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Prova UFMG - 2013 - UFMG - Assistente de Laboratorio


ID
2190751
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

O objetivo principal deste texto é

Alternativas

ID
2190754
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

Os trechos a seguir expressam uma opinião do autor, EXCETO:

Alternativas

ID
2190757
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

Assinale a alternativa na qual a palavra destacada estabelece a mesma relação sintática expressa no seguinte trecho:

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor.

Alternativas
Comentários
  • Alguém para explicar, por favor.

  • QUE - Pronome relativo, retoma um termo antecedente com o qual mantem relação de sentido.

    O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor.

    O carro faz parecer que existia outro personagem o qual não o próprio condutor...

    e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

    e o deslocamento não tem como deixar para trás o qual foi feito.

    Letra (C)

  • Troca o "o" por aquilo e veja que trata-se de um pronome demonstrativo e o "que" é o pronome relativo que o retoma:


ID
2190760
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

No trecho:

(...) “tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma,” (...).

a palavra ela, em destaque, se refere a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C.. A palavra "ela" retoma a palavra "consciência"

  • Gabarito é letra B ( Consciência )


ID
2190763
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

Assinale a alternativa em que a relação estabelecida pelo termo sublinhado está CORRETAMENTE indicada entre colchetes.

Alternativas
Comentários
  • Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal.

     

    São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.

  • A- Correta.

    B- Adversativa

    C-Adição

    D- Comparação


ID
2190766
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

Assinale a alternativa em que a palavra destacada pode ser substituída pela palavra ou locução indicada entre parênteses, sem que haja alteração do sentido original no texto.

Alternativas
Comentários
  • N entendi

  • Essa questão deveria ser anulada. O conectivo Quando assume um termo temporal. O termo porém é adversátivo. 

  • O conectivo "quando" não assume um termo temporal. O período remete à ideia de que o carro é uma entidade independente, sendo que, na verdade, a identidade sou eu e meu nome. 

  • Façamos a seguinte pergunta: Quando o carro engana? Tem a idéia de tempo ai sim


ID
2190769
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

A alternativa em que o autor utiliza linguagem figurada é

Alternativas
Comentários
  • b) “E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.” 

     

    Linguagem figurada: COMPARAÇÃO

  • Acertei por estar escaldado em questões do tipo, mas... "diante de suas próprias consciências.”Ao meu ver também é de sentido figurado.

    Letra: B.

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Aliteração ⇝ Repetição de consoantes.

    Anacoluto ⇝ É a mudança repentina na estrutura da frase.

    Anáfora ⇝ Repetição de palavras em vários períodos ou orações.

    Antítese ⇝ Ideias contrárias. Aproximação sentidos opostos, com a função expressiva de

    enfatizar contrastes, diferenças.

    Antonomásia ⇝ Consiste em designar uma pessoa ou lugar por um atributo pelo qual é

    conhecido.

    Apóstrofe ⇝ Consiste no uso do vocativo com função emotiva.

    Assíndeto ⇝ A omissão de conectivos, sendo o contrário do polissíndeto.

    Assonância ⇝ Repetição de encontro vocálicos.

    Catacrese ⇝ Desdobramento da Metáfora. Emprega um termo figurado como nome de certo

    objeto, pela ausência de termo específico.

    Comparação ⇝ Compara duas ou mais coisas.

    Conotação ⇝ Sentido figurado.

    Denotação ⇝ Sentido de dicionário.

    Elipse ⇝ Omissão.

    Eufemismo ⇝ Emprego de uma expressão mais leve.

    Gradação/ Clímax ⇝ Sequência de ideias. Crescentes ou decrescente.

    Hipérbato ⇝ Inversão sintática.

    Hipérbole ⇝ Exagero em uma ideia/sentença.

    Ironia ⇝ Afirmação ao contrário.

    Lítotes ⇝ Consiste em dizer algo por meio de sua negação.

    Metáfora ⇝ Palavras usadas não em seu sentido original, mas no sentido figurado.

    Metonímia ⇝ Substituição por aproximação.

    Neologismo ⇝ Criação de novas palavras.

    Onomatopeias ⇝ Representação gráfica de ruídos ou sons.

    Paradoxo ⇝ Elementos que se fundem e ao mesmo tempo se excluem.

    Paralelismo ⇝ Repetição de palavras ou estruturas sintáticas que se correspondem quanto ao

    sentido.

    Paronomásia ⇝ Palavras com sons parecidos.

