c) A explicação completa foi feita acima. Fica uma dica rápida pros que gostam de decoreba: 
    taxa de câmbio real (no caso brasileiro): E = e . Pe/Pd  (onde e = tx. câmbio nominal, Pé o nível de preços (inflação) externo e Po doméstico).
    Logo, se a nossa inflação (brasileira) sobe, a tx de câmbio real E cai (valoriza). Então a pressão é para a desvalorização cambial, ou seja, para que E suba

    d) Sim, pode

    e) mais exportações, menos importações > câmbio valoriza (queda da taxa de câmbio real) no LP. 
  • Admito que o item "c" ainda não está muito claro para mim, mesmo depois dos comentários. 
    Meu entendimento é que se a moeda de um país está desvalorizada em razão de inflação alta, isso favorecerá as exportações deste país, já que moedas fortes podem adquirir mais produtos com pouco dinheiro. POr esse motivo, acredito que exista sim uma pressão de concorrentes para que o país de moeda desvalorizada, apreciem, valorizem sua moeda; fazendo isso o comércio internacional se aproximaria do equilíbrio.
    VEr a China, por exemplo. Possui uma moeda artificialmente desvalorizada e sofre pressão externa para valorizá-la.
  • As explicações antigas não existem mais, então não entendi bem os "complementos" feitos posteriormente. 


ID
87982
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com relação às contas nacionais, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Justificativa CESPE:

    O fato de não ter sido especificado, na opção apontada como gabarito, que se tratava
    de valor da produção de bens e serviços finais, comprometeu a precisão da definição de produto
    nacional bruto (PNB), fato suficiente para determinar a anulação da questão.
  • QUESTÃO ANULADA

    A) >>Na conta de transações correntes do balanço de pagamentos do país, entre outros itens, registram-se as(os) B) exportações e as importações de mercadorias feitas pelos residentes no país.

    >>Acerca da macroeconomia, julgue o item subsequente. Déficits nas transações correntes do balanço de pagamentos de um país podem não ser preocupantes se o país apresentar superávit na conta de capital e finanças do balanço de pagamentos. (CERTO)

    B)>> A respeito de macroeconomia, contabilidade nacional e teoria monetária, julgue (C ou E) os itens seguintes. O Produto Nacional Bruto (PNB) representa o valor dos bens e serviço finais, em preços correntes, e o seu deflator é obtido pela razão entre o PNB nominal e o PNB real. (CERTO)

    #sefaz-al2019 #QUESTÕES.SIMILARES


ID
87985
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Revolução Industrial começou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA LETRA E! Incorreta letra A:Beneficiou e muito, tanto que antes da Revolução Industrial era a maior potência naval  Incorreta letra B:População da França era maior, hoje em dia se levar em conta o Reino Unido é mais ou menos equivalente. Incorreta letra C: A Inglaterra tinha grandes reservas destes produtos mas só com a invenção da máquina a vapor por exemplo (na Rev. Industrial) começou a ser fartamente explorada.
  • O erro da alternativa C está no ferro. Hobsbawm deixa bem claro:Mas não existe um mercado desse tipo, por exemplo,  para pesados equipamentos de ferro ou vigas de aço. Ele só passa a existir no curso de uma revolução industrial.Ainda:A produção britânica de ferro, comparada à produção mundial, tendeu a afundar nas décadas seguintes.Já o carvão, este era fartamente explorado antes do início da Revolução, pois:(…) o carvão tinha a vatagem de ser não somente a principal fonte de energia industrial do século XIX, como também um importante combustível doméstico, graças em grande parte à relativa escassez de florestas na Grã-Bretanha.A lição que se tira é que, bem antes de 1780, com o advento do tear a vapor, já havia um amplo mercado para o carvão, diferentemente do aço; logo, aquele era fartamente explorado, mas não este.
    Sobre a alternativa E, lembrar que, até 1846, a Grã-Bretanha tinha graves problemas alimentícios (não conseguia importar trigo graças às protecionistas Corn Laws), carecia de florestas (daí a importância do carvão) e passou a importar toneladas de algodão das colónias. Ou seja: recursos agrícolas (trigo e algodão) e florestais (compensados pelo carvão) escassos.
  • D: Incorreta, pois a Inglaterra tinha um sistema fnanceiro, se não avançado, pelo menos atingindo o mínimo necessário para organizar a sua Revolução Industrial, isto é, não foi um sistema econômico precário que lançou as bases econômicas para a Revolução. De acordo com Hobsbawm, em A Era das Revoluções: “Nem havia qualquer difculdade quanto à técnica comercial e fnanceira pública ou privada. [...] por volta do fnal do século XVIII, a política governamental estava frmemente comprometida com a supremacia dos negócios. Velhas leis em contrário tinham de há muito caído em desuso e foram fInalmente abolidas – exceto quando envolviam a agricultura – em 1813-35.” (p. 81);

     

    E: Correta. De fato, Inglaterra teve de importar praticamente toda a matéria prima para alimentar a sua principal indústria, a têxtil. A sua estrutura agrária era dominada, desde a Revolução de 1689, por poucos proprietários, criando um sistema precário e fortemente desequilibrado. Considerando os recursos florestais, a escassez britânica em áreas de florestas foi que também motivou, em parte, a estruturação da indústria de minério de carvão.
     

