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Prova UNIFESP - 2021 - UNIFESP - Vestibular - 1º Dia - Língua Portuguesa/ Língua Inglesa / Redação


ID
5048701
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O entendimento dos contos

    — Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.

    — Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.

    Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformar-me em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.

    — Mas que significa isso? — perguntou o moço, insatisfeito. — Não entendi nada.

    — Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

No texto, a moça

Alternativas
Comentários
  • Lembrar que prescindir = dispensar. Gab: Letra E


ID
5048704
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O entendimento dos contos

    — Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.

    — Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.

    Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformar-me em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.

    — Mas que significa isso? — perguntou o moço, insatisfeito. — Não entendi nada.

    — Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

Em sua história, a moça incorre em contradição ao tratar

Alternativas

ID
5048707
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O entendimento dos contos

    — Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.

    — Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.

    Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformar-me em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.

    — Mas que significa isso? — perguntou o moço, insatisfeito. — Não entendi nada.

    — Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

O título do conto antecipa seu caráter

Alternativas
Comentários
  • A Metalinguagem é a linguagem que descreve sobre ela mesma. Ou seja, ela utiliza o próprio código para explicá-lo. ... Quando perguntamos o significado de determinada palavra estamos usando a função metalinguística.

    Foi o que o enunciado nos trouxe, gabarito letra E


ID
5048710
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O entendimento dos contos

    — Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.

    — Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.

    Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformar-me em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.

    — Mas que significa isso? — perguntou o moço, insatisfeito. — Não entendi nada.

    — Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

Observa-se o emprego de expressão própria da linguagem coloquial no trecho

Alternativas
Comentários
  • Comando da questão: observar o emprego de uma EXPRESSÃO própria da linguagem coloquial.

    O que é a linguagem coloquial? De forma geral, é a linguagem informal, cotidiana.

    "Ei, você quer comprar esse tênis, mano?

    Pô, cara, não tenho um centavo"

    B

    EsPCEx 2022


ID
5048713
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O entendimento dos contos

    — Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.

    — Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.

    Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformar-me em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.

    — Mas que significa isso? — perguntou o moço, insatisfeito. — Não entendi nada.

    — Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.

(Contos plausíveis, 2012.)

“— Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.” (1o parágrafo)

Ao se transpor esse trecho para o discurso indireto, os termos sublinhados assumem, respectivamente, as seguintes formas:

Alternativas

ID
5048716
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
    
    O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

    A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.

    E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

De acordo com o texto,

Alternativas
Comentários
  • O texto faz uma referência, com muita sutileza, ao discurso que impera na sociedade tão avançada tecnologicamente, mas comprometida fisicamente e mentalmente. O sonho, como é retratado no texto, verifica-se como a possibilidade de aproveitar o repouso a ponto de existir uma realidade paralela (noturna, colocada pelo texto), que, porém, parece não estar encontrando espaço para continuar existindo, uma vez que o modelo econômico atual impõe tantas tarefas que até mesmo o ator de sonhar ao dormir parece inalcançável.

    C

    EsPCEx 2022


ID
5048719
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
    
    O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

    A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.

    E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

Mesmo assim a insônia impera.” (3o parágrafo)

No contexto em que se encontra, a expressão sublinhada exprime ideia de

Alternativas
Comentários
  • Adversativas (ideia de oposição): Mas, porém, entretanto, no entanto, contudo, todavia, não obstante


ID
5048722
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
    
    O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

    A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.

    E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

A palavra sublinhada em “Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente” (3o parágrafo) pertence à mesma classe gramatical da palavra sublinhada em

Alternativas

ID
5048725
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    A palavra sonho, do latim somnium, significa muitas coisas diferentes, todas vivenciadas durante a vigília, e não durante o sono. Realizei “o sonho da minha vida”, “meu sonho de consumo” são frases usadas cotidianamente pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
    
    O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos comportamentos. Desejo é o sinônimo mais preciso da palavra “sonho”. [...] Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis. As equações “sonho é igual a desejo que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir, ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico cartão plástico.

    A rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. [...] A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre 30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim a insônia impera. Se o tempo é sempre escasso, se despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram que sonham pela simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.

    E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas. Dirá a formiga cética que quem sonha assim tão livre é o artista, cigarra de fábula que vive de brisa. [...] Na peça teatral A vida é sonho, o espanhol Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino. O sonho é a imaginação sem freio nem controle, solta para temer, criar, perder e achar.

