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Prova IF-MS - 2016 - IF-MS - Professor - Português/Português


ID
2468755
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. A legislação brasileira aplicada à educação profissional assegura que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: d

    a) ERRADA: A educação profissional será desenvolvida por meio de cursos e programas de: qualificação profissional, inclusive formação inicial e continuada de trabalhadores; educação profissional técnica de nível médio; e educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação.

    b) ERRADA:  Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no inciso I do art. 1o, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização, em TODOS os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados segundo itinerários formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva e social.

    c) ERRADA: A articulação entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio dar-se-á de forma:  integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, contando com matrícula única para cada alunoconcomitante, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental ou esteja cursando o ensino médio, na qual a complementaridade entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio pressupõe a existência de matrículas distintas para cada curso, podendo ocorrer:

    d) CORRETA:  Para os fins do disposto neste Decreto, consideram-se itinerários formativos ou trajetórias de formação as unidades curriculares de cursos e programas da educação profissional, em uma determinada área, que possibilitem o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos. Será permitida a proposição de projetos de cursos experimentais com carga horária diferenciada para os cursos e programas organizados na forma prevista no § 1º, conforme os parâmetros definidos em ato do Ministro de Estado da Educação. 

    e) ERRADA: Os cursos e programas de educação profissional técnica de nível médio e os cursos de educação profissional tecnológica de graduação, QUANDO estruturados e organizados em etapas com terminalidade, incluirão saídas intermediárias, que possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho após sua conclusão com aproveitamento. Logo, não são todos. 

  • Gabarito - D

    DECRETO Nº 5.154 /2004

    A=

    Art. 1º  A educação profissional, ..., será desenvolvida por meio de...:

            I - qualificação profissional, inclusive formação inicial e continuada de trabalhadores;

            II - educação profissional técnica de nível médio; e

            III - educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação.

    § 1º Os cursos e programas ... incisos I e II serão organizados por regulamentação Min. da Educação em trajetórias de formação que favoreçam a continuidade da formação.

    B=

     Art. 3º  Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no inciso I do art. 1o, incluídos a capacitação, o aperfeiçoamento, a especialização e a atualização, em todos os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados segundo itinerários formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva e social.

    C=

    Art. 4º  A educação profissional técnica de nível médio.....

    § 1º  A articulação entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio dar-se-á de forma:

     

            I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, contando com matrícula única para cada aluno;

     

            II - concomitante, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental ou esteja cursando o ensino médio, na qual a complementaridade entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio pressupõe a existência de matrículas distintas para cada curso, podendo ocorrer:

            a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis;

            b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; ou

            c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando o planejamento e o desenvolvimento de projetos pedagógicos unificados;

            III - subseqüente, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino médio.

    D - Gabarito

    Art 1º

    § 2º Para os fins do disposto neste Decreto, consideram-se itinerários formativos ou trajetórias de formação as unidades curriculares de cursos e programas da educação profissional, em uma determinada área, que possibilitem o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos.

    § 3º Será permitida a proposição de projetos de cursos experimentais com carga horária diferenciada para os cursos e programas organizados na forma prevista no § 1º, conforme os parâmetros definidos em ato do Ministro de Estado da Educação

    E=

    Art. 6 o Os cursos e programas de educação profissional técnica de nível médio e os cursos de educação profissional tecnológica de graduação, quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade, incluirão saídas intermediárias, que possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação para o trabalho após sua conclusão com aproveitamento.

     

     

     


ID
2468758
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal

Os sistemas de ensino e as instituições de ensino públicas e privadas, na organização e no planejamento, desenvolvimento e avaliação da Educação Profissional de Nível Médio, necessitam observar o conjunto articulado de princípios e critérios previstos nas Diretrizes para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, definidas pela Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012. Com base nesta resolução, analise as afirmativas a seguir:

I. Os cursos e programas de Educação Profissional Técnica de Nível Médio são organizados por eixos tecnológicos, possibilitando itinerários formativos flexíveis, diversificados e atualizados, segundo interesses dos sujeitos e possibilidades das instituições educacionais, observadas as normas do respectivo sistema de ensino para a modalidade de Educação Profissional Técnica de Nível Médio.

II. Todos os cursos de Educação profissional técnica de nível médio devem visar simultaneamente aos objetivos da Educação Básica e, especificamente, do Ensino Médio e também da Educação Profissional e Tecnológica.

III. Os currículos dos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio devem proporcionar aos estudantes recursos para exercer sua profissão com competência, incluindo: fundamentos de empreendedorismo, cooperativismo, tecnologia da informação, legislação trabalhista, ética profissional, gestão ambiental, segurança do trabalho, gestão da inovação e iniciação científica, gestão de pessoas e gestão da qualidade social e ambiental do trabalho.

IV. Contextualização, flexibilidade e interdisciplinaridade na utilização de estratégias educacionais favoráveis à compreensão de significados e à integração entre a teoria e a vivência da prática profissional, envolvendo as múltiplas dimensões do eixo tecnológico do curso e das ciências e tecnologias a ele vinculadas, são princípios da Educação Profissional Técnica de Nível Médio.

São verdadeiras as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = D

    I- certo

    - Art 6º São princípios da Educação Profissional Técnica de Nível Médio:

    XIV - flexibilidade na construção de itinerários formativos diversificados e atualizados, segundo interesses dos sujeitos e possibilidades das instituições educacionais, nos termos dos respectivos projetos político-pedagógicos;

    II - Errado

    Art. 8º Os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio podem ser desenvolvidos nas formas articulada integrada na mesma instituição de ensino, ou articulada concomitante em instituições de ensino distintas, mas com projeto pedagógico unificado, mediante convênios ou acordos de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento desse projeto pedagógico unificado na forma integrada.

    § 1º Os cursos assim desenvolvidos, com projetos pedagógicos unificados, devem visar simultaneamente aos objetivos da Educação Básica e, especificamente, do Ensino Médio e também da Educação Profissional e Tecnológica,

    III-certo

    Art. 14 Os currículos dos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio devem proporcionar aos estudantes:

    VI - fundamentos de empreendedorismo, cooperativismo, tecnologia da informação, legislação trabalhista, ética profissional, gestão ambiental, segurança do trabalho, gestão da inovação e iniciação científica, gestão de pessoas e gestão da qualidade social e ambiental do trabalho.

     

    IV - certo

    Art. 6º São princípios da Educação Profissional Técnica de Nível Médio:

    VIII - contextualização, flexibilidade e interdisciplinaridade na utilização de estratégias educacionais favoráveis à compreensão de significados e à integração entre a teoria e a vivência da prática profissional, envolvendo as múltiplas dimensões do eixo tecnológico do curso e das ciências e tecnologias a ele vinculadas;


ID
2468761
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Um marco importante na história da educação profissional no Brasil foi a publicação do Decreto nº 7.566, assinado pelo então presidente da república, Nilo Peçanha, em 1909, criando as Escolas de Aprendizes Artífices, destinadas ao ensino profissional, primário e gratuito em diferentes unidades federativas. Em 1942, o Decreto nº 4.127 transforma as Escolas de Aprendizes e Artífices em Escolas Industriais e Técnicas, passando a oferecer a formação profissional em nível equivalente ao do secundário. Estas, no ano de 1959, depois de transformadas em autarquias, receberam o nome de Escolas Técnicas Federais. Somente com a Lei nº 11.892/2008, deu-se a instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Tendo como base o modelo atual de Instituições de educação profissional e tecnológica que compõem a Rede federal, julgue as alternativas a seguir, marcando V ou F:

( ) Os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, tendo como órgão executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 5 (cinco) Pró-Reitores.

( ) A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é constituída pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e pelas Universidades Tecnológicas Federais, sendo estas instituições de natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar.

( ) Orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de sua atuação, é uma das finalidades dos Institutos Federais.

( ) Um dos objetivos dos Institutos Federais é o de ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, garantindo, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para atender os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos.

( ) Em nível de educação superior, os institutos federais ofertarão apenas cursos superiores de tecnologia, cursos de licenciatura, cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento.