    Perífrase ou circunlóquio ⇝ Substituição de uma ou mais palavras por outra expressão.

    Personificação/ Prosopopeia ⇝ Atribuição de sentimentos e ações próprias dos seres

    humanos a seres irracionais.

    Pleonasmo ⇝ Reforço de ideia.

    Polissíndeto ⇝ O uso repetido de conectivos.

    Silepse ⇝ Concordância da ideia e não do termo utilizado na frase e possui alguns tipos. Pode

    discordar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e pessoa (sujeito na

    terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural.

    Símile ⇝ É semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos.

    Aproximação por semelhança.

    Sinédoque ⇝ Substituição do todo pela parte.

    Sinestesia ⇝ Quando há expressão de sensações percebidas por diferentes sentidos. Uma sensação visual que evoca um som, uma sensação auditiva que evoca uma sensação tátil, uma sensação olfativa que evoca um sabor, etc.

    Zeugma ⇝ Omissão de uma palavra que já foi usada antes.

    FONTE: RITA SILVA QC


ID
2190772
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

A alternativa em que a reescrita do trecho altera o sentido original no texto é

Alternativas

ID
2190775
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

Dentre as menções à forma como os motoristas se comportam no trânsito sugeridas no texto, NÃO há referência à ideia de

Alternativas
Comentários
  • De acordo com o texto, os motoristas não se comportam de forma prudente no trânsito.

    (A)


ID
2190778
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

O autor usa os seguintes recursos para produzir o texto, EXCETO.

Alternativas

ID
2190781
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

Autoviolência

A palavra automóvel, uma viatura com mobilidade própria, pode ser enganosa. Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução. 

Quem conduz um automóvel é uma consciência. O que talvez seja mais reflexivo nesse prefixo (auto) seja justamente a característica maior da consciência: tudo que por ela é gerido regressa a ela mesma, num efeito bumerangue, impactando e determinando quem ela é.

O carro engana fazendo parecer que é uma entidade independente, detentora de uma placa própria, quando sua identidade sou eu e meu nome. Descobrimos isso quando a multa vem personalizada, momento de susto e de breve recusa em assumir-se a autoria.

O carro faz parecer que existia outro personagem que não o próprio condutor. Porém a lataria não pode ocultar o personagem e o Renavam não pode esconder a habilitação. O insulfilm não tem como mascarar o rosto e o deslocamento não tem como deixar para trás o que foi feito.

Porque fechar outro carro é como empurrar alguém no meio da rua. Porque buzinar é como chegar e gritar no ouvido do outro. Porque acelerar em direção a um pedestre é como levantar a mão em ameaça ao próximo. Porque estacionar trancando o outro é produzir um cárcere privado. Porque ultrapassar perigosamente é como sair armado.

 conhece as nossas imprudências, é sempre doloso, sempre com a intenção de matar. O auto de automóvel nos engana a todos e a maioria é pior como motorista do que como cidadão. Tem mais pecados registrados nas fiscalizações eletrônicas, e mais ainda quando elas não estão por perto, do que na vida de pedestre.

Sinal de que no carro somos outra pessoa, mais perigosa. Sinal de que nossa consciência assume que tem menos responsabilidade dentro do que fora dessa entidade.

O condutor é uma consciência e uma consciência é um bicho vestido. As sensações de anonimato e de que o pequeno espaço de nossa carroceria é privado fazem o bicho se despir como ele não faz do lado de fora. E o que vemos pela cidade são respeitáveis senhores e senhoras como bichos atrelados a um volante.

Dão vazão a violências que fora, vestidos, não dariam. Além das agressões e abusos que produzem, saem dos seus carros piores pessoas diante de suas próprias consciências. Seguem a rotina como se nada tivesse acontecido, mas trouxeram para dentro de sua casa, de sua alma, marcas de pneus.

Certa vez, um rabino estava numa carroça quando começou a subida de uma ladeira. Ele não hesitou em saltar da carroça e se pôs a andar ao lado do cavalo. O cocheiro questionou sua atitude, ao que ele explicou que na subida ficava difícil para o animal. O cocheiro reagiu: “Mas é apenas um animal... Então o senhor, um ser humano, é quem tem que fazer força e ficar cansado?”. O rabino respondeu: “Justamente por isso, como sou um ser humano, não quero me ver no futuro num litígio com um cavalo!”.

