Itens corretos: II e III.
Correção dos itens errados:
I - o início não é insidioso, e sim abrupto. Há autoimunidade contra as células beta pancreáticas, causando dependência do uso de insulina para controle hiperglicêmico, tendo a cetoacidose diabética como complicação aguda clássica do DM tipo 1.
IV - Os idosos possuem maior frequência de hiato auscultatório, sendo necessário escutar de 20 a 30 mmHg abaixo do último som (fase V de Korotkoff) para confirmar o real valor da PAD.
Gabarito: B.
Bons estudos.
I. Na fase clinicamente manifesta do DM1, o inicio é, em geral insidioso, com demora no aparecimento dos sintomas.
A apresentação do diabetes tipo 1 é em geral abrupta, acometendo principalmente crianças e adolescentes sem excesso de peso. Na maioria dos casos, a hiperglicemia é acentuada, evoluindo rapidamente para cetoacidose, especialmente na presença de infecção ou outra forma de estresse. Assim, o traço clínico que mais define o tipo 1 é a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose.
II. A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da pressão, o que a define como essencial.
III. A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que a placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam a insulina, com consequente aumento compensatório na produção de insulina e na resistência a insulina, podendo evoluir com disfunção das células β.
Os hormônios placentários contrainsulínicos – lactogênio placentário humano (hPL) e hormônio do crescimento placentário humano (hPGH) – são os fatores que contribuem para a resistência à insulina aumentada vista na gravidez. Fala-se, também, na ação de adipocinas – elevação do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e diminuição da adiponectina – ambos concorrentes para explicar o aumento na resistência à insulina.
IV. Os idosos possuem maior menor frequência de hiato auscultatório, que se caracteriza quando, após a ausculta dos sons iniciais, ocorre o desaparecimento dos sons e o seu reaparecimento em níveis pressóricos mais baixos, o que subestima a verdadeira pressão sistólica.Pode-se evitar este tipo de erro palpando o pulso radial e inflando o manguito até o seu desaparecimento (20 a 30mmHg acima deste nível).