Assinale a sequência correta:

Alternativas
Comentários
  • (V) Os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, tendo como órgão executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 5 (cinco) Pró-Reitores. CERTO

     

    (F) A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é constituída pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e pelas Universidades Tecnológicas Federais, sendo estas instituições de natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. ERRADO,  Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica  é constituída pelas seguintes instituições:

    I - Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - Institutos Federais;

    II - Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR;

    III - Centros Federais de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET-RJ e de Minas Gerais - CEFET-MG;

    IV - Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais; e

    V - Colégio Pedro II.

    Parágrafo único.  As instituições mencionadas nos incisos I, II, III e V do caput possuem natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar. Excluindo-se as Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais

     

    (V) Orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de sua atuação, é uma das finalidades dos Institutos Federais. CERTO

     

    (V) Um dos objetivos dos Institutos Federais é o de ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, garantindo, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para atender os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos. CERTO

     

    (F) Em nível de educação superior, os institutos federais ofertarão apenas cursos superiores de tecnologia, cursos de licenciatura, cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento. ERRADO, não são apenas esses, faltou mencionar os cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização e os cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado. Art.7º, inciso VI.

     

  • Gabarito = B

    I-(V)

    Art. 2º Os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino,...

    Art. 11. Os Institutos Federais terão como órgão executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 5 (cinco) Pró-Reitores.

    II-(F)

    Art. 1º Fica instituída, no âmbito do sistema federal de ensino, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada ao Ministério da Educação e constituída pelas seguintes instituições:
    I - Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - Institutos Federais;
    II - Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR;
    III - Centros Federais de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET-RJ e de Minas Gerais - CEFET-MG;
    IV - Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais; e 
    V - Colégio Pedro II. 
    Parágrafo único. As instituições mencionadas nos incisos I, II, III e V do caput possuem natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar.

    III-(V)

    Art. 6º Os Institutos Federais têm por finalidades e características:

    IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal;

    IV-(V)

    Art. 7º Observadas as finalidades e características definidas no art. 6º desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais:
    I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos;

    VI - ministrar em nível de educação superior:

    b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica, com vistas na formação de professores para a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e para a educação profissional;

    Art. 8º No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Instituto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de 50% (cinqüenta por cento) de suas vagas para atender aos objetivos definidos no inciso I do caput do art. 7º desta Lei, e o mínimo de 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender ao previsto na alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7º.

    V-(F)

    VI - ministrar em nível de educação superior:
    a) cursos superiores de tecnologia......

    b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação pedagógica,......

    c) cursos de bacharelado e engenharia,....

    d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e especialização,.....

    e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e doutorado, .....

     

  • (V) Os Institutos Federais são instituições de educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi (ART2º), tendo como órgão executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 5 (cinco) Pró-Reitores. ( ART 11)

    (F ) A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é constituída pelos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e pelas Universidades Tecnológicas Federais IF+ UFTPR+CEFET-RJ/MG+ESCOLAS TÉCNICA VINCULADAS AS UNIVERSIDADES FEDERAIS+COLÉGIO PEDRO II, (ART1º) sendo estas instituições de natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-pedagógica e disciplinar.SALVO AS ESCOLAS TÉCNICAS VINCULADAS AS UNIVERSIDADES, TODAS TÊM A NATUREZA JURÍDICA DE AUTARQUIAS ( ART 1º § ÚNICO)

    (V ) Orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de sua atuação, é uma das finalidades dos Institutos Federais. ( ART. 6º IV)

    (V ) Um dos objetivos dos Institutos Federais é o de ministrar educação profissional técnica de nível médio, prioritariamente na forma de cursos integrados, garantindo, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de suas vagas para atender os concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos. ART( 7º I)

    (F ) Em nível de educação superior, os institutos federais ofertarão apenas cursos superiores de tecnologia, cursos de licenciatura, cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do conhecimento. TBM CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO LATO E STRICTO SENSU (ART 7º, VI)


ID
2468764
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Em relação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a partir da redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008, nos artigos que tratam da educação profissional e tecnológica, é correto afirmar que:

I. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.

II. O parágrafo 1º do art. 39 da LDB prevê que os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por áreas, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do Conselho Nacional de Educação.

III. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos.

IV. Os cursos de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação e não serão objeto da natureza da educação profissional tecnológica.

Diante das afirmativas, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ALTERNATIVA "B"

    (ARTIGOS CITADOS SÃO DA LEI 9394)

    .

    Assertiva I

    Art. 42.  As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.

    .

    Assertiva II

    Art. 39.  A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.

    § 1o  Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino.  

    .

    Assertiva III

    Art. 41.  O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos. 

    .

    Assertiva IV

    Art. 39.  A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. (...)

    § 3o  Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação.

  • Gabarito = B

    I - Verdadeira

    Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.

     

    II - Falsa

    Art. 39. 
    § 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino.

     

    III - Verdadeira

    Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos.

     

    IV - Falsa

    Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.

    § 3º Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação. 

     (e não serão objeto da natureza da educação profissional tecnológica). 

     

     

  • Questões semelhantes a esta:

    Q1659231 (CESPE/EMBASA/2010) Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), julgue o item que se segue.

    As instituições de educação profissional podem ofertar cursos especiais cuja matrícula esteja condicionada à capacidade de aproveitamento, e não ao nível de escolaridade dos alunos. CERTO

    (CESPE/MPOG/2015) Considerando a educação profissional, julgue o item subsequente, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) — Lei n.º 9.394/1996.

    As instituições de educação profissional e tecnológica deverão oferecer, além dos cursos regulares, cursos especiais, abertos à comunidade, com matrículas condicionadas à capacidade de aproveitamento e não, necessariamente, ao nível de escolaridade. CERTO

    Q964790 (IF-ES/2019) De acordo com a Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, assinale a alternativa INCORRETA:

    A) As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade. CORRETA

    Q776888 (IFB/2017) As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento. CORRETA


ID
2468767
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. O IFMS, assim como os outros órgãos Públicos Federais, estabelece procedimentos e critérios para movimentação dos servidores públicos do quadro específico de pessoal, nas modalidades previstas na legislação. O capítulo III da referida Lei, seção I, dispõe sobre remoção e a seção II, sobre redistribuição. Sobre essas modalidades de movimentação de pessoal, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ALTERNATIVA "C"

    (ARTIGOS CITADOS SÃO DA LEI 8112)

    .

    Alternativa "A"

    Art. 36.  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    I - de ofício, no interesse da Administração;

    .

    Alternativa "B"

    (Apenas nas hipóteses do art. 36, § único, inciso III a remoção não dependerá do interesse da administração. Nas demais hipóteses - inciso II - este (interesse da administração) será indispensável). 

    Art. 36.  (...)

    Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: (...)

    II - a pedido, a critério da Administração;

    III -  a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

    .

    Alternativa "C"

    Art. 36.  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    .

    Alternativa "D"

    Art. 37.  Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC (...).

    .

    Alternativa "E"

    Redistribuição não é forma de provimento de cargo público, já que inexiste previsão no art. 8º:

    Art. 8o  São formas de provimento de cargo público:

    I - nomeação;

    II - promoção;

    V - readaptação;

    VI - reversão;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegração;

    IX - recondução.

    .

  • Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

     a)A remoção, de ofício, ocorre sempre independentemente do interesse da administração, desde que requerido pelo servidor. (ERRADO)

            III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração

     b)A remoção, a pedido, ocorre sempre independentemente do interesse da administração, para outro órgão ou entidade de qualquer Poder. 

            III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração

     c) Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. (CORRETO)

     d)Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, sempre ocupado no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia autorização da autoridade máxima do órgão e sem a necessidade de apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal). 

    Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC

     e)A redistribuição é uma forma de provimento de cargo público, utilizada na hipótese de extinção de órgãos, deslocando o servidor para outro órgão ou entidade do mesmo Poder. 

    Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos

     

  • Gabarito = C

    a) A remoção, de ofício, ocorre sempre independentemente do interesse da administração, desde que requerido pelo servidor.

    Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
    Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:

    I - de ofício, no interesse da Administração;

     

    b) A remoção, a pedido, ocorre sempre independentemente do interesse da administração, para outro órgão ou entidade de qualquer Poder. 

    I - de ofício, no interesse da Administração

    II - a pedido, a critério da Administração;

    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:

    a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

    b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; 

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

     

    c)  Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    é o gabarito 

    Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

     

    d)Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, sempre ocupado no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia autorização da autoridade máxima do órgão e sem a necessidade de apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal). 

    Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:

    I - interesse da administração; 
    II - equivalência de vencimentos;
    III - manutenção da essência das atribuições do cargo;
    IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
    V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
    VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.

     

    e)A redistribuição é uma forma de provimento de cargo público, utilizada na hipótese de extinção de órgãos, deslocando o servidor para outro órgão ou entidade do mesmo Poder. 

    Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
    I - nomeação;
    II - promoção;

    III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
    IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
    V - readaptação;
    VI - reversão;
    VII - aproveitamento;
    VIII - reintegração;
    IX - recondução.

     

     

  • A questão exigiu conhecimento acerca da lei 8.112/90 (Estatuto do Servidor Público Federal).

    A- Incorreta. A remoção de ofício ocorre sempre no interesse da administração, e não independentemente do interesse da mesma, nos termos do art. 36 da lei 8.112/90: “Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: I - de ofício, no interesse da Administração.”

    B- Incorreta. A remoção a pedido pode ocorrer a critério da Administração ou independentemente do interesse da mesma (não sempre independentemente do interesse da Administração), nos termos do art. 36 da lei 8.112/90: “Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: I - de ofício, no interesse da Administração; II - a pedido, a critério da Administração; III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração.” 

    C- Correta. Assertiva em consonância com o art. 36 da lei 8.112/90: “Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.”

    D- Incorreta. Art. 37 da lei 8.112/90: “Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: [...]”.

    E- Incorreta. A redistribuição não é uma forma de provimento de cargo público, pois não consta no rol do art. 8º da lei 8.112/90: “São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX - recondução.”

    GABARITO DA MONITORA: “C”


ID
2468770
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A Literatura é um dos componentes curriculares mais antigos no Brasil e associa-se, no decorrer do tempo, às diversas circunstâncias sociais e históricas. Foi compreendida, nos currículos escolares da educação burguesa, como sinal distintivo de cultura e de demonstração de conhecimento, além de ser utilizada como meio de difundir regras e princípios considerados fundamentais à vida das pessoas. Prezava-se, portanto, por viabilizar aos alunos o contato com um conjunto de obras e autores, “detentores” do bem escrever e das boas condutas. Posteriormente, com o acesso à escolarização pelas camadas populares, o ensino dessa disciplina experimenta outro(s) tratamento(s). Em 2002, Os Parâmetros Curriculares Nacionais visavam à difusão de princípios da reforma curricular e à orientação docente, na busca de novas abordagens e metodologias, sendo complementados, adiante, pelos PCNEM e PCN+Ensino Médio. Contudo, tais documentos engendraram alguns lapsos na escola, os quais foram, mais tarde, cuidadosamente analisados pelas Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Segundo as OCEM, a concepção de literatura contemplada nos documentos anteriores – supramencionados – geraram problemas no trabalho com o texto literário.

Considere as concepções a seguir:

I. O livro didático pode servir de apoio para a escolha das obras a serem lidas, mas não deverá ser o único suporte para a seleção realizada, o que delega ao professor a autonomia acerca do que escolher e do que silenciar em seu trabalho.

II. O fomento à historiografia literária, como se a história fosse condição indispensável e única para se compreender as produções literárias.

III. A ênfase exagerada no interlocutor, chegando ao extremo de erigir as opiniões do aluno como critério de juízo de uma obra literária, deixando, assim, a questão do “ser ou não ser literário” a cargo do leitor.

IV. É permitido ao professor recortar na história autores e obras que responderam com mestria à convenção ou estabeleceram rupturas; ambas podem oferecer um conhecimento das mentalidades e das questões da época, assim como propiciar o prazer estético.

V. Considera-se imprescindível que se garanta uma sequencia lógica, não necessariamente cronológica, o que permite, portanto, leituras não previstas, fato este que confere autonomia ao educador.

VI. A ideia de que fruição estética se reduz a divertimento, deixando espaço para que se compreenda o texto literário apenas como leitura facilmente “ingerível”, tornando-o mais acessível ao corpo discente.

A alternativa que traz os pontos defendidos nos documentos oficiais anteriores e que foram alvo de crítica das OCEM é:

Alternativas
Comentários
  • Excelente questão! Desse jeito que o examinador derruba nós!

  • Gabarito:  d) II, III e VI 

  • Discordo. PÉSSIMA QUESTÃO, pois o texto não é tão claro e tudo fica muito subjetivo partindo de pressupostos que não foram bem explorados, no fim isso coloca no mesmo patamar pessoas que estudam muito a pessoas que chutaram a questão e não se prepararam para a prova. LAMENTÁVEL!


ID
2468773
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o excerto abaixo:

“Procurarei não errar, mas, se o fizer, consertá-lo-ei”, disse Michel Temer na última terça-feira, ao anunciar suas primeiras medidas econômicas ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Para seu crédito, deu uma risadinha após a tirada de intercalar o pronome oblíquo átono entre o radical e a desinência de “consertarei”. Reconhecia assim o que já virou a principal marca de seu estilo. Desde o “sê-lo-ia” do discurso de posse, dia 12, vinha angariando elogios e críticas. Houve quem se derretesse pelo domínio linguístico demonstrado pelo sucessor de uma presidente incapaz de juntar lé com cré.

Disponível em: http://www.melhordizendo.com/temer-e-mesoclise-o-homem-pronominal/ acesso em 08 nov. 2016

Com base na discussão exposta por Antunes (2007) acerca das normas real e ideal, convém afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = B

    A mesóclise é a colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo, interposto a ele, em vez de antes (próclise) ou depois (ênclise). Ocorre apenas com formas verbais do futuro (“consertá-lo-ei”) e do futuro do pretérito (“sê-lo-ia”). No português brasileiro moderno, é basicamente entulho, uma peça do ferro-velho gramatical. Isso não quer dizer que não se deva estudá-la nas escolas: é preciso, sim, conhecer a história da língua e ter instrumentos para ler sem susto textos de épocas diversas, não só o que se publica hoje na internet. Também não significa que a mesóclise seja inteiramente destituída de aplicação contemporânea: para o humor, como sátira do discurso de um personagem antiquado ou metido a besta, é recurso muito eficaz. Além disso, como demonstra Temer, sua utilidade é inegável para quem deseja ser um personagem antiquado ou metido a besta.

    http://www.melhordizendo.com/temer-e-mesoclise-o-homem-pronominal/

     

     

    A língua padrão é, na verdade, uma variedade linguística, que vem se mantendo, ao longo dos anos, dado o prestígio que a sustenta, como um ideal a ser atingido pelo falante que, no entanto, dele se distancia cada vez mais.

    http://www.ufjf.br/revistaedufoco/files/2012/08/Educa%C3%A7%C3%A3o-linguistica1.pdf


ID
2468776
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

No trabalho desenvolvido por Vieira (2011), no distrito de Taboco – localizado a 53 quilômetros da cidade de Corguinho, no estado de Mato Grosso do Sul, e a aproximadamente 142 quilômetros da capital, Campo Grande – está exposto que o apagamento da oclusiva dental /d/ no grupo “ndo” é o resultado da assimilação do fonema /d/ pelo fonema /n/ e consiste em duas variantes: presença da oclusiva dental, quando o indivíduo a pronuncia no final de palavras, como em “andando” e “comendo”; e a ausência da oclusiva, ou seja, o apagamento do fonema, em variantes como “andano” e “comeno”. No distrito de Taboco, registrouse a realização das duas variantes:”

/ndo/ - “andando, comendo”

/no/ - “andano, comeno”

VIEIRA, Marília Silva. Apagamento de /d/: abordagem sociolinguística sob a perspectiva do gênero sexual . Web-Revista Sociodialeto. UEMS: Campo Grande, v.1, n. 4, jul. 2011.


Texto II

“Cabe dizer que a assimilação foi uma força muito ativa na história da formação da língua portuguesa tal como a conhecemos, e que ela continua em plena atividade nos dias de hoje, produzindo lenta mas ininterruptamente a língua portuguesa dos próximos séculos”.

BAGNO, Marcos. 2000. A língua de Eulália: Novela sociolinguística. 5. ed. São Paulo: Contexto.