    Fonte: 7000 Questões do CESPE

  • B: Incorreta. A população francesa superava a população britânica. De acordo com Edward McNall Burns, em História da Civilização Ocidental, volume 2: “Na Inglaterra, a população cresceu de aproximadamente 4 milhões de habitantes em 1600 para cerca de 6 milhões em 1700 e 9 milhões em 1800. A população francesa passou de 17 milhões em 1700 para 26 milhões um século depois.” (p. 514);

     

    C: Incorreta. Primeiro, considerando o ferro, a produção britânica, como afrma Hobsbawm, não parece ser importante: “em 1780, [...] a demanda civil da metalurgia permanecia modesta, e a militar, embora compensadoramente vasta graças a uma sucessão de guerras entre 1756 e 1815, diminui vertiginosamente depois de Waterloo. Certamente, não era grande o bastante para fazer da Grã-Bretanha um enorme produtor de ferro.” (p. 70-71). Portanto, não só a Indústria metalúrgica britânica não era extremamente desenvolvida, como tampouco representava uma fonte de riqueza para a Grã-Bretanha. O carvão, por outro lado, por ser uma das únicas e mais importante fonte de energia na época, movimentava a indústria de mineração desde o século XVI na Grã-Bretanha. Tratava-se de fato de uma importante indústria britânica antes mesmo da Revolução Industrial e, como afrma Hobsbawm, “a mineração não exigiu nem sofreu uma importante revolução tecnológica no período que focalizamos.” (p. 71);

  • GABARITO: E

     

    A: Incorreta, pois não se pode falar de um atraso econômico na Inglaterra antes da Revolução Industrial. Na Europa inteira, houve um período de avanço comercial durante o século XVIII, embora desigual e favorável apenas a uma pequena elite agrária. A Grã-Bretanha estava a frente desse crescimento, como afrma Hobsbawm, em A Era das Revoluções: “Mas parece claro que até mesmo antes da revolução a Grã-Bretanha já estava, no comércio e na produção per capita, bastante à frente de seu maior competidor em potencial, embora ainda comparável a ele em termos de comércio e produtos totais.” (p. 52). Edward McNall reforça essa ideia, em História da Civilização Ocidental, volume 2: “A economia inglesa havia progredido mais que a de qualquer outro país em direção à abundância.” (p. 524);
     

  • O erro da letra C está na palavra "ferro".

  • " Os recursos naturais encontrados na Grã-Bretanha também foram essenciais para que a
    industrialização avançasse. Havia, em solo inglês, grandes jazidas de carvão (fonte primária de energia para as fábricas) e de ferro (matéria-prima essencial para a produção de bens industriais). "  Manual do Candidato de HM da FUNAG . Achei a questão controvérsia .
     

  • 2. PORUQE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL COMEÇOU NA INGLATERRA:
    (...) Talvez devamos colocar no cabeçalho da lista de condições favoráveis o fato de ter sido a Inglaterra o país que mais lucrou com a Revolução Comercial. Ainda que a França tivesse, pelas alturas de 1750, um comércio exterior calculado em 200 milhões de dólares anuais, em confronto com os 160 milhões de dólares da Inglaterra, não se deve esquecer que a população francesa era, no mínimo três vezes maior do que a inglesa. Edward MacNall Burns. Históra da Civilização Ocidental.  2ª Ed. (Traduzida da 4ª Ed. Americana Ed. Globo, 1994, vol.)

  • Letra C errada; Para época o sistema financeiro não era precário, ao contrário, apesar de emitir valores baixos, para o período pode-se considerar organizado e impulsionador para os negócios.

  • Inglaterra era um país rico, tinha acumulado grande quantidade de ouro e prata nas expedições. Ouro vindo do Brasil, passando por Portugal pelo tratado Methuen , onde Portugal comprava todos produtos manufaturados da Inglaterra que por sua vez, comprava todo o vinho de Portugal.

  • A letra E, engana. Apesar de passar por uma revolução na agricultura (novas técnicas e máquinas), o problema de abastecimento alimentar, principalmente trigo (principal alimento), foi grave. Os preços, cobrados pela "gentry"( nobreza rural interessada no lucro) eram muito altos. Contribuiu a questão dos Cercamentos dos Campos, os quais levavam grandes áreas agrícolas a uma produção somente de lã para as recentes indústrias. Menor plantio de trigo, maior o seu preço. Havia grandes motins de fome nos campos ingleses. Valia até misturar ossos velhos à farinha de trigo para aumentar o lucro dos moleiros (aqueles que trabalhavam nos moinhos).


ID
87988
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Assinale a opção correta com relação às transformações institucionais introduzidas pela Revolução Francesa.

