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Prova Colégio Pedro II - 2016 - Colégio Pedro II - Professor - Filosofia


ID
2233264
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

A arte de imitar está muito afastada da verdade, sendo que por isso mesmo dá a impressão de poder fazer tudo, por só atingir parte mínima de cada coisa, simples simulacro. O pintor, digamos, é capaz de pintar um sapateiro, um carpinteiro ou qualquer outro artesão, sem conhecer absolutamente nada das respectivas profissões. No entanto, se for bom pintor, com o retrato de um carpinteiro, mostrado de longe, conseguirá enganar pelo menos crianças ou pessoas simples e levá-las a imaginar que se trata de um carpinteiro de verdade.

(PLATÃO. A República (Livro X). In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 558.)


Sobre a relação entre arte e verdade, assinale a alternativa correta, segundo o pensamento platônico.

Alternativas
Comentários
  • Quais são esses três graus?

  • Existe a verdade (primeiro degrau).

    Existe o mundo sensível, que o objeto do mundo sensível (segundo degrau);

    e, como a arte seria uma cópia da cópia (uma escultura, por exemplo), ela seria o terceiro degrau.

  • qual o erro da B?

  • O erro da b está na afirmação que a arte seria uma representação das ideias (mundo inteligível ou das ideias), o que não é verdade. A arte é a imitação da imitação das ideias, isto é, a arte é apenas uma imitação daquilo que criamos no mundo sensível como reflexo do real no mundo inteligível. Existe o conceito de cadeira no mundo das ideias, é a cadeira (verdade imutável, universal, eterna, invariável), a construção de uma cadeira no mundo sensível é uma imitação da ideia. A pintura seria a imitação da imitação, portanto, desnecessária e inútil.


ID
2233267
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

É pois a Tragédia imitação de uma ação de caráter elevado, completa e de certa extensão, em linguagem ornamentada e com as várias espécies de ornamentos distribuídas pelas diversas partes [do drama], [imitação que se efetua] não por narrativa, mas mediante atores, e que suscitando o “terror e a piedade, tem por efeito a purificação dessas emoções”.

(ARISTÓTELES. Poética (Capítulo VI). In: DUARTE, Rodrigo (org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. p. 37.)

Segundo o pensamento aristotélico, é correto afirmar que a Tragédia

Alternativas

ID
2233270
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

– Então, tomemos dessas pluralidades a que quiseres; a seguinte, por exemplo, se estiveres de acordo: leitos há muitos, e também mesas.
– Como não?
– Porém para todos esses móveis só há duas ideias: a ideia do leito e a ideia da mesa.
– Certo.
– Costumamos, também, dizer que os obreiros desses móveis têm em mira a ideia segundo a qual um deles apronta leitos e outros as mesas de que nos servimos, e assim para tudo o mais. Porém a ideia em si mesma, o obreiro não fabrica. Como o poderia?
(PLATÃO. A República – livro X. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 553)

O trecho citado, retirado do Livro X da República de Platão, expressa

Alternativas
Comentários
  • Dialética do uno e do múltiplo Ideia desenvolvida a partir de Parmênides "o ser é e o não ser não é" Uno é o determinado, o que não varia, a ideia. Múltiplo é o indeterminado, o que varia, a representação no mundo sensível

ID
2233273
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Agora, porém, partirá injustiçado se de fato for embora, mas não por nós, as leis, e sim pelos homens; mas se fugir depois de tão vergonhosamente revidar injustiça com injustiça e o mal com o mal, rompendo os seus pactos e acordos conosco e ferindo àqueles que menos deveria – a si mesmo e aos amigos, ao país e a nós – , ficaremos zangadas com você...

(PLATÃO, Críton. In MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 25)


Com o argumento exposto no texto, Sócrates convence Críton de que, apesar da pena que recebe, sua recusa a fugir faz sentido. Sobre o argumento de Sócrates, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2233276
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Texto 1 –

A questão é que nenhum deus persegue a sabedoria ou deseja tornar-se sábio, pois já o é; e ninguém mais que seja sábio persegue a sabedoria. Nem o ignorante persegue a sabedoria ou deseja ser sábio(...). O homem que não se sente deficiente não deseja aquilo de que não sente deficiência. (...)[A] necessidade de Amor tem que ser amiga da sabedoria e, como tal, deve situar-se entre o sábio e o ignorante. 

(PLATÃO, O Banquete. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p.28)


Texto 2 –

É pela indagação que os homens começam agora e começaram originalmente a filosofar (...). Ora, quem indaga e está perplexo sente-se ignorante (...) de modo que, se foi para escapar à ignorância que os homens estudaram filosofia, é óbvio que procuraram a ciência pelo conhecimento e não por qualquer utilidade prática.