Ao integrar as assertivas às práticas pedagógicas tal como propõe Bortoni-Ricardo (2004) acerca da sociolinguística em sala de aula, no que tange ao contínuo de urbanização, é possível afirmar que:

Face aos trabalhos expostos, considere:

I. Não existem barreiras rígidas que separam os falares rurais, rurbanos ou urbanos.

II. Os traços descontínuos são os que recebem a maior carga de avaliação negativa nas comunidades urbanas.

III. Traços descontínuos e graduais são nomenclaturas aplicadas exclusivamente a fenômenos de variação fonético-fonológicos.

IV. O fenômeno da assimilação exposto nos textos acima é compreendido como traço descontínuo.

V. A assimilação registrada nos estudos de Vieira (2011) configura um traço gradual.

VI. Diferentemente do apagamento da oclusiva /d/, como em “cantano”, o alçamento da vogal média /e/, a exemplo de tiatro (teatro), não pode ser considerada um traço gradual.

A alternativa com as assertivas corretas são:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = E

     

    http://www.sociodialeto.com.br/edicoes/9/28092011063729.pdf

     

  • Que questão cansativa.


ID
2468779
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em Análise de Textos: fundamentos e práticas, Antunes (2010, p. 30-31) apresenta algumas noções preliminares sobre o texto e suas propriedades. Na tarefa de expor o conceito de texto, a autora diz que “todo texto é a expressão de algum propósito comunicativo. Caracteriza-se, portanto, como uma atividade eminentemente funcional, no sentido que a ele recorremos com uma finalidade, com um objetivo específico [...]. Assim, compreender um texto é uma operação que vai além de seu aparato linguístico, pois se trata de um evento comunicativo em que operam, simultaneamente, ações linguísticas, sociais e cognitivas”. Somado a isso, expõe que “o texto, como expressão verbal de uma atividade social de comunicação, envolve, sempre, um parceiro, um interlocutor”. Ao dissertar sobre as propriedades ou critérios da textualidade – assunto bastante discutido na literatura sobre a linguística textual – Antunes faz uma reordenação no quadro dessas propriedades.

ANTUNES, I. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.


Com base no estudo apresentado por Antunes (2010), é possível afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • São propriedades do texto: Coesão, coerência, informatividade e intertextualidade

    Gabarito = A 

    a) A intencionalidade e a aceitabilidade remetem aos interlocutores e não ao texto propriamente. Portanto, não consideradas propriedades, mas condições fundamentais para que os textos se efetivem. 
     

    b) A intertextualidade é compreendida como condição para efetivar o texto, visto que.....

    c) Por compreender que nenhum texto ocorre no vazio, fora de um contexto sociocultural determinado,

    a situacionalidade configura-se como propriedade do texto,.......

    d) A informatividade não é considerada propriedade do texto, ....

     e) Compreendida como condição de efetivação do texto, a coesão é fundamental ......


ID
2468782
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Maria Lajolo, a partir de uma apresentação no Congresso de Leitura em Campinas, em 1982, escreveu um artigo intitulado “O texto não é pretexto”. Segundo ela, de lá para cá, muitos trabalhos concernentes à formação de leitores e de mediadores de leitura foram objeto de muitos projetos por todo o Brasil. Passados mais de vinte anos, a autora revisitou seu próprio trabalho. Lajolo expõe (2009, p. 100) “relendo meu antigo texto, surpreendem-me algumas de minhas certezas de então. Ou, se não me espantam as certezas – muitas delas ingênuas, ainda que animadas das melhores intenções –, espanta-me o tom assertivo, categórico, definitivo e peremptório com que eu as proferia. [...] Retomar textos antigos tem mesmo um preço alto, pois reescrevê-los é também reescrever-se”.

LAJOLO, M. O texto não é pretexto. Será que não é mesmo? In: ZILBERMAN, R.; RÖSING, T. (Orgs.). Escola e leitura: velha crise; novas alternativas. São Paulo: Global, 2009.


Dado o texto, analise as afirmações abaixo:

I. Um texto existe apenas na medida em que se constitui ponto de encontro entre dois sujeitos: o que escreve e o que lê; escritor e leitor, reunidos pelo ato radicalmente solitário da leitura, contrapartida do igualmente solitário ato de escritura.

II. O espaço escola é onde textos têm uma circulação, programada, experimental. As experiências de leitura que a escola deve patrocinar precisam ter como objetivo capacitar os alunos para que, fora da escola, lidem competentemente com a imprevisibilidade das situações de leitura exigidas pela vida social.

III. O caráter coletivo da leitura que a escola patrocina pode também recuperar o caráter coletivo e socializado de práticas sociais de leitura e de escrita.

IV. A forma de alunos aprenderem a ler artigos de jornal, contos e letras de música é, exatamente, distanciarem-se das situações comuns de circulação destes gêneros, visto que, assim, desenvolveriam categorias críticas de leitura para que, em situações comuns, exteriores à escola, os alunos possam ser sujeitos da leitura que fazem de tais textos.

V. À escola é dada a incumbência de evitar a migração de textos para atividades escolares, visto que, ao fazê-la, subtrai os textos de seu gênero original: artigos de jornal, letras de música, conto.

Consideradas as alegações acima, pode-se afirmar que, hoje, Lajolo, após revisar seu artigo, acredita no que está posto em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = B

     


ID
2468785
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Irandé Antunes em seu livro “Análise de textos: Fundamentos e Práticas” questiona quais textos os professores poderiam selecionar para analisar em sala de aula. Em seguida, responde:

“todos os textos, de qualquer tipo ou gênero, de qualquer tamanho ou função, textos verbais (orais e escritos) e não verbais e textos multimodais (imagens, charges, histórias em quadrinhos, gráficos, tabelas, mapas) podem ser objeto de análise.” (ANTUNES, 2010, p. 52)

ANTUNES, I. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.


Em se tratando de análise de materiais escritos, a autora recomenda que os textos:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito : d

     d) sejam diversificados quanto à sua forma de apresentação e, dessa maneira, explorem diferentes recursos visuais.


ID
2468791
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o seguinte trecho, extraído dos Parâmetros Curriculares Nacionais:

O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa, no Ensino Médio, deve pressupor uma visão sobre o que é linguagem verbal. Ela se caracteriza como construção humana e histórica de um sistema linguístico e comunicativo em determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes o homem, seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.

As expressões humanas incorporam todas as linguagens, mas, para efeito didático, a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de língua materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho.

O caráter sócio-interacionista da linguagem verbal aponta como uma opção metodológica de verificação do saber linguístico do aluno, como ponto de partida para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio: Linguagens, Códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999. p. 36-38.


Considerando o trecho acima e as bases teóricas que sustentam os PCNs, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = A

     


ID
2468794
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Segundo Koch (2009, p. 14), em sua obra A Coesão Textual, “a Linguística Textual toma, pois, como objeto particular de investigação não mais a palavra ou frase isolada, mas o texto, considerado a unidade básica de manifestação da linguagem, visto que o homem se comunica por meio de textos e que existem diversos fenômenos linguísticos que só podem ser explicados no interior do texto. […] Assim, passou-se a pesquisar o que faz com que um texto seja um texto, isto é, quais os elementos ou fatores responsáveis pela textualidade.”

KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 2009.


Na obra referida acima, são apresentados sete fatores de textualidade. Dentre eles, enquadram-se:

Alternativas
Comentários
  • FATORES DE TEXTUALIDADE:

     

    - COERÊNCIA

    - COESÃO

    - INTENCIONALIDADE

    - INFORMATIVIDADE

    - INTERTEXTUALIDADE

    - ACEITABILIDADE

    - SITUACIONALIDADE

  • Gabarito = C

     

  • Os professores do QConcursos estão igual a Roberto Carlos. Aff...

  • Gabarito: C

    Nessa questão não precisa saber se tem os fatores de textualidade, basta saber apenas quais são e olhar nas alternativas.

    é o famoso "gago" IIISACC

    i - intencionalidade

    i - Intertextualidade

    i - Informatividade

    S - Situacionalidade

    A - Aceitabilidade

    C - Coesão

    C - Coerência


ID
2468797
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Alfredo Bosi, em História Concisa da Literatura Brasileira, reflete sobre a escritora Clarice Lispector: “Há na gênese dos seus contos e romances tal exacerbação do momento interior que, a certa altura do seu itinerário, a própria subjetividade entra em crise. O espírito, perdido no labirinto da memória e da autoanálise, reclama um novo equilíbrio.”

(BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006. p. 452.)


Qual é a alternativa que melhor exemplifica a passagem acima?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = D

     

     


ID
2468800
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na obra Comunicação em Prosa Moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar, Garcia (2010, p. 230-241) expõe que, na produção de texto, sobretudo do tipo dissertativo-argumentativo, é necessário que seconsidere, na estruturação do parágrafo o “Desenvolvimento – explanação da ideia principal”. Somado aisso, “há diversos processos, que variam conforme a natureza do assunto e a finalidade da exposição; mas,qualquer que seja ele, a preocupação maior do autor deve ser sempre a de fundamentar de maneira clara econvincente as ideias que defende ou expõe, servindo-se de recursos costumeiros”.

GARCIA, O. M. Comunicação em Prosa Moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.

Segundo o autor, há alguns exemplos que podem auxiliar na estruturação do parágrafo. Considere as seguintes possibilidades:

I. Enumeração ou descrição de detalhes

II. Confronto

III. Analogia e comparação

IV. Citação de exemplos

V. Causação e motivação (razões e consequências/ causa e efeito)

VI. Alusão histórica

VII. Interrogação

Com base nos itens acima, assinale a única alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = A

    Enumeração ou descrição de detalhes;

    Confronto;

    Analogia e Comparação;

    Citação de Exemplos;

    Causação e motivação ( Razões e consequências).


ID
2468803
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No funcionamento da linguagem oral e escrita, “sob o aspecto textual-interativo [...] tanto Bakhtin como Vygotsky, Mead e os etnometodólogos, por caminhos e visões muito diversos entre si, retiram a reflexão sobre a língua do campo da estrutura para situá-la no campo do discurso em seu contexto sociointerativo. O fato de haver representações coletivas permite que possamos agir sem ter que negociar o tempo todo e possibilita a interação dando às nossas ideias um ar de ‘já visto’, tal como postula a noção de intertextualidade e outras. Neste caso, o enunciado se torna a unidade concreta e real da atividade comunicativa entre os indivíduos situados em contextos sociais sempre reais [...]”. (MARCUSCHI, 2008, p.19-21).

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

Nesse sentido, a partir da hipótese sociointerativa apresentada, as análises se refletem em quatro pontos centrais:

I- na noção de linguagem como atividade individual e interativa;

II- na visão de texto como unidade de sentido ou unidade de interação;

III- na noção de compreensão como atividade de construção de sentido na relação de um eu e um tu situados e mediados e;

IV- na noção de gênero textual como forma de ação social e não como entidade linguística informalmente constituída.

Em relação aos pontos centrais citados acima, assinale a única alternativa correta que esteja de acordo com a perspectiva teórica do autor.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - D

    i) a noção de linguagem como atividade social e interativa;

    ii) o texto como unidade de sentido e interação;

    iii) a noção de compreensão como atividade de construção de sentido na relação de um eu e um tu situados e mediados e

    iv) a noção de gênero discursivo como forma de ação social e não como entidade linguística formalmente construída.

    (MARCUSCHI, 2008, p. 21).


ID
2468806
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No funcionamento da linguagem oral e escrita, sob a perspectiva do contexto sociointerativo, há um consenso de “que o ensino de língua deva dar-se através de textos [...]. Sabidamente, essa é, também, uma prática comum na escola e orientação central dos PCNs. A questão não reside no consenso ou na aceitação deste postulado, mas no modo como isto é posto em prática, já que muitas são as formas de se trabalhar texto. [...] isto é assim porque o trabalho com texto não tem um limite superior ou inferior para exploração de qualquer tipo de problema linguístico, desde que na categoria texto se incluam tanto os falados como os escritos. [...]”

(MARCUSCHI, 2008, p. 51-52). MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

Dentre algumas das possibilidades de trabalho baseado em textos, pode-se dizer que o autor apresenta

I. as questões do desenvolvimento histórico da língua

II. a língua em seu funcionamento não autêntico e não simulado

III. a organização das intenções e os processos pragmáticos

IV. as relações entre as poucas variantes linguísticas

V. as relações entre a fala e escrita no uso irreal da língua

VI. o estudo dos gêneros textuais

VII. o estudo da pontuação e da ortografia

VIII. os problemas residuais da alfabetização.

Sobre o exposto por Marcuschi, assinale a única alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - C


    Corretas apenas I, III, VI, VII e VIII.


    No dizer de Marcuschi (2008, p.51), há pelo menos dezenove pontos que podem ser trabalhados através de produções textuais, a saber:

    a) as questões do desenvolvimento histórico da língua; (I. as questões do desenvolvimento histórico da língua)

    b) a língua em seu funcionamento autêntico; (II. a língua em seu funcionamento não autêntico e não simulado)

    c) as relações entre as diversas variantes linguísticas; (IV. as relações entre as poucas variantes linguísticas)

    d) as relações entre fala e escrita no uso real da língua; (V. as relações entre a fala e escrita no uso irreal da língua)

    e) a organização fonológica da língua;

    f) os problemas morfológicos em seus vários níveis;

    g) o funcionamento e a definição de categorias gramaticais;

    h) os padrões e a organização de estruturas sintáticas;

    i) a organização do léxico e a exploração do vocabulário;

    j) o funcionamento dos processos semânticos da língua;

    k) a organização das intenções e os processos pragmáticos;(III. a organização das intenções e os processos pragmáticos)

    l) as estratégias de redação e questões de estilo;

    m) a progressão temática e a organização tópica;

    n) a questão da leitura e da compreensão;

    o) o treinamento do raciocínio e da argumentação;

    p) o estudo dos gêneros textuais; (VI. o estudo dos gêneros textuais)

    q) o treinamento da ampliação, redução e resumo de texto;

    r) o estudo da pontuação e da ortografia; e (VII. o estudo da pontuação e da ortografia)

    s) os problemas residuais da alfabetização. (VIII. os problemas residuais da alfabetização.)

  • Gabarito letra A.....


    é só correlacionar as alternativas à listagem apresentada pelo João Cláudio Bazarin, para ver que se enquadra na primeira alternativa, ou seja, I, II, III, VI e VII


ID
2468809
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Nos estudos literários do Modernismo brasileiro das obras e autores e autoras da década de 1930, é possível afirmar, de acordo com Bosi (2006, p.418-419), que: “poderíamos distribuir o romance brasileiro moderno de 30 para cá, em, pelo menos, quatro tendências, segundo o grau crescente de tensão entre o “herói” e o seu mundo:

a) romances de tensão mínima. Há conflito, mas este configura-se em termos de oposição verbal, sentimental quando muito: as personagens não se destacam visceralmente da estrutura e da paisagem que as condicionam.

b) romances de tensão crítica. O herói opõe-se e resiste agonicamente às pressões da natureza e do meio social, formule ou não em ideologias explícitas, o seu mal-estar permanente.

c) romances de tensão interiorizada. O herói não se dispõe a enfrentar a antinomia eu/mundo pela ação: evade-se, subjetivando o conflito.

d) romances de tensão transfigurada. O herói procura ultrapassar o conflito que o constitui existencialmente pela transmutação mítica ou metafísica da realidade.”

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.

Nesse sentido, os autores que, respectivamente, são classificados a partir das quatro tendências apontadas acima são: 

Alternativas
Comentários
  • e) Jorge Amado; Graciliano Ramos; Lygia Fagundes Telles e Guimarães Rosa. 

     

     

    Romances de tensão mínima: Jorge Amado, Érico Veríssimo e Marques Rebelo.

     

     

    Romances de tensão crítica:  José Lins do Rego, Graciliano Ramos.

     

     

    Romances de tensão interiorizada: Otávio de Faria, Lúcio Cardoso, Cornélio Pena, Lygia Fagundes Telles...

     

     

    Romances de tensão transfigurada: Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

     

     

    FONTE: BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006. p.418-419.

     


ID
2468812
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O estudo do gênero textual considera alguns aspectos, entre eles o suporte; portanto, conforme Marcuschi (2008, p.174-175 ), “[...] pode-se dizer que suporte de um gênero é uma superfície física em formato específico que suporta, fixa e mostra um texto. Essa ideia comporta três aspectos:

a) suporte é um lugar (físico ou virtual)

b) suporte tem formato específico

c) suporte serve para fixar e mostrar o texto.