Alternativas
Comentários
  • A) em 1791, a Constituição francesa determinou voto censitário (só votavam os que pagavam impostos e possuíam dinheiro ou propriedades); não votavam mulheres, desempregados etc.B) o Código Civil só veio em 1804 (Código Napoleônico)C) a separação entre Igreja e Estado só veio com a Constituição, em 1791D) a venda de cargos públicos e títulos de nobreza já ocorria antes da Revolução, como consequência das necessidades financeiras para financiamento de guerras, pagamento da máquina administrativa e manutenção do alto padrão de vida da corteE) correta! As origens do recrutamento militar universal e obrigatório remontam à Rev Francesa, conforme ordem baixada pela Convenção da Rev Francesa, de 1793, para defender-se das invasões de tropas dos reinos vizinhos.
  • A Constituição Civil do Clero na verdade ocorreu em  dezembro 1790 e foi assinado, a contragosto, pelo Luís XVI.
  • Sobre a parte da questão relativa ao sufrágio universal. Apesar de alguns governos franceses no período 1789-1799 terem adotado o voto censitário, os jacobinos, durante a Convenção Montanhesa (1793-1794) estabeleceram o sufrágio universal, que voltou a ser censitário na Convenção Termidoriana (1794-1795). Assim sendo, não seria o sufrágio universal um legado da Revolução Francesa, visto que aí apareceu pela primeira vez? 

    Corroborando com essa ideia, questão da prova de 2006 do IRBr (questão 10653 desse site) aponta como resposta correta "b) Entende-se a Revolução Francesa como um processo que não se esgota rapidamente, com períodos de maior ou menor intensidade do fervor revolucionário. De todas as fases desse processo, a Convenção Nacional, dominada pelos jacobinos, foi a que conferiu caráter mais radical à Revolução, de que são exemplos o fim da monarquia, a adoção do sufrágio universal e o grande número de execuções de adversários."

    Minha dúvida paira na expressão "independente de renda" do item a). É certo que na Convenção Jacobina (ou montanhesa), o voto passou a ser universal, mas havia alguma restrição à renda?

  • Mônica, o sufrágio universal (independente da renda dos cidadãos) foi previsto pela Constituição Jacobina de 1793, mas foi abolido pelos Girondinos, antes que pudesse ser implementado, com a Constituição Liberal de 1795.

  • Para os não assinantes,

    Gabarito: E


ID
87991
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Do ponto de vista da importância diplomática do Congresso de Viena (1814/1815), julgue C ou E.


Permitiu, como exercício pleno de diplomacia parlamentar, ativa participação de todos os delegados presentes na Conferência

Alternativas
Comentários
  • O objetivo do Congresso era de reorganizar as fronteiras européias após a derrota da França napoleônica.

    O congresso foi presidido pelo estadista austríaco Príncipe Klemens Wenzel von Metternich (que também representava seu país), contando ainda com a presença do seu Ministro de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg como deputado.

    A Prússia foi representada pelo príncipe Karl August von Hardenberg, o seu Chanceler e o diplomata e acadêmico Wilhelm von Humboldt.

    O Reino Unido foi inicialmente representado pelo seu Secretário dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh; após fevereiro de 1815 por Arthur Wellesley, Duque de Wellington; nas últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a Napoleão, pelo Conde de Clancarty.

    A Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros.

    A França estava representada pelo seu Ministro de Negócios Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.

    Inicialmente, os representantes das quatro potências vitoriosas esperavam excluir os franceses de participar nas negociações mais sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu incluir-se nesses conselhos desde as primeiras semanas de negociações.

  • Edward Burns salienta que chamar esse corpo de “congresso” é uma impropriedade do termo, pois na realidade jamais ocorreu uma sessão plenária de todos os delegados. Como na Conferência de Versalhes, mais de uma centena de anos depois, as decisões vitais foram realmente tomadas por pequenas comissões.  
  • Aos não assinantes,

    GABARITO: ERRADO

  • "Le Congrès ne marche pas, il danse!"

    O congresso nunca teve uma sessão plenária de fato: as sessões eram informais entre as grandes potências. O anfitrião, Francisco II, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, oferecia entretenimento para manter os convidados ocupados. [Wikipedia]

  • mas o enunciado fala em controle concentrado, então A está certa

  • Dei uma pesquisada e encontrei a definição abaixo sobre "diplomacia parlamentar", o que parece revelar um (ou o) erro da questão:

    "Apesar de não existir uma definição consensual de “Diplomacia Parlamentar”, podemos afirmar que se trata do conjunto de atividades internacionais levadas a cabo por um Parlamento, através dos seus Deputados e dos seus Serviços, de forma autónoma em relação ao poder executivo sem, no entanto, ultrapassar as suas competências próprias nem pôr em causa a política externa do país.

    A noção de Diplomacia Parlamentar é bastante recente, no entanto a sua prática não o é. Podemos recuar até ao final do século XIX, altura em que tiveram lugar as primeiras ações daquilo que poderemos denominar por Diplomacia Parlamentar"

    Ou seja, o Congresso de Viena NÃO É um exemplo de exercício de diplomacia parlamentar.


ID
88015
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Quanto aos vários sentidos de que se revestiu historicamente a noção de liberalismo político, assinale a opção incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Liberalismo político idealizado por Locke, montesquieu, smith entre outros tem foco no indíviduo , ou melhor, o estado da natureza sem intervenção estatal.O individuo do status quo.

    Locke ao contrário de Hobbes(leviatã), era o indíviduo contra o estado.

    Letra A Errado.

