I- O que se sabe é que as mulheres com ovário policístico apresentam maior risco de diabetes tipo 2 justamente por apresentarem maior resistência insulínica. O resultado é que o corpo irá produzir mais insulina porque as células ficam menos sensíveis à ação dela. Em condições normais as células respondem à ação da insulina absorvendo glicose para gerar energia ou para armazenamento. Quando a resistência acontece, é como se para absorver a mesma quantidade de glicose a célula precisasse de mais insulina. O problema disso é que no ovário esta resistência à insulina determina o erro no desenvolvimento dos folículos e excesso de produção de hormônios masculinos.
Outro dado importante é que a síndrome dos ovários policísticos pode ser hereditária: filhas de mães com o diagnóstico têm 50% de chances de desenvolver os sintomas e sinais. Também nas mulheres que tem diabetes ou estão acima do peso, o risco de desenvolver a síndrome aumentam. Sabe-se que a obesidade piora em muito os sintomas de irregularidade menstrual e também o aumento dos pelos, porque quanto mais acima do peso, mais resistência insulínica.
Fonte: diabetes.org.br
II- O complexo teníase/cisticercose constitui-se de duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delgado do homem. A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos, ou seja, é uma enfermidade somática. A teníase é uma parasitose intestinal que pode causar dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarréia ou constipação. Quando o parasita permanece na luz intestinal o parasitismo pode ser considerado benigno e só, excepcional- mente, requer intervenção cirúrgica por penetração em apêndice, colédoco, ducto pancreático, devido ao crescimento exagerado do parasita. A infesta- ção pode ser percebida pela eliminação espontânea nas fezes de proglotes do verme. Em alguns casos, podem causar retardo no crescimento e no desen- volvimento das crianças, e baixa produtividade no adulto. As manifestações clínicas da cisticercose (larvas da Taenia solium) dependem da localização, tipo morfológico, número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. As formas graves estão localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuro-psiquiátricos (convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraneana) e oftálmicos.
Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica 5a edição