O condutor é aquele que enxerga as interações e cuida não só para fazer o seu percurso, mas também para não se ver no futuro em litígios com animais, seja na vida real ou em sua própria consciência.

                                                                   BONDER, Nilton. Autoviolência. Folha de S. Paulo, 14 abr. 2013, A3. Opinião

Na construção do período: “Tem autonomia de potência, mas não tem, pelo menos até hoje, autonomia de condução.”, foi usado o processo de coordenação entre as orações.

Reescrevendo esse período, sem alterar seu sentido, relacionando as orações pelo processo de subordinação, teremos:

Alternativas
Comentários
  • Troca-se a conjunção adversativa pela concessiva e altera-se a ordem das frases. Desse jeito mantém-se o sentido.


ID
2190787
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise e responda as questão 13 de acordo com Lei nº 8.112, de 11/12/1990 e suas alterações.


Assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GabaritoD

     

     

     

     

    Comentários:

     

     

                    a) A investidura em cargo público ocorrerá com a nomeação.

     

    Alternativa A está ERRADA, posto que a Lei 8.112 em seu  Art. 7º externa que: "A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

     

     

     

                    b) A posse ocorrerá no prazo de sessenta dias contados da publicação do ato de provimento.

     

    Alternativa B está ERRADA, pois a Lei 8.112 em seu  Art. 13, § 1º, expõe que: "A posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento.​

     

     

     

                    c) É de trinta dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício,

                        contados da data da posse.

     

    Alternativa C está ERRADA, visto que a Lei 8.112 em seu  Art. 15, § 1º, descreve que: "É de 15 dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.​

     

     

     

                    d) O gozo dos direitos políticos é um dos requisitos básicos para investidura em cargo público. 

     

    Alternativa D está CORRETA, porquanto a Lei 8.112 em seu  Art. 5º, arrazoa que:

     

     

    São requisitos básicos para investidura em cargo público:

       

           (...)

     

            II - o gozo dos direitos políticos;

     

           (...)

  •  investidura em cargo público ocorrerá com a POSSE

     

    A posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento.

     

    É de 15  dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

  • a) A investidura em cargo público se dá com a posse

    b) A posse ocorre após 30 dias do ato de provimento

    c) Após a posse o prazo é de 15 dias o  para início do exercício 

    d) Correta

  • GABARITO D


    Nomeou (provimento do cargo) :

    Terá 30 dias para tomar POSSE. (investidura no cargo)

    Tomou posse, terá 15 dias para entrar em EXERCÍCIO.

    ·      A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

    ·      A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

    ·      O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.


    bons estudos

  • Lei 8.112/90

    Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I a nacionalidade brasileira;

    II o gozo dos direitos políticos;

    III a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V a idade mínima de dezoito anos;

    VI aptidão física e mental.

  • GABARITO: LETRA D

    Do Provimento

    Art. 5  São requisitos básicos para investidura em cargo público:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos políticos;

    III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

    IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

    V - a idade mínima de dezoito anos;

    VI - aptidão física e mental.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

  • Questão exigiu do candidato conhecimento acerca da Lei 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Examinemos cada alternativa:

    A) A investidura em cargo público ocorrerá com a nomeação.

    Incorreta. Ao contrário do aqui aduzido, a investidura em cargo público ocorrerá com a posse, no ponto, confira-se o inteiro teor do art. 7º: “Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse”.

    B) A posse ocorrerá no prazo de sessenta dias contados da publicação do ato de provimento.

    Incorreta. “A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento” (Art. 13, §1º).

    C) É de trinta dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.

    Incorreta. A propósito, eis o teor do §1º, art. 15, da Lei 8.112/90: "Art. 15 (...) §1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse”.

    Esquematizando: Nomeação|--------30 DIAS--------| Posse|--------15 DIAS--------|Exercício.

    Atente-se:

    NÃO ENTROU EM POSSE NO PRAZO >> tornar-se sem efeito o ato de provimento (art. 13, §6º, Lei 8.112/90).

    NÃO ENTROU EM EXERCICIO NO PRAZO >> exoneração de oficio (art. 15, §2º, Lei 8.112/90).

    D) O gozo dos direitos políticos é um dos requisitos básicos para investidura em cargo público.

    Correta. O gozo dos direitos políticos é um dos requisitos básicos para investidura em cargo público, nos termos do inciso II do art. 5º. Os direitos políticos (tendo como mais conhecido o direito ao voto) é um dos requisitos básicos e, caso o candidato tenha sofrido sua perda ou suspensão (como cancelamento na naturalização, condenação criminal sem direito a recurso ou improbidade administrativa), é fator de possível impossibilidade ao assumir cargo público.