  • na verdade o liberalismo politico é uma emulação do liberalismo  economico do seculo xix . o liberalismo economico era assente na harmonia de interesses do individuo com a sociedade, e bastante difundido entre economistas liberais que o teorizaram à exuastão, tal percepcao ja estava bastante abalada ao final do sec xix com acirramento da competicao intercapitalista e intracapitalista. Essa harmonia de interesses pode ser traduzida em uma ordem natural, logo fortalecendo o status quo, a ordem ,  a liberdade , etc.  o liberalismo politico que teve seu ápice apos 1gm e traduzida nos acordos de paz ( inclusive na LdN) emulou a harmonia de interesses : o que era bom para uma nação seria bom para o conjunto de nações ( segundo a teoria não poderia ser diferente e muitos politicos a advogaram com paixao). tal visão , bastante utópica, das relações internacionais foi contraposta pela escola do realismo politico que se fortalecerá ao do sec xx.  para maiores detalhes ver livro edward carr 20 anos de crise
  • Continuo sem entender. Se o liberalismo político prima pela liberdade do indivíduo, pelo constitucionalismo e entidades democráticas em detrimento do absolutismo e do Antigo Regime até então instaurado, entendo que é clara a "rejeição sistemática do status quo"- letra A - pelos seus defensores. E justo essa é a incorreta. Alguém consegue desenhar, por favor? rs

    (obs. perfeito o comentário, muito obrigada, Daniel!)
  • Em ''Era do Capital'' Hobsbawm assume a posição de que as novas classes burguesas liberais deixaram de ser uma força revolucionária após 1848, passando a ser defensora do status quo, passando mesmo a erigir prédios neobarrocos e a comprar casas no campo, imitando a aristocracia que ela ajudara a derrubar. Também é interessante lembrar que as classes mais elevadas atraiam-se por códigos morais religiosos severos, parar afirmarem sua superioridade sobre as classes inferiores.

    Como o enunciado diz ''historicamente'' de modo genérico, não podemos afirmar que o liberalismo, em todo o seu desenvolvimento histórico, advogava a rejeição sistemática do status quo.
  • INCORRETA!

  • Errada: rejeição sistemática ao status quo. Isso porque, uma vez no poder, aqueles que até então tinham um discurso liberal tornaram-se conservadores. Assim, nem sempre houve uma rejeição sistemática do status quo. - Comentário feito com base na explicação do Professor Daniel de Araújo.


ID
88063
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Com relação à evolução da Guerra Fria, julgue C ou E. 


( )Desde sua criação, o bloco comunista consolidado no Pacto de Varsóvia manteve-se coeso, sem crises internas.


( ) Após o fracasso da intervenção americana no Vietnã, o apoio abrangente do Bloco Ocidental a Israel na Guerra do Yom Kippur (1973) demonstrou a unidade do Ocidente.


( ) Entre os principais chefes de Estado que fundaram o Movimento dos Não Alinhados, na Conferência de Bandung, encontravam-se Nehru (Índia), Sukarno (Indonésia), Nasser (Egito), Tito (Iugoslávia) e Fidel Castro (Cuba).


( ) Mais do que em razão de disputas territoriais no subcontinente indiano, três guerras sucessivas (sino-indiana, em 1962, e indo-paquistanesas, em 1965 e 1971) evidenciaram a intensidade da Guerra Fria naquela região.

Alternativas
Comentários
  • eh justamente o contrário os 14 pts de wilson eram contra as revoluções socialista e a favor das reconstruções européias.

  • Copiando comentário do Cleberson Holz Holzschuh, na questão Q29349, em 06 de Agosto de 2010, às 12h46

    Conforme o Livro Introdução à História Contemporânea, de Geoffrey Barraclough, pag. 78,  ".....Mas, apesar dessa rivalidade, Wilson e Lênin tinham uma coisa em comum: a rejeição por ambos do sistema internacional existente. Ambos rejeitavam a diplomacia secreta, as anexações, a discriminação comercial; ambos se alhearam do equilíbrio de poder; ambos denunciaram o "peso morto do passado". Eram "os campeões revolucionários da época", "os profetas da nova ordem internacional".

  • Lenin havia feito um discurso de paz em novembro de 1917, após a Revolução Russa se concretizar . O discurso propunha a retirada imediata da Rússia da guerra, advogando uma paz justa e democrática que não se compadecia com anexações territoriais.

    Woodrow Wilson apresentou seus 14 pontos um anos depois, em 8 de Janeiro de 1918 . Entretanto, Wilson pretendia evitar o envolvimento dos Estados Unidos nas tensões que arrastavam entre as grandes potências europeias; se a América entrasse na guerra, tentaria livrar o conflito de disputas e ambições nacionalistas. A necessidade de se estabelecerem objetivos morais tornar-se-ia mais importante quando, após a queda do regime russo , os bolcheviques  divulgaram tratados secretos entre os Aliados. 