(O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho, 2019.)

Pode ser reescrito na voz passiva o seguinte trecho do texto:

Alternativas
Comentários
  • Na voz ativa temos: Sujeito + VTD + Objeto Direto.

    EX: “Pedro Calderón de la Barca dramatizou a liberdade de construir o próprio destino” (4o parágrafo).

    Passando para a voz passiva temos: Sujeito + (Ser +particípio) + agente da passiva

    EX: A liberdade de construir o próprio destino foi dramatizada por Pedro Calderón de la Barca.

    Gabarito letra A


ID
5048731
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

(Obra poética, 1997.)

No poema, o eu lírico sente-se

Alternativas

ID
5048734
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

(Obra poética, 1997.)

Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de ênfase, pode o objeto direto vir repetido. Essa reiteração recebe o nome de objeto direto pleonástico.

(Adriano da Gama Kury. Novas lições de análise sintática, 1997. Adaptado.)

O eu lírico lança mão desse recurso expressivo no verso

Alternativas
Comentários
  • ´´a ele alguem o (a ele) via

  • a ele alguém o via: O pronome "o" já faz referência ao termo "ele" que já foi citado, dessa maneira cria-se a ênfase na estrofe.


ID
5048737
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

(Obra poética, 1997.)

O eu lírico recorre a um sinal de pontuação para indicar a supressão de um verbo em

Alternativas

ID
5048740
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Este movimento surge como momento de negação profunda e revolucionária, porque visava a redefinir não só a atitude poética, mas o próprio lugar do homem no mundo e na sociedade. Concebe de maneira nova o papel do artista e o sentido da obra de arte, pretendendo liquidar a convenção universalista dos herdeiros de Grécia e Roma em benefício de um sentimento novo, embebido de inspirações locais, procurando o único em lugar do perene.

(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2013. Adaptado.)

O texto refere-se ao movimento

Alternativas
Comentários
  • através da frase : ´´pretendendo liquidar a convenção universalista dos herdeiros de Grécia e Roma em benefício de um sentimento novo, embebido de inspirações locais, procurando o único em lugar do perene. ``

    a escola que liquida (acaba) com os movimentos/ideias clássicos é o ROMANTISMO


ID
5048743
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

The first and second paragraphs mainly illustrate

Alternativas

ID
5048746
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

Os trechos “when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty” e “when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter”, no terceiro parágrafo,

Alternativas
Comentários
  • A dica para resolução dessa questão, é aplicar a estratégia de leitura scanning, a qual, o candidato deve examinar detalhadamente o texto, selecionando o vocabulário e expressões necessárias, ou a estratégia   selectivity, a qual  selecionamos apenas o trecho necessário do conteúdo para encontrar a informação, por meio do uso de palavras-chave, palavras cognatas e também um vocabulário específico.

    Os trechos “when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty" (quando seu colega declara que usar uma máscara facial em público é uma ameaça à sua liberdade ")e “when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter", (quando você vê que um de seus amigos acabaram de twittar que, na verdade, todas as vidas importam ")no terceiro parágrafo,

    Terceiro parágrafo - Agora, os desacordos parecem mortalmente sérios. Como quando seu colega declara que usar uma máscara facial em público é uma ameaça à sua liberdade. Ou quando você vê que um de seus amigos acabaram de twittar que, na verdade, todas as vidas importam. Antes que perceba, você está com raiva e formando novos julgamentos severos sobre seus colegas e amigos. Vamos fazer uma pausa coletiva e respirar: existem algumas maneiras de todos nós tentarmos ter mais desentendimentos civis nesta era febril de guerras culturais.
    Os trechos  
    exemplificam a facilidade com que diferenças de opinião têm-se transformado em discórdia grave.

    Gabarito do Professor: Letra D.


ID
5048749
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

In the fragment from the third paragraph “when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter”, the underlined word can be replaced, with no change in meaning, by

Alternativas
Comentários
  • Actually= na verdade/ na realidade


ID
5048752
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

The expression “Before you know it” (3rd paragraph) can be correctly interpreted as

Alternativas
Comentários
  • A questão cobra interpretação de um texto sobre desavenças na era de guerras culturais e também cobra conhecimento sobre expressões idiomáticas.