(ARISTÓTELES, Metafísica. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, pp. 50-51)

Tendo como base apenas os trechos citados, considere as seguintes afirmações:

I. Para ambos os autores, a filosofia demanda uma necessidade de conhecer.

II. De acordo com texto 1, sentir-se ignorante não é próprio do ignorante nem do sábio.

III. Para Platão a filosofia tem a mesma natureza divina que Eros.

IV. Aristóteles supõe que o ser humano possui a necessidade prática de conhecer.

São afirmações corretas apenas

Alternativas

ID
2233279
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“SÓCRATES: E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de memória? De início não sabia que linha forma a figura de oito pés e mesmo agora não sabe, mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se soubesse, sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a dificuldade em que se encontra e, além de não saber, não acha mais que sabe.”

(PLATÃO. Mênon. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 35)


Dentre as características da filosofia socrática inferidas dos escritos de Platão, o trecho acima retrata

Alternativas
Comentários
  • se vocÊ estiver sábio, não tem motivos pra buscar a sabedoria

  •  Sócrates usava a arte da argumentação e o questionamento para por em dúvida as verdades absolutas. 


ID
2233282
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.

(SÊNECA. Sobre a brevidade da vida. Porto Alegre: L&PM, 2007, p. 26.)

Tendo como base o texto acima, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2233285
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Pois se as coisas futuras e passadas existem, quero saber onde estão. Se ainda não posso sabê-lo, sei ao menos que, onde quer que estejam, ali não são futuras nem passadas, mas presentes. Pois se também ali forem futuras, ali ainda não estão, e se ali forem passadas, ali já não estão. Portanto, onde quer que estejam, o que quer que sejam, não são senão presentes.

(AGOSTINHO. Confissões. Livro XI. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. pp. 42)


Agostinho declara, no livro citado de suas Confissões, o desconhecimento sobre a natureza do tempo. O trecho reproduzido remete a uma hipótese levantada pelo autor de que

Alternativas

ID
2233288
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Vemos que as coisas que não têm inteligência, como, por exemplo, os corpos naturais, agem para uma finalidade, o que se mostra pelo fato de sempre ou frequentemente agirem da mesma forma, para conseguirem o máximo, donde se segue que não é por acaso, mas intencionalmente, que atingem seu objetivo. As coisas, entretanto, que não têm inteligência só podem procurar um objetivo dirigidas por alguém que conhece e é inteligente, como a flecha dirigida pelo arqueiro. Logo, existe algum ser inteligente que ordena todas as coisas da natureza para seu correspondente objetivo: a este ser chamamos Deus.

(AQUINO, Tomás de. Suma Teológica (I, Questão 2). In: MARCONDES, Danilo (org.). Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 71.)

Ao elaborar a quinta via racional da existência de Deus, Tomás de Aquino

Alternativas
Comentários
  • Tomas na escolástica buscava aumentar argumentos para provar a existência divina, utilizando fé e razão( influência aristotélica).

  • As contribuições de Aquilo ao cristianismo podem ser exemplificadas ao momento histórico em que se passa - Baixa Idade Média, sobretudo, o período das Cruzadas -, pois, o contato do ocidente com o oriente possibilitou uma série de questionamentos sobre os dogmas impostos pela Igreja católica. Dessa forma, houve-se a necessidade de justificar, através das 5 vias/ argumentos, proposto por Aquino, em que se "comprovava" a existência de Deus, e, portanto, conciliar a fé e a razão, com embasamento nas ideias de Aristóteles. "Conhecer para crer", colocando a fé e a razão em distância quase que equivalente, e tornando o mundo sensível capaz de gerar conhecimento para entender a fé cristã e a existência de Deus.


ID
2233291
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundamentei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão muito duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências.

(DESCARTES, René. Meditações Metafísicas (1ª Meditação). In: MARCONDES, Danilo (org.). Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 74.)

Na primeira Meditação, René Descartes (1596-1650) desenvolveu a dúvida metódica e a possibilidade de se alcançar o conhecimento seguro. É correto afirmar que, também nesta meditação, o filósofo apresentou

Alternativas

ID
2233294
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Parece, então, que a ideia de uma conexão necessária entre os eventos surge de uma quantidade de situações similares, que decorrem da conjunção constante desses eventos. Tal ideia não pode nunca ser sugerida por qualquer dessas situações, inspecionada em cada posição e sob todas as abordagens possíveis. Mas não existe nada, em uma quantidade de situações, diferente de qualquer situação singular supostamente similar às outras; exceção feita apenas ao fato de, após uma repetição de situações similares, a mente ser levada pelo hábito a esperar, quando um evento aparece, aquilo que costuma acompanhá-lo, acreditando que esse acompanhamento vai acontecer.