    Fonte : pt.wikipedia.org/wiki/Quatorze_Pontos

    É equivocado dizer que havia uma coincidência ideológica, W.W virou o founding father do internacionalismo liberal ( ou idealismo), corrente que propunha a cooperação entre os estados e o afastamento da guerra . Enquanto que Lenin, estava buscando a concretização de uma paz - após a Revolução de Outubro - ( paz selada no Tratado de Brest-Litovsk   ), pois já havia muita convulsão interna na Rússia e precisava-se lidar com a consolidação da revolução ( sem que a Rússia se envolvesse na I GM )


ID
88117
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Na Península Ibérica, a transição de regimes autoritários (Salazarismo, em Portugal, e Franquismo, na Espanha) para a democracia realizou-se em processos quase simultâneos, na década de 70 do século passado. Acerca desse tema, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D (realmente questão que requer muita atenção e compreensão do contexto da época)
    Adicionando mais informações dos comentários abaixo. 
    A) Errada pois, ainda: Na Espanha foi um descontentamento pela burguesia conservadora (alto clero, aristrocracia rural, e parte do exército). 
    D) Correta. Também é chamada de Revolução de 25 de abril que foi apoiado principalmente pelos militares descontentes com a política colonial, em destaque o general  Antônio de Spíndola
    E) Errada. O Juan Carlos de Bourbon simplesmente foi coroado. 
  • Ótimos comentários.
    Eu errei, pois achava que a Revolução dos Cravos tinha como motivações exclusivas as questões internas, concernentes à miséria do povo, aos expurgos e à censura das liberdades individuais. Não sabia que a guerra colonial também era razão de descontentamento e que, ainda, os fatores internos e externos, nesse contexto, estavam relacionados.
    Contudo, achei esse trecho que ratifica e detalha a alternativa D:
    " Em 1968 Salazar sofreu um derrame cerebral e foi substituído por seu ex-ministro Marcelo Caetano, que prosseguiu com sua política. A decadência econômica e o desgaste com a guerra colonial provocaram descontentamento na população e nas forças armadas. Isso favoreceu a aparição de um movimento contra a ditadura...A presidência de Portugal foi assumida pelo general António de Spínola. A população saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento". fonte - site historiadomundo.com
  • Errei pelas mesmas razões do colega acima.

    Agora, uma coisa é inevitável: ao ler a alternativa d, de imediato vem à cabeça a canção "Grândola, Vila Morena"...

ID
88120
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A aproximação Brasil-Argentina, a partir de 1985-86, teve, entre outras, a seguinte motivação:

O interesse puramente econômico, sobretudo da liberalização comercial.

Alternativas
Comentários
  • O leitmotiv inicial era político e não econômico. Uma reclamação feita por José Sarney é o foco excessivamente econômico, segundo ele, dado ao bloco. Para o ex-presidente, aliás, essa é a causa do processo MERCOSUL não avançar mais rápido e de maneira mais assertiva.

    Amado Cervo enfatiza o fato de o processo sul-americano de integração se iniciar pela integração política e geopolítica em vez da econômica (diferentemente da UE) - vide "HPEB", pág. 514.

ID
88123
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A aproximação Brasil-Argentina, a partir de 1985-86, teve, entre outras, a seguinte motivação:

O compromisso de criar o MERCOSUL, estabelecendo-se, desde logo, uma tarifa externa comum.

Alternativas
Comentários
  • A TEC só entraria em vigor nos anos 90 (1995).O projeto Mercosul cabia dentro do avanço brasileiro das relações de cooperação com a América Latina e de superação dessa fase para a integração com a Argentina.CERVO, HPEB, "O Brasil e a formação de blocos".
  • O período de transição do Mercosul, deu-se com a integração efetiva, aconteceu em três fases distintas. A TEC só entrou em vigor na TERCEIRA fase, que foi até 31/12/1994. "Em agosto de 1994 se alcançou o acordo sobre a Tarifa Externa Comum em troca de concessões comerciais de caráter temporário. BAUMANN, Renato. Mercosul: Origens, ganhos, desencontros e perspectivas.


ID
88126
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A aproximação Brasil-Argentina, a partir de 1985-86, teve, entre outras, a seguinte motivação:

A disposição para cooperarem mutuamente na área de energia nuclear.

Alternativas
Comentários
  • O primeiro acordo nuclear entre os dois países é de 1980 (mais uma forma de cooperação/integração).
    (http://www2.mre.gov.br/dai/argnucl.htm)
  • Gabarito: CERTO

     

    Outra questão para embasar o entendimento:

     

    Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: Instituto Rio Branco Prova: Diplomata

     

    O regime militar brasileiro iniciou entendimentos com o governo argentino no sentido de evitar uma possível corrida nuclear. CERTO

  • Complementando, há a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares(Abacc), criada e 1991.

    Bons estudos.


ID
88129
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A aproximação Brasil-Argentina, a partir de 1985-86, teve, entre outras, a seguinte motivação:

o acordo prévio de incorporar ao processo o Uruguai e o Paraguai, mas de excluir o Chile.

Alternativas
Comentários
  • Uruguai e  Paraguai foram incluidos depois da mencionada data.

  • Entre a Ata de Buenos Aires (1990) e o Tratado de Assunção (1991), houve a multilateralização do processo de integração regional que viria a originar o Mercosul. Neste processo, incorporou-se o Uruguai e o Paraguai. O Chile chegou a ser convidado, mas este vislumbrava uma associação individual ao Nafta.