O autor ainda diz que “há suportes que foram elaborados tendo em vista a sua função de portarem ou fixarem textos. São os que passam a se chamar de suportes convencionais. E outros que operam como suportes ocasionais ou eventuais, que poderiam ser chamados de suportes incidentais, com uma possibilidade ilimitada de realizações na relação com os textos escritos. [...]”. (MARCUSCHI, 2008, p.174- 177)

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.


Diante da proposição acima apresentada, há alguns exemplos de suportes convencionais e incidentais apontadas pelo autor. Considere os itens abaixo:

I - Suportes convencionais: livro; jornal (diário); revista (semanal/mensal); rádio; televisão e suportes incidentais: embalagem; para-choques e para-lamas de caminhão; roupas; corpo humano.

II - Suportes convencionais: livro; jornal (diário); telefone; muros; estações de metrô e suportes incidentais: embalagem; para-choques e para-lamas de caminhão; quadro de avisos; outdoor.

III - Suportes convencionais: livro didático; luminosos; folder; muros; janelas de ônibus (meios de transporte em geral) e suportes incidentais: paredes; calçadas; fachadas; encarte; faixas.

Em relação aos exemplos de suportes convencionais e suportes incidentais citados acima por MARCUSCHI (2008), assinale a única alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - A

    SUPORTE CONVENCIONAL E INCIDENTAL • Suportes convencionais - suportes que foram elaborados tendo em vista a sua função de portarem ou fixarem textos. • Suportes incidentais - operam como suportes ocasionais ou eventuais. Podem trazer textos, mas não são destinados a esse fim de modo sistemático, nem na atividade comunicativa regular.

    SUPORTES CONVENCIONAIS • LIVRO • LIVRO DIDÁTICO • JORNAL • REVISTA SEMANAL/MENSAL • REVISTA CIENTÍFICA/BOLETINS / ANAIS • RÁDIO • TELEVISÃO • TELEFONE • QUADRO DE AVISOS • OUTDOOR • ENCARTE • FOLDER • LUMINOSOS • FAIXAS

    SUPORTES INCIDENTAIS • EMBALAGEM • PÁRA-CHOQUES E PÁRA-LAMAS DE CAMINHÕES • JANELAS TRASEIRAS DE ÔNIBUS • ROUPAS • CORPO HUMANO • PAREDES • MUROS • PARADAS DE ÔNIBUS • ESTAÇÕES DE METRÔ • CALÇADAS • FACHADAS

     


ID
2468815
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na tessitura de um texto oral ou escrito, ao considerar o aspecto sociocomunicativo, “[...] fica evidente que a construção da coerência decorre de uma multiplicidade de fatores das mais diversas ordens: linguísticos, discursivos, cognitivos, culturais e interacionais.” (KOCH; TRAVAGLIA, 2013, p.71-79).

KOCH, I. V.;TRAVAGLIA, L. C. A Coerência Textual. São Paulo: Contexto, 2013.

Os autores dedicam um capítulo para examinar os principais fatores de coerência. Nesse sentido, considere os itens abaixo:

I. Elementos Linguísticos: é a operação pela qual, utilizando seu conhecimento de mundo, o receptor (leitor/ouvinte) de um texto estabelece uma relação não explícita entre dois elementos (normalmente frases ou trechos) deste texto que ele busca compreender e interpretar ou, então, entre segmentos de texto e os conhecimentos necessários para a sua compreensão.

II. Conhecimento de Mundo: [...] desempenha um papel decisivo no estabelecimento da coerência: se o texto falar de coisas que absolutamente não conhecemos, será difícil calcularmos o seu sentido e ele nos parecerá destituído de coerência. [...] Adquirimos esse conhecimento à medida que vivemos, tomando contato com o mundo que nos cerca e experienciando uma série de fatos [...].

III. Conhecimento Compartilhado: como cada um de nós vai armazenando os conhecimentos na memória a partir de suas experiências pessoais, é impossível que duas pessoas partilhem exatamente o mesmo conhecimento de mundo. É preciso, no entanto, que produtor e receptor de um texto possuam, ao menos, uma boa parcela de conhecimentos comuns. Quanto maior for essa parcela, menor será a necessidade de explicitude do texto, pois o receptor será capaz de suprir as lacunas, por exemplo, através de inferências [...].

IV. Inferências: [...] esses elementos servem como pistas para a ativação dos conhecimentos armazenados na memória, constituem o ponto de partida para a elaboração de inferências, ajudam a captar a orientação argumentativa dos enunciados que compõem o texto, etc. [...]”.

Em relação aos principais fatores de coerência citados acima, assinale a única alternativa correta que atende às ideias dos autores:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = C

    1. FATORES DE COERÊNCIA Por Talita Luana Schweig

    2. Conhecimento Linguístico O conhecimento linguístico se baseia na identificação dos elementos linguísticos contidos na superfície do texto. Esses elementos servem como pistas que orientam a compreensão no decorrer da distribuição linguística do texto.

    3. Conhecimento de mundo É o conjunto de conhecimento adquirido com as experiências do cotidiano, conforme se vivenciam e se conhecem fatos decorrentes da cultura e do meio em que se insere. Esses conhecimentos são armazenados em nossa memória como modelos cognitivos que são ativados quando o receptor se depara com determinado texto, cujos esquemas, frames, planos, scripts e estruturas são assimilados por ele.

    4. Conhecimento Partilhado É o conhecimento comum entre o produtor e o receptor de um determinado texto. Quanto maior for a partilha do conhecimento sobre o texto, mais fácil será a compreensão pelo receptor. No entanto, é preciso que haja um equilíbrio entre a informação dada (que já é comum a ambos os sujeitos) e a informação nova contida no texto, para que este não se torne redundante demais ou de difícil apreensão.

    5. Análise do exemplo  Para que ocorra a assimilação dos elementos linguísticos presentes no texto, é preciso que o receptor detenha o conhecimento dos mesmos e consiga conjugá-los numa sequência capaz de produzir o sentido pretendido. No caso da palavra escrita como “mais” no terceiro quadrinho, o leitor deve primeiro fazer o reconhecimento da conjunção “mas” para que então possa relacionar à variação (no caso, é proposital), que tem o objetivo de representar o sotaque caipira do personagem Chico Bento.  Para que se atinja o sentido desejado pela tirinha e ela seja, por consequência, engraçada, é preciso que o receptor busque, por meio do seu conhecimento de mundo, os frames que rotulam a fala do primeiro balão “meu pai tem oitocentas cabeças de gado” e compreenda que a expressão “cabeças de gado” corresponde à unidade de medida utilizada na bovinocultura para quantificar o gado. A questão humorística se conclui justamente por o personagem Chico Bento não conseguir fazer essa assimilação e compreender o termo empregando-o na forma literal, visto que a frase sugere ambiguidade.  Além disso, é preciso que o receptor faça a relação da informação dada, sobre a condição altamente estereotipada do personagem Chico Bento, com a informação nova, que é o diálogo entre os dois personagens em si, para que o humor seja devidamente produzido.

    6. Inferências  Descrevem determinadas operações cognitivas que se desenvolvem ao entrarmos em contato com algum texto. Vão desde a identificação de elementos anafóricos até a construção de esquemas ou modelos mentais de textos. Acrescentam informação ao texto, permitindo-nos captar o que não está dito de forma explícita. São, portanto, “deduções” baseadas tanto em pistas dadas pelo próprio texto como em conhecimentos que o leitor possui.

     

  • 7. Fatores de Contextualização Dividem-se entre os contextualizadores propriamente ditos e os perspectivos (ou prospectivos). Os primeiros são fatores que situam o texto (local, data, elementos gráficos, assinatura etc) e servem também para dar credibilidade ao mesmo. Já os perspectivos são aqueles que sugerem ou adiantam informações sobre o conteúdo (título, autor, início do texto) que podem ser confirmadas ou reformuladas com a leitura integral do texto.

