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Prova UENP Concursos - 2018 - UENP - Vestibular - 1º Dia


ID
3799531
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença dessa crença muito debatida no século anterior. Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade. Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)

Com base no texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799534
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença dessa crença muito debatida no século anterior. Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade. Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)

A partir da leitura do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. O objetivo principal do texto é denunciar o preconceito, bem como a falta de democracia racial no Brasil.
II. O autor do texto critica os órgãos governamentais e cobra políticas públicas para o combate ao racismo.
III. Segundo o autor, as divisões sociais não têm relação com o preconceito de cor. IV. Ao dizer “Mas há quem faça”, o autor demonstra indignação com aquilo que expõe em seu texto.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799537
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença dessa crença muito debatida no século anterior. Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade. Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)

Com base nos trechos a seguir, assinale a alternativa em que o termo sublinhado exprime, explicitamente, posicionamento por parte do autor.

Alternativas

ID
3799540
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença dessa crença muito debatida no século anterior. Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade. Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “quem diz ter um ‘amigo negro’ é absolvido automaticamente”, as aspas empregadas em “amigo negro” indicam ironia por parte do autor do texto.
II. As palavras “inexistência”, “comentário” e “próprios”, retiradas do texto, são acentuadas pela mesma razão.
III. Em “É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio”, temos uma comparação.
IV. Em “Mas há quem faça”, o verbo “haver” é impessoal e se refere a tempo passado.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799543
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.
Racismo em tempos modernos
Democracia racial costuma ser um termo utilizado no Brasil por quem, infelizmente, acredita na inexistência de preconceito de cor. Atualmente, as redes sociais são, por excelência, uma amostragem da presença dessa crença muito debatida no século anterior. Dentro da lenda da democracia racial, seus adeptos, consciente ou inconscientemente, reclamam que a ausência de preconceito é justificada pela atmosfera pacífica da convivência social, sem guerras civis, onde quem diz ter um “amigo negro” é absolvido automaticamente após qualquer piada racista ou comentário degradante. E assim foi argumentada por homens como Florestan Fernandes, décadas atrás, ao responder a muitas das questões postas hoje, mas que aparentemente são ignoradas pelos paladinos da negação do racismo sob os interesses dos mais obscuros.
No habitat virtual emerge um antigo modelo de discurso que, se antes estava reservado a lugares próprios e passíveis de camuflagens, agora está despido para quem quiser ver. Basta uma notícia de constatação de preconceito racial, que uma burricada surge para reafirmar que o racismo é uma ilusão confeccionada por elementos X ou Y. Isso, é claro, quando não sentenciam os próprios negros por sofrerem racismo. É como acusar os judeus pelo holocausto ou grupos indígenas pelo seu próprio extermínio. Mas há quem faça.
Em suas mastodônticas moralidades, acham que cotas raciais, por exemplo, legitimam o preconceito. Ignoram a estrutura das relações do pós-Abolição, que fortificou uma sociedade desigual não apenas socioeconômica, mas pela cor, como subterfúgio da manutenção das divisões sociais. Divisões que sobrevivem.
Em uma sociedade em que, segundo o IBGE (2014), mais de 53% se declaram negros ou pardos, as tentativas de destacar as exceções confirmam o grau de disparidade. Enquanto o acesso profissional e universitário não representar o cotidiano, qualquer discurso de meritocracia é vazio. Não tão distante, ainda sobrevive a frase de George Bernard Shaw: “Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”.
(Adaptado de: <https://oglobo.globo.com/opiniao/racismo-em-tempos-modernos-18605034. Acesso em: 22 jun. 2018.)

De acordo com o trecho “Não tão distante, ainda sobrevive a frase de Bernard Shaw: ‘Faz-se o negro passar a vida a engraxar sapatos e depois prova-se a inferioridade do negro pelo fato de ele ser engraxate”’, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a função dos dois pontos.