    Vamos analisar o enunciado:


    The expression “Before you know it" (3rd paragraph) can be correctly interpreted as...
    Tradução - A expressão "Antes que você perceba" (3º parágrafo) pode ser interpretada corretamente como...


    Vejamos o trecho em questão, parágrafo 3:

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you're feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let's take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

    Tradução - Agora, os desacordos parecem mortalmente sérios. Como quando seu colega declara que usar uma máscara facial em público é uma ameaça à sua liberdade. Ou quando você vê que um de seus amigos acabou de twittar que, na verdade, todas as vidas importam. Antes que perceba, você está com raiva e formando novos julgamentos severos sobre seus colegas e amigos. Vamos fazer uma pausa coletiva e respirar: existem algumas maneiras de todos nós tentarmos ter mais desentendimentos civis nesta era febril de guerras culturais.


    A expressão idiomática "Before you know it" pode ser traduzida como "Quando menos você espera", "Antes que você perceba", "Antes de perceber".
    Analisando as alternativas teremos:


    A) Incorreta - before you are told about it  = antes que você seja informado.

    B) Incorreta - as soon as you get to know it.  = assim que você souber.

    C) Incorreta - before you learn about it  = antes de ficar sabendo.

    D) Correta - earlier than you realize it  = antes de você perceber.

    E) Incorreta - as long as you understand it. = contanto que você entenda.



    Gabarito do Professor: Letra D.


ID
5048755
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
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Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

In the fragment from the fourth paragraph “Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors”, the underlined term refers most specifically to

Alternativas
Comentários
  • A questão cobra interpretação de um texto sobre desavenças na era de guerras culturais.

    Vamos analisar o enunciado:


    In the fragment from the fourth paragraph “Those of us more inclined to 'couple' see them as inextricably related to a broader matrix of factors", the underlined term refers most specifically to...
    Tradução - No fragmento do quarto parágrafo "Aqueles de nós mais inclinados a 'acoplar' as vêem como inextricavelmente relacionadas a uma matriz mais ampla de fatores", o termo em negrito se refere mais especificamente a...


    Vejamos o trecho em questão:

    The first is to consider how inclined people are to 'couple' or 'decouple' topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to 'couple' see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to 'decouple' prefer to consider an issue in isolation.
    Tradução - A primeira é considerar como as pessoas estão inclinadas a 'acoplar' ou 'desacoplar' tópicos que envolvem fatores políticos e sociais mais amplos. O analista de dados sueco John Nerst usou os termos para descrever as maneiras contrastantes pelas quais as pessoas abordam questões contenciosas. Aqueles de nós mais inclinados a 'acoplar' as veem como inextricavelmente relacionadas a uma matriz mais ampla de fatores, enquanto aqueles mais predispostos a 'desacoplar' preferem considerar uma questão isoladamente.



    Podemos perceber pela tradução acima que o artigo "as" se refere a algo que foi mencionado logo antes, na sentença anterior, no caso "questões contenciosas".
    Analisando as alternativas teremos:


    A) Incorreto - contrasting ways.  = formas contrastantes.

    B) Incorreto - wider political and social factors. = fatores políticos e sociais mais amplos.

    C) Incorreto - topics  = tópicos

    D) Incorreto - terms  = termos

    E) Correto - contentious issues  = questões contenciosas


    Gabarito do Professor: Letra E.


ID
5048758
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
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Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

No trecho do quarto parágrafo “whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation”, o termo sublinhado introduz

Alternativas
Comentários
  • LETRA C) = contraste

    "Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation."

    Aqueles de nós mais inclinados a 'acoplar' os vêem como inextricavelmente relacionados a uma matriz mais ampla de fatores, enquanto aqueles mais predispostos a 'desacoplar' preferem considerar uma questão isoladamente.

    ________

    Keep your head up!

  • Those of us more inclined to 'couple' see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to 'decouple' prefer to consider an issue in isolation.
    Aqueles mais inclinados a 'acoplar' os vêem como inextricavelmente relacionados a uma matriz mais ampla de fatores, enquanto, (ao passo que) aqueles mais predispostos a 'desacoplar' preferem considerar uma questão isoladamente.
    O conectivo "whereas" estabelece uma relação adversa, contrastante. Ex: Some married couples argue all time, whereas others never do. ( Alguns casais discutem o tempo todo, enquanto outros nunca o fazem.)
    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
5048761
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
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Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

The subtitle that most closely represents the content of the fifth and sixth paragraphs is:

Alternativas
Comentários
  • A questão cobra interpretação de um texto sobre desavenças na era de guerras culturais.