    Anotações pessoais baseadas no capiútlo 3 do livro Cooperação, Integração e Processo Negociador, a Construção do Mercosul, Alcides Vaz


ID
88132
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1808, a Família Real portuguesa transferiu-se para o Brasil. Acerca desse tema, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • a) (errada) Assim que chegou à colonia, o monarca (Dom João VI) decretou a abertura dos portos às nações amigas. Com a possibilidade de comercializar com outros países que não a metrópole, o Brasil ficou praticamente livre do pacto colonial. E foi a Inglaterra que passou a dominar nosso mercado após a abertura dos portos.

    c) (errada) A Universidade Federal do Amazonas é considerada a primeira universidade brasileira, pois originou-se da Escola Universitária Livre de Manáos, 1909. Mesmo com a extinção da Escola, permaneceu a Faculdade de Direito, que deu continuidade ao modelo da atual UFAM.

    d) (errada) A familia real instalou-se no Rio de Janeiro, que foi transformado em capital do reino português. Em 1815, o governo joanino (como era conhecida a administração do dom Joao VI) elevou o Brasil à categoria de "Reino Unido a Portugal e Algarves.

    e) (errada) Em 1820, em Portugal, a burguesia local, influenciada pelas ideias liberais da Revolução Francesa, tomou o poder no país por meia da Revolução do Porto. Foi instalada uma monarquia constitucional baseada nas Cortes Constituintes, que funcionavam como um Parlamento; que obrigaram Dom João VI a retornar imediatamente a Portugal e a jurar lealdade à Constituição que haviam promulgado.
  • Erro da  A)
    A primeira nação a reconhecer a independencia do Brasil foi o Reino do Benin
  • Segue abaixo pequeno fragmento acerca da primeira universidade do Brasil em artigo da Folha de 18/02/2008 - 07h54 "Primeira faculdade do Brasil completa 200 anosWANDERLEY PREITE SOBRINHO

    Colaboração para a Folha Online

    A primeira faculdade do Brasil comemora 200 anos nesta segunda-feira. Fundada por dom João 6º logo depois da família real portuguesa desembarcar em Salvador (BA), a Fameb (Faculdade de Medicina da Bahia) simboliza o início da independência cultural do Brasil.

    A chegada da família real portuguesa no Brasil foi fundamental para a criação da faculdade. Antes disso, Portugal não permitia a criação de nenhuma faculdade em suas colônias. Nas possessões espanholas, existiam universidades desde o século 16.

    A primeira escola de ensino superior do país foi inaugurada no dia 18 de fevereiro de 1808, oito dias antes da partida da família real para o Rio de Janeiro. Ela foi instalada no Hospital Real Militar, que ocupava as dependências do Colégio dos Jesuítas, no Largo do Terreno de Jesus."

    Para o artigo completo acesse: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u372876.shtml

     


     

  • A: Incorreto. Durante a Colônia, o comércio estava umbilicalmente vinculado à metrópole; nos últimos anos, contudo, e principalmente após a transmigração da coroa para o Rio de Janeiro, em 1808, a Inglaterra ganhou destaque na pauta comercial brasileira. A abertura dos portos e os Tratados de Navegação e de Comércio de 1810 foram articulados de maneira a favorecer os britânicos, que haviam prestado assistência a Lisboa em sua travessia do atlântico. Ainda, os primeiros Estados a reconhecerem a independência do Brasil foram Benin e Onin, atualmente regiões que conformam a Nigéria, visto que a manutenção do tráfico atlântico rendia dividendos às elites africanas.


    B: Correto. O Período Joanino caracterizou-se pelo expressivo crescimento econômico do Rio de Janeiro e do Brasil. Com a abertura dos portos, em 1808, às nações amigas, a Inglaterra aumentou suas exportações e seus investimentos no Brasil. O fim do exclusivo colonial, além de constituir imposição britânica, também foi defendido por brasileiros, como José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, que era favorável ao ideário econômico liberal. A revogação do alvará de 1785 permitiu a produção de manufaturas na colônia. Ambos os atos simbolizam o fim do monopólio metropolitano.


    C: Incorreto. As primeiras universidades do Brasil foram a Faculdade de Direito de Olinda (1827), transferida para Recife em 1854, a Faculdade de Direito de São Paulo (1827), a Faculdade de Medicina da Bahia (1815) e a Escola de Medicina do Rio de Janeiro (1813). A criação dessas universidades marca o início da independência acadêmica do Brasil, já que, anteriormente, as elites intelectuais brasileiras eram formadas na Universidade de Coimbra, em Portugal.

     

    D: Incorreto. O surgimento do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves somente ocorre em 1815, na esteira do ideário conservador articulado no Congresso de Viena. Nesse sentido, coroou-se o Príncipe Regente Dom João VI, no Rio de Janeiro, e distribuíram-se títulos nobiliários de forma a angariar apoio político. Esses títulos significavam isenções fiscais. Cabe ressaltar, ainda, que a nobreza, no Brasil, era de mérito, e não hereditária.


    E: Incorreto. Portugal participou do Concerto Europeu, que fora estruturado no Congresso de Viena em 1815. Na ocasião, o Conde de Palmela, representante português em Viena, negociou o casamento de Dom Pedro I com Leopoldina, que estava ligada aos Habsburgo e cuja irmã mantinha laços com Napoleão. Note-se, outrossim, que Leopoldina correspondia-se com Metternich frequentemente. A participação de Portugal em Viena também procurou exigir o reconhecimento prévio de Lisboa se qualquer de suas colônias proclamasse independência. É na esteira dessa exigência que surge a indenização brasileira de 1825 oferecida a Portugal.

     

    Fonte: Como Passar em Concursos CESPE - 7.000 questões comentadas. Editora Foco, 2016.