Alternativas

ID
3799546
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Histórias como a do chef londrinense mostram que o sucesso profissional está atrelado ao esforço e à determinação.
II. O ofício de padeiro foi consequência da curiosidade do garoto pela função, desde tenra idade.
III. A frase “um olho no próprio trabalho e o outro no padeiro” demonstra a irresponsabilidade do garoto com a sua função.
IV. Ao utilizar a expressão “Em casa de ferreiro, o espeto é de pau”, o chef corrobora a sua participação no preparo das refeições familiares.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799549
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “Também sabe onde há padarias modernizadas”, o advérbio “também” pode ser substituído pela conjunção “mas”, sem prejuízo de significação.
II. Em “Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador”, a expressão grifada está sendo empregada em seu sentido literal.
III. Em “Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, a sucessão de sons verbais organizados provoca a sensação de ritmo e musicalidade, ou seja, a poetização da prosa.
IV. Em “Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30”, as vírgulas foram empregadas para marcar uma enumeração de ações.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799552
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “trabalhando no ramo da panificação” e “continuou na área de panificação e confeitaria”, os termos “ramo” e “área” estão empregados como sinônimos.
II. Em “Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa”, temos um caso de derivação imprópria em “o acordar”.
III. Em “paixão inexplicável”, o prefixo in-, na palavra “inexplicável”, indica negação.
IV. Em “quem viu no ofício sua maior paixão” e “era preciso que o menino aprendesse alguma função” as palavras “ofício” e “função” estão sendo empregadas em sentido diverso.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799555
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Leia o trecho a seguir.

“Um dia o padeiro faltou e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão”.


Com base no trecho, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o referente do pronome oblíquo átono sublinhado.

Alternativas

ID
3799558
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “Dormia pouco, trabalhava e estudava muito”, as palavras sublinhadas denotam uma circunstância de modo.
II. Em “De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, o emprego da crase é obrigatório por se tratar de locuções adverbiais femininas.
III. Em “Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito”, a expressão grifada indica um limite de tempo.
IV. Em “Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses”, a expressão grifada pode ser substituída por realmente, sem prejuízo de significação.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799561
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Com base no texto, assinale a alternativa que pode substituir, corretamente, a expressão destacada no trecho: “A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro”.

Alternativas

ID
3799567
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

A partir da leitura do texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Os móveis construídos pelo artesão resgatam a história da movelaria esculpida em miniatura.
II. O texto desestimula a utilização não controlada de madeiras nobres na manufatura de brinquedos.
III. Trata-se de um texto essencialmente técnico e parcial, o que caracteriza o texto jornalístico.
IV. Por se tratar de um texto jornalístico, a linguagem utilizada é rebuscada, direta e subjetiva.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799570
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

Em “As peças são criadas para discursar”, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a figura de linguagem utilizada.

Alternativas

ID
3799573
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. Na oração “Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana”, a presença da preposição a deve-se à exigência feita pelo verbo.

II. Em “O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta”, não se emprega a crase porque o a é uma mera preposição.

III. Em “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante”, o conectivo “mas” estabelece uma relação de oposição com a ideia expressa anteriormente.

IV. Em “Então, os avós e pais construíam os brinquedos de forma artesanal” a partícula “então” estabelece uma relação de alternância.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Essa II é complicada...Não é que "não se emprega", e sim que não "se empregou". Ou seja, devia ter sido empregada a crase, mas não foi.

  • IV. Em “Então, os avós e pais construíam os brinquedos de forma artesanal” a partícula “então” estabelece uma relação de alternância. ERRADO, a palavra então usada nesta frase indica conclusão.

    Quando (relação de tempo) eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então (relação conclusiva), os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.

    Gab: Letra D


ID
3799576
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Em “[...] após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado”, a locução “tinha chegado” caracteriza-se como um gerundismo que enfatiza o objetivo alcançado pelo artesão.
II. Em “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle”, o pronome “aquelas” se refere ao termo “madeiras”.
III. As aspas utilizadas ao longo do texto marcam o discurso direto do artesão José Belaque.
IV. No título do texto “Entalhando a felicidade”, a palavra “entalhando” se ajusta ao tema da reportagem.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799579
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

Em “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle”, assinale a alternativa que remete ao sentido da palavra “só”, neste contexto.

Alternativas

ID
3799582
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

Em relação à partícula “que” em “Eu estou fazendo uma coisa que amo” e “eu digo que estou no período fetal”, considere as afirmativas a seguir.


I. O primeiro “que” é um pronome relativo e retoma o termo “coisa”.

II. O segundo “que” é uma conjunção subordinativa substantiva objetiva direta.

III. O primeiro “que” inicia uma oração subordinada adverbial causal.

IV. O segundo “que” é um pronome relativo e retoma a forma verbal “estou”.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799591
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o trecho a seguir, extraído do conto “Preciosidade”, do livro Laços de família, e responda à questão.

Não, ela não estava sozinha. Com os olhos franzidos pela incredulidade, no fim longínquo de sua rua, de dentro do vapor, viu dois homens. Dois rapazes vindo. Olhou ao redor como se pudesse ter errado de rua ou de cidade. Mas errara os minutos: saíra de casa antes que a estrela e dois homens tivessem tempo de sumir. Seu coração se espantou.