    Vamos analisar o enunciado:


    The subtitle that most closely represents the content of the fifth and sixth paragraphs is:
    Tradução - O subtítulo que melhor representa o conteúdo do quinto e do sexto parágrafos é:


    Vejamos a tradução do trecho em questão, parágrafos 5 e 6:


    A maioria de nós está profundamente comprometida com nossas crenças, especialmente no que diz respeito a questões morais e sociais, de modo que quando somos apresentados a fatos que contradizem nossas crenças, muitas vezes optamos por descartar esses fatos, em vez de atualizar nossas crenças.
         Um estudo da Arizona State University, EUA, analisou mais de 100.000 comentários em um fórum onde os usuários postam suas opiniões sobre um problema e convidam outras pessoas para persuadi-los a mudar de ideia. Os pesquisadores descobriram que, independentemente do tipo de tópico, as pessoas eram mais propensas a mudar de ideia quando confrontadas com mais argumentos baseados em evidências. “Nosso trabalho pode sugerir que, embora a mudança de atitude seja difícil, fornecer fatos, estatísticas e citações para os argumentos de alguém pode convencer as pessoas a mudar de ideia", concluíram.


    Lendo os 2 parágrafos acima e concentrando-se nas partes em negrito, podemos perceber que esses parágrafos tratam da importância dos fatos na formação de nossas crenças, pois fornecer fatos, estatísticas e citações para os argumentos de alguém pode convencer as pessoas a mudar de ideia.
    Analisando as alternativas teremos:


    A) Incorreto - Debating moral and social issues  = Debatendo questões morais e sociais

    B) Correto - The role of facts in disputes  = O papel dos fatos nas disputas

    C) Incorreto - Dealing with contradictory beliefs  = Lidar com crenças contraditórias

    D) Incorreto - Differences between facts and beliefs = Diferenças entre fatos e crenças

    E) Incorreto - Attaining attitude change  = Conseguir uma mudança de atitude


    Gabarito do Professor: Letra B .


ID
5048764
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
Assuntos

    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

No trecho do último parágrafo “we will all be inclined to be”, o termo sublinhado indica uma

Alternativas
Comentários
  • Will - Indica algumas coisas, como o futuro. Porém, não é algo estabelecido como certo de acontecer, é apenas um plano que temos. Por exemplo:

    Eu vou viajar próximo ano para a Itália. -> Dependendo do contexto, um ano é muito longevo para que esse fato seja dado como certo, uma vez que nem passagem foi comprada.

    Porém, quando eu vou viajar pra Itália às 15h00 da tarde e comento com um amigo às 10h da manhã, é certeiro. Então, nesse caso, prioriza-se o "going to".

    D

    EsPCEx 2022


ID
5048767
Banca
UNIFESP
Órgão
UNIFESP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Inglês
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    Remember the good old days, when you could have a heated-yet-enjoyable debate with your friends about things that didn’t matter that much — times when you could be a true fan of the Manchester United soccer team when you didn’t come from the city of Manchester?

    How things have changed.

    Now disagreements feel deadly serious. Like when your colleague pronounces that wearing a face mask in public is a threat to his liberty. Or when you see that one of your friends has just tweeted that, actually, all lives matter. Before you know it, you’re feeling angry and forming harsh new judgments about your colleagues and friends. Let’s take a collective pause and breathe: there are some ways we can all try to have more civil disagreements in this febrile age of culture wars.

1. ‘Coupling’ and ‘decoupling’

    The first is to consider how inclined people are to ‘couple’ or ‘decouple’ topics involving wider political and social factors. Swedish data analyst John Nerst has used the terms to describe the contrasting ways in which people approach contentious issues. Those of us more inclined to ‘couple’ see them as inextricably related to a broader matrix of factors, whereas those more predisposed to ‘decouple’ prefer to consider an issue in isolation. To take a crude example, a decoupler might consider in isolation the question of whether a vaccine provides a degree of immunity to a virus; a coupler, by contrast, would immediately see the issue as inextricably entangled in a mesh of factors, such as pharmaceutical industry power and parental choice.