    Gabarito: alternativa “D”.

  • A questão exigiu conhecimento acerca da Lei 8.112/90 (Estatuto do Servidor Público Federal) e deseja obter a alternativa correta:

    A- Incorreta. Art. 7 da Lei 8.112/90: “A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.”

    B- Incorreta. Art. 13, § 1 da Lei 8.112/90: “A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.”   

    C- Incorreta. Art. 15, § 1 da Lei 8.112/90: “É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse.” 

    D- Correta. Art. 5 da Lei 8.112/90: “São requisitos básicos para investidura em cargo público: [...] II - o gozo dos direitos políticos.”

    GABARITO DA MONITORA: “D”


ID
2190790
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise e responda as questão 14 de acordo com Lei nº 8.112, de 11/12/1990 e suas alterações.


A vacância do cargo público decorrerá, dentre outros, da

Alternativas
Comentários
  • GAB. C.

    FUNDAMENTO:

        Vacância, no Serviço Público, é o cargo declarado vago por motivo de exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, falecimento em atividade ou posse em outro cargo inacumulável.

  • Remoção ocorre quando o servidor é levado para servir em outro local;

    Redistribuição quando ocorre com o cargo ocupado não gera vacancia pq o servidor foi junto com o cargo.

    Transferência é inconstitucional;

    E a aposentadoria realmente gera vacância porque o servidor ao se aposentar deixa o cargo vago.

    Mais dicas como Essa nesse vídeo que ensina tudo sobre o assunto com dicas para memorizar e não esquecer:

    https://youtu.be/VAG1Z_eUh-E

  •  O que confunde um pouco é a readaptação ( vacância ) com a redistribuição e remoção.

     

       Art. 33.  A vacância do cargo público decorrerá de:

            I - exoneração;

            II - demissão;

            III - promoção;

            IV - ascensão;                 

            V - transferência;                       

            VI - readaptação;

            VII - aposentadoria; LETRA C

            VIII - posse em outro cargo inacumulável;

            IX - falecimento.

    ----------------------------------------------------------------------------------------------

     Art. 8o  São formas de provimento de cargo público:

            I - nomeação;

            II - promoção;

            III - ascensão;                     

            IV - transferência;                         

            V - readaptação;

            VI - reversão;

            VII - aproveitamento;

            VIII - reintegração;

            IX - recondução.

  • Lei 8.112/90

    Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:

    I exoneração

    II demissão

    III promoção (também é forma de provimento)

    VI readaptação (também é forma de provimento)

    VII aposentadoria

    VIII posse em outro cargo inacumulável

    IX falecimento.

  • São formas de vacância a exoneração, demissão, posse em outro cargo inacumulável, aposentadoria, falecimento, readaptação e promoção.

  • GABARITO: LETRA C

    Da Vacância

    Art. 33.  A vacância do cargo público decorrerá de:

    I - exoneração;

    II - demissão;

    III - promoção;

    VI - readaptação;

    VII - aposentadoria;

    VIII - posse em outro cargo inacumulável;

    IX - falecimento.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

  • Nesta questão espera-se que o aluno assinale a alternativa CORRETA. Para resolvê-la, exige-se do candidato conhecimento acerca dos agentes públicos, em especial acerca da Lei 8.112/1990. Vejamos:

    Art. 33, Lei 8.112/90. A vacância do cargo público decorrerá de:

    I - exoneração;

    II - demissão;

    III - promoção;

    VI - readaptação;

    VII - aposentadoria;

    VIII - posse em outro cargo inacumulável;

    IX - falecimento.

    Dito isso:

    A. ERRADO. Redistribuição.

    Art. 37, Lei 8.112/90. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC,    observados os seguintes preceitos:

    B. ERRADO. Remoção.

    Art. 36, Lei 8.112/90. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

    Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção:                

    I - de ofício, no interesse da Administração;

    II - a pedido, a critério da Administração

    III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:               

    C. CERTO. Aposentadoria.

    Conforme art. 33, VII, Lei 8.112/90.

    D. ERRADO. Transferência.

    A transferência caracterizava-se por ser a passagem de um servidor de um quadro para outro dentro de um mesmo poder, sendo uma forma de vacância e de provimento. Ela implicava em uma mudança de um quadro para outro, ferindo uma norma constitucional. (Revogada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97).