O primeiro impulso, diante de seu erro, foi o de refazer para trás os passos dados e entrar em casa até que eles passassem: “Eles vão olhar para mim, eu sei, não há mais ninguém para eles olharem e eles vão me olhar muito!” Mas como voltar e fugir, se nascera para a dificuldade. Se toda a sua lenta preparação tinha o destino ignorado a que ela, por culto, tinha que aderir. Como recuar, e depois nunca esquecer a vergonha de ter esperado em miséria atrás de uma porta?

(LISPECTOR, C. Laços de família. 11. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. p. 101-102.)

Com base no trecho, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799594
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o trecho a seguir, extraído do conto “Preciosidade”, do livro Laços de família, e responda à questão.

Não, ela não estava sozinha. Com os olhos franzidos pela incredulidade, no fim longínquo de sua rua, de dentro do vapor, viu dois homens. Dois rapazes vindo. Olhou ao redor como se pudesse ter errado de rua ou de cidade. Mas errara os minutos: saíra de casa antes que a estrela e dois homens tivessem tempo de sumir. Seu coração se espantou.

O primeiro impulso, diante de seu erro, foi o de refazer para trás os passos dados e entrar em casa até que eles passassem: “Eles vão olhar para mim, eu sei, não há mais ninguém para eles olharem e eles vão me olhar muito!” Mas como voltar e fugir, se nascera para a dificuldade. Se toda a sua lenta preparação tinha o destino ignorado a que ela, por culto, tinha que aderir. Como recuar, e depois nunca esquecer a vergonha de ter esperado em miséria atrás de uma porta?

(LISPECTOR, C. Laços de família. 11. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. p. 101-102.)

Com base no trecho do conto, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799597
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o trecho a seguir, extraído do conto “Os laços de família”, do livro Laços de família, e responda à questão.

Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso. A velha guardara o espelho na bolsa, e fitava-a sorrindo. O rosto usado e ainda bem esperto parecia esforçar-se por dar aos outros alguma impressão da qual o chapéu faria parte. A campainha da Estação tocou de súbito, houve um movimento geral de ansiedade, várias pessoas correram pensando que o trem já partia: mamãe! disse a mulher. Catarina! disse a velha. Ambas se olhavam espantadas, a mala na cabeça de um carregador interrompeu-lhes a visão e um rapaz correndo segurou de passagem o braço de Catarina, deslocando-lhe a gola do vestido. Quando puderam ver-se de novo, Catarina estava sob a iminência de lhe perguntar se não esquecera de nada...
– ... Não esqueci de nada? perguntou a mãe.
Também a Catarina parecia que haviam esquecido de alguma coisa, e ambas se olhavam atônitas – porque se realmente haviam esquecido, agora era tarde demais. Uma mulher arrastava uma criança, a criança chorava, novamente a campainha da Estação soou... Mamãe, disse a mulher. Que coisa tinham esquecido de dizer uma a outra, e agora era tarde demais. Parecia-lhe que deveriam um dia ter dito assim: sou tua mãe, Catarina. E ela deveria ter respondido: e eu sou tua filha.
– Não vá pegar corrente de ar! Gritou Catarina.
– Ora menina, sou lá criança, disse a mãe sem deixar porém de se preocupar com a própria aparência.
(LISPECTOR, C. Laços de família. 11. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. p. 112-113.)

Sobre a frase “Sua mãe lhe doía, era isso.”, na primeira linha do trecho, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799600
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o trecho a seguir, extraído do conto “Os laços de família”, do livro Laços de família, e responda à questão.

Não, não se podia dizer que amava sua mãe. Sua mãe lhe doía, era isso. A velha guardara o espelho na bolsa, e fitava-a sorrindo. O rosto usado e ainda bem esperto parecia esforçar-se por dar aos outros alguma impressão da qual o chapéu faria parte. A campainha da Estação tocou de súbito, houve um movimento geral de ansiedade, várias pessoas correram pensando que o trem já partia: mamãe! disse a mulher. Catarina! disse a velha. Ambas se olhavam espantadas, a mala na cabeça de um carregador interrompeu-lhes a visão e um rapaz correndo segurou de passagem o braço de Catarina, deslocando-lhe a gola do vestido. Quando puderam ver-se de novo, Catarina estava sob a iminência de lhe perguntar se não esquecera de nada...
– ... Não esqueci de nada? perguntou a mãe.
Também a Catarina parecia que haviam esquecido de alguma coisa, e ambas se olhavam atônitas – porque se realmente haviam esquecido, agora era tarde demais. Uma mulher arrastava uma criança, a criança chorava, novamente a campainha da Estação soou... Mamãe, disse a mulher. Que coisa tinham esquecido de dizer uma a outra, e agora era tarde demais. Parecia-lhe que deveriam um dia ter dito assim: sou tua mãe, Catarina. E ela deveria ter respondido: e eu sou tua filha.
– Não vá pegar corrente de ar! Gritou Catarina.
– Ora menina, sou lá criança, disse a mãe sem deixar porém de se preocupar com a própria aparência.
(LISPECTOR, C. Laços de família. 11. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979. p. 112-113.)