    8. Situacionalidade Corresponde à adequação do texto com a situação comunicativa a qual está relacionado, com o objetivo de auxiliar na construção da coerência. A situação é capaz de interferir na produção/recepção do texto, tanto em sentido estrito (situação da comunicação em si) quanto em sentido amplo (contexto sócio-político-cultural), determinando inclusive as variações linguísticas empregadas. Porém, nenhum texto corresponde identicamente ao mundo real, visto que é determinado pela perspectiva do produtor sobre determinadas situações. Desta forma, o texto produzirá a coerência (ou não) de acordo com a situação na qual se insere.

    9. Análise do exemplo  Para se atingir a compreensão desejada, é preciso, além de ler os balões (que defendem o período da Ditadura Militar no Brasil), interagir com as imagens, que produzem sentido oposto ao escrito.  A produção de sentido está diretamente ligada com o fator situacional, pois a tirinha remete ao período de Ditadura Militar no Brasil e só será compreendida quando analisada junto com os acontecimentos vivenciados na época em que imperava aquele regime.

    10. Informatividade É o que determina o grau de previsibilidade da informação de um texto. No caso de um texto com pouca informatividade, seu conteúdo será previsível pelo receptor e não causará estranhamento. Caso texto contenha, além da informação esperada, informação nova e não previsível terá um grau médio de informatividade. Já se o texto não contiver nenhuma informação previsível e seu conteúdo for de difícil apreensão, sua informatividade será elevada, podendo ser julgado incoerente pelo receptor.

    11. Análise do exemplo Para caracterizar o funcionamento do ciclo de reprodução de um Pinheiro do Paraná, o texto apresenta um conhecimento científico muito específico, contendo informações imprevistas pelo receptor comum que se traduzem em um grau elevado de informatividade. Caso o receptor seja estudante ou pesquisador da reprodução do Pinheiro do Paraná, o texto apresentará grau baixo de informatividade.

  • 12. Focalização Tanto no diálogo oral como num texto escrito, produtor e receptor focalizam sua atenção a uma parte específica do que sabem e acreditam, enfatizando-a. O receptor depende das crenças compartilhadas sobre o que está sendo focalizado para interpretar as palavras num sentido apropriado, assim como o produtor precisa focalizar seu texto para estabelecer um campo comum. Caso contrário, poderão surgir equívocos e falha de interpretação. Portanto, a produção de sentido é influenciada pela focalização e vice-versa.

    13. Piada No tribunal, o Juiz se dirige ao advogado de defesa e pergunta: - Então o réu é primário? E o advogado responde: - É claro que não meritíssimo! Meu cliente é um homem culto. Já tem até segundo grau completo!

    14. Análise do exemplo No exemplo acima, o fator humorístico está justamente no fato de um mesmo termo, “réu primário”, ser compreendido por duas focalizações distintas, visto que o juiz utilizou-o para se referir ao réu de primeira infração, enquanto o advogado, de maneira equivocada, compreendeu-o como “ensino primário”, relacionando-o com a escolaridade do réu.

    15. Intertextualidade Ocorre quando há necessidade de se recorrer ao conhecimento prévio de outros textos, durante o processamento cognitivo, para que se chegue à interpretação desejada, podendo ser de forma ou de conteúdo. Intertextualidade de forma ocorre quando, num determinado texto, há elementos ou trechos de outro. Já o conteúdo está relacionado ao contexto e diz respeito ao conhecimento de mundo do receptor para relacionar textos que dialogam entre si, podendo se apresentar de maneira implícita ou explícita.

    16. Análise do exemplo A história acima apresenta elementos de intertextualidade implícita, pois para se atingir o sentido desejado é necessário que o receptor perceba a referência ao poema “No Meio do Caminho” de Carlos Drummond de Andrade.

    17. Intencionalidade e aceitabilidade A intencionalidade refere-se ao modo como o produtor usa o seu texto com determinada intenção para atingir seus objetivos. Para isso, o produtor fornece, via texto, pistas ao receptor para que este produza o sentido desejado por aquele. Enquanto a intencionalidade se manifesta pelo locutor, a aceitabilidade ocorre por parte do interlocutor do texto, que irá ativar seu processamento cognitivo a fim de buscar a compreensão mais adequada, podendo agir ou não de modo cooperativo com o produtor.

  • 18.  A intencionalidade das publicações das revistas “Veja” e “Carta Capital” (exemplo anterior) é claramente explicitada por meio do uso dos termos “impeachment” e “golpe” para distinguir, cada qual, o seu posicionamento político a respeito da votação que levou à mudança na presidência do Brasil em 2016. Além do elemento linguístico, há elementos extralinguísticos, como imagens, que auxiliam a intenção do produtor da capa.  A aceitabilidade está relacionada a intencionalidade, cabendo ao interlocutor internalizá-la e aceitá-la a sua maneira, de acordo com a sua compreensão do assunto e conhecimento de mundo que envolva tanto o conhecimento sobre o tema, como o conhecimento do posicionamento político corriqueiro de cada revista. Análise do exemplo

    19. Consistência e relevância A consistência exige que todos os enunciados de um texto concordem entre si, no sentido de não produzirem contradições e, por consequência, incoerência. A relevância exige que todos os enunciados de um texto correspondam ao mesmo tópico discursivo, ou seja, que as partes que correspondam ao conteúdo do texto não desviem do assunto central tratado nele.

    20. Análise do exemplo Não há consistência no diálogo da tirinha, visto que inicia clamando pelo fim do “hashtag” e termina utilizando esse recurso para demonstrar seu desejo, causando contradição. Mas é essa contradição o que causa o humor intencionado pelo autor. Apesar de não apresentar consistência, a tirinha possui relevância, pois cada quadrinho trata do mesmo tópico discursivo, sendo uma sequência lógica e passível de interpretação.

    21. Referência KOCH, I. G. V. Fatores de coerência. In: KOCH, I. G. V. A coerência textual. 11 ed. São Paulo: Contexto, 2011. p.59-81.


ID
2468818
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No estudo do texto, foram apontados alguns fatores que garantem a textualidade. Um desses fatores é a coesão textual que “diz respeito a todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual” (KOCH, 2013, p.18). Nesse sentido, Halliday & Hasan (apud KOCH, 2013, p.18-22) distinguem cinco mecanismos de coesão.

KOCH, I. V. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto, 2013.

Considere as assertivas seguintes:

I. Referência: [...] os itens da língua que não podem ser interpretados semanticamente por si mesmos, mas remetem a outros itens do discurso necessários à sua interpretação.

II. Substituição: [...] omite-se um item lexical, um sintagma, uma oração ou todo um enunciado, facilmente recuperáveis pelo contexto.

III. Elipse: consiste [...] na colocação de um item em lugar de outro(s) elemento(s) do texto, ou até mesmo, de uma oração inteira.

IV. Conjunção: [...] permite estabelecer relações significativas específicas entre elementos ou orações do texto.

V. Coesão lexical: é obtida por meio de dois mecanismos: a reiteração e a colocação.

Conforme exposto na obra, dos itens apresentados acima, são considerados mecanismos de coesão:

Alternativas
Comentários
  • Os itens abaixos estão trocados. Portanto, por eliminação, temos apenas como certa a opção D.

    II. Substituição: [...] omite-se um item lexical, um sintagma, uma oração ou todo um enunciado, facilmente recuperáveis pelo contexto.

    III. Elipse: consiste [...] na colocação de um item em lugar de outro(s) elemento(s) do texto, ou até mesmo, de uma oração inteira.

  • Gabarito - D


    Coesão por Referência


       Ocorre quando determinado elemento textual se refere a outro, substituindo-o. A referência, a princípio, pode ser em relação a um dado externo (exofórica) ou interno (endoforica) ao texto.


    Exofórica.: é aquela que se refere a um elemento fora do texto.

    Endofórica.: pode se referir a algo mencionado anteriormente no texto à anáfora ou a algo mencionado posteriormente à catáfora.

    2. Coesão por substituição


        Ocorre quando há colocação de um item no lugar de outro ou até de uma oração inteira. Pode ser nominal (feita por meio de pronomes pessoais, numerais, indefinidos, nomes genéricos como coisa, gente, pessoa) e verbal (o verbo “fazer” é substituto dos causativos, “ser” é o substituto existencial).

     3. Elipse


       A elipse acontece quando omitimos um termo que já foi apresentado anteriormente e que devido ao contexto criado pela oração se torna fácil lembrar esta expressão. A elipse é bastante utilizada tanto na linguagem escrita, quanto na oralidade, pois torna o entendimento do texto mais fácil, apesar da omissão de termos.