    GABARITO: ALTERNATIVA C.


ID
2190793
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Analise e responda as questão 15 de acordo com Lei nº 8.112, de 11/12/1990 e suas alterações.


Assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • LETRA A - ERRADA

     

    LEI 8.112/90

    Art. 12.  O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

  • Analise e responda as questão 15 de acordo com Lei nº 8.112, de 11/12/1990 e suas alterações.

     

    Assinale a alternativa INCORRETA.

     a) O concurso público terá validade de até 4 (quatro) anos, podendo ser prorrogado por igual período. E. Pois, o concurso terá validade de ATÉ 2 ANOS, PODENDO SER PRORROGADO UMA UNICA VEZ, POR IGUAL PERÍODO

     b)Para os efeitos da Lei 8.112/90, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. C

     c)É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. C

     d)O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. C

  • a) O concurso público terá validade de até 4 (quatro) anos, podendo ser prorrogado por igual período. - ERRADA

     

    O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.

     

    b) Para os efeitos da Lei 8.112/90, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. - CERTA

     

    c) É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. - CERTA

     

    d) O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. - CERTA

     

  • Lei 8.112/90

    Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

  •        Art. 12.  O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

  • GABARITO: LETRA A

    Do Concurso Público

    Art. 12.  O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

    FONTE: LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

  • Questão deve ser respondida à luz da Lei nº 8.112/90.

    Alternativa A: INCORRETA.

    O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período (art.12).

    Alternativa B: CORRETA.

    Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

    Alternativa correta. Reproduz os exatos termos do dispositivo legal.

    Alternativa C: CORRETA.

    Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

    Alternativa correta. Reproduz os exatos termos do dispositivo legal.

    Alternativa D: CORRETA.

    Art. 6  O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

    Alternativa correta. Reproduz os exatos termos do dispositivo legal.

    GABARITO DA QUESTÃO: A.

    Não esqueça:

    >> Remoção >>>>> deslocamento do servidor (art. 36).

    >> Redistribuição >>> deslocamento de cargo (art. 37). 

    >> Recondução >>>>retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 29).

    >> Servidor efetivo escolhido para exercer função de confiança não é “nomeado” e sim “designado”.

    >> Ascensão, acesso e a transferência: formas de provimento declaradas inconstitucionais pelo STF (SV 43) e revogadas pela Lei nº 9.527/97.


ID
2190796
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O soro e o plasma devem ser separados das células o mais rápido possível, preferencialmente no período de duas horas. Para a realização de tal procedimento, os tubos deverão ser centrifugados com tampa para, EXCETO:

Alternativas

ID
2190799
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Marque a alternativa INCORRETA.

Alternativas

ID
2190802
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

São considerados métodos físicos empregados para controle de crescimento microbiano, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Os agentes físicos atuam pela transmissão de energia na forma de calor ou radiação, ou pela remoção dos organismos por filtracão.


ID
2190805
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação aos componentes do espectrofotômetro de feixe simples, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a luz atravessa uma cubeta, onde parte da energia radiante é absorvida, independendo da natureza e concentração da substância.


ID
2190808
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação à espectrofotometria, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • a absorvância é a capacidade de uma substância em absorver ou transmitir radiação.


ID
2190811
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

São considerados fatores que podem alterar os resultados dos testes que necessitam de urina de 24 horas, EXCETO:

Alternativas

ID
2190814
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

São considerados fatores que afetam a coleta de sangue, EXCETO:

Alternativas

ID
2190817
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

As cores das tampas dos tubos para o sistema de coleta de sangue a vácuo estão relacionadas aos seus anticoagulantes específicos. Assinale a alternativa INCORRETA em relação à descrição das cores das tampas dos tubos.

Alternativas
Comentários
  • INCORRETA A)

    Vermelho: Possui ativador de coágulo (sílica) jateado na parede do tubo, fazendo com que o processo de coagulação da amostra seja acelerado. Utilizados para determinação em soro nas áreas de Bioquímica e Sorologia. Podem ser utilizados para tipagem ABO, RH, pesquisa de anticorpos, fenotipagem eritrocitária e teste de antiglobulina direta.

    B) Cinza: Fluoreto de sódio + EDTA. Utilizados na dosagem de glicose, lactato e hemoglobina glicada no plasma. O Fluoreto de Sódio é utilizado como inibidor glicolítico e o EDTA como anticoagulante, preservando a morfologia celular.