Quanto à relação entre o conto “Os laços de família” e os demais contos do livro, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799603
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o poema a seguir.

tua mão

no meu seio

sim não

não sim

não é assim

que se mede

um coração

(RUIZ S., Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2018. p. 30.)


Sobre o poema, considere as afirmativas a seguir.

I. A referência ao corpo significa uma predisposição do sujeito lírico para o amor físico.

II. O terceiro e o quarto versos apontam para a ideia de dúvida quanto ao consentimento da carícia.

III. O quinto verso, apesar de proporcionar jogo de palavras com o verso anterior, representa um modo diferente de interpretar o gesto da mão no seio.

IV. Nos dois versos finais, a ideia de medir o coração é utilizada em linguagem figurada para remeter à avaliação de sentimentos.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • exemplo de atividade fantasma?

  • Iure, a atividade fantasma não é uma atividade física. Ela é apenas usada como recurso de diagramação. Para resolver problema de lógica numa rede de flechas.

    Exemplo: Duas atividades paralelas não podem ter os mesmos eventos iniciais e finais representados numa rede pois provoca confusão na hora de avaliar o caminho crítico. Aì cria-se essa atividade fantasma..


ID
3799606
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o poema a seguir.
de que seda
é tua pele?
de que fogo
minha sede?
de que vida
tua vinda?
pedaço que padeço
sonho que teço
que jogo
nos vence?
cedo
mais cedo
do que penso

(RUIZ S., Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2018. p. 41.)


Com base no poema, considere as afirmativas a seguir.

I. Ao unir “sede” e “fogo” no mesmo dístico, o sujeito lírico reforça os paradoxos do desejo e o vigor da sensualidade.
II. No jogo entre “vida” e “vinda”, há a sugestão de que o sentimento é motivado por uma ocorrência extraordinária.
III. Na última estrofe, o termo “cedo”, além da semelhança com “seda” e “sede”, comporta ambiguidade, pois pode ser verbo e advérbio.
IV. No verso “pedaço que padeço”, há uma antítese que reitera a dualidade dos sentimentos expostos também nos demais versos.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799609
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o poema a seguir.
primeiro verso do ano
é pra você
brisa que passa
deixando marca de brasa
(RUIZ S., Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2018. p. 83.)

Com base no poema, considere as afirmativas a seguir.
I. A referência ao termo “verso” constitui a inclinação metalinguística, traço bastante comum nos poemas da autora.
II. O tempo aparece como apego ao sentido de renovação, que se valoriza em detrimento de experiências permanentes e intensas.
III. O terceiro verso registra a noção de compromisso que coexiste paradoxalmente com a fugacidade.
IV. O termo “brasa” estabelece um jogo de palavras com o verso anterior, evidenciando sentidos como leveza e força.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Art. 95, parágrafo único, CF/88. Aos juízes é vedado:

    [...]

    V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.


ID
3799612
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o poema a seguir.

não vai dar tempo

de viver outra vida

posso perder o trem

pegar a viagem errada

ficar parada

não muda nada

também

pode nunca chegar

a passagem de volta

e meia vamos dar

(RUIZ S., Alice. Dois em um. São Paulo: Iluminuras, 2018. p. 171.)


Com base no poema, considere as afirmativas a seguir.

I. O sujeito lírico defende uma concepção de amor avessa a aventuras e ímpetos.

II. O sujeito lírico deposita ênfase na ideia de aceleração, segundo a qual, é preciso fazer tudo funcionar satisfatoriamente no presente.

III. O terceiro e o quarto versos apontam imagens que remetem a riscos e insucessos.

IV. O sujeito lírico no feminino assume a condição de uma mulher que rejeita a passividade.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799615
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

A obra Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus é escrita na forma de diário, que se inicia em 15 de julho de 1955 e termina em 1º de janeiro de 1960.

Sobre essa forma, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799618
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia o trecho a seguir.

Eu classifico São Paulo assim: O Palacio, é a sala de visita. A Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o quintal onde jogam os lixos.
(JESUS, C. M. Quarto de Despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1997.).