(HUME, David. Uma investigação sobre o entendimento humano. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 106)

De acordo com Hume, a crença de que um fenômeno X causa um fenômeno Y

Alternativas

ID
2233297
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Uma vontade perfeitamente boa estaria do mesmo modo submetida a leis objetivas (do bem), mas nem por isso poderia ser representada como obrigada a ações conforme a leis, porque ela por si mesma, de acordo com sua constituição subjetiva, somente pode ser determinada pela representação do bem.”

(KANT, Fundamentação da metafísica dos costumes. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 121.)

Sobre o conteúdo desse trecho da obra de Kant citada, é correto afirmar que:

Alternativas

ID
2233300
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“O credo que aceita como fundamento da moral o Útil ou Princípio da Máxima Felicidade considera que uma ação é correta na medida em que tende a promover a felicidade e errada quando tende a gerar o oposto da felicidade. Por felicidade entende-se o prazer e a ausência da dor; por infelicidade, dor ou privação do prazer”.

(STUART MILL, John. O utilitarismo. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p.129)


O trecho retirado da obra de Mill expõe o princípio utilitarista de ação moral. Qual das sentenças abaixo é uma razão utilitarista para tratar animais não humanos com dignidade, tanto em pesquisas quanto em relação ao consumo de carne?

Alternativas
Comentários
  •  c)

    A ciência de que animais conscientes são capazes de manifestar prazer e dor.

  • Essa questão está errada!

    A resposta certa é a letra A


ID
2233303
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Todos compreendem o quanto seja louvável a um príncipe manter a palavra dada e viver com integridade e não com astúcia. Contudo, pela experiência de nossos tempos, vê-se que certos príncipes realizaram coisas notáveis, mas tiveram em pouca conta a fé dada e souberam com astúcia manejar a cabeça dos homens. Superaram, enfim, aqueles que se apoiaram na sinceridade.

(MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe (Capítulo XVIII). In MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 457.)

A partir do trecho selecionado, marque a opção em que se encontra a melhor definição para o pensamento político maquiaveliano, em relação à filosofia política desenvolvida na Grécia Clássica.

Alternativas

ID
2233306
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“Tudo aquilo que se infere de um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, infere-se também do tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida pela sua própria força e pela sua própria invenção. Numa tal condição (...) não há sociedade; e o que é pior do que tudo, um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta.

(HOBBES, Leviatã, I, XIII. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba:SEED,2009.)


De acordo com o texto e o pensamento de Hobbes, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Letra b.

     

  • Hobbes acreditava em um "estado de natureza", nesse estado o homem compete por comodidade e prazer, por tal competição ele não hesita em prejudicar terceiros, com isso o estado de natureza se torna um estado de guerra generalizada de todos contra todos. Desse modo, a única maneira de cessar esse estado de guerra é a presença de um estado que possua poder absoluto, para garantir a segurança e a liberdade de cada indivíduo.

  • O homem PAra Hobbes é mau por natureza. Hobbes Defendia o fato de que nao poderia existir a liberdade plena do homem + homem é o lobo do homem, pois isso geraria o caos. Para isso foi necessario a existencia de um contrato para a proteçao da vida, sendo necessario mexer na liberdade plena do homem. É elegido um representante (monarca) que vai ser o guardião das leis, o Estado. 

  • Para Hobbes, enquando não existisse um Estado que governasse e ditasse as normas a serem seguidas pelo povo não haveria justiça, pois não nesse caso não existiria um poder para dizer o que é justo e o que não é.


ID
2233309
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Portanto, a moralidade, a religião, a metafísica, assim como todo o resto das ideologias e suas formas correspondentes de consciência, não conservam mais o semblante de independência. Elas não possuem uma história, um desenvolvimento; são os homens que, desenvolvendo suas produções materiais e seus intercâmbios materiais, alteram junto com tais processos sua existência real, seu pensamento e os produtos de seu pensamento.

(MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 136)

A partir do trecho acima citado de Marx e Engels, pode-se afirmar que a ideologia é

Alternativas

ID
2233312
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

(...) a poesia é adequada a todas as Formas do belo e se estende sobre todas elas, porque seu autêntico elemento é a bela fantasia (...).

(HEGEL. Cursos de estética. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.202.)

De acordo com o texto e o pensamento de Hegel, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2233315
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Aqui, nesse perigo supremo da vontade, aproxima-se a arte, como feiticeira salvadora, como feiticeira da cura; somente ela é capaz de converter aqueles pensamentos nauseantes acerca do terrível ou absurdo da existência em representações com as quais se pode viver: são elas o sublime enquanto aplacamento artístico do terrível, e o cômico enquanto descarga artística da náusea do absurdo.

NIETZSCHE, O nascimento da tragédia. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.247.

