- ID
- 2829448
- Banca
- COPESE - UFJF
- Órgão
- UFJF
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Libras
- Assuntos
Segundo Gesser (2009), alguns mitos sobre a Libras estão presentes na nossa sociedade. Marque a alternativa CORRETA:
I - A Libras é uma língua artificial, visto que foi construída e estabelecida por um grupo de indivíduos com algum propósito específico.
II – A Libras não é uma língua universal, visto que cada país possui a sua língua de sinais.
III – A Libras é uma língua exclusivamente icônica, visto que é uma língua espaço visual e seus sinais possuem nítida relação da sua forma com seu significado.
Segundo Quadros e Karnopp (2004), os estudos sobre a sintaxe da Libras descrevem as possíveis ordens das palavras que são consideradas gramaticais nessa língua. Segundo esses estudos, marque a alternativa CORRETA:
Analise os itens abaixo e indique (V) para os itens verdadeiros e (F) para os itens falsos, assinalando a alternativa correta.
Conforme Seleskovitch (1980, apud Pagura, 2003), “O estudo da tradução exige que se levem em consideração não apenas a competência linguística do indivíduo que compreende e fala, mas também (...)”
I – suas estratégias pedagógicas no ato interpretativo ( )
II – não discernir os demais elementos cognitivos não-linguísticos ( )
III – sua bagagem cognitiva ( )
IV – sua experiência nos mais diversos contextos de atuação ( )
V– suas capacidades lógicas ( )
Em relação às competências de um profissional tradutor-intérprete, segundo Roberts (1992, apud Quadros, 2004), correlacione a coluna A com a coluna B e marque a alternativa correta.
1 – Competência Técnica;
2 – Competência na Área;
3 – Competência de Transferência;
4 – Competência Bicultural;
5 – Competência Metodológica;
6 – Competência Linguística;
( ) habilidade em usar diferentes modos de interpretação (simultâneo, consecutivo, etc), habilidade para escolher o modo apropriado diante das circunstâncias, habilidade para retransmitir a interpretação, quando necessário, habilidade para encontrar o item lexical e a terminologia adequada avaliando e usando-os com bom senso, habilidade para recordar itens lexicais e terminologias para uso no futuro
( ) habilidade em manipular com as línguas envolvidas no processo de interpretação (habilidades em entender o objetivo da linguagem usada em todas as suas nuanças e habilidade em expressar corretamente, fluentemente e claramente a mesma informação na língua alvo), os intérpretes precisam ter um excelente conhecimento de ambas as línguas envolvidas na interpretação (ter habilidade para distinguir as ideias principais das ideias secundárias e determinar os elos que determinam a coesão do discurso).
( ) habilidade para posicionar-se apropriadamente para interpretar, habilidade para usar microfone e habilidade para interpretar usando fones, quando necessário.
( ) não é qualquer um que conhece duas línguas que tem capacidade para transferir a linguagem de uma língua para a outra; essa competência envolve habilidade para compreender a articulação do significado no discurso da língua fonte, habilidade para interpretar o significado da língua fonte para a língua alvo (sem distorções, adições ou omissões), habilidade para transferir uma mensagem na língua fonte para língua alvo sem influência da língua fonte e habilidade para transferir da língua fonte para língua alvo de forma apropriada do ponto de vista do estilo.
( ) profundo conhecimento das culturas que subjazem as línguas envolvidas no processo de interpretação (conhecimento das crenças, valores, experiências e comportamentos dos utentes da língua fonte e da língua alvo e apreciação das diferenças entre a cultura da língua fonte e a cultura da língua alvo).
( ) conhecimento requerido para compreender o conteúdo de uma
mensagem que está sendo interpretada.
Em Seleskovitch (1978:9) apud Pagura (2003), são apresentados os três estágios que formam o arcabouço básico da Teoria Interpretativa da Tradução:
I – Percepção auditiva de um enunciado linguístico que é portador de significado. Apreensão da língua e compreensão da mensagem por meio de um processo de análise e exegese;
II – Abandono imediato e intencional das palavras e retenção da representação mental da mensagem (conceitos, ideias, etc;);
III – Produção de um novo enunciado na língua-alvo, que deve atender a dois requisitos: deve expressar a mensagem original completa e deve ser voltado para o destinatário.
Ao se observar algumas diferenças entre as produções na língua portuguesa e na língua brasileira de sinais percebem-se uma série de diferenças (QUADROS, 2004; 84):
( ) A língua de sinais é baseada nas experiências visuais das comunidades surdas mediante as interações culturais surdas, enquanto a língua portuguesa constitui-se baseada nos sons;
( ) A língua de sinais utiliza a estrutura tópico-comentário, enquanto a língua portuguesa evita este tipo de construção;
( ) A língua de sinais tem marcações de gênero, enquanto que na língua portuguesa não há essas marcações;
( ) Coisas que são ditas na língua de sinais são ditas usando o mesmo tipo de construção gramatical da língua portuguesa;
( ) A escrita da língua de sinais é alfabética;
( ) A língua de sinais utiliza as referências anafóricas através de pontos estabelecidos no espaço que exclui ambiguidades que são possíveis na língua portuguesa.