Sobre o fragmento destacado, considere as afirmativas a seguir.
I. Nesta descrição de São Paulo, é perceptível a visão crítica da narradora a respeito dos políticos e da desigualdade social.
II. A aproximação entre a favela e o quintal caracteriza o modo como a narradora se vê na sociedade.
III. Nota-se, neste fragmento, o desejo da narradora em se tornar escritora.
IV. Percebe-se a preocupação da narradora em apresentar uma descrição objetiva das mudanças pelas quais passou o espaço urbano.

Assinale a alternativa correta. 

Alternativas

ID
3799621
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.

’Hitting women isn’t normal’: tackling male violence in Brazil
A rehabilitation programme for violent men in Espírito Santo is cutting reoffending rates In the state of Espírito Santo, violence against women is rampant. From 2005 to 2012, the state had the highest rate of murders of women in the country. In the years since, it has been in the top five. Nationwide, almost a third of girls and women said in a 2017 survey that they had suffered violence -– ranging from threats and beatings to attempted murder – during the previous year.
The problem permeates all levels of society and it is a huge challenge, says Gracimeri Gaviorno, chief officer of the civil police in Espírito Santo. Gaviorno saw many men reoffend while they waited -– in some cases for years — for their trial, so she decided to do something about it. “You can’t just wait with your arms folded while the justice system takes its time to do something,” she says. In 2016, she worked with psychologists, social workers and other police departments to develop the Homem que é Homem programme to rehabilitate aggressive men.
The programme is voluntary and offered to all men who come into contact with the police for violence against women. For those who complete it, there is no reduction in sentencing, but it can be presented to the judge as a kind of character witness. There are seven courses a year, with four 90-minute sessions a week for five weeks. Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.
Ana Paula Milani, a police psychologist involved in running the programme, says: “I start off explaining that hitting a woman isn’t normal and is a crime, and that there is a programme to help them. The majority of men don’t know why they are there, and even after my lecture, some still think it was the woman’s fault.” For every course, around 60 men will come to the first lecture; around 20 agree to participate in the programme and 15 complete it.
Group sessions are run like an AA group. Participants sit in a circle and discussions revolve around gender roles in society. They examine the concept of masculinity -– machismo is rife in Brazil -– and talk about why men are more likely to take drugs and why the male suicide rate is higher. They then discuss how to manage and resolve conflict without resorting to violence. The last meeting is about how to return to having a relationship and how to regain trust. The programme, run by police professionals, has been successful. In its first year, 6% of attendees reoffended; the number fell to 3% in its second year and in 2017, when 73 men completed the course, 2% reoffended. The project has been replicated in three other areas of the state, and there are plans to launch it in two other municipalities.
Gaviorno, who was a finalist in the first awards in Brazil to recognise outstanding contributions to the public sector, is aware that the project plays only a small part in tackling violence against women, which she says continues to be “a huge challenge”. “From the female lawyer who asks for something from the judge and gets it because she is pretty, to the woman who is murdered by her husband, there are a lot of layers of sexism in Brazil,” she says. Until this changes, Gaviorno and her colleagues will have their work cut out.
(Adaptado de: https://www.theguardian.com/society/2018/aug/23/hitting-women-isnt-normal-tackling-male-violence-brazil. Acesso em: 19 jul. 2018.)

Sobre o texto, assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
3799624
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.

’Hitting women isn’t normal’: tackling male violence in Brazil
A rehabilitation programme for violent men in Espírito Santo is cutting reoffending rates In the state of Espírito Santo, violence against women is rampant. From 2005 to 2012, the state had the highest rate of murders of women in the country. In the years since, it has been in the top five. Nationwide, almost a third of girls and women said in a 2017 survey that they had suffered violence -– ranging from threats and beatings to attempted murder – during the previous year.
The problem permeates all levels of society and it is a huge challenge, says Gracimeri Gaviorno, chief officer of the civil police in Espírito Santo. Gaviorno saw many men reoffend while they waited -– in some cases for years — for their trial, so she decided to do something about it. “You can’t just wait with your arms folded while the justice system takes its time to do something,” she says. In 2016, she worked with psychologists, social workers and other police departments to develop the Homem que é Homem programme to rehabilitate aggressive men.
The programme is voluntary and offered to all men who come into contact with the police for violence against women. For those who complete it, there is no reduction in sentencing, but it can be presented to the judge as a kind of character witness. There are seven courses a year, with four 90-minute sessions a week for five weeks. Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.
Ana Paula Milani, a police psychologist involved in running the programme, says: “I start off explaining that hitting a woman isn’t normal and is a crime, and that there is a programme to help them. The majority of men don’t know why they are there, and even after my lecture, some still think it was the woman’s fault.” For every course, around 60 men will come to the first lecture; around 20 agree to participate in the programme and 15 complete it.
Group sessions are run like an AA group. Participants sit in a circle and discussions revolve around gender roles in society. They examine the concept of masculinity -– machismo is rife in Brazil -– and talk about why men are more likely to take drugs and why the male suicide rate is higher. They then discuss how to manage and resolve conflict without resorting to violence. The last meeting is about how to return to having a relationship and how to regain trust. The programme, run by police professionals, has been successful. In its first year, 6% of attendees reoffended; the number fell to 3% in its second year and in 2017, when 73 men completed the course, 2% reoffended. The project has been replicated in three other areas of the state, and there are plans to launch it in two other municipalities.
Gaviorno, who was a finalist in the first awards in Brazil to recognise outstanding contributions to the public sector, is aware that the project plays only a small part in tackling violence against women, which she says continues to be “a huge challenge”. “From the female lawyer who asks for something from the judge and gets it because she is pretty, to the woman who is murdered by her husband, there are a lot of layers of sexism in Brazil,” she says. Until this changes, Gaviorno and her colleagues will have their work cut out.
(Adaptado de: https://www.theguardian.com/society/2018/aug/23/hitting-women-isnt-normal-tackling-male-violence-brazil. Acesso em: 19 jul. 2018.)