Considerando o texto, pode-se afirmar que, para Nietzsche, a arte

Alternativas

ID
2233318
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

(...) a arte fica amputada de todo o conteúdo e supõe-se no seu lugar um elemento tão formal como a satisfação. Bastante paradoxalmente, a estética torna-se para Kant um hedonismo castrado, prazer sem prazer, com igual injustiça para com a experiência artística, na qual a satisfação atua casualmente e de nenhum modo é a totalidade, e para com o interesse sensual, as necessidades reprimidas e insatisfeitas...

ADORNO, Theodor. Teoria estética. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.371-372.


Considerando essa crítica de T. Adorno à concepção estética de Kant, pode ser afirmado que

Alternativas

ID
2233321
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

“(...) é fácil conceber o condicionamento social do atual declínio da aura. Ele repousa sobre duas circunstâncias, e ambas se relacionam com o aumento crescente das massas e a crescente intensidade de seus movimentos. (...) Unicidade e duração se entrelaçam na imagem assim como volatilidade e repetibilidade na reprodução.”

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.286.

De acordo com o trecho, é correto afirmar que

Alternativas

ID
2233324
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia

(...) E na introdução à dialética transcendental, Kant diz: “Verdade ou aparência não se encontram no objeto na medida em que ele se dá na intuição e sim no juízo a seu respeito, na medida em que é pensado.”

A caracterização da verdade como “concordância”, adequatio, omoiosis, é, de certo, por demais vazia e universal. (...)

(HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo, § 44, b). In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009, p.156.)

A partir do trecho da obra Ser e tempo de Heidegger, pode ser afirmado que

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Comentários
  • B


ID
2233327
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia

Até os doze anos a menina é tão robusta quanto os irmãos e manifesta as mesmas capacidades intelectuais; não há terreno em que lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes da puberdade e, às vezes, mesmo desde a primeira infância, ela já se apresenta como sexualmente especificada, não é porque misteriosos instintos a destinem imediatamente à passividade, ao coquetismo, à maternidade: é porque a intervenção de outrem na vida da criança é quase original e desde seus primeiros anos sua vocação lhe é imperiosamente insuflada.
(BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo (Vol. 2). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 9-10.)
Os estudos de Simone de Beauvoir (1908-1986) contribuíram incontestavelmente para os debates acerca da situação da mulher e a luta para a igualdade de gênero. A partir do trecho acima, assinale a opção que melhor demonstra o problema apresentado pela filósofa.

Alternativas

ID
2233330
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia

“Se, por outro lado, Deus não existe, não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos só, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz.”

(SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p.624)

Identifica-se, no texto acima, o pensamento existencialista de Sartre, segundo o qual o ser humano

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Comentários
  • Queria saber qual e essa


ID
2233333
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia

Ao invés de indicar algo que seja comum a tudo o que chamamos linguagem, digo que não há uma coisa sequer que seja comum a estas manifestações, motivo pelo qual empregamos a mesma palavra para todas – mas são aparentadas entre si de muitas maneiras diferentes. Por causa deste parentesco, ou destes parentescos, chamamos a todas de “linguagens”. (...)Não posso caracterizar melhor essas semelhanças do que por meio das palavras “semelhanças familiares”; pois assim se sobrepõem e se entrecruzam as várias semelhanças que existem entre os membros de uma família (...). [O]s ‘jogos’ formam uma família.

(WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p.169)

O conceito wittegensteiniano de “semelhanças familiares”

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Comentários
  • Wittgenstein fez realmente um questionamento importante sobre à perspectiva filosófica de que é possível definir linguagem por meio de uma condição necessária. Em outras palavras e pelo pouco que entendi, na própria escolha das palavras já há muita influência da ideologia e, portanto, não haveria "filosofias puras" ou descontaminadas da socialização.

     


ID
2233336
Banca
Colégio Pedro II
Órgão
Colégio Pedro II
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia

Durante muito tempo acreditei que eu era perseguido por um tipo de análise dos saberes e dos conhecimentos tais como eles podem existir em uma sociedade como a nossa: o que se sabe acerca da loucura, acerca da doença, o que se sabe do mundo, da vida? Ora, creio que esse não era meu problema. Meu verdadeiro problema é aquele que é, aliás, um problema atualmente de todo mundo, o do poder.

(FOUCAULT, Michel. Poder e saber. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 232-233.)


A questão do poder aparece em várias obras de Michel Foucault (1926-1984). É correto afirmar sobre o pensamento do filósofo a esse respeito que

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D. Para Michel Foucault, o poder está conectado em rede, isso fica claro no "Panóptico de Bentham", descrito pelo autor em "Vigiar e Punir", que tem por importante efeito assegurar o funcionamento automático do poder.