     4. Conjunção


       É diferente das outras relações de coesão, pois não está apenas relacionada a retomada de algo já expresso no texto. Os elementos conjuntivos são coesivos de maneira indireta, devido a relação que faz entre os períodos e sentenças.

    -Advérbios e locuções adverbiais, -Conjunções coordenativas e subordinativas:-Locuções conjuntivas-Preposições

    -Itens continuativos-Coordenativas


    5. Léxico


    É um tipo de coesão obtida pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o mesmo referente. Inclui-se aí, também, o uso de nomes genéricos cuja função coesiva está no limite entre coesões lexical e gramatical ,nomes estes que estão a meio caminho do item lexical ,membro de um conjunto abeto e do item gramatical ,membro de um conjunto fechado.


ID
2468821
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A interação verbal se dá por meio de textos, “a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual [...]. Quando dominamos um gênero textual, não dominamos uma forma linguística e sim uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares. [...]” (MARCUSCHI, 2008, p.154-155). MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.São Paulo: Parábola, 2008.

Face ao exposto, considere os itens a seguir:

I. Tipo textual: refere os textos materializados em situações comunicativas recorrentes. [...] são textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas.

II. Gênero Textual: designa uma espécie de construção teórica {em geral uma sequência subjacente aos textos} definida pela natureza linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas, estilo}.

III. Domínio discursivo: constitui muito mais uma “esfera da atividade humana” no sentido bakhtiniano do termo do que um princípio de classificação de textos e indica instâncias discursivas [...].

De acordo com o autor, em relação aos termos citados acima, está correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - C


    Para Marcuschi, 


    Tipologia Textual é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição. Em geral, os tipos textuais abrangem as categorias narração, argumentação, exposição, descrição e injunção (Swales, 1990; Adam, 1990; Bronckart, 1999). Segundo ele, o termo Tipologia Textual é usado para designar uma espécie de seqüência teoricamente definida pela natureza lingüística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas) (p. 22).


    Gênero Textual é definido pelo autor como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica.


    Domínio Discursivo. Ele diz que os domínios discursivos são as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam (p. 24). Segundo informa, esses domínios não seriam nem textos nem discursos, mas dariam origem a discursos muito específicos. Constituiriam práticas discursivas dentro das quais seria possível a identificação de um conjunto de gêneros que às vezes lhes são próprios como práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas. Como exemplo, ele fala do discurso jornalístico, discurso jurídico e discurso religioso. Cada uma dessas atividades, jornalística, jurídica e religiosa, não abrange gêneros em particular, mas origina vários deles.


    http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/g00003.htm



ID
2468824
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Escrever é uma ação que envolve vários aspectos e “se houve um tempo em que era comum a existência de comunidades ágrafas, se houve um tempo em que a escrita era de difícil acesso ou uma atividade destinada a alguns poucos privilegiados, na atualidade, a escrita faz parte da nossa vida, seja porque somos constantemente solicitados a produzir textos escritos [...], seja porque somos solicitados a ler textos escritos em diversas situações do dia-a-dia. [...] Em sua atividade, o escritor recorre a conhecimentos armazenados na memória relacionados à língua, ao saber enciclopédico, a práticas interacionais. Esses conhecimentos, resultado de inúmeras atividades em que nos envolvemos ao longo de nossa vida, deixam entrever a intrínseca relação entre linguagem/mundo/práticas sociais” (KOCH; ELIAS, 2011, p.31-44).

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e Compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2011.


Considerado o texto acima, analise as seguintes afirmações:

I. Conhecimento linguístico: [...] o produtor precisa ativar “modelos” que possui sobre práticas comunicativas [...] configuradas em textos, levando em conta elementos que entram em sua composição (modo de organização), além de aspectos do conteúdo, estilo, função e suporte de veiculação.

II. Conhecimento enciclopédico: [...] recorremos constantemente a conhecimentos sobre coisas do mundo que se encontram armazenados em nossa memória, como se tivéssemos uma enciclopédia em nossa mente, constituída de forma personalizada, com base em conhecimentos de que ouvimos falar ou que lemos, ou adquirimos em vivências e experiências variadas.

III. Conhecimento de textos: [...] é uma atividade que exige do escritor conhecimento da ortografia, da gramática e do léxico de sua língua, adquirido ao longo da vida nas inúmeras práticas comunicativas de que participamos como sujeitos eminentemente sociais que somos e, de forma sistematizada, na escola.

IV. Conhecimentos interacionais: [...] demanda ativação de modelos cognitivos que o produtor possui sobre práticas interacionais diversas, histórica e culturalmente constituídas.

A alternativa correta, que apresenta os tipos de conhecimentos ativados no processo de escrita, segundo as autoras, é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - E

    Conhecimento linguístico

    Abrange o conhecimento gramatical e lexical. Baseados nessse tipo de conhecimnto, podemos compreender: a organização do material linguístico na superfície textual. 

    Conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo

    Refere-se a conhecimentos gerais sobre o mundo - uma espécie de tbesaurus mental - bem como a conhecimentos alusivos a vivências pessoais e eventos espácio-temporalmente situados, permitindo a produção de sentidos. A leitura dinâmica é um método caracterizado por técnicas que propiciam uma leitura com mais rapidez. 

    Conhecimento interacional

    Refere-se a forma de interação por meio da linguagem e engloba os conhecimentos:

    ilocucional; comunicacional; metacomunicativo; superestrutural.

    Conhecimento ilocucionalPermite-nos reconhecer os objetivos ou propósitos pretendidos pelo produtor do texto, em uma dada situação interacional.

       2. Conhecimento comunicacional

    Diz respeito à:

    Quantidade de informação necessária, numa situação comunicativa concreta, para que o parceiro seja capaz de reconstruir o objetivo da produção do texto; Seleção da variante linguística adequada a cada situação de interação; Adequação do gênero textual. 

        3. Conhecimento metacomunicativo

    É aquele que permite ao locutor assegurar a compreensão do texto e conseguir a aceitação pelo parceiro dos objetivos com que é produzido. Para tanto, utiliza-se de vários tipos de ações linguísticas configuradas no texto por meio da introdução de sinais de articulação ou apoios textuais, atividades de formulação ou construção textual. 

        4. Conhecimento superestrutural ou conhecimento sobre gêneros textuais

    Permite a identificação de textos como exemplares adequados aos diversos eventos da vida social. Envolve também conhecimentos sobre as macrocategorias ou unidades globais que distiguem vários tipos de textos, bem como sobre a ordenação ou sequenciação textual em conexão com os objetivos pretendidos. 


    KOCH, Ingedore Villaça. Ler e compreender: os sentidos do texto. - 2. ed. 1ª reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2007. 

    https://lereproduzirahistoriadosaber.blogspot.com/2017/05/leitura-sistemas-de-conhecimentos-e.html


ID
2468827
Banca
IF-MS
Órgão
IF-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ao dissertar sobre o trabalho com a gramática nas aulas de Língua Portuguesa, Antunes (2014, p. 73-74) expõe que “muitas pessoas acreditam que o estudo da metalinguagem gramatical pode lhes oferecer meios para aperfeiçoar seu desempenho conforme os usos linguísticos mais prestigiados, sobretudo em relação à escrita. Para essas pessoas, é a crença nesse poder da gramática que justifica seu estudo, apesar de não perceberem quanto o ensino que é, de fato, praticado nas escolas se distancia desse pretenso objetivo ou falso pressuposto. [...] É preciso atenção para não se criar uma outra falsa ideia: a de que o uso da língua, na fala, na escrita, na leitura, não tem nada a ver com gramática. Vale insistir: o que é fundamental é que saibamos distinguir as diferentes coisas que, usualmente, são nomeadas com o termo gramática, do que resulta também sabermos que gramática estudar, por que, para quê e como promover o estudo”.

ANTUNES, I. Gramática Contextualizada: limpando o pó das ideias simples. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.

Dado o texto, é possível considerar que, conforme Antunes (2014), a posição da escola frente à aprendizagem da norma culta é

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = B

     b)

    Promover a convivência dos alunos com textos orais e escritos conforme a norma culta, textos que podem provir das mais diferentes fontes, não, apenas, das fontes literárias