O principal resultado do programa anunciado pela reportagem é que ele está

Alternativas

ID
3799627
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.

’Hitting women isn’t normal’: tackling male violence in Brazil
A rehabilitation programme for violent men in Espírito Santo is cutting reoffending rates In the state of Espírito Santo, violence against women is rampant. From 2005 to 2012, the state had the highest rate of murders of women in the country. In the years since, it has been in the top five. Nationwide, almost a third of girls and women said in a 2017 survey that they had suffered violence -– ranging from threats and beatings to attempted murder – during the previous year.
The problem permeates all levels of society and it is a huge challenge, says Gracimeri Gaviorno, chief officer of the civil police in Espírito Santo. Gaviorno saw many men reoffend while they waited -– in some cases for years — for their trial, so she decided to do something about it. “You can’t just wait with your arms folded while the justice system takes its time to do something,” she says. In 2016, she worked with psychologists, social workers and other police departments to develop the Homem que é Homem programme to rehabilitate aggressive men.
The programme is voluntary and offered to all men who come into contact with the police for violence against women. For those who complete it, there is no reduction in sentencing, but it can be presented to the judge as a kind of character witness. There are seven courses a year, with four 90-minute sessions a week for five weeks. Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.
Ana Paula Milani, a police psychologist involved in running the programme, says: “I start off explaining that hitting a woman isn’t normal and is a crime, and that there is a programme to help them. The majority of men don’t know why they are there, and even after my lecture, some still think it was the woman’s fault.” For every course, around 60 men will come to the first lecture; around 20 agree to participate in the programme and 15 complete it.
Group sessions are run like an AA group. Participants sit in a circle and discussions revolve around gender roles in society. They examine the concept of masculinity -– machismo is rife in Brazil -– and talk about why men are more likely to take drugs and why the male suicide rate is higher. They then discuss how to manage and resolve conflict without resorting to violence. The last meeting is about how to return to having a relationship and how to regain trust. The programme, run by police professionals, has been successful. In its first year, 6% of attendees reoffended; the number fell to 3% in its second year and in 2017, when 73 men completed the course, 2% reoffended. The project has been replicated in three other areas of the state, and there are plans to launch it in two other municipalities.
Gaviorno, who was a finalist in the first awards in Brazil to recognise outstanding contributions to the public sector, is aware that the project plays only a small part in tackling violence against women, which she says continues to be “a huge challenge”. “From the female lawyer who asks for something from the judge and gets it because she is pretty, to the woman who is murdered by her husband, there are a lot of layers of sexism in Brazil,” she says. Until this changes, Gaviorno and her colleagues will have their work cut out.
(Adaptado de: https://www.theguardian.com/society/2018/aug/23/hitting-women-isnt-normal-tackling-male-violence-brazil. Acesso em: 19 jul. 2018.)

Em relação aos recursos linguístico-semânticos do texto, relacione as colunas de modo a identificar a função dos termos em destaque.

(I) Until this changes, Gaviorno and her colleagues will have their work cut out.

(II) From the female lawyer who asks for something from the judge and gets it because she is pretty, to the woman who is murdered by her husband. . .

(III) Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.

(IV) “You can’t just wait with your arms folded while the justice system takes its time to do something,”

(V) Group sessions are run like an AA group.


(A) Demonstra obrigatoriedade de uma ação.
(B) Aponta “limite” de algo.
(C) Demonstra que duas ações acontecem ao mesmo tempo.
(D) Aponta “origem e limite” de algo.
(E) Compara duas ideias.