  • A) Entre as grandes transformações ocorridas na Colônia, destaca-se o incremento do comércio com os Estados Unidos da América, primeira nação a reconhecer a independência do Brasil.

    O Brasil só fez comércio com os EUA no meio do século XIX

    B) A revogação do ato que proibiu a instalação de indústrias no Brasil e a abertura dos portos simbolizaram o fim do monopólio metropolitano. (certo)

    C) Na cidade do Rio de Janeiro, transformada na capital do Império luso, foi criada a primeira universidade nacional.

    A primeira foi em 1808- faculdade de medicina da Bahia.

    D) D. João VI elevou, de imediato, o status da Colônia, que passou a ser parte integrante do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

    Elevou o status em 1815, não foi de imediato.

    E) O retorno de D. João VI a Lisboa teve o objetivo político de reinserir Portugal no Concerto Europeu.

    Revolução do Porto, D. João teve que voltar.

  • A) Entre as grandes transformações ocorridas na Colônia, destaca-se o incremento do comércio com a INGLATERRA. A questão acerta apenas quando afirma que os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil. Item incorreto.

    B) Foi principalmente a abertura dos portos que simbolizou o fim do monopólio metropolitano. Mas logo, em seguida, no mesmo ano, houve a revogação do ato que proibiu a instalação de indústrias no Brasil, que também reforçava o fim do pacto colonial. Item certo.

    C) A cidade do Rio de Janeiro realmente foi transformada na capital do Império luso, mas a primeira universidade nacional foi criada em Salvador, na Bahia, assim que a Família Real chegou no Brasil. Item incorreto.

    D) D. João VI elevou, apenas sete anos após chegar ao Brasil (1815), o status da Colônia, que passou a ser parte integrante do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Item incorreto.

    E) A reinserção de Portugal no Concerto Europeu aconteceu em 1815, quando Dom João VI elevou o status do Brasil para o de Reino Unido. Item incorreto.

    Gabarito:B

  • A) Entre as grandes transformações ocorridas na Colônia, destaca-se o incremento do comércio com a INGLATERRA. A questão acerta apenas quando afirma que os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil. Item incorreto.

    B) Foi principalmente a abertura dos portos que simbolizou o fim do monopólio metropolitano. Mas logo, em seguida, no mesmo ano, houve a revogação do ato que proibiu a instalação de indústrias no Brasil, que também reforçava o fim do pacto colonial. Item certo.

    C) A cidade do Rio de Janeiro realmente foi transformada na capital do Império luso, mas a primeira universidade nacional foi criada em Salvador, na Bahia, assim que a Família Real chegou no Brasil. Item incorreto.

    D) D. João VI elevou, apenas sete anos após chegar ao Brasil (1815), o status da Colônia, que passou a ser parte integrante do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Item incorreto.

    E) A reinserção de Portugal no Concerto Europeu aconteceu em 1815, quando Dom João VI elevou o status do Brasil para o de Reino Unido. Item incorreto.

    Gabarito:B

    Danuzio Neto | Direção Concursos

  • Apesar da revogação do ato que proibira a instalação de Industria, o Brasil só passou por um processo de industrialização com o Governo Vargas, de 1930 em diante.

    Não era interesse da Inglaterra que, em 1808, houvesse instalação de industrias no Brasil, já que o país "passou" para o monopólio dos ingleses.


ID
88159
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em discurso a bordo do porta-aviões Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1940, Vargas referiu-se às "decadentes democracias" e enalteceu os regimes de força. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompeu com o Eixo e cedeu bases militares aos EUA. À luz desses antecedentes, assinale a opção que, segundo os estudiosos desse período crítico, é mais condizente com a política externa do Governo Vargas.

Alternativas
Comentários
  • O BRASIL FICOU ISENTO O MAXIMO QUE PÔDE!
  • Eu não sabia sobre tal rotulagem. Mas achei esse trecho aqui:

    A política exterior do governo Vargas na década de 1930 tem sido qualificada de diversas maneiras pelos estudiosos do tema: jogo duplo, eqüidistância pragmática etc. Esses rótulos referem-se às relações que o Brasil mantinha simultaneamente com os dois novos eixos de poder em ascensão no mundo, Estados Unidos e Alemanha.

    Fonte: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos30-37/RelacoesInternacionais

  • O historiador Gerson Moura desenvolveu o célebre conceito de "equidistância pragmática" para definir a política externa de Getúlio Vargas que vai do início do Estado Novo (1937) até o ano de 1942.

    Segundo Moura, Vargas teria mantido posição neutra (e de certa forma ambígua) entre Alemanha e Estados Unidos como forma de aumentar o poder de barganha do Brasil em sua busca de recursos externos que viabilizassem o desenvolvimento interno.

    O período de "equidistância" se encerra quando os Estados Unidos se comprometem a fornecer os recursos necessários para a construção da primeira siderúrgica de grande porte do Brasil (a Companhia Siderúrgica Nacional - CSN). Tal estratégia se mostrou, portanto, bem sucedida para os fins que se propunha.
  • Não é relevante para a resolver a questão, mas é digno de nota, Vargas jamais poderia ter feito um discurso no Porta-aviões Minas Gerais porque o Brasil somente adquiriu este navio no governo JK.


  • Amado Cervo na veia

  • Vargas discursou no Encouraçado Minas Gerais

  • Complementando os comentários, há uma imprecisão na questão.