2.____________________

    Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we’re presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs.

    A study at Arizona State University, U.S., analysed more than 100,000 comments on a forum where users post their views on an issue and invite others to persuade them to change their mind. The researchers found that regardless of the kind of topic, people were more likely to change their mind when confronted with more evidence-based arguments. “Our work may suggest that while attitude change is hard-won, providing facts, statistics and citations for one’s arguments can convince people to change their minds,” they concluded.

3. Just be nicer?

    Finally, it’s easier said than done, but let’s all try to be more respectful of and attentive to each other’s positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be inclined to be. And then hopefully, collectively, we can start having more constructive disagreements — even in our present very difficult times.

(Christian Jarrett. www.bbc.com, 14.10.2020. Adaptado.)

It is an explicit opinion by the author of the text:

Alternativas
Comentários
  • A questão cobra interpretação de um texto sobre desavenças na era de guerras culturais.

    Vamos analisar o enunciado:

    It is an explicit opinion by the author of the text: Tradução - É uma opinião explícita do autor do texto:


    Analisando as alternativas teremos:


    A) Incorreto - “Decoupling" is better than “coupling" because more factors in a situation are considered.
    Tradução - “Desacoplamento" é melhor do que “acoplamento" porque mais fatores em uma situação são considerados.
    A alternativa está incorreta de acordo com o trecho "those more predisposed to 'decouple' prefer to consider an issue in isolation."(aqueles mais predispostos a 'desacoplar' preferem considerar uma questão isoladamente.)

    B) Incorreto - Wider political and social factors have a decisive role in personal relationships
    Tradução - Fatores políticos e sociais mais amplos têm um papel decisivo nas relações pessoais.
    A alternativa está incorreta de acordo com o trecho "The first is to consider how inclined people are to 'couple' or 'decouple' topics involving wider political and social factors." (A primeira é considerar como as pessoas estão inclinadas a 'acoplar' ou 'desacoplar' tópicos que envolvem fatores políticos e sociais mais amplos.) O autor sugere que isso precisa ser considerado, ainda não é um fator decisivo.

    C) Incorreto - Respect and understanding is what can save us from all the difficulties we everyday face.
    Tradução - Respeito e compreensão é o que pode nos salvar de todas as dificuldades que enfrentamos todos os dias.
    A alternativa está incorreta de acordo com o trecho "let's all try to be more respectful of and attentive to each other's positions. We should do this not just for virtuous reasons, but because the more we create that kind of a climate, the more open-minded and intellectually flexible we will all be". (vamos todos tentar ser mais respeitosos e atentos às posições uns dos outros. Devemos fazer isso não apenas por razões virtuosas, mas porque quanto mais criarmos esse tipo de clima, mais teremos a mente aberta). Nada é mencionado sobre nos salvar de todas as dificuldades que enfrentamos todos os dias.

    D) Incorreto - Life has changed to the worse, as people have become more and more rancorous.
    Tradução - A vida mudou para pior, à medida que as pessoas se tornaram cada vez mais rancorosas.
    A alternativa está incorreta de acordo com o trecho "How things have changed. Now disagreements feel deadly serious." (Como as coisas mudaram. Agora, os desacordos parecem mortalmente sérios.) O autor apenas menciona que as coisas mudaram e que as desavenças parecem mortalmente sérios, mas não menciona que as pessoas se tornaram cada vez mais rancorosas.

    E) Correto - People's convictions tend to exert considerable influence on their appreciation of an issue.
    Tradução - As convicções das pessoas tendem a exercer uma influência considerável em sua apreciação de uma questão.
    A alternativa está correta de acordo com o trecho "Most of us are deeply committed to our beliefs, especially concerning moral and social issues, such that when we're presented with facts that contradict our beliefs, we often choose to dismiss those facts, rather than update our beliefs." (A maioria de nós está profundamente comprometida com nossas crenças, especialmente no que diz respeito a questões morais e sociais, de modo que quando somos apresentados a fatos que contradizem nossas crenças, muitas vezes optamos por descartar esses fatos, em vez de atualizar nossas crenças.)




    Gabarito do Professor: Letra E.