Assinale a alternativa que contém a associação correta.

Alternativas

ID
3799630
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.

’Hitting women isn’t normal’: tackling male violence in Brazil
A rehabilitation programme for violent men in Espírito Santo is cutting reoffending rates In the state of Espírito Santo, violence against women is rampant. From 2005 to 2012, the state had the highest rate of murders of women in the country. In the years since, it has been in the top five. Nationwide, almost a third of girls and women said in a 2017 survey that they had suffered violence -– ranging from threats and beatings to attempted murder – during the previous year.
The problem permeates all levels of society and it is a huge challenge, says Gracimeri Gaviorno, chief officer of the civil police in Espírito Santo. Gaviorno saw many men reoffend while they waited -– in some cases for years — for their trial, so she decided to do something about it. “You can’t just wait with your arms folded while the justice system takes its time to do something,” she says. In 2016, she worked with psychologists, social workers and other police departments to develop the Homem que é Homem programme to rehabilitate aggressive men.
The programme is voluntary and offered to all men who come into contact with the police for violence against women. For those who complete it, there is no reduction in sentencing, but it can be presented to the judge as a kind of character witness. There are seven courses a year, with four 90-minute sessions a week for five weeks. Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.
Ana Paula Milani, a police psychologist involved in running the programme, says: “I start off explaining that hitting a woman isn’t normal and is a crime, and that there is a programme to help them. The majority of men don’t know why they are there, and even after my lecture, some still think it was the woman’s fault.” For every course, around 60 men will come to the first lecture; around 20 agree to participate in the programme and 15 complete it.
Group sessions are run like an AA group. Participants sit in a circle and discussions revolve around gender roles in society. They examine the concept of masculinity -– machismo is rife in Brazil -– and talk about why men are more likely to take drugs and why the male suicide rate is higher. They then discuss how to manage and resolve conflict without resorting to violence. The last meeting is about how to return to having a relationship and how to regain trust. The programme, run by police professionals, has been successful. In its first year, 6% of attendees reoffended; the number fell to 3% in its second year and in 2017, when 73 men completed the course, 2% reoffended. The project has been replicated in three other areas of the state, and there are plans to launch it in two other municipalities.
Gaviorno, who was a finalist in the first awards in Brazil to recognise outstanding contributions to the public sector, is aware that the project plays only a small part in tackling violence against women, which she says continues to be “a huge challenge”. “From the female lawyer who asks for something from the judge and gets it because she is pretty, to the woman who is murdered by her husband, there are a lot of layers of sexism in Brazil,” she says. Until this changes, Gaviorno and her colleagues will have their work cut out.
(Adaptado de: https://www.theguardian.com/society/2018/aug/23/hitting-women-isnt-normal-tackling-male-violence-brazil. Acesso em: 19 jul. 2018.)

Com relação às informações trazidas pelo texto, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.

( ) Um quinto das mulheres relatam ter sofrido algum tipo de violência no ano de 2017.

( ) A definição de violência restringe-se a tentativas de assassinato.

( ) Outras ações são desnecessárias já que o projeto está sendo bem sucedido.

( ) A violência no Estado do Espírito Santo vem aumentando desde 2005.

( ) O programa tem um papel pequeno no enfrentamento da violência contra a mulher

Alternativas

ID
3799633
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.

’Hitting women isn’t normal’: tackling male violence in Brazil
A rehabilitation programme for violent men in Espírito Santo is cutting reoffending rates In the state of Espírito Santo, violence against women is rampant. From 2005 to 2012, the state had the highest rate of murders of women in the country. In the years since, it has been in the top five. Nationwide, almost a third of girls and women said in a 2017 survey that they had suffered violence -– ranging from threats and beatings to attempted murder – during the previous year.
The problem permeates all levels of society and it is a huge challenge, says Gracimeri Gaviorno, chief officer of the civil police in Espírito Santo. Gaviorno saw many men reoffend while they waited -– in some cases for years — for their trial, so she decided to do something about it. “You can’t just wait with your arms folded while the justice system takes its time to do something,” she says. In 2016, she worked with psychologists, social workers and other police departments to develop the Homem que é Homem programme to rehabilitate aggressive men.
The programme is voluntary and offered to all men who come into contact with the police for violence against women. For those who complete it, there is no reduction in sentencing, but it can be presented to the judge as a kind of character witness. There are seven courses a year, with four 90-minute sessions a week for five weeks. Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.
Ana Paula Milani, a police psychologist involved in running the programme, says: “I start off explaining that hitting a woman isn’t normal and is a crime, and that there is a programme to help them. The majority of men don’t know why they are there, and even after my lecture, some still think it was the woman’s fault.” For every course, around 60 men will come to the first lecture; around 20 agree to participate in the programme and 15 complete it.
Group sessions are run like an AA group. Participants sit in a circle and discussions revolve around gender roles in society. They examine the concept of masculinity -– machismo is rife in Brazil -– and talk about why men are more likely to take drugs and why the male suicide rate is higher. They then discuss how to manage and resolve conflict without resorting to violence. The last meeting is about how to return to having a relationship and how to regain trust. The programme, run by police professionals, has been successful. In its first year, 6% of attendees reoffended; the number fell to 3% in its second year and in 2017, when 73 men completed the course, 2% reoffended. The project has been replicated in three other areas of the state, and there are plans to launch it in two other municipalities.
Gaviorno, who was a finalist in the first awards in Brazil to recognise outstanding contributions to the public sector, is aware that the project plays only a small part in tackling violence against women, which she says continues to be “a huge challenge”. “From the female lawyer who asks for something from the judge and gets it because she is pretty, to the woman who is murdered by her husband, there are a lot of layers of sexism in Brazil,” she says. Until this changes, Gaviorno and her colleagues will have their work cut out.
(Adaptado de: https://www.theguardian.com/society/2018/aug/23/hitting-women-isnt-normal-tackling-male-violence-brazil. Acesso em: 19 jul. 2018.)