    C) Roxo: Possui EDTA jateado na parede do tubo e são utilizados em bancos de sangue. O EDTA é o anticoagulante recomendado para rotinas de hematologia por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular.

    D) Azul: O Citrato de Sódio Tamponado é utilizado para prova de coagulação em amostras. Diferentes concentrações de Citrato de Sódio podem ter efeitos significativos nas análises terapias anti-trombóticas, Tempo de Protombina (TP) e Tempo de Tromboplastina ativada (TTPa).


ID
2190820
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O controle interno da qualidade objetiva assegurar um funcionamento confiável e eficiente dos procedimentos laboratoriais, a fim de fornecer resultados válidos em tempo útil para influenciar as decisões médicas. São procedimentos para o estabelecimento do controle interno da qualidade, EXCETO:

Alternativas

ID
2190823
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação aos procedimentos para coletas de amostras biológicas em laboratórios de análises clínicas, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

    Bons estudos ;)


ID
2190826
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Na pesagem de 1 mg de um sal em uma balança analítica com unidade de medida em gramas, a mesma deve ter, no mínimo:

Alternativas

ID
2190829
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Um micrômetro (1μm) corresponde a:

Alternativas

ID
2190832
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação ao uso de centrífugas, é INCORRETO afirmar que

Alternativas

ID
2190835
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Para o correto procedimento de autoclavação devemos, EXCETO:

Alternativas

ID
2190838
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Durante a focalização em um microscópio, devemos tomar o seguinte cuidado:

Alternativas

ID
2190841
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

São considerados partes do sistema mecânico e sistema ótico do microscópio respectivamente:

Alternativas

ID
2190844
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação aos equipamentos automatizados do laboratório, é CORRETO afirmar que

Alternativas

ID
2190847
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

As estufas do laboratório NÃO são usadas para

Alternativas

ID
2190850
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Para o uso de pipetas automáticas, deve-se

Alternativas

ID
2190853
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Na avaliação de um método laboratorial, é CORRETO conceituar.

Alternativas

ID
2190856
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

É CORRETO afirmar que o almoxarifado deve

Alternativas

ID
2190859
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em relação ao armazenamento de substâncias químicas no almoxarifado, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D

    Materiais inflamáveis, como acetona ou álcool, devem ser mantidos congelados para evitar a formação de vapores inflamáveis e tóxicos. ERRADA


ID
2190862
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Quanto à importância da biossegurança, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Letra B, porque ela flui na proteção dos usuários.


ID
2190865
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O que fazer, em primeiro lugar, quando você se depara com um acidentado que sofreu queimaduras térmicas?

Alternativas
Comentários
  • Apesar de ser considerada do gabarito, a letra C também não está correta. Conforme orientação do ATLS, "A aplicação de compressas frias pode causar hipotermia. Não use água fria em doentes com queimaduras extensas ( > 10% da ASC)."

  • questao deveria ser anulada, com base no xabcde do phtls as roupas e adornos podem conter fonte de calor e continuar queimando o paciente, remova e posteriormente cubra-o evitando hipotermia


ID
2190868
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Assinale a alternativa que contém um método que NÃO é apropriado para a purificação da água utilizada em laboratório.

Alternativas

ID
2190871
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

A água proveniente do encanamento municipal que é utilizada na lavagem de vidrarias em geral e produção de água de maior grau de pureza em um laboratório é a

Alternativas

ID
2190874
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Na diluição de uma solução, é CORRETO afirmar que

Alternativas

ID
2190877
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Em estudos ligados à Medicina e Biologia, é muito importante o conceito de solução tampão, pois os fluidos biológicos (animais ou vegetais) são, em geral, meios aquosos tamponados. Assinale a alternativa na qual entre os pares de substâncias, quando em solução aquosa, há produção de uma solução tampão.

Alternativas

ID
2190880
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

O volume de água que se deve adicionar a 250 mL de uma solução 2 M de NaOH a fim de torná-la 0,5 M é:

Alternativas
Comentários
  • C1xV1=C2xV2

    2Mx250mL = 0,5MxV2

    V2= 1000mL

    1000mL - 250ml (solução inicial) = 750mL de água


ID
2190883
Banca
UFMG
Órgão
UFMG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Medicina
Assuntos

Qual é a concentração, em porcentagem volume por volume (v/v), de uma solução aquosa contendo 50 mL de formol em 2 litros de solução?

Alternativas