Inúmeras vezes as funções/responsabilidades dos professores e dos intérpretes são confundidas. Ora por haver uma linha tênue entre as funções, em sala de aula, ora por desconhecimento das funções/responsabilidades de cada um dos profissionais. Em http://deafmall.net/deafinx/useterp2.html (2002) apud Quadros (2004; 61), foram apresentados alguns elementos sobre o intérprete de língua de sinais em sala de aula:
I – Considerando as questões éticas, os intérpretes devem manter-se neutros e garantirem o direito dos alunos de manter as informações confidenciais;
II – Os intérpretes têm o direito de serem auxiliados pelo professor através da revisão e preparação das aulas que garantem a qualidade da sua atuação durante as aulas;
III – Os intérpretes devem tutorar, acompanhar e realizar atividades gerais extraclasse para os alunos surdos, além de preparar as avaliações e apresentar informações a respeito do desenvolvimento dos alunos.
Pagura (2003) destaca algumas modalidades de interpretação:
I - Modalidade Consecutiva: é aquela que o intérprete escuta um longo trecho do discurso, toma notas e, após a conclusão de um trecho significativo ou do discurso inteiro, assume a palavra e repete todo o discurso na língua alvo, normalmente sua língua materna.
II - Modalidade simultânea: é a mais amplamente utilizada hoje em dia [...] os intérpretes – sempre em duplas – trabalham isolados numa cabine com vidro, de forma a permitir a visão do orador e recebem o discurso por meio de fones de ouvido.
III - Modalidade Intermitente: é muito estudada por pesquisadores da área e amplamente utilizada em eventos de caráter internacional. É vista mais frequentemente em reuniões nas quais o palestrante não fala as duas línguas [...] é comum algumas pessoas confundirem essa modalidade de interpretação com o que os profissionais chamam de consecutiva.
Segundo Rodrigues e Silvério (2011), os intérpretes educacionais devem possuir características e habilidades específicas. Marque a alternativa CORRETA.
I – Ter formação superior específica para atuação enquanto intérprete educacional.
II – Compartilhar, de maneira colaborativa, a função educacional do professor.
III – Saber mediar o processo de ensino/aprendizagem.
IV – Saber tratar a tradução/interpretação entre Língua de Sinais e Língua Portuguesa vinculada aos processos educacionais.
Segundo Quadros (2004), aos intérpretes educacionais é permitido estabelecer funções específicas.
I – Apresentar informações a respeito do desenvolvimento dos alunos.
II – Se preparar para a interpretação das aulas com o auxílio do professor através da revisão e elaboração das aulas.
III – Ter autoridade somente sobre os alunos surdos.
IV – Intermediar as relações entre os professores e os alunos
V – Intermediar as relações entre os colegas surdos e os colegas ouvintes
Numere as colunas abaixo, relacionando-as com os seguintes profissionais:
1. Interpretes de Línguas Vocais
2. Intérpretes de Língua de Sinais
( ) Interpretam de/para alguma língua de sinais.
( ) Seus clientes são exclusivamente pessoas ouvintes.
( ) Seu campo de trabalho limita-se, normalmente, a encontros internacionais.
( ) Seus clientes são geralmente pessoas surdas e de diferentes entornos geográficos.
( ) Geralmente são ouvintes do mesmo entorno geográfico.
( ) Interpretam de/para as línguas orais.
( ) Seu campo de trabalho é tão amplo quanto as necessidades comunicativas e de informação de seus clientes.
Assinale a alternativa correta da ordem das respostas:
Segundo Albres (2010), há algumas considerações preliminares para interpretação da Língua de Sinais para língua portuguesa oral. Analise os excertos que sejam correspondentes.
I – A entonação - A mesclagem de voz consiste da variação emocional (alegria, tristeza, euforia,) e variação da entonação da impostação vocal (projeção, relação grave agudo, ressonância).
II – A invisibilidade da interpretação oral - Nesse tipo de interpretação o profissional deve ficar entre o emissor e o receptor, considerando que o destaque deve ser atribuído ao intérprete e não para o sinalizador.
III – A velocidade da fala - o intérprete deve acompanhar o ritmo do conferencista que faz uso da língua de sinais (emissor), a depender da característica deste, pode utilizar alguns recursos que serão importantes para melhorar a qualidade da sua comunicação.
IV – A articulação - Uma voz bem postada, sonora, com timbre melodioso é o pré-requisito para uma boa interpretação, independente da forma como se fala.
V - Capturar o perfil do Sinalizador - Nesse caso o intérprete tem certa autonomia para captação e imitação do texto-base, sempre levando em consideração as características culturais e linguísticas inerentes ao emissor.
Segundo Quadros (2004), são tradutores e intérpretes:
I – Professores de surdos proficientes em ambas as línguas, língua brasileira de sinais e língua portuguesa;
II – Filhos de pais surdos que comprovam fluência em Libras e em Língua Portuguesa, além de amplo conhecimento cultural e identitário da comunidade surda Brasileira;
III – Profissional que domina a língua de sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função de intérprete;
IV – Profissional intérprete que tenha a formação específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação);
V - Pessoas ouvintes que dominam a língua de sinais com convívio com a comunidade surda por mais de cinco anos.