    O porta-aviões foi comprado da Inglaterra pelo Brasil somente em 1956, chamado de NAeL Minas Gerais (A-11). Onde Vargas fez esse discurso (disponível abaixo) foi no Encouraçado Minas Gerais e não no porta-aviões.

    http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/1940/21.pdf/@@download/file/21.pdf

    http://memorialdademocracia.com.br/card/getulio-defende-estado-forte

  • “O governo brasileiro [...] tratou de negociar com quem lhe

    oferecesse melhores condições e procurou tirar vantagem da

    rivalidade entre as grandes potências. Por exemplo, em 1935,

    assinou o acordo comercial com os Estados Unidos [...]; no ano

    seguinte, assinou outro com a Alemanha, que visava principalmente

    a exportação de algodão, café, cítricos, couros, tabaco e carnes. ”

    (FAUSTO, 2002, p. 379).

  • Como Vargas discursou em um porta-aviões que nem existia não sei, mas ! Inicio da construção do : (16 de novembro de 1942)

    O NAeL Minas Gerais (A-11) foi um porta-aviões da Marinha do Brasil. Da Classe Colossus, serviu anteriormente como o HMS Vengeance na Marinha Real Britânica e depois na Marinha Real Australiana como o HMAS Vengeance antes de ser vendido ao governo brasileiro em 1956.


ID
88174
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2010
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante a década de setenta do século XX, o Brasil formulou uma política externa direcionada para o continente africano. Acerca desse tema, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • O Brasil foi o primeiro país depois da URSS a reconhecer a independência de Guiné Bissau e o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angloa. 

  • A) Correta.
    B) O Brasil foi o primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola em 1975.
    C) O rompimento só ocorreu em 1985.
    D) Errado, vide o caso de Angola.
    E) Nunca houve tal acordo.
  • A questão não está completamente correta.
    Já foi explicado porque estão erradas as alterativas B,C,D e E .
    Mas, a alternativa A é ambígua. Pois o Brasil não apoio explicitamente o colonialismo português. Ele apenas não o condenava.
    Desde o governo JK o Brasil tentou se aproximar mais da África; e, adotando uma política mais multilateral apoiava a independência dos países africanos. Apenas no caso da posição em relação aos protetorados portugueses, o Brasil tentava imprimir uma posição de neutralidade e conciliação, deixando de condenar Portugal por sua política externa colonialista.
  • detalhe: Brasil nunca rompeu com África do Sul
  • Atenção, não houve rompimento das relações diplomáticas mas sim um decreto-lei proibindo todas as atividades de intercâmbio cultural e esportivo com a África do Sul, além de reafirmar a proibição de venda e/ou trânsito de armas em território nacional que se destinassem àquele país.  u
  • Corrigindo o colega, segundo artigo da Revista Brasileira das Relações internacionais, tomando como base o professor Pio Penna Filho,Doutor em História das Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB) e Professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e de seu livro Do Pragmatismo Consciente à Parceria Estratégica: As Relações Brasil-África do Sul (1918-2000), não houve rompimento de relações diplomáticas das relações entre Brasil e África do Sul.

    Houve sim, um movimento buscando reduzir ao máximo suas relações com a África do Sul, entre eles:

    a) a decisão de desestimular o comércio bilateral, retirando-se o governo de qualquer participação neste sentido;

    b) dificultar a concessão de vistos para a entrada no Brasil de personalidades sul-africanas, especialmente de funcionários de empresas estatais ou do setor privado (o objetivo desta medida era reforçar o desestímulo à promoção comercial);

    c) monitorar os investimentos sul-africanos no Brasil, especialmente os que pudessem dar uma conotação de sociedade entre sul-africanos e o governo brasileiro;

    d) reduzir ao máximo os contatos culturais, desencorajando iniciativas de artistas e desportistas brasileiros que desejassem se apresentar em solo sul-africano;

    e) estabelecer estrito controle sobre as exportações de armas para a África do Sul, se possível efetivamente proibindo que produtos brasileiros dessa natureza atingissem o mercado sul-africano, tendo em vista não permitir que se levantassem suspeitas sobre o país nesse campo ;

    f) desestimular qualquer iniciativa no campo da cooperação técnica; g) intensificar as críticas, no âmbito das Nações Unidas, contra o apartheid e contra a ocupação ilegal da Namíbia.

    Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292001000100006

  • A) O Brasil manteve na ONU seu apoio ao colonialismo português até por volta de 1973. (certo)

    B)Depois da então URSS, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola.

    O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a Angola.

    C)No final do governo Geisel, o Brasil, perseguindo objetivos políticos contrários à prática de segregação racial, rompeu relações com a República da África do Sul.

    Não rompeu relações diplomáticas.

    D)O alinhamento da política brasileira com o governo dos Estados Unidos da América no contexto da Guerra Fria impediu maior aproximação do Brasil com os regimes de orientação socialista no continente africano.

    Brasil não se aliou aos Estados UNIdos na guerra fria. "O Brasil é tão não alinhado que não se alinha nem mesmo ao bloco dos não alinhados"

    E)Com a completa descolonização dos territórios portugueses ainda na primeira metade da década em questão, formalizou-se o acordo diplomático constitutivo da Comunidade Luso-Afro-Brasileira, precursora da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

    Nope