Considere as sentenças a seguir, extraídas do texto.


* ’Hitting women isn’t normal’: tackling male violence in Brazil.
* A rehabilitation programme for violent men in Espírito Santo is cutting reoffending rates.
* The programme, run by police professionals, has been successful.
* Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.
* “I start off explaining that hitting a woman isn’t normal and is a crime.”

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, de cima para baixo, o significado dos verbos em negrito.

Alternativas

ID
3799636
Banca
UENP Concursos
Órgão
UENP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.

’Hitting women isn’t normal’: tackling male violence in Brazil
A rehabilitation programme for violent men in Espírito Santo is cutting reoffending rates In the state of Espírito Santo, violence against women is rampant. From 2005 to 2012, the state had the highest rate of murders of women in the country. In the years since, it has been in the top five. Nationwide, almost a third of girls and women said in a 2017 survey that they had suffered violence -– ranging from threats and beatings to attempted murder – during the previous year.
The problem permeates all levels of society and it is a huge challenge, says Gracimeri Gaviorno, chief officer of the civil police in Espírito Santo. Gaviorno saw many men reoffend while they waited -– in some cases for years — for their trial, so she decided to do something about it. “You can’t just wait with your arms folded while the justice system takes its time to do something,” she says. In 2016, she worked with psychologists, social workers and other police departments to develop the Homem que é Homem programme to rehabilitate aggressive men.
The programme is voluntary and offered to all men who come into contact with the police for violence against women. For those who complete it, there is no reduction in sentencing, but it can be presented to the judge as a kind of character witness. There are seven courses a year, with four 90-minute sessions a week for five weeks. Everyone arrested for violence against women must attend an introductory lecture.
Ana Paula Milani, a police psychologist involved in running the programme, says: “I start off explaining that hitting a woman isn’t normal and is a crime, and that there is a programme to help them. The majority of men don’t know why they are there, and even after my lecture, some still think it was the woman’s fault.” For every course, around 60 men will come to the first lecture; around 20 agree to participate in the programme and 15 complete it.
Group sessions are run like an AA group. Participants sit in a circle and discussions revolve around gender roles in society. They examine the concept of masculinity -– machismo is rife in Brazil -– and talk about why men are more likely to take drugs and why the male suicide rate is higher. They then discuss how to manage and resolve conflict without resorting to violence. The last meeting is about how to return to having a relationship and how to regain trust. The programme, run by police professionals, has been successful. In its first year, 6% of attendees reoffended; the number fell to 3% in its second year and in 2017, when 73 men completed the course, 2% reoffended. The project has been replicated in three other areas of the state, and there are plans to launch it in two other municipalities.
Gaviorno, who was a finalist in the first awards in Brazil to recognise outstanding contributions to the public sector, is aware that the project plays only a small part in tackling violence against women, which she says continues to be “a huge challenge”. “From the female lawyer who asks for something from the judge and gets it because she is pretty, to the woman who is murdered by her husband, there are a lot of layers of sexism in Brazil,” she says. Until this changes, Gaviorno and her colleagues will have their work cut out.
(Adaptado de: https://www.theguardian.com/society/2018/aug/23/hitting-women-isnt-normal-tackling-male-violence-brazil. Acesso em: 19 jul. 2018.)

Em relação às atitudes dos homens que participam da palestra, é possível inferir do texto que existe

Alternativas